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Demonologia é o estudo sistemático dos demônios. Quando envolve os estudo de textos bíblicos, é considerada um ramo da Teologia. Por geralmente se referir aos demônios descritos no Cristianismo, pode ser considerada um estudo de parte da hierarquia bíblica. Também não está diretamente relacionada ao culto aos demônios.


quinta-feira, 26 de maio de 2011

ESTIGMAS: SINAL DE SANTIDADE OU FENÔMENO PARANORMAL?

Ao longo da história, inúmeras pessoas foram acometidas por chagas semelhantes às de Cristo em seu suplício na cruz. A seguir, relatamos vinte fatos impressionantes envolvendo o aparecimento de estigmas, além de uma entrevista com o dr. Ted Harison, uma das maiores autoridades mundiais sobre o assunto. O Fenômeno dos Estigmas
•     São Francisco de Assis (1182-1226), fundador da ordem dos franciscanos, foi um dos primeiros estigmatizados conhecidos: os ferimentos em seu corpo surgiram no ano de 1205. Em 1222 o mesmo aconteceu com Stephen Langton, de Canterbury, Inglaterra.
•      As formas mais comuns de estigma são marcas de cravos nas mãos (ou pulsos) e pés, um ferimento por lança na lateral do abdômen, marcas de coroa de espinhos na cabeça e de chicotadas nas costas. Alguns estigmatizados também ganham feridas num dos ombros, presumivelmente por Cristo ter carregado à cruz antes de ser pregado nela. Em muitos casos, as vítimas sofrem horrores em dias sagrados, especialmente a sexta-feira santa.
•     A estigmatizada Anne Catherine Emmerich (1774-1824) entrava em um transe religioso no qual ela relatava com precisão a jornada de Cristo pela Palestina, descrevendo detalhadamente os rios, montanhas, florestas e povoados, bem como os habitantes, trajes e costumes da época. Catherine jamais saiu da Alemanha.
•     Maria De Mörl (1799-1848) recebeu os estigmas quando uma procissão passava perto de sua casa. Várias testemunhas a viram levitar da cama e irradiar luz pelas feridas.
•     O estigmatizado mais famoso deste século foi Padre Pio (1898-1968). As chagas apareceram aos 23 anos e não o deixaram até sua morte, quase 50 anos depois. O padre também podia projetar sua imagem, aparecendo aos membros de sua congregação quando seu corpo físico estava em outro lugar.
•     De todos os estigmatizados contemporâneos, a irmã Therèse Neumann (1898-1962) foi, sem dúvida, a vítima que mais sofreu. Ela tinha chagas nas mãos, pés e testa, e marcas de chicote nas costas. Também sangrava muito pelos olhos, e dizem que ela conseguia sobreviver meses alimentando-se apenas de hóstias sem o menor prejuízo para sua saúde.
•     Por mais que sangrem pelas chagas, a maioria dos estigmatizados não morre ou fica debilitada com isso.
•     Giorgio Bongiovanni diz ter recebido os estigmas durante uma peregrinação a Fátima, Portugal, em 1989. Desde então, suas chagas sangram diariamente. Ele afirma que o fenômeno é ligado à abdução por alienígenas, e acredita que os anjos são extraterrestres constituídos de energia espiritual.
•     A estigmatizada inglesa Ethel Chapman ganhou suas chagas durante um êxtase religioso, enquanto estava internada num hospital de Liverpool, sob atenta supervisão médica.
•     Desde 1588 uma divisão do Vaticano, hoje denominada Congregação para as Causas dos Santos, também investiga os casos de estigmas. Depois de examinar os relatórios da Congregação sobre milagres, martírios e virtudes heróicas de um servo de Deus o Papa pode iniciar o processos de canonização e beatificação da pessoa.

Sangue nas Mãos
    No filme de suspense e terror Stigmata, já disponível em vídeo, a atriz Patricia Arquette vive uma personagem em cujo corpo aparecem chagas semelhantes às de Cristo. Nesta entrevista, o dr. Ted Harison descreve sua experiência ao investigar o fenômeno.
Como o senhor se tornou uma autoridade em estigmas?
Escrevi dois livros sobre o assunto, e vi ou entrevistei nove pessoas que apresentavam as marcas no momento em que as encontrei. Minha tese de doutorado também foi sobre os estigmas.
Quantos casos de estigmas ocorreram desde São Francisco de Assis?
    Cerca de quatrocentos, e estimo que haja de 25 a 30 casos ocorrendo atualmente. Os estigmas começaram como fenômenos mais localizados na Europa, sendo que  a grande maioria estava na Itália. À medida que o catolicismo foi se expandindo, começaram a surgir vítimas nos EUA, América do Sul, Extremo Oriente, Coréia e Japão. Por volta do do século XVI houve um grande boom de chagas  na Espanha e Portugal. No começo do século XIX ocorreram três casos no Tirol, fronteira da Alemanha, que apareceram praticamente no mesmo povoado, com poucos anos de intervalo entre si.
Como a igreja católica encara o fenômeno?
    O Vaticano considera os estigmas com cautela e ceticismo. A hierarquia católica não gosta de qualquer desafio à sua autoridade. O que eles normalmente fazem é uma investigação profunda sobre o caso e, se depois de dois ou três séculos não chegam a qualquer outra conclusão, canonizam a pessoa. Recentemente esse padrão tem mudado, pois o atual Papa gosta de canonizar — ele proclamou mais santos do que qualquer outro pontífice na história. Entretanto, não é só o aparecimento de estigmas que faz um santo. Para o Vaticano validar um processo de canonização o candidato precisa ter sido uma pessoa piedosa e realizado algum tipo de milagre, algo provando que sua santidade interveio para ajudar ou curar alguém.
O personagem de Patricia Arquette em Estigma tem cinco conjuntos de chagas: nas mãos, nos pés, um ferimento no lado do corpo, a marca da coroa de espinhos e as chicotadas. É assim com a maioria dos estigmatizados?
    Não. As mãos de São Francisco não tinham aberturas que sangravam — na verdade, eram mais protuberâncias, como cabeças de pregos. Outros tiveram cortes muito profundos. Alguns disseram que as feridas de Padre Pio trespassavam as mãos. Às vezes, as marcas são bem superficiais — irregularidades na pele, ou esfoladuras.
    É interessante notar que, com a exibição do Sudário de Turim, no final do século XIX, tornou-se evidente que os cravos da crucificação atravessaram os pulsos e não as mãos de Cristo. De repente, surgiram estigmatizados com marcas nos pulsos, além daqueles com ferimentos nas mãos. A coroa de Cristo é uma marca comum, assim como os cortes nos pés e mãos, e a marca da lança, que vem da história do corpo de Jesus ter sido atingido por uma lança. Uma curiosidade: como o Novo Testamento não diz em qual lado o corpo de Cristo foi ferido, alguns estigmatizados têm feridas no lado esquerdo, outros no direito.
O senhor quer dizer que os ferimentos podem ser auto-impingidos em vez de aparecerem por meios sobrenaturais ou milagrosos?
    Até hoje não encontrei qualquer evidência de que as marcas tenham sido espontâneas. Mesmo Padre Pio: quando ganhou as primeiras chagas ele estava sozinho. Aliás, na ocasião ele fez tudo para estar sozinho.
Por que razão alguém faria algo assim?
    Bem, Padre Pio era um dos mais destacados confessores do século — um sacerdote a quem as pessoas eram completamente devotadas e cujo ministério era extremamente eficaz. Possivelmente, ele queria sofrer a dor de Jesus, e uma das formas de fazer isso foi abrir feridas no corpo e aplicar nelas alguma substância corrosiva. Tenho quase certeza de que o Padre mantinha suas feridas abertas artificialmente, pois na velhice, quando estava debilitado e não tinha mais condições de fazer isso, os tecidos se recuperaram. No dia em que morreu não havia mais qualquer ferimento no seu corpo.
Parece que Therèse Neumann, assim como Padre Pio, sofreu mais que a maioria dos estigmatizados recentes. O senhor atribui as chagas dela ao mesmo tipo de causa?
    Thèrese Neumann é um exemplo muito bom de uma estigmatizada que viveu e respirou sua experiência pessoal integralmente, dia após dia. Alguns estigmatizados apresentam suas marcas ocasionalmente, ou por durante certo período da vida, mas ela as teve o tempo todo. Thèrese concentrou ao seu redor um grupo de devotos que queriam ver coisas milagrosas, e a pobrezinha se tornou uma espécie de indústria de milagres: gente de todas as partes vinha visitá-la, ela recebia visões, o sangue corria por seus olhos e tudo o mais. Isso acabou culminando em uma espécie de circo religioso, o que historicamente também ocorreu com outros estigmatizados.
Então, o senhor diria que a maioria dos estigmatizados são automutiladores religiosos — conscientemente ou não — que mantêm suas feridas abertas para sofrer a dor de Cristo?
    Acho que em muitos casos as pessoas se marcaram deliberadamente, ou por desejarem sofrer, ou para atrair atenção. Existe uma condição clínica chamada Síndrome de Munchausen, em que os pacientes alegam ter certas doenças, alguns chegando a passar por cirurgias dolorosas e desnecessárias, para se tornar o centro das atenções.  E evidentemente os estigmatizados chamam muito a atenção. Por esse motivo, para os estigmas serem tidos como verdadeiros é preciso que eles seja reconhecidos e validados por um padre ou confessor.
E a intenção pode ser especificamente compartilhar da dor de Cristo?
    Exato. Também há casos de pessoas que sofrem as chagas sem intenção — nada deliberado. Os ferimentos ocorrem por acidente, ou a pessoa os produz de uma forma inconsciente. Mas aí alguém chega e diz, “Olhe essas marcas: são as chagas de Cristo!”. Veja o caso de Ethel Chapman, que apresentou os estigmas no final dos anos 70. Na ocasião, ela estava muito doente em um hospital; achava que ia morrer e tentava se agarrar na fé religiosa. Uma noite, Ethel teve uma visão nítida de que estava crucificada com Jesus. Na manhã seguinte, surgiram marcas sangrentas no meio de suas mãos. Na pesma hora ela pensou que tinha escavado as palmas com as unhas. Entretanto, um médico católico que estava de plantão viu as feridas e as identificou como estigmas. A partir daí, a vida de Ethel ganhou propósito e ela deu conforto espiritual a muita gente. O próprio padre que começou a assessorá-la teve sua fé fortalecida e elevada.
  
Mas, se a moça feriu a si própria,  ainda que sem intenção, as chagas não acabariam sarando?
Isso é outra coisa interessante: o ferimento que causa algum tipo de trauma sob a pele, como danos em vasos subcutâneos, geralmente vira uma cicatriz bem discreta.  É bem possível que, sob algum tipo de estresse psicossomático, a mente volte à época do trauma, os vasos capilares sejam afetados e as marcas pareçam reabrir. Isso aconteceu com Ethel Chapman: ela voltou a ter a mesma visão toda sexta-feira santa. Em uma dessas ocasiões eu fui vê-la e, à medida que revivia mentalmente sua crucifixão, as marcas em suas mãos ficavam mais lívidas. Isso me leva a pensar que os estigmas sejam produzidos inicialmente por um fator físico, e que, em certas circunstâncias, a mente pode reativá-las.
    Também não podemos esquecer que alguns reativam seus ferimentos fisicamente. Nos anos 30 o Vaticano estudou o Padre Pio. Eles mandaram médicos examinarem suas mãos e surgiram relatos comprometedores, dizendo que o religioso usava substâncias químicas e iodo para manter as feridas abertas.
 
Então, por sua experiência, o senhor duvidaria que os estigmas são evidências de milagres?
    O que é um milagre? Tecnicamente, não é nada que contrarie as leis da natureza, mas serve para focalizar a mente das pessoas em Deus, fazendo com que elas o vejam com admiração. Acredito que isso consiste em um problema teológico básico: por que Deus não intervém no mundo onde há guerra, fome e doença, mas exibe seus poderes através de truques menores, como ferior o o corpo de certas pessoas? Não acredito que as chagas apareçam de modo sobrenatural, que venham de Deus, mas que sejam uma resposta humana ao sofrimento de Cristo. Não se pode dizer que as marcas sejam fraudulentas, mesmo as causadas fisicamente, pois elas encorajam a fé. Um templo, uma música religiosa, ou determinado sermão podem inspirar a fé, mesmo sendo produto dos seres humanos. Podemos dizer a mesma coisa dos estigmas: eles são causados pelos seres humanos, mas podem inspirar a fé.
Voltando ao filme Stigmata, Patricia Arquette faz  uma cabeleireira agnóstica que apresenta espontaneamente as chagas, depois de receber um rosário “maldito” pelo correio. Até que ponto a personagem se assemelha aos estigmatizados na vida real?
    Não tem nada a ver, se você levar o filme ao pé da letra. O primeiro ferimento da personagem aparece em público, no metrô e com um padre observando — sem saber ela está conectada aos fenômenos através do rosário vindo da América do Sul. Normalmente isso não acontece!

Há outros elementos da história em que o senhor vê problemas?
    Bem, não creio que qualquer um que investigue esses fenômenos já tenha ido a uma cerimônia religiosa com tanta coisa acontecendo ao mesmo tempo. Já vi estátuas que choram. Vi estigmas. Vi vários outros supostos milagres. Mas tudo de uma vez, na mesma hora e lugar? E bem no momento em que o perito do Vaticano chega? Para mim, é apenas uma licença poética hollywoodiana...

Estigmas: Problema para a Indagação Científica

- O que são Estigmas?
- Entendimento Cristão
- Os Estigmatizados, Segundo a Tradição Cristã
- O Padre Pio
- Os Estigmas e a Ciência
- Stigmata

"Os estigmas vêm intrigando médicos e cientistas há séculos, sem que haja uma explicação para este fenômeno que os satisfaça. Do ponto de vista religioso, trata-se de uma manifestação das chagas de Cristo sobre o corpo de algumas pessoas que se tornaram santas, pela sua extrema fé. Para médicos mais céticos, não passa de uma reação psicossomática provocada pela mente".

O que são Estigmas?

Estigmas são marcas das cinco chagas da paixão de Cristo, que aparecem sobre o corpo de alguns santos extáticos (sujeitos a êxtases), geralmente seguidas de sofrimentos físicos e morais que recordam aqueles de Jesus. A etimologia da palavra vem do grego e do latim, stigma, e significa marca, sinal, ferrete (marcado a fogo), cicatriz que deixa uma chaga, que também pode ser atribuída aos estigmas da varíola. (Larrousse Cultural - Vol. X.).

De acordo com o Dicionário Céptico, baseado no Skeptic’s Dictionary, publicado na web por Robert Todd Carroll e traduzido por Antônio Inglês e Ronaldo Cordeiro, filiados a Rede Brasileira de Racionalistas, "estigmas são feridas que surgem nas mãos e pés, às vezes nos flancos e cabeça, duplicando os ferimentos da crucifixão de Cristo" e não devem ser confundidos com as representações de crucifixão que acontecem nas Filipinas toda sexta-feira santa. Segundo este Dicionário, "Todos os mais ou menos 32 casos registrados de estigmas foram de Católicos Romanos, e todos, com exceção de quatro, eram mulheres. Não se conhece nenhum caso de estigmas que tenha acontecido antes do século XIII, quando Jesus crucificado se tornou um símbolo padrão do cristianismo no ocidente". O Dicionário Céptico dedica-se a dar definições, argumentos e escrever ensaios sobre assuntos relacionados ao sobrenatural, oculto, paranormal e pseudocientífico, sob o ponto de vista cético. O artigo sobre estigmas foi atualizado pela última vez em 14 de maio de 2000.

Entendimento Cristão

A Igreja Católica entende que "a paixão de Cristo está sempre viva entre os cristãos, sendo mesmo causa de conversões e que, através dos séculos Cristo quis reproduzir, em pessoas privilegiadas, as marcas de sua paixão". (Lorenzo Petri In Padre Pio di Pietrelcina - Cenni Biografici). Para a Igreja, em alguns casos, estas marcas são internas, invisíveis, mas determinam, da mesma forma, grandes sofrimentos. As pessoas privilegiadas, a que a Igreja se refere, seriam os santos que, em vida, buscaram verdadeira identificação com Cristo e seu sofrimento físico e moral, no momento de sua paixão e morte.

Os Estigmatizados, Segundo a Tradição Cristã

O primeiro grande estigmatizado, o homem que mais se aproximou de Cristo, na terra, foi São Francisco de Assis (1182-1226). Segundo seus biógrafos, como René Fülöp Miller, em Os santos que abalaram o mundo, São Francisco teve essas marcas por dois anos. Seus contemporâneos se referiam a "lacerações de vasos e tecidos que nunca inflamaram ou supuraram e se admiravam com o fato de que, apesar das fortes dores e perda de sangue, ele se mantivesse vivo, nesses dois anos" (Obra citada sobre o padre Pio). Em uma visão mais desconfiada, como a do Dicionário Céptico, São Francisco teria infringido ferimentos a si próprio e deveria ser considerada "a primeira fraude estigmática", sendo seguido por centenas de outros, entre os quais, cita o Dicionário, Magdalena de la Cruz (1487-1560), da Espanha, que teria admitido a fraude quando ficou seriamente doente, e Therese Neumann, da Bavária (1898 – 1962), que teria, conforme relatos, sobrevivido por 35 anos comendo o pão da Santa Eucaristia nas missas, todas as manhãs.

Um dos estigmáticos mais recentes, segundo o Dicionário Cético, é o Fr. James Bruce, "que não só afirmou ter as feridas de Cristo, como também que estátuas religiosas choravam em sua presença". De acordo com o Dicionário, este fato ocorreu em 1992, em um subúrbio de Washington, D.C., "onde coisas estranhas são comuns. Nem é preciso dizer que ele lotou os bancos da igreja. Atualmente, administra uma paróquia na região rural da Virgínia, onde os milagres cessaram", denuncia o Dicionário.

Outros estigmatizados, citados no Larousse Cultural: Ana Catarina Emmerick e Tereza Neumann.

Mais recentemente, talvez mais interessante devido à proximidade no tempo, é o fenômeno do padre Pio, capuchinho, natural da pequena cidade de Pietrelcina, na Itália. Levou os estigmas nas mãos, pés e tórax, de 1919 a 1968, por quase cinqüenta anos, portanto.

O Padre Pio

Lorenzo Petri, comentarista e contemporâneo do padre Pio, cuja biografia escreveu durante a vida do último, nunca lhe perguntou como apareceram os estigmas. Achava que se tratava de algo muito íntimo. Acredita, entretanto, que tenha sido num momento de êxtase, num contato, por assim dizer, direto, com a divindade. Fala ainda, que padre Pio os teve primeiro, internamente, com dores fortes, por um ano: a começar de 20 de setembro de 1918, até junho de 1919, quando foram constatados externamente.

Em algumas fotografias do Padre Pio jovem, podem ser vistas essas marcas estigmáticas nas mãos. Depois de um certo tempo, entretanto, várias fotografias mostram-no com uma espécie de luva cinzenta, que deixava à vista, apenas, os dedos. Os médicos achavam estranho, também, que tais ulcerações fossem em lugar de pele dura, como as mãos e os pés.

Os Estigmas e a Ciência

O Dr. Jorge Festas, em Mistérios da ciência e luz da fé e o Dr. Lefebure em Étude médicale III, article I Louvain, o Pe. Auguste Poulain em Traité de théologie mystique, foram alguns dos cientistas que opinaram sobre estigmas. Buscavam eles concluir se tratava de sugestões de mente exaltada, ou se provinham de estados de hipnose, já que achavam que, em estado normal, uma pessoa não produziria tais chagas em seu próprio corpo. Foram feitas, sempre de acordo com o seu biógrafo, testes, na presença de outros facultativos, em duas pessoas. Não conseguiram provar o que esperavam e afirmaram que, cientificamente, não achavam explicação para tais fenômenos. Tais experiências são citadas por Berheim em Da sugestão, parte I.

Foi feita também, uma análise comparativa entre o que apuravam nessas pessoas e os estigmas do padre Pio. Segundo o livro do biógrafo, "No caso do experimento de Nanci, houve confusão entre a hemorragia estigmática e uma doença especial, que às vezes ocorre nos nefropatas". A conclusão é que não há analogia entre os dois casos. Também porque as primeiras eram lesões de tecidos, aparecidas espontaneamente, com um fluxo hemorrágico sempre fresco e vermelho, não apenas vermelhidões e inchaços. As primeiras chegaram a durar anos, não cicatrizaram com medicamentos hemostáticos; as outras foram passageiras. As primeiras não sofriam processo de decomposição; apresentavam-se inalteradas, por anos, e não exalavam mau cheiro, enquanto as outras sofriam processo normal de cicatrização.

Os suores sangüíneos, com os quais se quiseram explicar os fenômenos dos estigmas, eram provenientes da dilatação de tecidos e filtravam um líquido, com características diferentes do sangue. Não eram localizados e não formavam chagas. Está a ciência talvez, diante de um mistério a pesquisar e opinar. Parafraseando Shakespeare: "Há mais coisas entre o céu e a terra do que entende a nossa vã filosofia".

Atualmente fica difícil obter esta opinião médica sobre o assunto, pois que, há muitos anos, não se tem notícia de qualquer pessoa que tenha sobre si essas marcas. Também não se tem notícia de qualquer estigmata no Brasil. Não haveria, pois, como submetê-las a exame científico conclusivo, usando-se de técnicas modernas e o conhecimento atual, seja médico, seja psicológico.

De acordo com o Dicionário Céptico, de Robert Todd Carroll e traduzido por Ronaldo Cordeiro, "os ferimentos auto-infligidos são comuns entre pessoas com certos tipos de distúrbios mentais, mas afirmar que as feridas são milagrosas é raro, e se deve mais provavelmente à religiosidade excessiva do que a um cérebro doente, embora ambos possam estar atuando em alguns casos". Neste artigo, defende-se a idéia de que os estigmas são, mais provavelmente, feridas de ordem psicossomática, "manifestações de almas torturadas", embora a explicação preferida seja de que estas feridas tenham sido auto-infligidas, uma vez que, segundo o artigo do Dicionário Céptico, nenhum estigmático manifesta seus ferimentos do princípio ao fim na presença dos outros, só começando a sangrar quando não estão sendo observados.

A defesa de que as chagas de Cristo apareçam por influência psicossomática ganha força nos dias de hoje, em que admite-se, no mundo médico, que muitas doenças, até mesmo o câncer, sejam induzidas pelo inconsciente. Um desejo profundo de identificação com uma figura idealizada, como a de Cristo, poderia levar estas pessoas a apresentar tais marcas, sem que isso seja uma decisão consciente. Deste ponto de vista, as chagas não poderiam ser tratadas como fraude, mas como um distúrbio de ordem psíquica.

Stigmata

Do neutro latino, já referido anteriormente, quer dizer estigmas. O tema talvez não esteja sepulto na mente das pessoas, já que ainda este ano, o filme que leva o nome Stigmata foi amplamente divulgado em alguns jornais e cinemas, no Brasil, e refere-se à cabeleireira Frank Paige, com vida normal, "até que uma série de fenômenos paranormais começam a acontecer: sangramentos na cabeça, mãos e pés, como as chagas de Cristo na cruz". Um padre, também cientista, que a conhece, se interessa pelo assunto, vivendo "duas abordagens de vida contraditórias. Um cientista apoia-se nos fatos para provar a existência de algo, enquanto um padre apoia-se na fé. A luta entre a fé e a razão é constante", segundo o próprio artista que faz o personagem, Gabriel Birmy.

Ao que parece, continua assim, aberto o problema para a indagação científica.

A Santa Inquisição

No Século XIII, o papado achava-se no auge de seu domínio secular; era independente de todos os reinos; governava com uma influência jamais vista ou possuída por cetro humano algum; era o soberano dos corpos e das almas; para todos os propósitos humanos, possuía um poder incomensurável para o bem e para o mal.
Foi neste contexto que surgiram os tribunais da Santa Inquisição.

Em 1231, no Concílio de Toulouse, sob a liderança de Gregório IX, Papa de 1227 a 1241, foi oficialmente criada a Inquisição ou Tribunal do Santo Ofício, um tribunal eclesiástico que julgava os hereges e as pessoas suspeitas de se desviarem da ortodoxia católica.


Em 1252, o Papa Inocêncio IV (1243-1254) publicou o documento "Ad Exstirpanda", autorizando a tortura e declarando que "os
hereges devem ser esmagados como serpentes venenosas".

A inquisição tinha como um dos seus mais eficientes instrumentos, para conseguir confissões, de culpados ou inocentes, a
tortura: homens e mulheres, novos e velhos, jovens ou anciãos sofreram os mais cruéis suplícios já registrados na história.

O processo da inquisição era sumário. Aos réus não era concedido o direito de apelação da sentença. Os advogados nomeados eram fiéis papistas: defendiam menos os direitos dos acusados do que os interesses de Roma.


Qualquer pessoa, até anônimos e crianças, podiam acusar alguém de heresia. A denúncia era a prova. O julgamento era secreto e particular. Se o réu confessasse podia se beneficiar com a absolvição dada por um padre, para livrar-se do inferno.

As testemunhas poderiam ser submetidas a tortura, se entre elas houvesse indícios de contradições.

Tão logo recebiam a denúncia, os inquisidores providenciavam a prisão do acusado. A partir daí ele ficava preso e incomunicável por um tempo indeterminado.

Qualquer tentativa da família ou de amigos de demonstrar interesse pelo livramento do herege, poderia ser arriscada, pois amigos de herege também eram hereges.

As penas aplicadas variavam entre:


01. reclusão carcerária, temporária ou perpétua;

02. trabalhos forçados nas galés;
03. excomunhão e entrega às autoridades seculares para serem levados à fogueira.

O confisco dos bens e flagelação das vítimas eram de praxe em todos os casos.


A legislação do Tribunal do Santo Ofício


O terceiro Concílio de Latrão, em 1179, decretou a perseguição permanente aos hereges.

Os leigos eram obrigados a prestar informações para o bom desempenho do trabalho, ainda que fosse uma simples suspeita.

Em 1184, o Concílio de Verona, convocado pelo Papa Lúcio III (1181-1185), ordenou aos arcebispos e bispos visitarem ou mandarem visitar, em seu nome as paróquias suspeitas de heresia, e estabeleceu severas penas contra os heréticos, tais como banimento, confisco, demolição de casas, declaração de infâmia e perda de direitos civis.

Nesse encontro estabeleceram-se as bases da Inquisição que seria oficializada mais tarde.

O quarto Concílio de Latrão, convocado em 1215 pelo Papa Inocêncio III, prescreveu que os condenados por heresia deviam ser entregues às autoridades seculares para serem castigados.

No caso de clérigos, deveriam ser desligados de suas Ordens.
Quanto aos bens de todos, seriam confiscados.

Uma das deliberações do Concílio foi a condenação de todos os hereges sob qualquer denominação com que se apresentassem.


De 1200 a 1500 desdobrou-se uma longa enfiada de ordenanças pontifícias acerca da inquisição

Essas ordenações se foram agravando cada vez mais, em dureza e crueldade. Cada papa, ao subir ao trono, ratificava as disposições de seus antecessores, e acrescentava mais um andar ao edifício.
Todas as palavras dessa legislação convergiam a um só intento: extirpar absolutamente qualquer desvio contra a fé.

Na reforma da Cúria realizada por Pio X em 1908, O Tribunal do Santo Ofício transformou-se na Congregação do Santo Ofício e, em 1965, após a reforma de Paulo VI, subsistiu como Congregação para a Doutrina da Fé.

Oficialmente, a Inquisição durou mais de cinco séculos.

A Santa Ceia - Jantando com Cristo

A Santa Ceia: Uma introdução
A Santa Ceia é um dos eventos principais da vida terrena de Jesus Cristo registrados na Bíblia. A Santa Ceia é uma descrição da última refeição de Jesus Cristo com os Seus discípulos antes de ser preso e crucificado na cruz romana cerca de 2000 anos atrás. A Santa Ceia contém muitos princípios importantes e continua a ser uma parte importante da vida dos Cristãos por todo o mundo.
A Santa Ceia: A sua importância
A Santa Ceia é descrita em três dos quatro Evangelhos do Novo Testamento: Mateus, Marcos e Lucas. Veja a seguir um resumo dos pontos mais importantes, assim como registrados no livro de Lucas. Primeiro, Jesus predisse que sofreria logo após a ceia e que essa seria sua última refeição antes de terminar a sua tarefa a favor do reino de Deus (Lucas 22:15-16). Segundo, Jesus dá aos seus seguidores símbolos como lembrança do Seu corpo e Seu sangue sacrificados a favor da humanidade. "E tomando pão, e havendo dado graças, partiu-o e deu-lho, dizendo: Isto é o meu corpo, que é dado por vós; fazei isto em memória de mim'" (Lucas 22:19).

Terceiro, Jesus providencia um princípio muito importante para viver a vida Cristã: o maior será o que serve, não o que espera ser servido (Lucas 22:26). Finalmente, Jesus providencia esperança aos seus seguidores:"e assim como meu Pai me conferiu domínio, eu vo-lo confiro a vós;para que comais e bebais à minha mesa no meu reino, e vos senteis sobre tronos, julgando as doze tribos de Israel" (Lucas 22:29-30).

Nos últimos dois milênios, a Santa Ceia tem inspirado as pessoas a terem fé em Jesus Cristo e a servirem ao próximo, ao invés de seguir as influências do mundo de querer ser servido.
A Santa Ceia: A História do Evento
A Santa Ceia ocorreu na noite de preparação da Páscoa judaica, uma época muito importante para os judeus em lembrança de quando Deus os salvou da praga da morte a todo primogênito no Egito. Jesus planejou a ceia intencionalmente, instruindo os discípulos quanto ao lugar onde seria celebrada. Seus doze discípulos estavam com Ele durante e logo após da santa ceia. É aqui que Jesus prediz que Pedro irá negar três vezes que O conhece antes que o galo cacareje na manhã seguinte, e assim aconteceu. Jesus também predisse que um discípulo, Judas Iscariote, iria traí-lo, e isso também aconteceu. A Santa Ceia foi uma reunião de Cristo com seus discípulos mais uma vez antes de ser preso e crucificado.
A Santa Ceia: A Aplicação
Depois da Santa Ceia, Jesus Cristo voluntariamente e obedientemente permitiu que fosse brutalmente sacrificado na cruz de madeira. Ele fez isso para reconciliar cada um de nós a Deus ao pagar pelo débito dos nossos pecados, algo que nunca poderíamos fazer com nossas próprias forças. Em troca, Jesus faz um simples pedido: lembrar desse ato de amor que Ele fez a nosso favor. Jesus Cristo não tinha a obrigação de morrer por nós. Ele fez isso, no entanto, porque Ele valoriza cada vida aqui na terra e quer ver cada um de nós em Sua presença no céu. Por toda a Bíblia, e por toda a história, a verdade da mensagem de Cristo tem sido estabelecida – que podemos estar na presença de Cristo no céu ao reconhecer Seu sacrifício e aceitá-lO em nossa vida. Além disso, podemos aplicar as lições que Jesus ensinou na Santa Ceia, as lições de viver fielmente aqui na terra e servir outros em amor. O pão é um símbolo do corpo de Jesus que nunca deve ser esquecido de como foi dado a nós. O copo representa o sangue de Cristo que também nunca deve ser esquecido de como foi derramado por nós. Jesus Cristo tem oferecido a todos o presente da Sua vida, morte e ressurreição. A Santa Ceia nos relembra do sacrifício de Cristo, e que através de fé nEle podemos estar em sua presença por toda a eternidade.
Você tem 100% de certeza de que irá ao Céu?

terça-feira, 24 de maio de 2011

"O símbolo oferece-se em silêncio àquele cujos olhos do coração estão abertos".



"O Simbolismo transforma os fenômenos visíveis em uma idéia, e a idéia em imagem, mas de tal forma que a idéia continua a agir na imagem, e permanece, contudo, inacessível; e mesmo se for expressa em todas as línguas, ela permanece inexprimível. Já a Alegoria, transforma os fenômenos visíveis em conceito, o conceito em imagem, mas de tal maneira, que esse conceito continua sempre limitado pela imagem, capaz de ser inteiramente apreendido e possuído por ela, e inteiramente exprimido por essa imagem."
               
A Maçonaria, é definida através das instruções maçônicas inglesas, como um sistema peculiar de moralidade, velado por alegorias e ilustrado por símbolos.
Em sua "Encyclopedia of Freemasonry", o sábio Albert Galatin Mackey prefere ir mais longe:
"A Maçonaria é um sistema de moralidade desenvolvido e inculcado pela ciência do simbolismo. Este caráter peculiar de instituição simbólica e também a adoção deste método genuíno de instrução pelo simbolismo, emprestam à Maçonaria a incolumidade de sua identidade e é também a causa dela diferir de qualquer outra associação inventada pelo engenho humano. É o que lhe confere a forma atrativa que lhe tem assegurado sempre a fidelidade de seus discípulos e a sua própria perpetuidade."
De fato, a Maçonaria adotou o método de instrução, ela não o inventou.
A simbologia é a ciência mais antiga do mundo e o método de instrução dos homens primitivos. É graças a ela que tomamos conhecimento hoje, da sabedoria dos povos antigos e dos filósofos. O acervo religioso, cultural e folclórico da humanidade está preservado através do simbolismo, desde a pré-história.
O princípio do pensamento simbólico está fincado em uma época anterior à história, nos fins do período paleolítico. Os mestres da humanidade primitiva, podem ser facilmente localizados, através de estudos sobre gravações epigráficas.
A Maçonaria é a legítima herdeira espiritual das sociedades iniciáticas da antiguidade, porque perpetua o tradicional método de instrução, no ensinamento de suas doutrinas.

Maçonaria

A Maçonaria é uma Ordem Universal formada de homens de todas as raças, credos e nacionalidades, acolhidos por suas qualidades morais e intelectuais e reunidos com a finalidade de construírem uma Sociedade Humana, fundada no Amor Fraternal, na esperança com amor à Deus, à Pátria, à Família e ao Próximo, com Tolerância, Virtude e Sabedoria e com a constante investigação da Verdade e sob a tríade LIBERDADE, IGUALDADE E FRATERNIDADE, dentro dos princípios da Ordem, da Razão e da Justiça, o mundo alcance a Felicidade Geral e a Paz Universal.
A Maçonaria não é uma sociedade secreta, no sentido como tal termo é geralmente empregado. Uma sociedade secreta é aquela que tem objetivos secretos e oculta a sua existência assim como as datas e locais de suas sessões. O objetivo e propósito da Maçonaria, suas leis, história e filosofia tem sido divulgados em livros que estão à venda em qualquer livraria. Os únicos segredos que a maçonaria conserva são as cerimônias empregadas na admissão de seus membros e os meios usados pelos Maçons para se conhecerem.
A Maçonaria não é uma religião no sentido de ser uma seita, mas é um culto que une homens de bons costumes. A Maçonaria não promove nenhum dogma que deve ser aceito taticamente por todos, mas inculca nos homens a prática da virtude, não oferecendo panacéias para a redenção de pecados. Seu credo religioso consiste apenas em dois artigos de fé que não foram inventados por homens, mas que se encontram neles instintivamente desde os mais remotos tempos da história: A existência de Deus e a Imortalidade da Alma que tem como corolário a Irmandade dos Homens sob a Paternidade de Deus.
A Maçonaria não é contra qualquer religião. Ela ensina e pratica a tolerância, defendendo o direito do homem praticar a religião ed seu agrado. A Maçonaria não dogmatiza as particularides do credo e da religião. Ela reconhece os benefícios e a bondade assim como a verdade de todas as religiões, combatendo, ao mesmo tempo, as suas inverdades e o fanatismo.
A Maçonaria não é ateísta nem agnóstica. O ateu é aquele que diz não acreditar em Deus enquanto o agnóstico é aquele que não pode afirmar, conscientemente, se Deus existe ou não. Para ser aceito e ingressar na Maçonaria, o candidato deve afirmar a crença em Deus.
A Maçonaria não é um partido político. Ela não tem partido. Em princípio, a maçonaria apóia o amor à Pátria, respeito às leis e à Ordem, propugnando pelo aperfeiçoamento das condições humanas. Os maçons são aconselhados a se tornarem cidadãos exemplares e a se afastarem de movimentos cuja tendência seja a de subverter a paz e a ordem da sociedade, e se tornarem cumpridores das ordens e das leis do país em que estejam vivendo, sem nunca perder o dever de amar o seu próprio país. A maçonaria promove o conceito de que não pode existir direito sem a correspondente prestação de deveres, nem privilégios sem retribuição, assim como privilégios sem responsabilidade.
A Maçonaria não é uma sociedade de auxílios mútuos, ela não garante à ninguém a percepção de uma soma fixa e constante a nenhum de seus membros, na eventualidade de uma desgraça ou calamidade pode reclamar tal auxílio. Entretanto, a Maçonaria se empenha para que nenhum de seus membros sofra necessidades ou seja um peso para os outros. O Maçom necessitado recebe de acordo com as condições e as possibilidades dos demais membros da Ordem.
A Maçonaria nem é uma ideologia, nem um "ismo". Ela não se envolve com as sutilezas da filosofia política, religiosa ou social. Mas, ela reconhece que todos os homens tem uma só origem, participam da mesma natureza e tem a mesma esperança e, por conseguinte, devem trabalhar em união para o mesmo objetivo - a felicidade e bem estar da sociedade.
A Maçonaria é uma organização mundial de homens que, utilizando-se de formas simbólicas dos antigos construtores de templos, voluntariamente se uniram para o propósito comum de se aperfeiçoarem na sociedade. Admitindo em seu seio, homens de caráter, sem consideração à sua raça, cor ou credo, a Maçonaria se esforça para constituir uma liga internacional de homens dedicados a viverem em paz, harmonia e afeição fraternal.
A missão da Maçonaria é a de "fazer amigos, aperfeiçoar suas vidas, dedicar-se às boas obras, promover a verdade e reconhecer seus semelhantes como homens e irmãos".
A missão da Maçonaria ainda é a prática das virtudes e da caridade, é confortar os infelizes, não voltar as costas à miséria, restaurar a paz de espírito e a paz aos desamparados e dar novas esperanças aos desesperançados.
A Maçonaria não "convida" ninguém, mesmo aos mais qualificados para se tornarem um membro da Ordem. Aquele que deseja entrar para ela, deve manifestar esse desejo espontaneamente, declarando que livre e conscientemente deseja participar dela.
A Maçonaria não prende nenhum homem a juramentos incompatíveis com sua consciência o liberdade de pensar.
Tendo evoluído da Maçonaria Operativa que erguia templos no período da construção de catedrais, a Maçonaria adotou a antiga regulamentação que provia o seguinte: "As pessoas admitidas como membros de uma Loja devem ser homens bons e de princípios virtuosos, nascidos livres de idade madura, sem vínculos que o privem de pensar livremente, sendo vedada a admissão de mulheres assim como homens de comportamento duvidoso ou imoral.
A regularidade da maçonaria se deve ao fato de se ater aos seus princípios básicos e imutáveis regidos por mandamentos, entre os quais se inclui o que acima se disse.
Os lugares onde os maçons se reúnem são chamados de templos porque, embora não sendo uma religião ou reunindo-se em uma igreja, a Maçonaria preserva religiosamente os direitos de cada indivíduo praticar a religião ou credo de sua preferência, mantendo-se eqüidistante das diferentes seitas ou credos. Ela ensina a todos como respeitar e tolerar as religiões diversas de seus membros.
Nem mesmo em um país como os Estados Unidos que agora se compõe de 50 Estados e conta com cerca de 4 milhões de Maçons, obedece a Maçonaria a uma autoridade suprema. A Maçonaria em cada país ou em cada estado de uma Federação é regulada e dirigida por uma Grande Loja independente e soberana.
Conheça os símbolos mais usados pela maçonaria na nossa página sobre o simbolismo.
Simbolismo

Santo Sudário será exposto a fiéis

O assunto a respeito do Sudário, volta e meia, aparece na mídia. Como a sua veracidade ainda não foi comprovada, a dúvida persegue os líderes religiosos que possuem interesse específico no caso. Embora, para alguns deles, trata-se de uma peça absolutamente verdadeira, seria, conforme pensam, a mesma que envolveu o corpo de Jesus.
  Essa peça de linho branco, medindo 4,30 m de comprimento e 1, 10 m de largura, é atualmente propriedade do Vaticano, que, diga-se de passagem, prudentemente não a reconhece como prova material de qualquer milagre. Deixando para a Ciência atestar ou não a sua autenticidade.
Em 1978, laboratórios internacionais nos EUA, Inglaterra e Suíça, após o teste do Carbono 14, estimaram que essa peça teria menos de 700 anos. Foi um baque para os que acreditavam na sua autenticidade. Mas, a coisa não parou por aí, pois o resultado do teste foi contestado, voltando tudo a estaca zero.

O Santo Sudário é autêntico?

Manto que teria coberto o corpo de Jesus já foi estudado inúmeras vezes. Embora os testes apontem para uma falsificação, ninguém é capaz de dizer como a imagem de Cristo foi parar lá.

por Tatiana Achcar e Maria Fernanda Almeida

Um tecido surrado, estreito e comprido que, entre manchas envelhecidas de sangue e de tecido queimado, forma a figura de um homem barbudo e despido de 1,83 metro de altura. A coroa de espinhos tem forma de capacete, nas costas vêem-se as marcas de 39 chicotadas, os olhos estão cobertos por moedas do Império Romano. Para os fiéis, não há dúvida: é Jesus Cristo, que foi enterrado na mortalha, deixada na tumba quando ele ascendeu ao céu. Para os não-crentes, resta muita polêmica em torno da autenticidade da maior relíquia do catolicismo. Seria o Santo Sudário o símbolo verdadeiro da paixão e ressurreição de Cristo ou uma farsa genial?
Um dos primeiros documentos que mencionam o sudário, a carta enviada pelo bispo francês Pierre d’Arcis ao papa Urbano VI em 1389, conta que o linho foi pintado a pena. Por quase 500 anos, foi consenso que o sudário não passava de fraude.
Em 1898, a imagem nítida do corpo estampado da relíquia que surgia espantosamente no negativo do fotógrafo italiano Secondo Pia voltou a levantar polêmica. Em 1978, a Igreja submeteu seu tesouro ao teste que denunciaria sua idade, a prova do carbono 14 – realizada pela Universidade de Oxford, pelo Instituto Politécnico de Zurique e pela Universidade do Arizona. O resultado não deixava dúvidas: o linho foi feito entre 1260 e 1390. Não fosse o calor de incêndios e fervuras que o manto passou em três ocasiões, o teste do carbono 14 encerraria a questão. Mas temperaturas elevadas afetariam a precisão do teste do carbono 14 em 600 anos, como afirmaram físicos da Universidade Harvard. Para os defensores da sua autenticidade, a descoberta de polens típicos da Palestina pode ter atrapalhado o exame do carbono 14. Por isso é que muitos querem um novo exame.
Para o físico inglês Toddy Hall, da Oxford, o pano não tem a mais remota chance de ser da época de Cristo. “É uma criação muito bem elaborada ou um pano usado num funeral da Idade Média”. Se for uma farsa medieval, como indica o teste da idade, ela foi perfeitamente calculada. Estudos mostram que as marcas de chagas estão na altura dos pulsos – se os cravos estivessem na palma das mãos, como nos quadros que retratam a crucificação, a carne se rasgaria. Os testes detectaram também a presença de substâncias invisíveis a olho nu secretadas pelas feridas, além de líquido pleural. São detalhes anatômicos e fisiológicos que, aparentemente, ninguém conhecia no século 13.

Santo Graal

O Santo Graal é um dos mais antigos e enigmáticos mitos da humanidade. Sob uma análise superficial, é o cálice usado por Jesus Cristo no episódio da Última Ceia e que contém seu sangue, que havia sido recolhido no momento da crucificação.
O termo Graal, no francês arcaico, significa bandeja. Por outro lado, pode ter origem latina, no vocábulo Gradalis, que significa cálice. Já o termo Sangraal seria uma variação etimológica de Sangue Real.


Origens Celtas

A origem do mito pode ser analisada sob um ponto de vista pré-cristão. Sabe-se que entre os celtas, recipientes utilizados para armazenar alimentos, eram considerados objetos sagrados. Este conceito estende-se ao caldeirão mágico (representando o útero da Deusa) referencial de ritos pagãos, capaz de renovar e ressuscitar.
Portanto, partindo do princípio que os celtas instalaram-se em diversas regiões da Europa, inclusive onde atualmente é o Reino Unido, e as primeiras citações históricas do Graal referem-se às lendas arthurianas, que, por sua vez, surgiram nesta região, é possível que o mito do Cálice Sagrado tenha apenas se transportado através dos séculos e sido adaptado ao Graal; desta vez, através de uma releitura cristã. Porém, mesmo entre os celtas, já havia uma lenda semelhante de um valoroso líder que saía em busca de um caldeirão sagrado.
Numa narrativa mais fantasiosa, o próprio Cristo, quando esteve na Cornualha, recebeu de presente um cálice de um druida (sacerdote celta). Jesus atribuía um valor especial e este objeto. Após o episódio da crucificação, José de Arimatéia decidiu levar o objeto, já santificado pelo sangue de Jesus, de volta ao sacerdote celta. Este sacerdote celta seria Merlin, o poderoso mago das lendas da Távola Redonda.


Origens Cristãs

Há, pelo menos, duas versões para justificar a origem e o desenvolvimento histórico do mito. Numa primeira análise, a lenda conta que José de Arimatéia recolheu no cálice utilizado na Última Ceia, o sangue de Jesus, no momento em que este era crucificado, após o último golpe de lança aplicado pelo soldado romano conhecido por Longinus.
José, que era membro do Sinédrio (tribunal judeu) e um homem de posses, solicitou ao imperador Poncio Pilatos o corpo de Cristo como uma "recompensa" por seus préstimos ao império. Pilatos atendeu ao pedido e José enterrou o corpo de Cristo em suas terras.
Após este fato, José de Arimatéia, que secretamente era seguidor de Cristo, teria sido feito prisioneiro pelos judeus por ocasião do sumiço do corpo de Cristo. José ficou muito tempo como prisioneiro numa cela sem janelas, alimentando-se apenas de uma hóstia diária, entregue por uma pomba que se materializava. Certa vez, o próprio Cristo surgiu diante de José entregou-lhe o Graal com a missão de protegê-lo.
Após conquistar a liberdade, utilizou-se de uma conhecida rota comercial e viajou para Inglaterra, levando consigo o Cálice Sagrado. Ao chegar, reuniu alguns discípulos de Cristo e fundou uma pequena Igreja, onde atualmente há as ruínas da Abadia de Glastonbury. Porém, não é possível afirmar onde o Graal teria sido ocultado a partir deste momento.
Numa segunda versão, Maria Madalena (que em interpretações não-canônicas, poderia ser esposa de Cristo), teria tomado posse do cálice e levado para a França, onde passou o resto da vida.
Em ambas versões, após o Cálice Sagrado chegar em terras européias, seja através de Maria Madalena ou José de Arimatéia, segue diversas rotas entre os alguns países deste continente e confunde-se entre a história e a literatura medieval.


Trajetória do Graal na história

A continuidade mais conhecida sobre o destino do Graal, atesta que este teria ficado sob a tutela dos Templários. Assim, os Cavaleiros teriam levado o cálice para a aldeia francesa de Rennes-Le-Château. Sob outra narrativa, o Graal teria sido levado para a cidade de Constantinopla e em seguida para Troyes, onde no período da Revolução Francesa (a partir de 1789), teria desaparecido misteriosamente.
Uma outra versão atesta que os cátaros, um grupo cristão que vivia isolado na fortaleza de Montsegur e pregava uma fé simples, oposta às imposições clericais, ocultavam uma relíquia religiosa de valor muito alto. Mas, em meados do século XIII, os cátaros foram vítimas de uma invasão de cruzados ordenada pelo Papa. Mais de duzentos membros da doutrina foram queimados sob a acusação de heresia e a misteriosa relíquia desapareceu durante a investida dos soldados. Mas não há nenhuma evidência confiável indicando que fosse o Graal.
Neste mesmo período, surgem boatos de que os cruzados que regressavam de Jerusalém traziam consigo uma âmbula contendo o sangue de Cristo; contradizendo e confundindo ainda mais a rota histórica do Santo Graal.
Entretanto, através de estudos arqueológicos e investigações profundas, tomando como base também os primeiros registros literários, foi possível traçar uma linha mais próxima da realidade sobre a trajetória do Graal na Europa e na história.
Inicialmente, nos primeiros três séculos após chegar em solo europeu, o cálice teria ficado na Itália. Por volta do século III, o monge São Lourenço o levou para a região dos Pirineus Orientais, na Espanha. Noutra versão, seria um ermitão de nome Juan de Atares.
Ainda, seguindo a rota sugerida nas obras literárias medievais, principalmente em Parzifal (Wolfram von Eschenbach), o cálice teria sido ocultado no monastério de San Juan de La Penha, na cadeia montanhosa dos Pirineus. Neste ponto há uma conexão real entre a obra de Eschenbach e o relato histórico do monge São Lourenço que conduziu o cálice até os Pirineus.
Ainda tomando por base a obra Parzifal, porém, havendo neste ponto um "vácuo histórico", o Santo Graal passa por Zaragoza e surge, desta vez, na Catedral de Valência, na qual há uma pequena capela, construída no século XIV, conhecida como Capela do Santo Cálice. Neste local, aos olhos dos visitantes mas protegido por um sacrário à prova de balas, encontra-se um cálice ostentado há mais de seiscentos anos como o legítimo Santo Graal.
As evidências científicas atestam que esta relíquia foi produzida entre a segunda metade do primeiro século antes de Cristo e a primeira metade do primeiro século da era Cristã. Ainda, esta peça foi produzida em ágata roxa na região de Alexandria ou Antioquia; mas, posterior-mente, já na Espanha, no século XIII, recebeu adornos de ouro e de pedras preciosas como esmeraldas e rubis, tendo o conjunto uma altura de aproximadamente 17 centímetros.
Portanto, é cientificamente comprovado que o Cálice da Catedral de Valência foi produzido no período e região correspondente à versão cristã do Santo Graal. Mas a Igreja não o aceita como uma relíquia religiosa e também não é possível atestar que seja este o cálice que comportou o sangue de Cristo.


Literatura e Simbolismo

Entre tantos aspectos simbólicos atribuídos ao Graal, muitos nasceram na interpretação dos artistas que, ao longo dos séculos, recondicionaram a lenda de diversas formas, principalmente na literatura medieval.
Por volta do ano 1190, o romance de Chrétien de Troyes intitulado Le Conte du Graal, narra a busca pelo cálice. Trata-se de um poema inacabado contendo nove mil versos que abordam a busca pelo Santo Graal. Interessante é que o lendário Rei Arthur não participa diretamente da epopéia, que finaliza sem que o objeto almejado seja encontrado. Esta obra foi o ponto de partida para as obras futuras abordando o tema.
Entre 1200 e 1210, o francês Robert de Boron, publicou Roman de L'Estoire du Graal; o que popularizou ainda mais o tema e inseriu os elementos históricos não muito diferentes dos que são conhecidos atualmente.
Outra obra de Boron, Joseph d'Arimathie, traça conexões simbólicas interessantes ao citar que José de Arimatéia foi ferido na coxa por uma lança. Em outra versão, o ferimento é nos órgãos genitais. Percebe-se, portanto, uma associação entre a lança, arma utilizada pelos soldados romanos, e a espada, principal arma e uma das maiores referências das lendas arthurianas (como a mítica Excalibur). Assim, o ferimento nos genitais sofrido por José em virtude de sua quebra do voto de castidade, associa-se à traição de Lancelot, um dos componentes da Távola Redonda e homem de confiança de Arthur, que tornou-se amante de Guinevere, esposa do Rei.
Nesta mesma época, a obra Parzifal do autor alemão Wolfram von Eschenbach associa o Graal a uma esmeralda também chamada Exillis, Lapis exillis ou Lapis ex coelis (pedra caída do céu). Esta esmeralda seria parte do terceiro olho de Lúcifer, que se partiu quando o anjo se rebelou contra o Reino Divino. Uma das partes desta esmeralda teria sido entregue aos templários para que ficasse protegida de intenções malignas. Deste modo, pode-se entender também que a esmeralda (que neste caso é o Santo Graal) faz alusão à mítica Pedra Filosofal dos alquimistas.
Já na obra Le Grand Graal, continuação de autoria anônima da epopéia de Robert de Boron, o Graal é um livro escrito por Jesus, que apenas aqueles que estivessem "imersos na Graça Divina" poderiam lê-lo e compreendê-lo.
O livro The Holy Grail, Its Legends and Symbolism, de Edward Waite, reúne vários elementos utilizados nas lendas medievais sobre o Graal. Joseph Goering, professor de história da Universidade de Toronto e autor de The Virgin and the Grail (A Virgem e o Graal), acredita que as pinturas datadas do século XII encontradas em oito igrejas nos Pirineus, entre a França e a Espanha, ilustram a Virgem Maria segurando um recipiente luminoso conhecido pelo nome de graal no dialeto local. O americano Dan Brown, autor de O Código Da Vinci, também cita amplamente o Graal em sua obra e conecta a vida de Jesus Cristo, Maria Madalena, Leonardo Da Vinci e outras referências históricas sob uma perspectiva fictícia.
Ainda, seja sob a ótica cristã ou pagã, muitos dos aspectos do Graal estão relacionados com a busca da perfeição. Por exemplo, quando Arthur e os cavaleiros partem em busca do Cálice Sagrado que poderia evitar a queda de seu reinado, estão buscando virtudes como nobreza e justiça.
Arthur e a Távola Redonda podem ser, respectivamente, associados a Jesus e seus apóstolos. Judas Iscariotes é o seguidor que traiu seu líder (Jesus Cristo) assim como Lancelot traiu Arthur ao se envolver com Guinevere. A lança que fere Cristo pode ser interpretada como o elemento masculino; o cálice como o útero feminino. Portanto, há o simbolismo do sangue nobre (de Jesus Cristo) fecundando o "útero mágico" representado pelo Graal.
No entanto, o Santo Graal pode ser uma metáfora que refere-se à própria Maria Madalena que, sendo ela esposa de Cristo (em interpretações, obviamente, não aceitas pela Igreja), seria portadora da linhagem sagrada do Filho de Deus.
Através de uma análise histórica, o Graal pode ser compreendido como a motivação que os cruzados encontraram após a decepção das mal sucedidas batalhas na Terra Santa. Neste caso, o Graal representa um novo ideal de vida aos que foram derrotados pelos "infiéis".
Sob um ponto de vista mais amplo, o Santo Graal, Rei Arthur e a lendária Excalibur são arquétipos distintos que traçam um mesmo conceito: o Rei (líder) virtuoso que, por seus méritos, conquista uma poderosa espada e torna-se invencível, partindo em busca de um objeto mágico capaz de restabelecer a ordem, a paz e a prosperidade em seu reino.
De qualquer forma, na condição de uma relíquia histórica da cristandade ocidental, não é possível avaliar o Santo Graal encontrado atualmente em Valência ou o Santo Graal metafórico do imaginário medieval; pois ambos têm valores distintos e igualmente incalculáveis. O Santo Graal é uma referência secular de valores humanos perdidos que, simbolicamente, serão resgatados por um profeta, um valente guerreiro, um líder de uma nação ou simplesmente por quem se revelar digno de portá-lo.

A Arca da Aliança, Arca de DEUS






Arca do Pacto é descrita na Bíblia como o objeto em que as tábuas dos Dez mandamentosteriam sido guardadas, como também veículo de comunicação entre DEUS e seu povo escolhido. Foi objeto de veneração entre os hebreus até seu desaparecimento, que segundo especulações, ocorreu na conquista de Jerusalém por Nabucodonozor. Segundo o livro de II Macabeus, o profeta Jéremias foi o responsável por escondê-la.



ORIGEM: Segundo o livro do Êxodo, a montagem da Arca foi orientada por Moisés, que por instruções divinas indicou seu tamanho e forma. Nela foram guardadas as duas tabuas da lei; a vara de Arão; e um vaso do maná. Estas três coisas representavam a aliança de DEUS com o povo de Israel. Para judeus e prosélitos a Arca não era só uma representação, mas a própria presença de DEUS.



CONSTRUÇAO: A Bíblia descreve a Arca da Aliança da seguinte forma: caixa e tampa de madiera de acácia, com 2 côvados e meio de comprimento (um metro e onze centímetros ou 111 cm), e um côvado e meio de largura e altura (66,6 cm). Cobriu-se de ouro puro por dentro e por fora. - (Êxodo 25:10 a 16)Para seu transporte, necessário para um povo ainda nômade (nómada), foram colocadas quatro argolas de ouro nas laterais, onde foram transpassados varas de acácia recobertas de ouro. Assim, o objeto podia ser carregado pelo meio do povo.Sobre a tampa, chamada Propiciatório "o Kapporeth", foi esculpida uma peça em ouro, formada por dois querubins ajoelhados de frente um para o outro, cujas asas esticadas para frente, tocavam-se na extremidade, formando um arco, de modo defensor e protetor. Eles se curvavam em direção à tampa em atitude de adoração (Êxodo 25:10-21; 37:7-9). Segundo relato do verso 22, DEUS se fazia presente no propiciatório no meio dos dois Querubins de ouro em uma presença misteriosa que os Judeus chamavam Shekinahou presença de DEUS.A Arca fazia parte do conjunto do Tabernaculo, com outras tantas especificações. Ela ficaria repousada sobre um altar, também de madeira coberto de ouro, com uma coroa de ouro ao lado.Somente os sacredotes levitas poderiam transportar a tocar na arca, e apenas o Sumo-Sacerdote, uma vez por ano, no dia da expiação, quando a Luz de Shekinah se manifestava, entrava no santíssimo do templo. Estando ele em pecado, morreria instantaneamente.Outros relatos bíblicos se referem ao roubo da arca por outros povos inimigos de Israel (filisteus), que sofreram chagas e doenças enquanto tinham a arca em seu poder. Homens que a tocavam que não fossem levitas ou sacerdotes morriam instantaneamente. Diante dessas terríveis doenças causadas pela presença da Arca do SENHOR DEUS de Israel, os filisteus se viram numa necessidade de se livrarem do objeto de adoração, então, a mandaram para a cidade de Gate, e logo após para Ecron, sendo sempre rejeitada, o que acarretou na sua devolução ao povo de Israel...

Os Dez Mandamentos

SUMÁRIO: 1. Introdução. 2. Conceito. 3. Considerações Iniciais. 4. Moisés e os Dez Mandamentos: 4.1. Contexto Histórico; 4.2. A Descrição dos Dez Mandamentos; 4.3. A Lei de Deus está Formulada nos Dez Mandamentos. 5. Reflexão sobre os Dez Mandamentos: 5.1. Comentando, Um a Um, os Dez Mandamentos; 5.2. O Ensinamento de Allan Kardec; 5.3. A Interpretação do Espírito André Luiz. 6. Conclusão. 7. Bibliografia consultada.
1. INTRODUÇÃO
O que são os Dez Mandamentos? Por quê dez? É correto usar o termo mandamento? Moisés recebeu-os diretamente de Deus? Qual a visão espírita desse código de conduta? Esses mandamentos ainda são válidos nos dias que correm? Veremos a posição de Moisés, o comentário expresso em O Evangelho Segundo o Espiritismo e a interpretação dada pelo Espírito André Luiz.
2. CONCEITO
Decálogo. Assim são chamadas as "dez palavras" que Moisés por ordem Javé, ou que o próprio Javé  escreveu nas duas tábuas de pedra, e que continham as obrigações fundamentais da Aliança.
Mandamentos são os princípios éticos transmitidos por Deus aos homens de todos os tempos, através de emissários chamados profetas. Foram sintetizados no Decálogo, o qual Jesus não veio derrogar, mas sim aperfeiçoar. (Equipe da FEB, 1995)
3. CONSIDERAÇÕES INICIAIS
A Bíblia é dividida em Velho e Novo Testamento. A palavra Testamento significa Aliança. Há, assim, uma aliança (velha) de Deus feita com os profetas, notadamente Moisés, e outra (nova) com Jesus.
Moisés recebe de Deus os Dez Mandamentos, descrito em Êxodo, 20, 2 a 17. É repetido novamente em Deuteronômio, 5, 6 a 21, usando palavras similares. Decálogo significa dez palavras. Estas palavras resumem a Lei, dada por Deus ao povo de Israel, no contexto da Aliança, por meio de Moisés. Este, ao apresentar os mandamentos do amor a Deus (os quatros primeiros) e ao próximo (os outros seis), traça, para o povo eleito e para cada um em particular, o caminho duma vida liberta da escravidão do pecado. De acordo com o livro bíblico de Êxodo, Moisés conduziu os israelitas que haviam sido escravizados no Egito, atravessando o Mar Vermelho dirigindo-se ao Monte Horebe, na Península do Sinai. No sopé do Monte Horebe, Moisés ao receber as duas "Tábuas da Lei" contendo os Dez Mandamentos de Deus, estabeleceu solenemente um Pacto (ou Aliança) entre YHVH e o povo de Israel. (Wikipédia)
Os Dez Mandamentos, proveniente de Assêret Hadibrot, dá-nos a falsa impressão de que existem Dez Mandamentos, que foram separados como sendo os mais importantes da Torá. A tradução correta de Assêret Hadibrot é "Dez Falas" ou "Dez Ditos", sendo que estes são dez princípios que incluem toda a Torá e seus 613 preceitos, inclusive estes dez. (http://www.chabad.org.br/tora/10mandamentos.htm)
4. MOISÉS E OS DEZ MANDAMENTOS
4.1. CONTEXTO HISTÓRICO
Na antiguidade, falava-se muito da Lei. A Lei no Antigo Testamento recebe diversas denominações: ensinamento, testemunho, preceito mandamento, decisão (ou juízo, julgamento), palavra, vontade, caminho de Deus. O termo hebraico Torah (Lei), por exemplo, tem um sentido amplo e significa "ensinamento" dado por Deus aos homens para regular sua conduta. A Lei está em íntima relação com a Aliança. Na Aliança Deus faz promessas, mas estabelece condições: Israel deverá obedecer à sua voz e observar as suas prescrições, caso contrário cairão sobre Israel as maldições divinas. Essa ligação entre a Lei e a Aliança explica que em Israel não haja outra lei que a de Moisés, pois Moisés é o mediador da Aliança.
4.2. A DESCRIÇÃO DOS DEZ MANDAMENTOS
Moisés recebeu as duas tábuas dos Dez Mandamentos no monte Sinai. Os dez mandamentos representam a primeira revelação divina aos homens. Ela foi local e pessoal e deu-se em Israel. Moisés foi o revelador. Dizem que recebeu diretamente de Deus. Em realidade, Moisés foi um grande enviado, um grande emissário, mais especificamente um grande médium.
4.3. A LEI DE DEUS ESTÁ FORMULADA NOS DEZ MANDAMENTOS:
I. Eu sou o Senhor, vosso Deus, que vos tirei do Egito, da casa da servidão. Não tereis, diante de mim, outros deuses estrangeiros. Não fareis imagem esculpida, nem figura alguma do que está em cima do céu, nem embaixo na Terra, nem do que quer que esteja nas águas sob a terra. Não os adorareis e não lhes prestareis culto soberano.
II. Não tomeis em vão o nome do Senhor vosso Deus.
III. Lembrai-vos de santificar o dia do sábado.
IV. Honrai a vosso pai e a vossa mãe, a fim de viverdes longo tempo na terra que o Senhor vosso Deus vos dará.
V. Não mateis.
VI. Não cometais adultério.
VII. Não roubeis.
VIII. Não presteis testemunho falso contra o vosso próximo.
IX. Não desejeis a mulher do vosso próximo.
X. Não cobiceis a casa do vosso próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu asno, nem qualquer das coisas que lhe pertençam.
5. REFLEXÃO SOBRE OS DEZ MANDAMENTOS
5.1. COMENTANDO, UM A UM, OS DEZ MANDAMENTOS
I. Eu sou o Senhor, vosso Deus, que vos tirei do Egito, da casa da servidão. Não tereis, diante de mim, outros deuses estrangeiros. Não fareis imagem esculpida, nem figura alguma do que está em cima do céu, nem embaixo na Terra, nem do que quer que esteja nas águas sob a terra. Não os adorareis e não lhes prestareis culto soberano.
Este primeiro mandamento estabelece que devemos amar um único Deus, que, segundo o Espiritismo, é a inteligência suprema causa primária de todas as coisas. Prega-se que não devemos adorar imagens ou coisas semelhantes. Por isso o Espiritismo não tem imagens, nem paramentos e nem qualquer tipo de ritualismo.
II. Não tomeis em vão o nome do Senhor vosso Deus.
Quando nos dirigirmos a Deus, devemos fazê-lo dentro da maior humildade, pois não são as promessas labiais que nos salvarão, mas a completa obediência aos seus mandamentos.
III. Lembrai-vos de santificar o dia do sábado.
Santificar o dia não é fazer dele uma idolatria, pois Jesus já nos ensinava que o sábado foi feito para o homem e não o homem para o sábado. Quer dizer, devemos prestar homenagem, reverência a Deus, mas não precisa ser exclusivamente no sábado.
IV. Honrai a vosso pai e a vossa mãe, a fim de viverdes longo tempo na terra que o Senhor vosso Deus vos dará.
A dívida para com os nossos pais é impagável. Não podemos lhes retribuir a nossa própria vida. Por isso, devemos respeitá-los e dar-lhes toda a nossa atenção. Não importa se são bons ou maus. A ingratidão dos filhos para com os pais não tem fundamento lógico: será que estaríamos escrevendo essas linhas se eles não nos tivessem dado a oportunidade da reencarnação?
V. Não mateis.
O ser humano não tem o direito de tirar a vida de quem quer que seja, pois ela pertence ao Criador. Aliás, não somos donos nem do nosso próprio corpo, que é um empréstimo de Deus para que possamos desempenhar as nossas funções aqui na Terra.
VI. Não cometais adultério.
O adultério não deve ser visto apenas como fornicação. O seu sentido é mais amplo, e deve ser estendido a todos os atos de nossa vida. Jesus já nos alertava sobre o pecado pelo pensamento, pois tudo começa com uma simples idéia.
VII. Não roubeis.
Há diversos tipos de roubos: de dinheiro, de coisas, de objetos. Há também os roubos de tempo, do sossego e da quietude do próximo.
VIII. Não presteis testemunho falso contra o vosso próximo.
Cada um de nós pode ser o próximo que está recebendo falso testemunho. Será que gostaríamos que isso acontecesse conosco?
IX. Não desejeis a mulher do vosso próximo.
Desejar a mulher do próximo tem muito a ver com o adultério. Educar o pensamento e os sentimentos é o ponto chave. Mesmo assim, convém não nos deixarmos influenciar demasiadamente pelos meios de comunicação de massa.
X. Não cobiceis a casa do vosso próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu asno, nem qualquer das coisas que lhe pertençam.
A inveja é o maior dos males. Jesus ensinou-nos de que devemos ser nós mesmos. Ele dizia: "Sê tu mesmo, desenvolva a tua personalidade". Sigamos o nosso caminho. O que iremos ganhar andando pelo caminho traçado pelos outros?

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