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Demonologia é o estudo sistemático dos demônios. Quando envolve os estudo de textos bíblicos, é considerada um ramo da Teologia. Por geralmente se referir aos demônios descritos no Cristianismo, pode ser considerada um estudo de parte da hierarquia bíblica. Também não está diretamente relacionada ao culto aos demônios.


segunda-feira, 18 de março de 2013

Ouço Deus Me Chamar

Alta madrugada vai já estou deitado mas ouço Deus me chamar
Sua voz suave é como um sussurro, ouço Deus me chamar
Meu coração se aperta eu ando tão cansado
Tenho trabalhado tanto
Meu coração se aperta ao ouvi-lo me chamando
Me chamando, me chamando, me chamando, me chamando

Eu vou
Já estou indo ao teu encontro, Senhor
Vou correndo ao teu encontro
Eu vou
Já estou indo ao teu encontro, Senhor
Vou correndo ao teu encontro

Eu vou Senhor.
Alta madrugada vai já estou deitado mas ouço Deus me chamar
Sua voz suave é como um sussurro, ouço Deus me chamar
Meu coração se aperta eu ando tão cansado
Tenho trabalhado tanto
Meu coração se aperta ao ouvi-lo me chamando
Me chamando, me chamando, me chamando, me chamando

Eu vou
Já estou indo ao teu encontro, Senhor
Vou correndo ao teu encontro
Eu vou
Já estou indo ao teu encontro, Senhor
Vou correndo ao teu encontro

Eu vou
Já estou indo Senhor pro nosso encontro
Eu vou

Nem que seja pra ficarmos em silêncio a sós
Senhor só nós
Nem que seja simplesmente pelo prazer de ouvir tua voz
Nem que seja pra ficarmos em silêncio a sós
Senhor só nós
Nem que seja simplesmente pelo prazer de ouvir tua voz

Não a como desprezar o teu chamado
Não a como rejeitar tua presença

Eu vou
Eu vou, Senhor
Eu vou Senhor
Olhe aqui, Eu estou aqui Senhor
Oh Jesus

Eu vou
Já estou indo Senhor,
Eu já estou indo, eu estou chegando pro nosso encontro
Eu vou
Estou aqui pro nosso encontro
Cheguei pro nosso encontro

Ei Senhor Jesus,
Como eu poderia desprezar o teu chamado?
De estar na Tua presença?
Eu não posso Senhor perder essa honra e esse privilégio
Eu Te amo tanto Senhor,
O Senhor me amou primeiro,
Mas eu estou aqui Senhor, para Te dizer que eu Te amo
Que eu Te anelo, eu Te amo
Precioso Senhor
Ei Senhor,
Ei Senhor Jesus, eu Te amo
Eu estou aqui Senhor Jesus,
Pra o que Tu quiseres de mim
Eu estou aqui, eu Te amo Senhor Jesus

Já estou indo ao teu encontro, senhor
Vou correndo ao teu encontro

Pai de Multidões


Eu serei pai de multidões
Tocarei em muitas gerações
Eu serei pai de multidões
Tocarei em muitas gerações

Eu vejo um povo tão distante
Tão sozinho buscando salvação
Eu vejo órfãos e viúvas
Filhos pródigos tão longe do pai
Consolar os que choram
Libertar os cativos
Preparar o caminho
Anunciar tua salvação

Eu serei pai de multidões
Tocarei em muitas gerações
Eu serei pai de multidões
Tocarei em muitas gerações

Eu vejo um povo tão distante
Tão sozinho buscando salvação
Eu vejo órfãos e viúvas
Filhos pródigos tão longe do pai
Consolar os que choram
Libertar os cativos
Preparar o caminho
Anunciar tua salvação

Eu serei pai de multidões
Tocarei em muitas gerações
Eu serei pai de multidões
Tocarei em muitas gerações

terça-feira, 12 de março de 2013

Avistamentos de OVNIs / UFOs parecem ter aumentado na África do Sul

De acordo com o site www.telegraph.co.uk, avistamentos de OVNIs na costa da Cidade do Cabo, África do Sul, aumentaram dramaticamente.  O artigo publicado menciona que esta seria uma indicação de que os habitantes daquela cidade estariam sob vigilância por vida de outro planeta, de acordo com um site especializado em registrar tais eventos. Gert Jordaan, fundador do site UFO Research of SA, disse que entre 21  e 27 de fevereiro, muitas pessoas relataram ter visto luzes alaranjadas brilhantes, bem como chamas no céu.
Ele disse que, apesar de algumas das luzes poderem ser atribuídas às chuvas de meteoros, outras podem ter explicações mais interessantes.
Embora meteoros brilhem com um tom alaranjado, alguns dos avistamentos relataram mudanças radicais em velocidade e direção.  Alguns objetos até mesmo permaneceram estacionários por cinco minutos aproximadamente.  Podem estar ocorrendo fenômenos de OVNIs nas regiões ao redor da Cidade do Cabo“, ele disse ao jornal Times.
O Sr. Jordam disse que uma outra explicação foi que poderiam haver “algum tipo de aeronave super secreta” que esteja sendo testada no Cabo Ocidental.
Nicola Loaring, astrônoma para o Observatório Astronômico Sul Africano, falou ao jornal que a explicação mais provável para todos os avistamentos tenha mesmo sido chuvas de meteoros.
Elas são muito comuns. Elas tem o brilho alaranjada, algumas vezes verde, podem mudar de cor, e geralmente terminam com a cor branca” disse ela.
Ela também mencionou que as pessoas poderiam estar mais cientes sobre tais ocorrências, especialmente depois das recentes previsões de fim do mundo.
Quanto eles vêem uma luz, eles pensam que o fim do mundo está próximo“, disse ela.
O relatório foi liberado logo após o lançamento de uma operação de resgate, em 24 de fevereiro em Port Alfred, na região leste do Cabo, quando uma testemunha íntegra relatou ter visto um avião aterrissando no mar, próximo ao delta do Rio Bihra.
Uma declaração liberada pelo Instituto de Resgate Marítimo Natural, disse que a polícia foi alertada e que um barco de resgate foi lançado após o relato, às 20h00.
Foi dito que a Autoridade de Aviação Civil, bem como grandes e pequenos aeroportos pelo país, foram alertados para investigar quaisquer sinais de aeronaves perdidas, mas nada foi reportado.
Nenhum reporte de aeronaves perdidas ou atrasadas foi enviado e não houve sinais de quaisquer acidentes de naves, ou objetos caindo do céu naquela região“, disse uma declaração.
Ainda não está claro o que a testemunha confiável testemunhou.  O objeto foi descrito como emitindo o som de uma aeronave que estava mergulhando do céu em direção à Terra, antes de desaparecer, parecendo ter caído.

Ovnis na serra da mantiqueira entre SP,RJ,MG brasil

Grande incidência de UFOs na Serra da Mantiqueira

Uma das maiores e mais bonitas serras do país é também rica em lendas folclóricas originadas a partir da intensa atividade de seres extraterrestres no local

Entre todos os locais do país em que observações ufológicas são comuns, um se destaca, além de outras razões, pela sua beleza natural. Trata-se da Serra da Mantiqueira, localizada na intersecção dos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo, em cujos campos e inúmeros municípios há enorme quantidade de relatos de avistamentos de sondas e até de naves estruturadas, que parecem se manifestar no local de forma constante e há muito tempo despertam a atenção de abnegados ufólogos. Alguns deles, inclusive, em virtude do grande número de observações já registradas lá, formaram grupos especializados no estudo da manifestação do Fenômeno UFO naquelas paragens, para melhor recolher, catalogar e interpretar os depoimentos das testemunhas de tais acontecimentos. Esse foi o caso do saudoso Grupo de Estudos de Objetos Aéreos Não Identificados (Geoani), que teve sua sede na cidade de Itajubá e analisou dezenas de ocorrências ufológicas na área. Hoje a entidade está fechada.

Itajubá parece ser epicentro dos fatos e ponto estratégico para sua pesquisa na Serra da Mantiqueira. Situada à margem direita do Rio Sapucaí, a 856 m de altitude e distante cerca de 420 km de Belo Horizonte, 85 km de São Lourenço e 256 km de São Paulo, a cidade hoje tem pouco mais de 90 mil habitantes. Nos anos 60, seus moradores viveram emocionantes momentos de uma intensa onda ufológica.

No segundo semestre de 1967, por exemplo, Itajubá e outras regiões do sul de Minas Gerais foram palco de espetaculares acontecimentos, em que estranhos objetos voadores podiam ser vistos frequentemente sobre a área. Com o compromisso de recuperar, ao menos em parte, a história da Ufologia Brasileira, esse autor decidiu tentar resgatar a pesquisa de tais casos efetuada na época pelo Geoani, contida no artigo Serra da Mantiqueira: Local Preferido Pelos OVNIs, do jornalista, astrônomo amador e ufólogo A. S. August, que no final daquele ano o incluiu na sensacional série O Estranho Mundo dos Discos Voadores, de sua autoria, publicada pelo jornal Diário Popular, de São Paulo.

No processo, descobriu-se que um dos primeiros fenômenos ufológicos na cidade foi um contato de terceiro grau, ocorrido na madrugada fria de 05 de junho daquele ano. Eram cerca de 00h30 quando o motorista Geraldo Baqueiro retornava do Rio de Janeiro conduzindo uma ambulância. Momentos antes, ele havia parado em Piquete, subindo depois a serra com destino a Itajubá. A viagem, que até então era tranquila, foi interrompida a três quilômetros do alto da serra por uma luz vermelha que, à primeira vista, nada mais era do que a luz traseira de um caminhão. Contudo, à medida que a luz foi se aproximando, e piscava, o motor da ambulância começou a falhar. Isso foi acontecendo gradativamente, até que, em uma curva no alto da serra, ele parou por completo. Ao mesmo tempo, o rádio emudeceu e os faróis apagaram. Nesse instante, Baqueiro notou diante de si, flutuando a uns cinco metros de altura, um disco voador branco e metálico, redondo e com cerca de 15 m de diâmetro. Um detalhe interessante é que ventava muito nas proximidades do local, o que o levou a imaginar que tamanha agitação provinha do que chamou de “escapamentos do objeto”.

Alguns seres no objeto observavam o motorista atentamente através de uma espécie de visor semelhante a um para-brisa — eles lembravam figuras de gatos com porte de homens. Sem ter ideia de quanto tempo permanecera ali, Baqueiro se recordava apenas que, quase imediatamente, o objeto pôs-se a subir, desaparecendo no horizonte por trás da montanha. Logo em seguida, os faróis da ambulância reacenderam, o rádio voltou a funcionar e o vento cessou. De volta ao veículo, a testemunha seguiu viagem, mas somente chegou à sua casa, na cidade de Itajubá, cerca de quatro horas depois. Temendo que o julgassem louco, ele confiou o relato somente à sua esposa, porém, os vizinhos logo ficaram sabendo. O fato chegou ao conhecimento do professor Hélio Mokarzel, então presidente do Geoani, que submeteu Baqueiro à hipnose — dessa forma foi possível apurar os acontecimentos. Quase um mês depois, às 13h30 de 03 de agosto, João Vicente [Os nomes utilizados são fictícios a pedido das testemunhas], morador de Itajubá, observou um objeto discoide realizando evoluções em movimento oscilatório. Com o auxílio dos binóculos, ele pôde notar que o UFO descia em direção ao Vale de Anhumas, ao sul de onde se encontrava.
Esfera luminosa sobre o morro
Naquela mesma tarde, entre 14h00 e 15h00, o funcionário público federal Reinaldo Flores avistou uma “bacia metálica voadora”, como descreveu, que emitia um forte zumbido e saiu do Vale de Anhumas em ascensão inclinada, à 45° sudeste. O Geoani, em investigações feitas in loco, constatou que realmente foi ouvido um forte zumbido naquele dia. Outra testemunha, inclusive, afirmou que, ao mesmo tempo, viu uma “coisa amarela” subir em direção ao céu. Então, considerando os vários depoimentos, o grupo concluiu que o objeto teria pousado ou permanecido pairando no ar, a baixa altura, por cerca de 40 minutos. Exatamente às 24h00 de 10 de agosto de 1967, Márcio Gomes, morador do Bairro Cruzeiro, e mais quatro pessoas de sua família viram um objeto metálico que, de acordo com seu trajeto, mudava repentinamente de cor e direção. O estranho aparelho estava a uma altura aparente de 50 m e também emitia um forte zumbido.

crédito: Esen sekerkarar


Na região são possíveis e até comuns avistamentos de objetos discoides mesmo durante o dia

Das quatro pessoas presentes, a que portava os binóculos definiu o aparelho como “uma bola com abas” ou “dois pratos, com uma bola em cima e outra embaixo”. Inicialmente, o UFO estava a baixa velocidade, mas depois partiu feito um bólido na direção oeste-leste. Durante todo o tempo que durou a observação — cerca de 15 minutos —, a família notou que os cães da vizinhança não pararam de latir. Eles somente silenciaram após o afastamento do objeto. Às 19h30 de 19 de agosto, no bairro de Varginha, ainda em Itajubá, Luiz Henrique, em companhia de um casal e um garoto de 14 anos, observou três estranhas esferas metálicas. Elas eram semelhantes a uma bola de futebol e caminhavam juntas, mantendo entre si uma distância de aproximadamente 50 m e uma altura de 500 m, rumando velozmente para a Serra da Mantiqueira. Às 03h35 de 21 de agosto do mesmo ano, 1967, José Bernardo acompanhou, durante três minutos, a passagem de um objeto azul, voando a baixa altitude na direção sudoeste-norte e emitindo um ruído semelhante ao zumbido de abelhas. O que mais chamou a atenção de Bernardo foi o fato de que do aparelho pingava uma substância parecida com ouro.

Para aproveitar a onda de estranhos fenômenos, o grupo ufológico realizou uma vigília em Itajubá no final de agosto. Certa noite, por volta das 20h20, um de seus membros alertou os demais para uma esfera luminosa que despontava sobre o morro. No início, não era possível afirmar que se tratava de um disco voador, principalmente porque a visibilidade era prejudicada pela intensa fumaça das queimadas, comuns naquela época do ano. Entretanto, pouco tempo depois, o objeto, que estava a um ângulo de 90º em relação à Lua, dividiu-se ao meio, no sentido horizontal, transformando-se em duas calotas esféricas. De dentro da inferior saíram outros três objetos luminosos, que desapareceram atrás do morro juntamente com a calota inferior.


Períodos arqueanos e algonquianos


Após algum tempo, os aparelhos regressaram e a esfera se recompôs, fez várias evoluções e foi diminuindo sua luminosidade até apagar. Àquela altura, os observadores já haviam solicitado auxílio de outros membros do grupo, entre eles o professor Mokarzel. Por volta das 22h10, e até às 03h30, vários pontos luminosos puderam ser vistos na encosta do morro. Eles não se movimentavam, simplesmente desapareciam e ressurgiam em outros lugares da montanha. Logo que amanheceu, uma caravana foi para o local entrevistar os moradores. Um deles, Joaquim, confirmou ter visto, no alto do morro, uma “bola de futebol luminosa”. Amedrontado, ele correu para a casa de um conhecido, o senhor Benedito Amaro, que mora a cerca de 400 m dele. O relato de Joaquim correspondia exatamente, até mesmo no horário, com os avistamentos do grupo no alto da Escola de Engenharia, onde havia sido montado um posto de observação. Na ocasião, foram usados binóculos e uma luneta de 30 x 60 mm, e estavam presentes o engenheiro Araújo, o médico Pereira, Alcides Rodrigues Moura e Walter Serrano, todos ligados ao Geoani, além de seu presidente Antonio Lisboa.

“Nos anos 60, os moradores da Serra da Mantiqueira viveram momentos emocionantes de uma intensa onda ufológica, como no segundo semestre de 1967, no município de Itajubá”

Como poderiam ser explicados os constantes fenômenos ufológicos na região? Por que razão as áreas adjacentes à Serra da Mantiqueira seriam uma das preferidas pelos seres alienígenas? Recortada por vales profundos, com rios de água límpida cruzando fraturas e depressões para formar corredeiras e cachoeiras, cercadas por paisagens deslumbrantes, essa cadeia de montanhas é constituída por terrenos muito antigos, com idade aproximada de 70 milhões de anos — dos períodos arqueanos e algonquianos. Trata-se de um dos principais acidentes geográficos do sudeste brasileiro. Na Serra da Mantiqueira — Amantiquira, na linguagem dos índios, que significa pouso das chuvas — as águas nascem e formam rios que dão origem a bacias hidrográficas importantes, como a do Rio Grande, que deságua no Paraná. Esse, por sua vez, corre em direção ao sul e, quando sai do Brasil, recebe o nome de Rio da Prata.

Toda a vasta região da Serra da Mantiqueira viveu dois ciclos do ouro, nos séculos XVIII e XX. Não obstante, de acordo com o ufólogo A. S. August, o subsolo seria mesmo rico em talco, que nada mais é do que silicato hidratado de magnésio — uma massa mole, branca e esverdeada, escamosa e um tanto untuosa. “Não se conhece um processo econômico de obtenção de magnésio puro a partir de talco. Mas isso não impedirá que se descubra, com o passar do tempo, um sistema que permita retirar o precioso metal de seu silicato, com características de rendimento econômico e, até mesmo, em escala industrial”, declarou o pesquisador sobre a região. August completou ainda que, o processo atual, antieconômico, consiste em tratar o talco com soda cáustica, obtendo da reação dois compostos: silicato de sódio e óxido de magnésio. “Depois da separação dos compostos, o óxido de magnésio é tratado com um redutor energético, obtendo o metal sob a forma pura”, explicou.


UFO com desarranjo mecânico


Para o ufólogo, que se especializou na casuística ufológica da Serra da Mantiqueira, os discos voadores eram constituídos basicamente de magnésio, um metal branco, argênteo, muito leve e estável no ar à temperatura ordinária. Largamente encontrado na natureza em forma de compostos, dos quais os mais importantes são magnesita, dolomita, cainita, carnalita e vários silicatos como olivina, estatita, amianto, serpentinita, espinélios, espuma do mar, talco, esteatita e outras, seu ponto de fusão é de 651° C e de ebulição é de 1.100° C. Aquecido a certa temperatura, inflama-se e arde no ar atmosférico, em vapor d’água, gás carbônico etc, emitindo uma luz muito brilhante e ativa. Considerando a profusão dos casos de UFOs com aparência metálica, luminosa e esbranquiçada, August afirmou que esse aspecto é resultante do magnésio existente em sua composição: “A luminosidade poderia ser explicada pela reação do magnésio às gotículas de água em suspensão na atmosfera. Ela seria, então, resultado da combustão da própria estrutura dos discos voadores, que se desgastariam com o uso”, especulou.

Considerando válido o raciocínio e admitindo-se que os UFOs necessitassem repor o material, nada mais lógico do que supor que seus tripulantes estariam minerando a Serra da Mantiqueira. É oportuno lembrar o caso que veio a público quando, em 1957, o célebre colunista social Ibrahim Sued informou ter recebido diversos fragmentos recolhidos por um caiçara em Ubatuba, litoral norte de São Paulo. Segundo a versão divulgada, as testemunhas viram um objeto em forma de disco mergulhar no mar em alta velocidade e emergir rapidamente ganhando altitude. Parou, então, como se tivesse algum desarranjo mecânico, e explodiu no ar lançando uma verdadeira chuva de estilhaços brilhantes. Alguns fragmentos caíram nas águas próximas à praia e puderam ser recolhidos pelas pessoas presentes.

crédito: Beatriz Barreto Tane


A pequena São Thomé das Letras na região da Mantiqueira, é provavelmente a cidade mais inclinada ao misticismo no país

Três pedaços do tamanho aproximado de uma moeda, ásperos e leves como papel, foram entregues ao médico e ufólogo Olavo Fontes, da Comissão Brasileira de Pesquisa Confidencial dos Objetos Aéreos Não Identificados (Cbpcoani), que os encaminhou à Seção de Espectrografia do Laboratório Nacional de Produção Mineral, no Rio de Janeiro. Tanto essa como as análises subsequentes da Aerial Phenomena Research Organization (APRO), dos Estados Unidos, comprovaram tratar-se de magnésio de absoluta pureza, com densidade de 1,866, enquanto a densidade do magnésio terrestre é de 1,741.

Confirmando a tendência ancestral do homem de privilegiar determinados lugares para manter contatos com o sobrenatural, os místicos e esotéricos do século XX elegeram o sul de Minas Gerais — especialmente as cidades adjacentes à Serra da Mantiqueira —, como o núcleo cósmico do planeta, ou seja, o que abriria as portas e propiciaria o advento da Nova Era ou da chamada Era de Aquário. Tida como integrante de uma “geografia sagrada”, ela se ramificaria com a Serra do Roncador e a Chapada dos Guimarães, no Mato Grosso, Alto Paraíso em Goiás, Brasília no Distrito Federal e Machu Picchu nos Andes peruanos, tornando-se assim a área de maior concentração esotérica do Brasil no período que precedeu a chegada do ano 2000. Isso confirma a tendência ancestral do homem de procurar desesperadamente a salvação, conforme as situações de crise se agravavam ou a virada do século e do milênio se aproximava. Verificou-se ali, em um curto espaço de tempo, um intenso afluxo e a consequente proliferação de pregadores, profetas, videntes, gurus, líderes messiânicos, seitas religiosas e comunidades alternativas.


Paranormais e excentricidades


No Vale do Matutu — que significa “cabeceira do vale” no idioma dos índios guaianás — ficava o santuário ambiental do Santo Daime, comunidade dos adeptos do chá alucinógeno oaska, preparado e ingerido em meio a cânticos e rituais. Em Conceição do Rio Verde, a vidente Neila Alckmim recebia empresários e políticos em sessões, nas quais previsões raras vezes se mostraram acertadas. No seu sítio em Pouso Alegre, o paranormal e “guru das estrelas” Thomas Green Morton — cujas farsas e truques foram várias vezes desmontadas, embora não descarte que talvez possua algum poder, porém limitado e fora de seu controle — impressionava ricos e famosos do mundo artístico e do colunismo social.

Em Carmo da Cachoeira, o guru Trigueirinho dirigia o seu Centro de Desenvolvimento Espiritual na Fazenda Figueira, onde seguidores de várias regiões do país passavam os dias meditando, plantando e trabalhando voluntariamente. Sintomaticamente, esses três indivíduos garantiram já ter mantido ou estar em contato permanente com extra ou intraterrestres. São Thomé das Letras, a 1.290 m de altitude, converteu-se na Meca dos ufólogos, místicos, hippies e aventureiros, que passaram a acorrer em massa para a cidade em busca de energias cósmicas e telúricas, experiências extrassensoriais e contatos com discos voadores. Enquanto isso, as mineradoras, explorando a mão de obra de famílias pobres e de crianças, devastavam o ambiente com montanhas de pedras quebradas por todos os lados. Os turistas da chamada Nova Era, no entanto, longe de trazer qualquer iluminação espiritual, exceto um questionável benefício econômico, ajudaram a descaracterizar e a desestruturar a sociedade local, formada por descendentes dos antigos escravos que trabalharam nas minas de ouro e de pedras preciosas.


Sabedoria das coisas divinas


Eles foram os construtores das poucas edificações originais que restaram na cidade, inteiramente de pedras empilhadas sem argamassa. O ufólogo e pesquisador de história e arqueologia Oriental Luiz Noronha, o Tatá, acredita que os discos voadores, alguns dos quais chegou a filmar, frequentavam São Thomé das Letras para extrair energia do quartzito, mineral abundante no subsolo da região. Já o geólogo Fernando Junqueira discorda, pois, segundo ele, “o quartzito é uma formação muito impura do quartzo, não funcionando, portanto, como capacitador ou condensador de energia”. De qualquer maneira, muitos deixam São Thomé, mesmo sem nada terem visto, convencidos de que estavam no “umbigo do mundo” e que uma passagem secreta na Gruta do Carimbado ligaria a cidade a Machu Picchu, cerca de 3.300 km de distância.

Em torno de nascentes da água mineral, cidades como Araxá, Poços de Caldas, Caxambu e São Lourenço nasceram e prosperaram graças, em grande parte, às propriedades medicinais diversas que essas águas magnesianas, ferrosas, radioativas, sulfurosas, gasosas ou simplesmente quentes, apresentam. São Lourenço, a mais exuberante das estâncias hidrominerais, com suas nove fontes que se esparramam por jardins impecáveis de densa mata verde, foi escolhida em 1924, pelo baiano Henrique José de Souza, para sediar a Sociedade Teosófica Brasileira (STB) — a atual Sociedade Brasileira de Eubiose —, que se dedica ao estudo da Teosofia e quer dizer a sabedoria das coisas divinas, como o próprio nome indica — do grego theos, Deus, e sophia, sabedoria.

crédito: Natural Resources


Alguns estudiosos atribuem a alta incidência ufológica na Mantiqueira à existência de minério de magnésio na área, já sendo explorado

A filosofia foi amplamente difundida no ocidente por Helena Petrovna Blavatsky, fundadora da Golden Dawn e autora da obra A Doutrina Secreta, que abrange, entre outros assuntos, ocultismo, espiritismo, orientalismo e religião. Um dos motivos que levaram Henrique José de Souza a escolher a região, segundo revelou o teúrgico José Augusto da Fonseca, em seu livro Teurgia [Obra particular do autor, 1992], se deu três anos antes, em 1921: “O último Buda vivo da Mongólia, o bem-aventurado Ashvagosha, apontando para o ocidente, disse aos seus discípulos que naquele momento passava para seu sucessor seu pesado madeiro, na região sagrada da Serra da Mantiqueira”.

São Lourenço é considerada por teósofos ou eubióticos como a capital espiritual do mundo. Eles creem que deverá surgir ali o avatar Maytreia, que sintetizará os sete avatares precedentes, dos quais Jeshua Bem Pandira — o Jesus bíblico — foi o sétimo. Seria inaugurada, assim, a Idade do Ouro e o Ciclo de Aquário, estabelecendo-se na face da Terra uma nova civilização, livre das misérias materiais e morais. Antecipando-se a isso, erigiu-se em 1949 uma réplica do templo de Paternon, de Atenas, em homenagem a Maytreia, à paz universal e a todas as religiões do mundo. Também se acredita que São Lourenço estaria situada diretamente sobre a cidade de Caijah, o centro das outras seis cidades subterrâneas de Duat, cujas embocaduras ficariam em São Thomé das Letras, Aiuruoca, Pouso Alto, Maria da Fé, Conceição do Rio Verde e Carmo de Minas. A Eubiose tem sede em todos esses municípios.


Remanescentes atlantes?


Essa “outra” humanidade, que supostamente viveria nas entranhas da Terra, remanescente do continente perdido de Atlântida, teria atingido elevadíssimo grau de organização econômica, social, cultural, científica, tecnológica e espiritual. Os discos voadores nada mais seriam do que os vimanas dos atlantes, grandes e poderosas aeronaves fabricadas com material desconhecido por nós e que se movimentariam com energia retirada da própria atmosfera. Relatam que, em fevereiro de 1955, um deles teria pousado na colina fronteiriça à Vila Helena e os seus três tripulantes, com significativos acenos, teriam saudado o dirigente da STB, Henrique José de Souza, e as pessoas que se encontravam na varanda da casa, fato esse assistido por outros moradores de São Lourenço. Ele contou que, aliás, em outra ocasião, teve a oportunidade de visitar o mundo de Agartha.

A ideia da existência de um gigantesco mundo subterrâneo com inúmeras cidades — em que viveriam os milhões de seres governados por Melchizedek, chamado o Rei do Mundo —, é natural para uns e um absurdo intolerável para a maioria das pessoas, que argumentam que, se esse tal mundo interior existisse, com suas inúmeras embocaduras ou entradas na superfície, há muito teria sido esquadrinhado e devassado pelos homens. A geologia, por sua vez, pugna pela total impossibilidade desse reino nas profundezas — sugerida no final do século XIV pelo pai da ficção científica, Julio Verne, em sua obra Viagem ao Centro da Terra — baseada no fato de que a temperatura aumenta constantemente à medida que se penetra na crosta terrestre, em consequência do núcleo central do planeta ser constituído de matéria em estado de alta fusão, o que é prontamente rebatido por aqueles que justificam o aumento de temperatura, os vulcões e as fontes de água quente, como originários de bolsões subterrâneos.

Em certas regiões da Serra da Mantiqueira se encontra tamanho distanciamento da civilização que, segundo iniciados, há uma comunhão com a natureza e o divino

Em seu livro Dos Mundos Subterrâneos Para os Céus: Discos Voadores [Mercurial, 1957], O. C. Huguenin tentou explicar o segredo que cerca a existência de civilizações intraterrestres de uma forma absolutamente fantástica: “Possuindo seus habitantes o conhecimento pleno e o absoluto controle das forças sutis da natureza, nada mais fácil para eles do que disfarçar as entradas dos mesmos na superfície terrestre, seja com o recurso do que os orientais chamam maya budista, criando paisagens ilusórias, seja fechando-as ou abrindo-as ao seu bel prazer. Por outro lado, o número limitado de conhecedores desse mistério, todos pertencentes à elevada categoria das fraternidades ocultas que atravessam os séculos, mantiveram o mais rigoroso sigilo sobre o fato”.
Intangível, delirante e absurda


Através de cálculos cabalísticos, os iniciados eubióticos creem que os discos voadores procedem do interior da Terra, e apontam para a existência de aberturas justamente nas áreas a noroeste da Serra da Mantiqueira, onde surgirão as cidades sagradas da Nova Canaã, a Terra Prometida. Já para os não iniciados e céticos, a simples menção desse mundo interior povoado por remanescentes das antigas civilizações da Atlântida, depositários de conhecimentos ancestrais que só em tempos mais recentes os homens da superfície começaram a dominar, soa intangível, delirante e absurda. Na verdade, os que ingressam nessa sociedade o fazem atraídos pela promessa de integrar uma elite de iniciados e desenvolver poderes latentes que lhes conferiria o direito no futuro, agora bem próximo, de participar de uma sociedade perfeita, sem males, utópica e ideal, nada mais do que uma versão combinada do Paraíso, Jerusalém, Eldorado, Shangri-lá e outras.

Melchizedek seria a personificação do messias, o salvador que virá das entranhas da Terra — concebida como o verdadeiro céu — para trazer a vitória do bem sobre o mal e corrigir as imperfeições do mundo. Ele seria o redentor que extinguirá a ordem presente das coisas, instituindo uma nova ordem de paz, amor, harmonia, justiça, felicidade, progresso universal e reconciliará o homem com a verdade, a razão e as leis divinas. Sua vinda coincidiria com o fim dos tempos ou o juízo final e colocará fim ao ciclo de peixes, permitindo o advento da era de aquário. “Esse novo ciclo esbarra no problema da divisão matemática das constelações, como são vistas no céu”, de acordo com Lobo Câmara, em seu livro A Farsa da Nova Era: Nem Apocalipse, Nem Era de Aquário [Edição particular do Autor, 1998]. Câmara afirma que a astrologia sideral divide o zodíaco em 12 partes iguais de 30°, a partir do ponto vernal, sem uma referência astronômica precisa, e estabelece o começo da Era de Aquário para os primeiros anos do século XXI.

“Entretanto, se levarmos em consideração a forma real das constelações e suas extensões, como são conhecidas desde os tempos antigos, chegaremos a uma conclusão bem diferente”, afirma. Para Lobo Câmara, a constelação de peixes desde a antiguidade é representada por dois peixes amarrados e nadando em direções opostas. A estrela mais brilhante dessa constelação, a Alpha Piscium, ou Al-Risha, é o primeiro ponto dessa constelação, sendo que a última estrela é a Beta Piscium. “Tomando-se como referência as posições reais das constelações, a Era de Aquário começará depois da passagem do ponto vernal por essa estrela, o que ocorrerá em 2813 d.C. Tanto do ponto de vista astrológico como astronômico podemos considerar essa data como a mais provável. O resto é balela”.


A sede da entidade religiosa Eubiose, no município de São Lourenço, circuito das águas mineiro, ainda na região da Mantiqueira. No templo se busca estudar a Teosofia

Apesar disso, se por um lado o reino messiânico é necessariamente um reino futuro, o qual se esperava com intensa expectativa, por outro, não permite a crença passiva e inerte de resignação e conformismo, exigindo que diante das imperfeições e injustiças o homem se empenhe para saná-las e corrigi-las. Enquanto isso, se congrega com o maior número possível de fiéis para visar os movimentos messiânicos, isso é, uma tentativa ativa de criar — ou apressar — realmente o milênio.


Outras dimensões?


Mas, afinal, seriam os UFOs atraídos pelas águas magnesianas, sulfurosas e radioativas da Serra da Mantiqueira? Estariam os extraterrestres minerando o subsolo atrás de magnésio ou extraindo energia do quartzito? Teriam ali estabelecido bases para melhor se ocultarem em florestas e montanhas? Haveria realmente os tais portais para outras dimensões? Ou teriam razão os teósofos e eubióticos ao apontarem a existência de aberturas por onde trafegam discos voadores de civilizações subterrâneas? Nenhuma dessas perguntas tem resposta inteiramente satisfatória e só geram mais perguntas sem respostas. E, como se não importasse o modo como as pessoas a vejam, a serra permanece como um rico manancial de tesouros ecológicos, históricos e ufológicos a nos desafiar e nos exigir mais estudos.

“A existência de um gigantesco mundo subterrâneo na Serra da Mantiqueira, inclusive com enormes cidades intraterrenas, é ideia natural para uns e absurdo intolerável para a maioria das pessoas”

A obra Bestas, Homens e Deuses [Hemus Editora, 1989], Ferdinand Ossendowski narra as experiências que vivenciou entre os lamas do Oriente e os secretíssimos ensinamentos recebidos. O lama Gelong, favorito do príncipe Choulton Beyli, e o próprio príncipe, fizeram-lhe a descrição do reino subterrâneo: “Todos os homens dessa região estão protegidos contra o mal e o crime não existe no interior de suas fronteiras. A ciência evoluciona tranquilamente, livre do espírito de destruição. O povo subterrâneo conseguiu atingir o mais alto saber e é atualmente um grande reino, com milhões de súditos governados pelo Rei do Mundo. Esse conhece todas as forças da natureza, lê em todas as almas humanas e no grande livro do destino. Invisível, ele reina sobre os oitocentos milhões de homens que estão prontos para executar suas ordens. É o reino de Agartha que abrange todas as passagens subterrâneas do mundo inteiro”. Os lamas dizem que todas as cavernas subterrâneas da América são habitadas por esse povo.

Na Serra da Mantiqueira, a valorização do esoterismo


São Thomé das Letras está localizada no pico de uma montanha de pedra incrustada na Serra da Mantiqueira, a 1.444 m do nível do mar. O céu da região é muito azul e a cidade é envolta por um vale intensamente verde, onde se encontram grutas, cachoeiras, morros e cavernas sem fim. Quando se pensa em misticismo no Brasil, não há quem não se lembre do município, onde correntes esotéricas de todos os tipos se fundem com histórias de avistamentos ufológicos, de atividades paranormais e com muitas belezas naturais. Com ladeiras íngremes e escorregadias, a cidade tem uma atmosfera acolhedora e praticamente uma loja de produtos místicos a cada esquina, oferecendo desde artesanatos de características supostamente energéticas a pedras de todos os tipos e cachaças — produto pelo qual Minas Gerais é célebre.


A 335 km de Belo Horizonte, São Thomé das Letras reúne um dos maiores repertórios de lendas relacionadas a fenômenos sobrenaturais no país. O próprio nome da cidade tem origem incomum, derivando da suposta aparição de um santo. Em todo o município, além de paredões de pedra, riachos e cachoeiras, há também grande abundância de inscrições rupestres, que podem ser encontradas em grutas e em locais a céu aberto. Boa parte delas é atribuída aos índios cataguases, que teriam habitado a região há séculos. As construções que caracterizam a cidade, feitas com rochas extraídas do próprio local, cuidadosamente cortadas e empilhadas sem qualquer tipo de argamassa, oferecem segurança e firmeza, como as construções do século XVIII.
Histórias e preceitos iniciáticos


Essa arquitetura informal ajuda a criar a atmosfera mística da cidade. Com base na economia local, que é 60% originária da extração de pedras de quartzito, usadas no revestimento de casas, passeios, piscinas, e hoje também exportadas para vários países da Europa, São Thomé das Letras ficou conhecida como “Cidade de Pedra”. Suas lendas, histórias e preceitos iniciáticos dão a ela um clima esotérico sem igual no país. Mas, apesar de ser conhecida como o município mais místico do Brasil, a vida dos seus moradores é bem simples, típica do interior de Minas Gerais.


Lá são abundantes os avistamentos ufológicos, tanto diurnos quanto noturnos — principalmente esses. No primeiro caso estão observações até de naves estruturadas, metálicas e reluzentes, vistas por moradores de todos os pontos do vasto município, como em outros da Serra da Mantiqueira. No segundo, estão em geral as sondas ufológicas, muito corriqueiras na região — como em todo sul de Minas Gerais. Esses artefatos são normalmente esféricos, podendo se encolher ou aumentar seu tamanho e brilho. Chegam a se aproximar e até penetram em residências, mas evitam o contato humano.


Uma viagem ao passado


Atualmente, São Thomé das Letras conta com uma infraestrutura hoteleira capaz de receber bem o mais exigente turista, seja para aventura ou exploração — incluindo investigações ufológicas. Restaurantes e pousadas abundam na cidade, que conta com asfalto até sua entrada e um excelente centro de eventos capaz de abrigar cerca de 20 mil pessoas. Conhecer o município, com a beleza exótica de suas pedras, a riqueza de suas cachoeiras, a exuberância de seus antigos casarões e um repertório sem paralelo de mistérios, aparições e manifestações inexplicadas, é fazer uma viagem ao passado.

A Queda de um UFO na Alemanha Nazista em 1937

emanha Nazista em 1937


Dez anos antes de uma nave alienígena cair na propriedade rancheiro Mack Brazel perto de Roswell, Novo México, um disco voador (OVNI) perdeu o controle e caiu sobre a zona rural da Alemanha nazista. Esta história incrível encoberta por ambos os EUA e a URSS por mais de 70 anos, é supostamente a base real para a intensa pesquisa nazista em aviões, sem asas e em formato disco; Hitler e a obsessão de Himmler com tecnologia exótica e discos voadores levou a incríveis experimentos físicos feitos pela SS que culminaram em discos voadores e do famoso 'Bell', um motor multi-dimensional bizarro que a neutralizava a força da gravidade ocasionando uma fissura no próprio espaço-tempo contínuo criando efeitos incríveis e horríveis.
Em 1937, como a Alemanha nazista foi surgindo das cinzas da velha República alemã e acabou tornando-se a primeira superpotência do mundo real, quando ocorreu algo inesperado, a queda de uma nave alienígena em pleno território alemão. E imediatamente o exército alemão já estava lá para pegar as peças. Não há registro, no entanto, indicar se algum corpos também foram recuperados.

Quando a noticia do "OVNI acidentado" chegou ao alto comando alemão e por sua vez o relatório chegou à mesa do Führer, ele imediatamente ordenou elementos da Luftwaffe e os melhores especialistas aeronáuticos da Alemanha para peneirar os restos. Aparentemente, o OVNI danificado foi transferido para uma instalação em 24 horas guarda perto do Reno. Algumas peças também foram levados para uma instalação perto da fronteira austríaca.
Alegadamente, os membros das equipes que trabalharam na tecnologia alienígena avançada eram da Luftwaffe, o Ministério de Armas liderados por Albert Speer, e formal do Conselho de Pesquisa, o "Reichsforschungrat", composto por professores universitários e engenheiros industriais.

Horton irmãos responsáveis pela famosa "Asa Voadora"
também foram convocados

Como Equipes foram montadas com o objetivo de fazer uma engenharia reversa do que foi recuperado e entre os Especialistas também foram chamados os irmãos Horton que mais tarde iriam projetar e testar uma das aeronaves mais revolucionárias por ser em formato de asa e com propulsão a jato do Mundo e vindo a ser o Primeiro Caça-bombardeiro. Algumas das Tecnologias e seus resultados podem ter Sido adquiridas a partir de um intenso estudo da nave alienígena.
Mais tarde, a experiência de Viktor Schauberger foi aproveitada. Ele foi o inventor do motor imploder revolucionário que criou um vórtice de implosão.

Viktor Schauberger

O motor pode ter sido a base para os experimentos posteriores da SS na Polônia com o notório Glocke (Bell), que teria criado fendas inter-dimensionais no espaço-tempo.

Experimento nazista com dispositivo anti-gravidade, o Glocke

O Pesquisador italiano Renato Vesco, em seu livro clássico e bem pesquisado, Intercepte mas não Atire: A Verdadeira História dos Discos Voadores afirma que os nazistas estavam trabalhando em vários sistemas de propulsão avançados e dispositivos anti-gravidade para o seu projeto de arenovaes em forma de disco ou lenticular.

Esquemática alemã de uma versão avançada de disco


Nave alienígena estimularam esforços alemães de engenharia. Embora muito influenciado pela captura de um disco real, a investigação sobre aeronave circular vinha acontecendo já em experimentos na Itália antes de 1920 com jatos bruto anexados aos discos aerodinâmicos.
A nave alienígena havia servido para o progresso de propulsão, eletrônica e forneceu pistas para projetos viáveis​​, mas os cientistas estavam confusos (perdidos) em relação à metalurgia pelo fato de ser composto por materiais desconhecidos para eles e impossível de duplicar no laboratório.
Alguns dos mais avançados engenheiros e físicos teóricos da Alemanha foram pessoalmente encarregados por Hitler para obter o funcionamento da tecnologia e torná-lo disponível para o esforço de guerra. No que diz respeito, gênios como Ballenzo, Habermohl, Miethe e Schriever foram recrutados.
Documentos capturados pelos Aliados após o fim da guerra indicam que Schriever foi o primeiro a ter algum sucesso com a tecnologia de disco.

Desenho do primeiro "Disco" feito por Schriever

Sua própria pesquisa, agravado por que havia até então sido deduzida a partir do OVNI recuperado, lhe permitiu construir um protótipo trabalhando com motores a jato especialmente projetados. A nave, no entanto, era instável. As duas primeiras versões terminaram em acidentes desastrosos matando os pilotos de teste.

Com a Guerra se intensificando, os Nazistas aceleram os seus projetos com "Discos"

Como avançar dos anos e os Aliados iniciando os ataques a Alemanha, alguns oficiais nazistas começaram a pressionar Schauberger a adaptar um versão do seu motor anti-gravitacional para servir como força motriz para um tipo diferente de disco utilizando o motor de propulsão de vórtice.

Motor a Implosão de Viktor Schauberger


Disco Alemão projetado em torno do motor imploder


Embora os engenheiros e cientistas nazistas haviam construído seus primeiros discos experimentais de aço pesado ou alumínio leve, o aço ainda provou ser demasiado pesado e o alumínio muito mole e não forte o suficiente para suportar o estresse submetido a ela quando moldado em uma nave em forma de lente.
Cientistas frustrados finalmente desistiram de tentar desvendar o mistério do metal alienígena e conseguiram criar sua própria versão com uma liga de alumínio e magnésio, em 1944. A nova liga foi exatamente o que precisava para projetar um protótipo maior e melhor. O metal era leve, ainda mais durável que o alumínio simples.


Hitler pressionou os engenheiros diante de maior frenesi. Alemanha estava agora sofrendo bombardeios noturnos e fábricas em todo o país havia sido transferidas para gigantescas instalações subterrâneas. Linhas de produção de aeronaves estavam sendo prejudicadas ou destruídas e as instalações de foguetes executados por Werner von Braun em Peenemünde não foi possivel reconstruir em plena capacidade depois de ter sido bombardeado em 1943.
Trabalhadores escravos, em sua maioria eslavos, foram pressionados no serviço para produzir foguetes V-2, aviões avançados, combustíveis sintéticos, explosivos elevados ... e incríveis discos de controle remoto
O Kugelblitz, as misteriosas bolas de energia


Ataque mortal das misteriosas Bolas Relâmpago (Kugelblitz)

De acordo com documentos e o testemunho de trabalhadores sobreviventes, escravos poloneses, os alemães realmente haviam criado uma linha de produção para fabricar uma arma disco voador chamado Kugelblitz (bola relâmpago)..

Foto obtida pelos Aliados que os chamavam de Foo-fighters.

O Kugelblitz foi o verdadeiro primeiro disco voador já fabricado por qualquer outra nação na Terra. Vários dos testes foram feitos secretamente com a presença de Hitler e seu chefe da SS, Heinrich Himmler.

Foto Rara : Um Bombardeio sendo perseguido por um Kugelblitz

De acordo com documentos capturados, ojetos rádio-controlados foram feitos nas fábricas subterrâneas em Turíngia e em tamanhos variados de 10 a 15 metros de diâmetro. Consta que eles eram surpreendentemente faceis de manobrar e foram capazes de atingir velocidades de mais de 1.250 quilômetros por hora. Emitiam um campo electro-estática forte projetada para interromper os circuitos elétricos de aeronaves convencionais, causando efeitos fatais nos aviões inimigos que perdiam o controle e mergulhavam para a morte.
Outros Discos

Outros protótipos de discos foram projetados e adaptações de engenharia foram feitas. Alguns chegaram até os testes de túnel de vento.Alguns protótipos de disco alguns das primeiras tentativas de Schriever foram construídas e voaram.
Cerca de 18 meses antes de os alemães se renderam, Hitler fixou suas esperanças sobre o incrível potencial de uma gama enorme de super-armas. A maior das armas eram sua nova classe de armas vingança.


Hipersônico V-3 - Um dos Projetos de Mísseis de cruzeiro da Alemanha
As antigas armas V eram o avião-foguete V-1 e intra-continental míssil V-2. Sonho de Hitler imaginou os primeiros mísseis de cruzeiros do mundo: a V-3 sub-orbital, foguete intercontinental hipersônico capaz de atingir Nova York e Washington.


Disco Nazista Vril durante o voo de teste sobre aeródromo alemão indeterminado


Oficiais alemães no campo de pouso com o protótipo de Disco Vril ao fundo

OS INCIDENTES OVNI DA APOLLO 11



O memorável vôo da Apolo XI para a Lua aconteceu há mais de uma década — tempo o bastante para isto ter sido entronado em nossas mitologias e livros de história. Ele marcou primeiro pouso do homem em outro mundo no espaço. Simbolizou as capacidades da tecnologia e administração americanas do século 20.
Para o mundo de investigadores, entusiastas e oponentes OVNI, o vôo da Apolo XI também foi importante. Tornou-se o centro de um corpo vasto de relatos de encontros alienígenas nesta épica viagem espacial. Ao longo dos anos, literalmente dúzias de histórias foram escritas sobre supostos avistamentos e fotografias de ÓVNIS feitas durante aquela particular missão em julho de 1969.

A mais prestigiosa das histórias é a nota em Edge of Reality na qual o Dr. J. Allen Hynek, o ‘decano da UFOLOGIA’, passa o relato de que “Esta foi à missão na qual segundo relatos um OVNI perseguiu a espaçonave”. Um colega disse a Hynek que “durante a Apolo 11, Neil Armstrong, Edwin Aldrin e Michael Collins disseram que observaram um OVNI”. Hynek concordou, e elaborou: “Alguns dos quadros dos filmes da NASA que examinei eram muito interessantes — particularmente aqueles tomados no vôo da Apolo 11, um dos poucos para os quais a NASA não propôs algum tipo de explicação”.
Em Science Digest, o respeitado periódico científico mensal, o astrônomo-autor James Mullaney (ex-editor colaborador para a revista de Astronomy) escreveu em julho de 1977 que “a tripulação de Apolo 11, durante o primeiro pouso lunar, relatou que a cápsula foi acompanhada pelo que parecia ser uma massa de energia inteligente… a NASA recentemente liberou várias fotos verdadeiramente não-identificadas impressionantes pela Gemini, Apollo e Skylab”.

A imprensa OVNI reportou amplamente tais histórias, tanto em livros como em filmes e revistas.
UFOS Past, Present and Future (escrito por Robert Emenegger, pesquisado por Alan Frank Sandler) relatou “talvez o mais espetacular de todos os avistamentos” que ocorreu na Apolo 11. No caminho para a Lua, os astronautas assistiram a um objeto que parecia mudar de forma quando eles trocavam as magnificações de seu telescópio. “Era realmente estranho”, Collins é citado dizendo.
A revista Fate, na coluna do editor Curtis Fuller “I See By The papers” ["Eu vejo pelos documentos"] (novembro 1970), examinou as histórias e concluiu: “Parece haver evidência muito boa de que Buzz Aldrin, Neil Armstrong e Michael Collins viram algo que não foi tornado amplamente conhecido — algo relatado de forma variada, indo de luzes misteriosas a formações de espaçonaves!”
A autenticidade dos avistamentos da Apolo 11 foi atestada por testemunho atribuído ao âncora da rede de noticias CBS, Walter Cronkite. Em uma entrevista para o National Enquirer, conduzida pelo repórter Robin Leach, Cronkite dá este relato: “Na rota para o primeiro pouso na Lua do mundo, Armstrong e a tripulação transmitiram uma informação fantástica, e eu estava lá para ouvi-la”.
Cronkite continuou: “Armstrong afirmou ter visto um enorme objeto cilíndrico que estava girando ou caindo entre a nave e a lua. Está registrado oficialmente nos arquivos de registro da NASA que Armstrong indicou que foi tirar fotografias, mas o objeto desapareceu tão depressa quanto ele o tinha visto primeiro. Neil Armstrong não é um homem dado a imaginação fantástica e não foi apenas um da tripulação que viu isto — todos eles viram, e você tem que respeitar esses homens”.

Isso também era bom o bastante para o Acredite Se Quiser de Ripley. Em fins de 1978 eles publicaram uma série de quadrinhos distribuídos para jornais lidando com ÓVNIS; um painel continha o desenho de astronautas e a legenda, “O astronauta Neil Armstrong . . . viu ÓVNIS durante a missão espacial. Mas a NASA — de acordo com o repórter Walter Cronkite — está mantendo a evidência em sigilo”.
Mas o sigilo vazou um pouco, de acordo com a McGraw-Hill Publishing Company. Em 1979 eles publicaram um livro de David C. Knight, intitulado UFOS: A pictorial History. Uma fotografia espacial ocupando toda a página 171 possui esta legenda: “Talvez o mais espetacular de todos os avistamentos de OVNI no espaço tenha ocorrido no dia 19 de julho de 1969 no vôo da Apolo-XI… A tripulação viu um objeto estranho entre sua nave e a lua… O objeto ainda permanece não identificado”. (Os puristas poderiam ter notado que o objeto mostrado na página estava entre a nave e a Terra, mas quem quer ser detalhista ao lidar com histórias fantásticas assim?).
Uma idéia do que estes segredos poderiam envolver pode ser obtida de um sumário das estórias da Apolo 11 publicado por Mike Harris em um boletim OVNI neozelandês em 1974:
Do lançamento da Apolo 11 no dia 16 de julho de 1969 até a espaçonave passar o ponto mediano entre a Terra e a Lua no dia seguinte, os três astronautas observaram um U.F.O. acompanhando-os. Dois dias depois, em 19 de julho há aproximadamente 1800 horas, U.F.O.s fizeram outro aparecimento e foram registrados em filme. Os detalhes deste filme extenso eram: no dia antes da alunissagem Aderem se transferiu ao módulo lunar “Eagle” e começou a checagem de instrumento final. Enquanto conferia a máquina fotográfica de close-up, os U.F.O.s entraram no quadro. Ainda sob observação, os objetos foram vistos emitindo o que parecia algum tipo de líquido. Os dois objetos estavam em formação próxima e se juntariam e separariam após algum tempo e foram em seu próprio caminho. Os objetos pareciam ser controlados inteligentemente, os astronautas disseram. O terceiro avistamento durante este vôo épico aconteceu no dia 21 de julho, 00.26 horas. Por volta de uma hora e meia antes, Neil Armstrong e Aldrin tinham pisado na lua. Enquanto eles estavam ocupados coletando pedras, Collins no Módulo de Comando ‘Columbia’ estava ocupado falando para Houston.
Columbia: Houston chamando. Aqui é Columbia.
Houston: Prossiga, Columbia.
Columbia: Eu não pude encontrar o módulo lunar. Mas eu vi alguns pequenos objetos brancos estranhos. Co-ordenadas são 0.3, 7.6 na extremidade ocidental sul da cratera. Se eles estão lá acho que eles deveriam tê-los visto também.
Parece provável que quem quer que esteja interessado em nosso esforço, estava certamente mantendo um olho nas coisas. O relato continua:
Estes objetos brancos vistos por Collins fizeram um quarto aparecimento enquanto a “Eagle” estavam subindo da Superfície Lunar para se reunir com a “Columbia”, depois de ter deixado a lua às 13.55 do dia 21 de julho. A forma deles neste caso foi claramente exposta em filme. A máquina fotográfica fixa na “Eagle” estava fotografando a superfície da lua se distanciando quando, diagonalmente da parte inferior esquerda à superior direita dos quadros, um U.F.O. branco, brilhante passou diretamente debaixo do Módulo Lunar.
Este é certamente um cenário sensacional para o primeiro pouso da humanidade em outro mundo, e é certamente uma versão não descrita pelos livros de história padrão. Relatos corroboradores vêm do livro de Michael Hervey UFOS The American Scene (St. Martin’s Press, NY, 1976). Em órbita lunar, Aldrin está ajustando sua câmera, quando de repente:… sua atenção foi subitamente chamada a um objeto luminoso semelhante a um “boneco de neve” indo de oeste a leste no céu. Ele imediatamente tirou algumas fotos do objeto que na realidade provou ser dois ÓVNIS, um maior que o outro, e quase se tocando. Quando o filme foi revelado depois ele incluía uma imagem da superfície da lua seguida de um close-up dos dois ÓVNIS movendo-se horizontalmente a uma velocidade alta. Eles desapareceram, apenas para retornar alguns segundos depois, desceram um pouco, pairaram durante algum tempo, e então se separaram de onde eles eram rodeados “pelo que parecia um halo forte”. Eles seguiram esta manobra subindo verticalmente e desaparecendo de visão. No tempo devido apenas um OVNI voltou, e então novamente saiu pela última vez. Os astronautas Armstrong e Aldrin estavam naturalmente excitados e talvez um pouco apreensivos durante esses poucos momentos.
Contudo, a despeito de todo o drama deste evento, nada disto parece ter sido revelado pelos oficiais de relações públicas da NASA em Houston. Claramente, algum tipo de encobrimento estava envolvido. A primeira grande quebra neste aparente encobrimento não ocorreu antes de 1974, quando a Associação de Fraternidade Cósmica (Cosmic Brotherhood Association, CBA), um grupo OVNI japonês, publicou fotografias não disponíveis até então da Apolo 11 com este comentário:
As imagens de ÓVNIS tomadas pela primeira vez no mundo pela espaçonave Apolo 11 sobre a superfície da lua e agora publicada pela CBA (Associação de Fraternidade Cósmica) pela primeira vez no mundo, só podem ser consideradas evidência sólida de que ÓVNIS, até agora questionados por muitos, são de fato naves espaciais vindas do espaço exterior como temos afirmado. Elas são a evidência absoluta buscada pelos Ufologistas do mundo durante os últimos 27 anos… São as provas esmagadoras de ÓVNIS, eles vêm do espaço exterior… Elas são realmente furos de reportagem, e nenhuma delas foi liberada pela NASA até agora.

Estas notícias sensacionais cruzaram o Pacífico e foram notado pelo perito em ÓVNIS Bob Barry da “Agência OVNI do Século Vinte”, que escreveu uma pesquisa em duas partes sobre experiências OVNI de astronautas para Modern people, um tablóide semanal. O artigo OVNI foi depois combinado com outro material semelhante que foi publicado em forma de revista no UFO Report (publicada em 1975, só uma edição foi publicada). “A NASA Escondendo os ÓVNIS de Você!” gritava a manchete:
“A caminho da Lua em seu primeiro dia no espaço, a tripulação da Columbia avistou um objeto estranho pairando alto acima da Terra, e conseguiu capturá-lo em filme. O laboratório de interpretação de fotografia da Nasa listou o objeto como não-identificável. Mas este era só o começo. Antes desta missão acabar, a tripulação da Columbia e depois da Eagle veria muito mais ação OVNI — sobre a própria Lua!”
Barry descreve então o encontro de Aldrin com dois ÓVNIS zunindo pela sua janela em órbita lunar. Felizmente, diz Barry, Aldrin estava acostumado a ver ÓVNIS no espaço, assim ele pôde fazer a coisa certa rapidamente:
“Se Aldrin não tivesse sido um pouco condicionado ao aparecimento desta nave incomum, o choque do que ele viu logo poderia tê-lo feito perder uma das seqüências mais surpreendentes de filme tomadas de ÓVNIS por qualquer astronauta. Já que os objetos continuaram sua descida em uma formação semelhante a um “boneco de neve” deitado de lado, Aldrin observou uma emissão brilhante se estendendo entre as duas naves. A especulação na ocasião era que este “rastro” estava possivelmente conectado aos sistemas motores dos veículos, possivelmente até mesmo uma exaustão… Durante a época, foram vistos dez outros objetos em forma de ovo voando no primeiro plano de visão da máquina fotográfica.
Naturalmente, a NASA não liberou estas fotografias ao público geral, realizando grandes esforços para editar quaisquer naves misteriosas fora das imagens finais que foram liberadas… E embora quase toda a tripulação que viajou a lua testemunhasse e fotografasse objetos voadores não identificados, os oficiais da NASA ainda insistem que tais fenômenos não existem.”··Entretanto mesmo a evidência fotográfica espetacular de Barry não é o relato mais excitante a vir do vôo da Apolo 11. Isto porque logo após os astronautas voltarem a Terra em meados de 1969, uma” “fita” contrabandeada e transcrição do que realmente foi dito na Lua tem circulado clandestinamente em círculos OVNI. A manchete na capa da revista National Bulletin (distribuída no Canadá mas impressa na cidade de Nova Iorque) de 29 de setembro de 1969 alardeia que “Falsas Falhas de Transmissão Escondem Descoberta da Apolo 11 . . . . A Lua é uma Base OVNI!”. O autor Sam Pepper deu sua versão da “Transcrição da Fita Ultra Secreta” de “um vazamento perto do topo”, como segue:
O que foi, que diabos era? Isso é tudo que eu quero saber….
Esses. . . (ruído). . . bebês eram enormes, senhor, eles eram enormes…
Não, Não, isso é só distorção de campo…
Oh, Deus, você não acreditaria nisto…
O que… o que… que diabos está acontecendo? Qual é o problema com vocês. . . ?
Eles estão aqui, debaixo da superfície…
O que está aí… mau funcionamento. . Controle de missão chamando Apolo 11…
Entendido, nós estamos aqui, todos os três de nós, mas nós encontramos algumas visitas…
Sim, eles estiveram aqui por um bom tempo a julgar pelas instalações…
Controle da missão repita última mensagem….
Eu estou lhe dizendo, há outra espaçonave lá fora. Eles estão alinhados em fileiras no extremo oposto da extremidade da cratera…
Repita, repita…
Vamos esquadrinhar aquela órbita e ir para casa…
Em 625 para o quinto, auto-relés ajustados… Minhas mãos estão tremendo tanto…
Filme… sim, as malditas câmeras estavam clicando longe daqui de cima…
Vocês conseguiram alguma coisa companheiros?
Não tinha nenhum filme restando na hora. . . (ruído). . . três imagens dos discos, ou o que quer que eles fossem. . . pode ter queimado o filme.
Controle da Missão, aqui é o Controle da Missão… você está a caminho, repito, você está a caminho? Sobre o que é todo este alvoroço sobre ÓVNIS? Câmbio.
Eles estão fixados lá embaixo… elas estão na lua… nos assistindo…
Os espelhos, os espelhos. . . você os montou, não?
Sim, os espelhos estão todos no lugar. Mas o que quer que construa essas espaçonaves provavelmente virá e os arrancará pelas raízes amanhã…
Quando este relato foi discutido pelo editor da Fate, Curtis Fuller, em 1970, ele confessou “ceticismo extremo sobre toda a suposta transcrição”. Mas o relato foi publicado em outros lugares, (o autor de ficção científica e entusiasta OVNI Otto Binder ajudou a espalhá-lo amplamente), e ele lembra os observadores de sinais de rádio captados na Europa no começo dos anos 60 de cosmonautas russos em lançamentos secretos ao espaço que terminaram condenados em suas mortes não divulgadas. Radioamadores ficaram muito proficientes em revelar ‘segredos oficiais’ nas últimas décadas.
Nem essas histórias surpreendentes (horripilantes?) terminam aqui. Outro “relato insider” apareceu no boletim mensal do conhecido grupo OVNI, APRO (Organização de Pesquisa de Fenômenos Aéreos). Como informado na edição de fevereiro de 1976, três sombras em forma de disco acompanharam os astronautas enquanto eles circularam a lua, enquanto os censores da NASA cortaram comentários ao vivo adicionais de repórteres. Um informante da APRO conhecido como “Senhor X” estava supostamente presente na “sala de controle interna”.
Os astronautas, recordou o não identificado “Senhor X”, de repente disseram, “Lá eles estão novamente”, referindo-se a objetos vistos nas primeiras três órbitas e a última órbita. Parece ser uma confirmação independente das histórias recontadas anteriormente.
Adicionalmente, uma nova e até então indisponível fotografia da Apolo foi publicada no Science Digest mensal na edição imediatamente posterior à que continha o artigo de Mullaney. Discutindo o Projeto Bluebook, o autor Don Berliner inclui uma fotografia mostrando a Terra se afastando da nave-lua, e um OVNI pincelado no meio. Diz o Science Digest (agosto 1977), “Seta aponta para um objeto não identificado.”
Como poderia ser esperado, oficialmente a NASA nega tudo. Nenhum OVNI ou outros fenômenos inexplicados extraordinários foram admitidos.
Quando a “Transcrição Pepper” tornou-se pública, entusiastas OVNIS escreveram aos seus congressistas exigindo que a NASA oficialmente confessasse o encobrimento. A NASA respondeu que “os incidentes. . . não aconteceram. Conversação entre a tripulação da Apollo 11 e o Controle da Missão foram liberadas ao vivo durante toda a missão Apolo 11. Havia entre 1000 e 1500 representantes das mídias de notícias e TV presentes no Centro de Notícias de Houston escutando e observando, e nenhum deles sugeriu que a NASA reteve qualquer notícia ou conversação desta natureza”. (Carta do Administrador Assistente para Assuntos Legislativos para vários congressistas, janeiro de 1970).
Em 1976, o Chefe do Departamento de Astronautas Deke Slayton afirmou que “eu não me recordo de nenhum de nossos astronautas relatar ÓVNIS”.
A NASA alega que todas as fotografias, todas as transcrições de voz, todos os relatos da missão estão em domínio público e disponíveis às mídias de notícias. Estes dados são muito volumosos para serem publicados abertamente, mas estão disponíveis a investigadores com as credenciais apropriadas em Houston, Flagstaff e Washington. E de fato, nunca nenhum investigador (OVNI ou de outra natureza) entrou com uma reclamação de que dados foram retidos dele quando tentou acessá-los. (Embora Barry e Sandler tenham feito alegações vagas).
A documentação fotográfica, incluindo inventários de rolos de filmes, notas de exposição e documentos de controle, foi examinada por investigadores. Todo o filme é descrito. Evidentemente, a NASA está bastante correta ao dizer que tudo está disponível…

… Mas para quem? Quase 1500 fotografias e dúzias de rolos de filme foram expostas na Apolo 11. Transcrições chegam aos milhares de páginas. Quem se deu o trabalho de checar todo esse material?
Eu fiz esse trabalho, por exemplo. Outros escritores também. O Dr. J. Allen Hynek também, visitou o centro espacial de Houston em julho de 1976 e lhe foi mostrado o material em questão. A história original da NASA, surpreendentemente, foi confirmada: Todo o material está disponível. Ele disse isso em uma entrevista para a Playboy em janeiro de 1978, mas seu livro ainda contém a falsa lista e não há nenhuma indicação de que tenha sido removida de edições posteriores. A opinião de Hynek: estas histórias OVNI são falsas.

O ceticismo de Fuller sobre a “Transcrição Pepper” parece ter sido justificado. Apenas de evidência interna, aparenta cada vez mais ser uma fraude mal-feita. Isto pode ser deduzido do próprio vocabulário:
“Controle da missão”… isto nunca foi uma frase usada por astronautas, que ao invés sempre se referiam a “Houston”.
Baboseira com ar de termos técnicos como “distorção de campo”, “órbita esquadrinhada”, “625 para o quinto”, “auto-relés”, etc. nunca foi encontrada em transcrições reais.
“Repita, repita” nunca é usado no rádio; ao invés, os astronautas e o Controle da Missão usam a frase “Diga Novamente”.
“Três de nós…” de fato, só dois homens estavam na superfície lunar.
Além disso, entrevistas com o punhado de ouvintes radioamadores que se sabe que sintonizaram os sinais da lua na banda S (2270 megahertz) produziram testemunho de que ouviram as mesmas conversações que foram liberadas pela NASA. Já que escutar a Lua requeria o uso de antenas parabólicas de rádio de dez pés de diâmetro, poucas pessoas podiam realmente fazer isto, e elas conheciam umas às outras, tendo feito escutas semelhantes do espaço por anos.
(O consenso entre tais “hams” americanos experientes é de que as velhas histórias de “transmissões de rádio de astronautas Russos secretos” ou eram enganos bobos, fraudes deliberadas ou golpes de publicidade brincalhona por rádio amadores italianos e alemães).
A conclusão inevitável é que ou Pepper fabricou a falsa “transcrição” ele mesmo ou teve um julgamento muito pobre ao permitir ser vitimado pela fraude de outra pessoa. Como é freqüentemente o caso com relatos de ÓVNIS, é muito difícil provar definitivamente que algo não aconteceu. Mas neste caso, felizmente, a fraude era tão mal feita que colapsa sob seu próprio peso.
Mais enigmático é o relato de Collins sobre os “objetos brancos estranhos” que as fontes japonesas disseram que foram avistadas perto do Módulo Lunar. Estes poderiam ter sido o mesmo OVNI relatado na transcrição Pepper.
Mas eles não eram, porque aqui está o que Collins realmente disse para Houston naquela órbita: “Eu vi um objeto branco suspeitamente pequeno cujas coordenadas são Leste 0.3, 7.6, bem no fim sudoeste de uma cratera, mas penso que eles saberiam disto se estivessem em tal local. Parece que o módulo lunar estaria razoavelmente para cima. Está na parede sudoeste de uma cratera pequena”. (Fita 71/16 página 396).
Assim, Collins está tentando avistar o ML a cem milhas de altura, mas ele não consegue; ao invés ele vê um objeto branco (uma pedra?) na extremidade de uma cratera. Ele duvida que seja o ML, porque se fosse o ML estaria altamente inclinado e os astronautas teriam notado a inclinação — o que não fizeram. Collins não avistou uma frota de ÓVNIS, apesar do que a livre reformulação deste relato poderia levar alguém a suspeitar. Compare as palavras à reformulação OVNI — é apenas incompetência, ou distorção deliberada?
Estes são detalhes. E quanto ao avistamento chave, o “boneco de neve”, e o filme de filme de Aldrin? O que poderia possivelmente explicar isso?
Tudo que é preciso para explicar é assistir ao filme. As cenas em questão vêm do “Rolo F” (‘Foxtrot’), nos primeiros vinte e cinco pés aproximadamente, que pode (como todos outros filmes do vôo da Apolo 11) ser comprado da Companhia Audiovisual Nacional, 1411 South Fern Street, Arlington, Virginia 22202.
O filme real mostra uma janela cheia de reflexos e clarões fortes dançando e remexendo. Vendo o filme em movimento, não pode haver nenhuma dúvida a respeito das luzes serem objetos sólidos fora da astronave. Não há nenhum modo que eu possa imaginar pelo qual que um espectador poderia honestamente acreditar que ÓVNIS estão sendo mostrados. As “emissões” são apenas mais reflexos difusos.
O exame de alguns quadros daquele rolo de filme mostra o que aconteceu à aparência original dos “ÓVNIS”. O grupo OVNI japonês retocou as fotografias, aumentando o contraste das luzes, e cortando fora as reflexões estranhas. Além disso, os filmes foram adulterados para remover reflexão adicional que poderia permanecer, além dos dois globos de luz. Eles se tornaram os supostos ÓVNIS que, desnecessário dizer, a tripulação não viu. (O filme, a propósito, foi tomado em órbita no dia antes da alunissagem — e não da superfície).
Em outras palavras, estas fotografias de OVNI são uma fraude, pura e simples. Elas fazem parte de uma fraude espacial indo a extremos e saindo de controle. Nunca houve quaisquer ÓVNIS “boneco de neve” como alegado.
Mas o especialista OVNI Michael Hervey tinha escrito que os astronautas tinham de fato usado às palavras “boneco de neve” e “halo”, e que eles estavam naturalmente excitados e talvez um pouco apreensivos. O especialista OVNI Matsumura no Japão deu numerosos detalhes dos movimentos reais de Aldrin durante o encontro. O especialista OVNI Bob Barry escreveu que Aldrin observou os ÓVNIS diretamente, e que os astronautas especularam sobre a emissão misteriosa.
Nenhuma destas coisas parece ter acontecido. Os escritores estavam dramatizando o evento baseado nas fotografias forjado. Os críticos menos simpáticos a eles poderiam sugerir que os autores estavam ficcionalizando o evento, ou sendo ainda menos caridosos, que estavam mentindo.
“Isso é um monte de mentiras”, Barry replicou quando ouviu estas acusações em 1978. “Eles podem negar tudo que quiserem, nós temos a prova”.
Mas é preciso mais que a bravata de Barry para descartar a prova real do “Rolo Foxtrot” da Apolo 11. Os filmes não mentem; eles mostram as luzes dançando, as reflexões, o clarão. Eles não mostram nenhum OVNI.
Nem a Science Digest vai conseguir que esqueçam rapidamente sua dupla escorregada OVNI. Primeiro, a afirmação de Mullaney sobre a tripulação da Apollo 11 relatando uma massa de energia inteligente é claramente uma elaboração adicional da falsificação original Matsumura-CBA, sem qualquer esforço de confirmar a história com a NASA. Segundo, a fotografia publicada em Science Digest no mês seguinte também foi retocada: o editor Dan Button admitiu que certos pedaços estranhos de escombro espacial foram apagados para evitar distrair a atenção do verdadeiro OVNI, mas todas as versões anteriormente publicadas e liberadas daquela mesma fotografia mostram um espaço absolutamente vazio onde a Science Digest aponta para um “objeto não identificado”. Ou alguém adquiriu uma cópia ruim com uma mancha extra no negativo, ou alguém na Hearst Corporation mensal adicionou o “OVNI” na fotografia para efeito dramático. Button acusa a NASA de outro encobrimento; observadores informados podem julgar agora qual desonestidade Button está tentando encobrir.
De fato, uma fotografia da Apolo realmente mostra um verdadeiro objeto não identificado (mas dificilmente não identificável). Pouco depois de liberar o Módulo Lunar do foguete, próxima da Terra, uma inundação de partículas girando passou pelas janelas da Apolo. Um dos astronautas estava tirando uma série de fotos turísticas da Terra retrocedendo, e em uma das fotografias estava uma minúscula mancha de forma estranha.
Não há nenhuma indicação de que quaisquer dos astronautas viram isto. Considerando que está fora de foco em uma máquina fotográfica com uma profundidade de campo extremamente grande, os peritos fotográficos concluíram que estava provavelmente a apenas alguns pés da janela, e tinha uma polegada ou duas. Como em outros vôos, pedaços de isolamento e gelo cercaram a Apolo nesta fase do vôo. Certamente pode ser “não identificado”, mas não pode por qualquer jogo semântico de palavras ser chamado um OVNI autêntico — exceto, por exemplo, em UFOS a Pictorial History da McGraw-Hill!
A tripulação realmente relatou à Terra outro objeto minúsculo que eles assistiram pelo seu monóculo. A alguns dos astronautas, parecia cilíndrico, semelhante ao seu estágio de foguete gasto que se sabe que estava acompanhando-os em uma órbita paralela. Armstrong disse, “estava bem no limite de resolução do olho; era muito difícil dizer simplesmente de qual forma era”. A suposição razoável da NASA era de que realmente era o estágio de foguete, já que estava se comportando justamente como um estágio de foguete deveria; outros vôos Apolo tinham relatado praticamente a mesma coisa.
Toda a entrevista de Cronkite no National Enquirer era uma fraude, evidentemente criada por um escritor free lance. O jornal recusou assumir a culpa quando Cronkite reclamou — mas despediu o escritor.
E o que pode ser dito sobre o relato do “Senhor X”? Novamente, da evidência interna dos detalhes que “X” dá em uma tentativa de estabelecer credibilidade com os ouvintes, os peritos espaciais rapidamente notaram que ele nunca poderia ter estado perto do Centro de Controle de Missão real — o jargão dele é muito misturado. Em outras palavras, eles concluíram que é apenas outra história inventada. Afirmações de que estes sinais de voz foram cortados para os repórteres que estavam presentes também está em contradição completa com os relatos pessoais de repórteres que estavam em Houston: Não havia nenhuma demora de fita significante, e não havia nenhum silêncio indicativo de censura.
Mas as histórias cruzaram o Atlântico em um livro OVNI francês, e então voltaram aos EUA reforçadas e agora autenticadas em Our Ancestors Came From Outer Space de Maurice Chatelain (Doubleday, 1978). De acordo com o autor, que alegou ser um ex-cientista espacial da NASA (na verdade, ele tinha trabalhado para uma empreiteira espacial em Los Angeles durante vários anos): “Os astronautas. viram coisas durante as suas missões que não podiam ser discutidas com ninguém fora da NASA. É muito difícil de obter qualquer informação específica da NASA, que ainda exercita um controle muito rígido sobre qualquer revelação destes eventos… Parece que todos os vôos Apollo e Gemini foram seguidos… por veículos espaciais de origem extraterrestre… Toda vez que isso aconteceu, os astronautas informaram o Controle de Missão, que então ordenou silêncio absoluto…”
Chatelain menciona especificamente a Apolo-11, que “fez o primeiro pouso na Lua no Mar da Tranqüilidade e, apenas momentos antes de Armstrong descer da escada de e pisar na Lua, dois ÓVNIS pairaram em cima. Edwin Aldrin tirou várias fotos deles….”
Ainda mais sensacional foi a alegação para o vôo da Apolo-13: “Havia alguma conversa de que a missão Apolo 13 levava um dispositivo nuclear que poderia ser usado para fazer medidas da infra-estrutura da lua e cuja detonação se mostraria nos gráficos de vários sismógrafos gravadores colocados em locais diferentes. A explosão inexplicada de um tanque de oxigênio no módulo de serviço da Apolo 13 em seu vôo para a lua, de acordo com rumores, foi causada deliberadamente por um OVNI que estava seguindo a cápsula para prevenir a detonação (nuclear)… ”
É claro, a causa da explosão foi descoberta depois pela NASA, e não havia nenhum dispositivo nuclear — rumores de ataques OVNI são absurdos. Mas isso não é razão para algumas pessoas entusiastas de ÓVNIS não passarem esta história adiante e as elaborarem, como veremos.
Os entusiastas OVNI russos foram os seguintes nesta corrida de revezamento cósmica. A edição de julho de 1978 do The UFO Journal, publicado pela Mutual UFO Network, apontou uma palestra feita na Rússia no dia 24 de novembro de 1977, por Vladimir G. Azhazha. Falando para um grupo de funcionários de notícias NOVOSTI na Academia de Ciências em Moscou, Azhazha relatou que:” Os astronautas americanos que visitaram a Lua viram um cilindro gigantesco de 1500 metros de comprimento por lá. Aldrin capturou-o em filme. O veículo realizou suas próprias interações com a Apolo; coordenou seu movimento com ela…
Os… relatos dos astronautas americanos que visitaram a lua são excepcionalmente interessantes. O código que eles concordaram em usar para designar os ÓVNIS era ‘São Nicolau’, mas, eles estavam tão pasmos com o que viram quando chegaram da Apolo na lua que transmitiram para a Terra sem o código: ‘Diretamente em frente a nós, no outro lado da cratera, há outras espaçonaves que nos observam.’ E Aldrin tomou seu filme que mostra os ÓVNIS na lua…”
Azhazha revela que sua fonte destes dados é o livro de Chatelain, continuando que “A lua é evidentemente uma base de envio para os ÓVNIS e todas missões Apollo que voaram à lua estiveram sob ‘observação’ dos ÓVNIS. Não foi por acidente que os astronautas americanos não tiveram êxito em sua tentativa de explodir um dispositivo nuclear para propósitos científicos na Lua. Ao invés, o cilindro de oxigênio na Apollo explodiu. Eles também não puderam explodir o estágio superior do propulsor e assim ele continua voando ao redor da lua…”. Presumivelmente com uma escolta OVNI.
O editor do boletim MUFON notou em seu prefácio a este artigo que…” uma fonte de notícias de Washington DC… Informou-me que as declarações atribuídas ao astronauta Buzz Aldrin sobre os OVNIs na Lua foram confirmadas pelo repórter espacial da sua agência, que cobriu a história da Apollo na ocasião. Aldrin disse que eram umas piadas. É possível que a história tenha se filtrado para a União Soviética em forma adulterada, como é evidente em alguns outros casos. . . Outras porções deste relato ainda podem ser significantes… “ ··Em outras palavras, a MUFON considerou suficiente pedir para um amigo perguntar a um amigo para varrer recordações de dez anos atrás — e chamou isto de ‘pesquisa’. Andrus continuou:” “O documento russo previamente inédito… fala de eventos sensacionais e conhecimento de governo de alto-nível que foram retidos do público. Os supostos eventos precisam ser autenticados, já que, se verdadeiros, são de importância profunda. Filmes de astronautas de Ovnis na Lua?… Há uma necessidade clara para descobrir quanto de todo esse ‘sensacionalismo’ é realmente verdade, e expor como falso tudo aquilo é falso”. Estas palavras valentes, de um homem considerado como um dos peritos OVNI mais racionais e confiáveis, não coincidem com as ações de Andrus ou, aparentemente, suas intenções em publicar qualquer esclarecimento [a respeito da fraude]. As histórias de OVNI de astronautas são muito “úteis” para arriscar um exame muito minucioso.
Tão difundido é o entusiasmo russo por ÓVNIS que negativas oficiais do governo se tornaram necessárias. Na edição de novembro de 1978 de Cultura e Vida (publicado em Moscou) pede-se que o astrônomo soviético Vladimir Krat refute histórias tais como:
Entrevistador: Eles dizem que os astronautas americanos que pousaram na Lua tinham que fazer uma explosão pequena para causar um terremoto artificial, mas que eles não conseguiram fazer isto. Uma misteriosa explosão a bordo da nave destruiu um cilindro de oxigênio. Poderia ter sido causada por um disco voador observando a nave, para impedir uma experiência que poderia ter destruído as bases construídas por civilizações extraterrestres na Lua. “O que é isto? O que é isso, droga? Eu gostaria de saber a verdade, qual é? Há outras espaçonaves aqui!” Armstrong supostamente teria gritado ao ver vários ÓVNIS no outro lado de uma cratera. Mas Aldrin viu imediatamente qual era a situação e começou a se comunicar com a Terra em um código secreto. Depois, toda a informação sobre o incidente foi colocada em segredo pelos americanos. Há histórias sobre outros casos de cosmonautas vendo ÓVNIS. É colocada ênfase especial no fato que as primeiras quatro ou cinco horas da permanência das tripulações na Lua permanecem um mistério — o que os astronautas fizeram durante esse tempo não foi tornado público.
Krat: Os vôos dos astronautas para a Lua foram acompanhados por toda a humanidade, seu trabalho na superfície da Lua é conhecido em cada minuto. Eu não vejo nenhuma lógica na conversa sobre qualquer informação se tornando imediatamente “secreta”. Por que os americanos deveriam ter feito segredo de seu encontro com algumas criaturas de outros planetas, se algum encontro assim realmente aconteceu? Teriam tido medo de causar pânico na Terra? Mas não havia nenhum fundamento especial para pânico”.
Claramente, Krat desconhece a extensão das distorções em tais histórias e só pode propor questionamentos insípidos que não convenceriam ninguém.
O que Krat deveria ter feito era examinar o boato mais de perto. A “explosão misteriosa” era a explosão na Apolo 13, que foi atribuída a uma ação OVNI hostil. O “terremoto artificial” na Lua em vôos posterior funcionou muito bem, embora Chatelain e Azhazha aleguem que explosivos nucleares teriam sido usados! O “código secreto” é idéia de Chatelain: ele afirma que os astronautas usaram a frase “Papai Noel” para se referir a ÓVNIS. Quanto às “quatro ou cinco horas” faltando, eu não encontrei nada; assim eu suspeito que o russo simplesmente inventou isto.
Como esperado, as falsas histórias OVNI da Apollo 11 continuam sendo recirculadas e elaboradas. Em junho de 1979 um livro da Dell intitulado Secrets of Our Spaceship Moon pelo professor de Detroit Don Wilson apareceu nas bancas de jornal. Sua capa alardeava: “O ENCOBRIMENTO DA NASA — Aqui estão os fatos que eles não puderam esconder! O que os homens realmente viram na lua?”. A orelha da capa proclama, “aqui enfim está a história completa e não censurada de fatos claros e indisputáveis oferecidos pelos próprios astrônomos e astronautas, apesar das negativas oficiais repetidas de oficiais da NASA…”
Os avistamentos da Apolo 11 fornecem apenas uma porção dos argumentos no livro, mas eles são citados. O OVNI boneco de neve de Bob Barry é caracterizado, com a alegação de Wilson de que “Buzz Aldrin teve sucesso com sua máquina fotográfica, tomando imagens inestimáveis (mas agora secretas) dos dois objetos misteriosos.” A alegação de que o filme mostra ÓVNIS é, como vimos, tolas; a afirmação de que o filme é agora secreto é uma mentira ultrajante.
Todo outro reputado encontro OVNI da Apollo 11 é reproduzido fielmente e sem questionamento por Wilson, embora ele de fato aponte em alguns casos que são ‘não autenticados’. Igualmente não autenticada é a alegação do entusiasta OVNI James Harder de que encontrou fitas de voz de encontros OVNI na Apollo 11, as quais a NASA admitiu reservadamente a ele que tinham sido suprimidas “por medo de pânico do público”.
“A evidência que nós citamos neste livro”, Wilson conclui depois, “prova que nós temos hoje em nossas mãos outro Watergate — um Watergate cósmico… Nós mostramos inegavelmente provas de que a NASA está escondendo o fato de que ÓVNIS foram vistos por astronautas… Um estudo dos registros e uma olhada nas fotografias convencerão até mesmo o cético mais obstinado de que isto é exatamente o que aconteceu quando o homem foi para a Lua”. Tal desafio não está relacionado à evidência real — na realidade, o padrão que nós vimos mostra que quanto menos confiável é a evidência, mais colorida são as afirmações e ameaças. Wilson desafia — mas só tem falsa evidência. A editora Dell, de acordo com o editor James Frenkel, não viu nenhuma razão para checar estes relatos incríveis, decidiu simplesmente confiar em Wilson.
O OVNI-Aldrin-boneco-de-neve recebeu novo ânimo em 1980 quando outro perito OVNI proclamou que o objeto não era uma nave espacial, mas sim uma criatura espacial!
Escrevendo em Frontiers of Science (antes Second Look, a revista que absorveu o International UFO Reporter de Hynek e por motivos de impostos é publicada sob a égide do Center for UFO Studies), o especialista no paranormal John White (autor de Pole Shift! e numerosos outros livros), alega que as imagens espaciais são idênticas a outras tomadas na Terra por Trevor James Constable, um discípulo do defensor da energia orgônio, Wilhelm Reich. Constable defendeu sua teoria de que os ÓVNIS são bizarras criaturas vivas (e não necessariamente inteligentes) que habitam a atmosfera superior e — evidentemente — também o espaço exterior (em livros tais como The Cosmic Pulse of Life, Steinerbooks, 1976). Normalmente as “criaturas” são invisíveis e só podem ser capturadas em filme infravermelho.
“Mesmo os astronautas que tiraram fotos de ÓVNIS no espaço não reconheceram as criaturas vivas pelo que eram”, escreveu White. A fotografia do boneco de neve é “altamente disputada — a esfera luminosa é uma criatura espacial?”. Reconhecendo minha avaliação publicada da fonte das imagens, White discorda, mas admite que “ainda não está em posição para contestar o argumento [(de Oberg)]“. Ele também exibiu no artigo uma cópia da mancha em curso: “((Ela)) parece mostrar uma grande criatura assomando sobre a Terra.”
White não tem nenhum amor perdido pela NASA. Anteriormente, em um editorial a convite para o tablóide UFO Review de Timothy Green Beckley, White acusou a NASA de um encobrimento sórdido: “A prova já existe, boa parte conhecida há muito pela NASA”. White então se refere a uma lista de avistamentos por astronautas em Edge of Reality (uma lista repudiada há tempos por seus autores, como vimos), e ao tablóide Modern People (edição de janeiro de 1978), “por fotografias vazadas da NASA de ÓVNIS que incluem animais plasmáticos [(itálico adicionado)]“. Porta-vozes da NASA, de acordo com White, são “ou infelizmente ignorantes dos fatos. ou então procuram deliberadamente enganar o público. O público tem mais bom senso neste assunto que a maioria dos burocratas da NASA”.
Constable, enquanto isso, ficou deleitado em endossar a interpretação de White das fotografias da Apolo 11. Em uma edição de 1981 do irregular Metascience Quarterly, ele exultou: “Quão estranho parece que a NASA tenha gravado imagens como as minhas.. . e suprima as fotografias. . . . Graças ao trabalho de John, nós temos agora uma ‘Coleção de Criaturas da NASA’, mas eles estão descartando isto fazendo o tagarela Oberg identificar estas fotografias como fraudes. Pura patologia social!” Aha, patologia social de fato!
(Tal reação ad hominem por parte de excêntricos é dificilmente incomum. Em 1979 Gray Barker, há muito tempo uma personalidade OVNI limítrofe e satírica, referiu-se a mim em uma discussão elogiando a pesquisa de Timothy Green Beckley: “Quando estas revelações por Beckley e outros começaram a gerar cartas ao Congresso, o oficial da NASA cap. James Oberg conduziu uma cruzada de um só homem para silenciar estes rumores. Muitas pessoas em pesquisa civil de ÓVNIS acreditam que o cap. Oberg foi especialmente designado para esta missão para descartar estes vazamentos de notícias de avistamentos de astronautas”. E um alto oficial MUFON (Mutual UFO Network, uma organização privada de pesquisa de ÓVNIS) espalhou a história no meio dos anos 70 de que eu era o ‘ghost-writer’ de Philip Klass em seus livros anti-OVNI! É isso mesmo, quando você não gostar do testemunho, ataque à testemunha — o velho truque de um advogado desonesto.)
Muito apropriadamente, a última palavra (até a data!) nestes absurdos sobre a Apolo 11 estão com o velho e familiar National Enquirer, o tablóide de supermercado semanal conhecido por suas fofocas de Hollywood, predições psíquicas, curas médicas milagrosas e histórias de discos voadores. “Aliens na Lua Quando Nós Pousamos” era a manchete gritando na edição de 11 de setembro de 1979 (a mesma história apareceu no Sunday Mirror de 9 de setembro em Londres e foi endossada subseqüentemente na edição antedatada de Julho-Agosto de 1979 do prestigiado diário britânico, Flying Saucer Review).
“Os astronautas viram ÓVNIS e até mesmo os fotografaram”, escreveram os autores (Eric Faucher, Ellen Goodstein, e Henry Gris), “mas o estupendo encontro imediato foi mantido completamente sob segredo pela NASA até agora. (eles evidentemente não tinham lido — ou não tinham acreditado — na entrevista de Cronkite de seu próprio jornal!). O encobrimento da NASA era tão grande que as notícias levaram dez anos para chegar ao público americano — e tiveram que ser reveladas primeiro por cientistas soviéticos, que descobriram sobre isto há dois anos”.
E aqui está o engraçado: o National Enquirer, em uma reversão da prática comum, acabou se tornando vítima da fraude de notícias de outros. A fonte era ninguém menos que Vladimir Azhazha, que de alguma maneira negligenciou mencionar a Henry Gris, seu contato, que a história estava completamente baseada não em fontes soviéticas oficiais, mas no estranho livro de Chatelain sobre antigos astronautas! “Eu tenho absoluta certeza de que este episódio aconteceu”, Azhazha contou para Gris (que é fluente em russo) durante uma entrevista por telefone. “De acordo com nossa informação. sua mensagem (de Armstrong)nunca foi ouvida pelo público — porque a NASA a censurou.”
De acordo com Gris (que foi logo depois excluído da equipe do National Enquirer), Azhazha “recusou identificar a fonte da informação dele — mas ele e outros peritos espaciais russos dizem que o encontro tem sido de conhecimento comum entre círculos científicos soviéticos”.
Para completar o círculo ao engolir a própria história, o National Enquirer citou então. . . Maurice Chatelain, ” um ex-alto consultor para a NASA”, que supostamente confirmou independentemente a versão soviética da história! Também testemunhando estavam os conhecidos UFOLOGISTAS Leonard Stringfield da MUFON (“Se o governo revelasse uma pequena parte do que aconteceu na Lua, seria a história do século” é como ele é citado, mas ele subseqüentemente negou ter declarado qualquer coisa assim); John Schuessler (“Eu trabalho com astronautas na NASA e ouvi a história deles” é como ele é citado, mas desde então ele acusou furiosamente que Ellen Goodstein exclui o “nunca” que ele falou antes de “ouvi”); Timothy Green Beckley (que admitiu reservadamente que os incidentes nunca aconteceram, mas que eram muito bons para publicidade para criticar); Joseph Goodavage (um famoso astrólogo-autor bem conhecido por distorcer e dramatizar fatos não cooperativos, como nós veremos em um capítulo posterior); e o “cientista Fred Bell” (que é aparentemente uma invenção da imaginação do co-autor Eric Faucher). Assim, mesmo que o National Enquirer tenha sido originalmente vítima da enganação de Azhazha, foi à equipe do jornal que adicionou sua própria marca peculiar de jornalismo, e ultimamente foram os leitores do jornal que foram vitimados.
Até mesmo Moscou admite isso! Um longo artigo anti-OVNI (“A Lenda dos Visitantes”, Pravda, 2 março 1980, pág. 6), pelo correspondente de ciência Vladimir Gubarev, informou: “As pessoas têm confiança no testemunho de cosmonautas e astronautas”, Gubarev escreveu. “Então por que não tomá-los como aliados, decidiram os propagandistas de ÓVNIS? Assim aqui dez anos depois dos vôos para a lua, os fantasistas, que às vezes se apresentam como cientistas, alegam em suas palestras públicas que os astronautas, visitando a lua, observaram ÓVNIS muitas vezes, e que Neil Armstrong relatou a Houston: Aqui estão localizados objetos grandes, senhores! Enormes! Oh Deus! Aqui estão localizadas outras espaçonaves! Elas estão de pé ao longo do lado da cratera! Eles estão situados na Lua e estão nos observando!”
Gubarev continuou seu artigo: “É uma tarefa infrutífera procurar por estas palavras nas cópias das transmissões de rádio da tripulação da Apolo 11, elas não estão lá. Sim, e nem uma única pessoa escutando ao sinal de rádio da lua — e ele foi transmitido ao vivo deu qualquer atenção à informação semelhante — estranho, será verdade?”.
“Em um encontro com Neil Armstrong eu lhe perguntei sobre ‘discos voadores’“.Nós não os “vimos”, respondeu o astronauta; “e com o que nós, os cosmonautas e astronautas, estamos fazendo no espaço, isto é realmente impressionante”.” ··Gubarev também relatou uma entrevista com Pete Conrad, sobre seus supostos ÓVNIS na Apolo 12 (não havia nenhum), e depois também reconta um incidente do começo de 1978 quando tripulantes russos da Salyut-6 ficaram pasmados ao ver” “ÓVNIS” perto de sua estação espacial que revelaram ser bolsas de lixo recentemente lançadas. O artigo no Pravda terminou com conclusões muito negativas sobre pessoas crédulas que são enganadas facilmente por besteiras como ÓVNIS e religião! Enquanto pode ser arriscado acreditar em qualquer coisa que alguém diga no Pravda (que significa ‘Verdade’ em russo), o aparecimento deste artigo e outros como ele atesta o desgosto oficial pela difundido entusiasmo popular soviético por tais estórias.
Onde quer que haja interesse popular difundido em um tópico, você achará urubus sondando a presa para atacar crédulos ansiosos e sua vontade de gastar dinheiro em livros que ostentam revelações novas, lúridas. Assim não deveria ter sido muita surpresa que Charles Berlitz (o autor de vários livros altamente lucrativos sobre o “Triângulo das Bermudas”) tenha decidido “descobrir” os encontros OVNI da Apolo 11 em 1980. Isto foi revelado em seu mais recente livro, O Incidente Roswell (toda a pesquisa de verdade parece ter sido feita pelo seu co-autor William Moore e pelo defensor OVNI e ex-engenheiro nuclear Stanton Friedman), cujo tema principal é que o governo dos EUA capturou um disco voador acidentado na metade de 1947, junto com os corpos mortos dos seres que tinham composto sua tripulação, e desde então tem escondido tudo com sucesso enquanto estuda os materiais.
Berlitz não tem nada de novo a oferecer além de falsificar ainda mais os antigos contos de fadas. Ele baseia sua informação em Maurice Chatelain (“baseado em informação recolhida de ‘fontes internas’ enquanto trabalhava para a NASA nos anos sessenta”) sobre “relatos destes encontros feitos durante vôos no espaço (que) geralmente foram censurados, alterados, desenfatizados ou simplesmente ignorados pela NASA”. Aqui está a velha história da Apolo 11, à lá Berlitz, 1980:
“Antes do primeiro pouso na lua dois ÓVNIS e um longo cilindro flutuaram acima. Quando a Apolo 11 pousou dentro de uma cratera da lua duas espaçonaves não identificadas (sic!) apareceram na beirada da cratera e então decolaram novamente. Aldrin as fotografou. As imagens ainda não foram liberadas pela NASA ao público”.
As próximas páginas do Sr. Berlitz republicam muito da transcrição Pepper há muito desacreditada, assim como uma série de outras fábulas de astronautas-OVNIS. Moore negou depois qualquer endosso das histórias apenas porque ele as colocou no livro (ele queria “preparar o palco” e manter uma mente aberta), mas Friedman denunciou a história em 1981 e justificou sua cooperação com Berlitz porque precisava do dinheiro e publicidade para continuar sua pesquisa.
Poderia ser interessante aqui saber exatamente o que os oficiais de informações públicas da NASA pensam sobre esta longa série de recontagens da história do OVNI na grande viagem à Lua. Para fazer justamente isto, eu arranjei uma entrevista no começo de 1980 com dois peritos espaciais altamente respeitados no Johnson Space Center em Houston, Terry White e Charles Redmond. Para transmitir todo o sabor da conversação, aqui está como ela ocorreu:
Pergunta: Como vocês ficam sabendo sobre tais histórias OVNI? Os autores e editoras tentam checá-las com vocês?
White: Eu normalmente ouço falar primeiro nelas quando algum repórter me telefona, dizendo que viu outra revelação de algum “encobrimento da NASA”. As pessoas que escrevem tais histórias — elas raramente têm a cortesia ou coragem de nos enviar cópias pré-publicação.
Redmond: As únicas vezes que eu lembro ter sido perguntado por uma explicação é quando minhas explicações podiam ser retratadas como algum tipo de encobrimento — ou descartadas.
White: Editoras responsáveis como Readers Digest, National Geographic e New Yorker têm o hábito de verificar a precisão de seus autores nos pedindo para checar seu material factual. Mas quanto a livros sobre ÓVNIS e imprensa de tablóide — não, eles nunca checaram conosco antes de publicar. . . .
Redmond: . . . ou depois de publicar, também!
Pergunta: Para o registro, vocês têm algum segredo sobre ÓVNIS ou vida alienígena?
White: Nenhum. Essas histórias são lixo e eu conto para qualquer pessoa que liga justamente isso. Normalmente nós não queremos dignificar tal lixo com uma resposta séria.
Redmond: Nós não temos nenhum segredo OVNI. De fato, esta é uma área onde nosso escritório gastou mais tempo vasculhando fotografias e transcrições para as mídias de notícias, em resposta às assim chamadas “alegações OVNI”. Mas até a sugestão de que estamos retendo qualquer coisa, simplesmente não é verdade.
White: Nós sabemos sobre casos onde fornecemos filmes e relatos e estudos técnicos e então vimos essa informação distorcida e dando falsas impressões. Isso é de onde estas histórias sobre astronautas e ÓVNIS vêm: informação não verificada e distorcida.
Pergunta: Houve alguma vez qualquer capacidade de censurar transmissões espaciais?
Redmond: O Escritório de Assuntos Públicos — o “P-A-O” [Public Affairs Office] — no Controle de Missão realmente tinha um interruptor inibidor para os sinais de voz ar-terra, que estava em um atraso de sete segundos para permitir a sincronização com as imagens de televisão processadas por computador. . . .
White: . . . mas aquele interruptor nunca foi usado, até onde possa lembrar. E eu era a “voz da Apolo” PAO em muitos, muitos vôos.
Redmond: Certo, eu suponho que [o interruptor] estava lá para manter uma tragédia espacial fora do ar “ao vivo” até que nós pudéssemos notificar qualquer familiar próximo, mas não teria afetado as transcrições em todo caso, só a liberação de tempo real que era direcionada para a sala de notícias e para as redes. Nós só tivemos autoridade para usar isto durante em torno de um minuto no máximo, de qualquer maneira. As transcrições sairiam eventualmente, completamente sem censuras.
White: Ocasionalmente nós configuraríamos para exame médico privado ou conversações familiares. Não havia nenhuma freqüência ou código especial, nós só desconectaríamos o resto dos consoles no centro de comunicações.
Redmond: As conversações médicas não foram registradas, e não foram liberadas — embora nós fizéssemos um sumário delas em entrevistas coletivas. Há algo no Juramento de Hipócrates sobre um doutor ter que manter confidência com seus pacientes.
Pergunta: Com que freqüência isto aconteceu?
Redmond: Durante a Apollo, bastante infreqüentemente. Durante a Skylab, nós teríamos tal conversa talvez a cada três dias por aí.
Pergunta: Assim não havia nenhum código especial ou canal secreto?
Redmond: Não, nós usamos nossos canais ordinários, mas a tripulação pediria apenas o doutor — o “cirurgião de vôo” — e o resto de nós desconectaria.
White: Ou então a tripulação poderia falar reservadamente com suas famílias em um quarto na parte de trás depois do corredor da sala de controle.
Pergunta: Fora destas conversas confidenciais com doutores, esposas e crianças, não havia nenhuma outra conversação que não se tornou publicamente disponível?
Redmond: Não, eu não acho, não vejo como eles poderiam ter feito isto.
Pergunta: Por que você supõe que esses livros e artigos de revista sobre ÓVNIS são escritos com tais acusações sórdidas contra NASA?
White: Eu acho que eles só são escritos para explorar a histeria pública, e para o inferno com os fatos. Essa é minha opinião pessoal, que eles favorecem o pânico e apelam para a ignorância pública.
Redmond: Eu me sinto frustrado pela ingenuidade do público, e pelo aproveitamento descarado de escritores que brincam com o desejo do público de ser mistificado. Mas eles usam apenas truques baratos, estes escritores. Eles entregam artigos falsos.
Pergunta: Mas que dano isso faz?
White: Não muito. Só uma parcela pequena realmente acredita em tal lixo, considerando a credibilidade das fontes.
Redmond: Eu discordo. Acho que é bastante prejudicial ao reduzir a credibilidade do programa espacial, e a imagem da NASA.
Permita-me um momento para um comentário próprio: Um leitor deste relatório chegará a uma conclusão completamente diferente daquela exposta por Wilson, Harder, Barry, Gris, Berlitz e outros. Uma coleção bem divulgada de excêntricos, malucos, vigaristas e inocentes bem intencionados criou uma fachada de ‘encontros OVNI’ e uma falsa alegação de ‘encobrimento da NASA’ relativo a ÓVNIS supostamente vistos há dez anos atrás na expedição da Apollo 11 para a Lua. Para alguns, as recompensas são provavelmente psicológicas, para outros, publicidade; para aquelas porções da mídia que lhes ofereceram avidamente um palco, as recompensas suculentas foram financeiras em natureza. Explicações e exposições de fraude (como na edição de Outono Inverno de 1977 da revista Search, de fevereiro 1977 da Space World, as edições de 1978 do Skeptical Inquirer e releases de notícias oficiais da NASA) são ignoradas ou distorcidas — e aqui de fato está a verdadeira conspiração de encobrimento, se pode ser dito que uma existe. A reputação do programa espacial e dos astronautas sofreu, o público foi confundido e enganado, e o dinheiro rola por aí. Eu imagino com freqüência, onde estão os jornalistas investigativos corajosos que revelarão esta fraude OVNI?
Onde isso deixa os leitores depois de ver o que parecia uma história OVNI espacial sólida se despedaçar em enganos, falsificações e mentiras? Especialistas OVNI experientes devem imaginar quanto de outros casos OVNI “clássicos” que parecem igualmente bons estão igualmente podres debaixo da superfície.
Duas perguntas vêm à mente, mas não podem ser respondidas. Primeiro, a Apolo 11 não era excitante o bastante sem os ÓVNIS fictícios? E segundo, se há tantos outros casos OVNI verdadeiramente autênticos em registro, por que os escritores OVNI têm que confiar tanto em evidência duvidosa assim?
As respostas para estas perguntas ajudarão a estabelecer a verdadeira importância do que do contrário poderia ter sido apenas uma esquálida nota de rodapé em um capítulo sobre a história da exploração espacial. Mas se os investigadores e entusiastas OVNI futuros aprenderão qualquer coisa disto é uma boa pergunta. Porque nós podemos ver que histórias OVNI parecerem tomar vida e se espalhar por si mesmas, até mesmo quando não há absolutamente nenhuma fundação em fato na qual elas poderiam ter sido possivelmente baseadas. E se isso é verdade neste caso, temos que suspeitar que aconteceu com alguma freqüência em outros casos onde não podemos determinar os fatos com tal certeza. E por mais que digam o contrário, os peritos e divulgadores OVNI — Mullaney, Sandler, Emenegger, Fuller, Hervey, Button, Harris, Binder, Matsumura, Barry, Pepper, Lorenzen, Harder, Chatelain, Lepoer-Trench, Zigel, Boznich, Wilson, Gris, Goodavage, Beckley, Pratt, Creighton, Berlitz, Moore, Azhazha e outros têm que de alguma forma ser responsabilizados por promulgar padrões basicamente defeituosos. Porque não importa o que eles possam admitir de forma privada, suas posições públicas permanecem enganosas.

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