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Demonologia é o estudo sistemático dos demônios. Quando envolve os estudo de textos bíblicos, é considerada um ramo da Teologia. Por geralmente se referir aos demônios descritos no Cristianismo, pode ser considerada um estudo de parte da hierarquia bíblica. Também não está diretamente relacionada ao culto aos demônios.


sábado, 28 de junho de 2014

A Ordem Rosa-cruz e a Maçonaria

Para saber-se as ligações entre a Maçonaria e a Ordem Rosa-Cruz ou antiga e Mística Ordem Rosae Crucis (AMORC) como preferem os seus adeptos, vamos fazer algumas considerações sobre essa Ordem.
    Rosa-cruz é denominação da fraternidade filosófica, que, de acordo com a tradição mais em voga, teria sido fundada por Christian Rosenkreuz e representa uma síntese do ocultismo imperante na Idade Média.
    Harvey Spencer Lewis pretende, todavia, que rosenkreuz tenha sido, simplesmente, um renovador, já que a instituição remontaria ao antigo Egito, à época do faraó Amenophis IV. O rosacucianos, tem aceitado essa hipótese falseando, lamentavelmente a verdade histórica, pois, na realidade, essa fraternidade nasceu no período medieval, embora apresentando, em sua ritualística, muito do misticismo das antigas civilizações, como acontece com a maçonaria (muitos maçons também querem fazer crer que a Ordem Maçônica é antiguíssima e já existia no Antigo Egito e na Pérsia, o que é, verdadeiramente, uma heresia histórica).
    O rosacrucianismo, assim como a Maçonaria, é um sincretismo de diversas correntes filosóficas-religiosas: hermetismo egípcio, cabalismo judaico, gnosticismo cristão, alquimia etc. A primeira menção histórica da ordem data de 1614, quando surgiu o famoso documento intitulado “Fama Fraternitatis”, onde são contadas as viagens do alemão Rosenkreuz pela Arábia, Egito e Marrocos, locais onde teria adquirido sua sabedoria secreta, que só seria revelada aos iniciados.

A Ordem nas Américas


    Harvey Spencer Lewis foi à  pessoa que reativou a AMORC na América do Norte, no início do século XX, já que ela havia existido anteriormente, onde algumas pessoas que se destacaram como Benjamim Frnklin teriam pertencido à mesma. Na ocasião a Ordem era ativa em alguns países da Europa, como França e Alemanha, mas com rituais diferenciados. Harvey Spencer Lewis ao trazer a AMORC para a América, não o fez sem antes estudar por mais de 10 anos suas raízes, o que permitiu mais tarde unificar todas as ordens no mundo, cuja essência fosse a mesma. A introdução do estudo à distância permitiu a rápida proliferação da AMORC e em 1915 ele tornou-se o 1º IMPERADOR, (se supremo da Organização), para a América do Norte. A unificação com a as demais ordens ocorreu no início dos anos 30, tornando-se Lewis o primeiro imperador mundial. No Brasil, os estudos foram introduzidos na década de 50, e o cargo supremo é ocupado por um grande mestre.
    O nome AMORC – Antiga e mística Ordem Rosa Cruz foi dado para diferenciar-se de outras ordens filosóficas de mesmo nome, mas com diferente essência.

O Casamento Químico de Christian Rosenkreuz

    O teólogo Johann Valentin Andréa, neto do também teólogo luterano Jacob Andréa, foi o homem que divulgou o rosacurcianismo. Andréa, que nasceu em Herremberg, no Werttemberg, em 1581, depois de viajar pelo mundo, retornou à Alemanha, onde se tornou pregador da corte e, posteriormente, abade. A sua principal importância, todavia, originou-se do papel que ele teve naquela sociedade alemã, que no princípio do século XVII, lutava por uma renovação da vida, com uma nova insuflação espiritual.
    A popularidade alcançada por Andréa, entretanto, com a Societas Solis (Sociedade do Sol), a que ele procurou dar vida e a Ordem das Palmeiras, em que ele foi admitido aos 60 anos de idade, não se comparou à que ele conseguiu ao publicar o seu romance satírico “O Casamento Químico de Christian Rosenkreuz”, que criticava, jocosamente, os alquimistas e as ligas secretas,numa época que, de maneira geral, era de desorientação, onde o ar andava cheio de rumores e a velha ordem religiosa desagregava-se. A partir de 1597, já aconteciam reuniões de  uma liga secreta de alquimistas, que haviam ficado sem irradiações e sem significado espiritual. Foi então que a palavra Rosa-Cruz adquiriu, rapidamente, uma grande força atrativa, a ponto de, num escrito anônimo de 1614, chamado “Transfiguração Geral do Mundo”, ser incluído o conceito de “Fama Fraternitatis R.C.”,sem necessidades de ser escrito por extenso, pois ele já era bem entendido. Uma outra pequena obra, surgida um ano depois e chamada “Confessio”, publicava a constituição e a exposição dos fins que a Ordem era destinada.

O Herói Viveu 150 Anos, Extinguindo-se Voluntariamente.

    De acordo com o “Confessio”, a ordem Rosa-cruz representaria uma alquimia de alto quilate, na qual em vez das pesquisas sobre a Pedra Filosofal, era buscada uma finalidade superior,ou seja, a abertura dos olhos do espírito, através dos quais pudesse, o homem, ficar apto a ver o mundo e os seus segredos com mais profundidade. As correntes dos alquimistas medievais, então, diante da necessidade espiritual da época,incrementada pela disposição de renovação e organização secreta, tomaram enorme vulto com o aparecimento do romance satírico de Andréa.
    O herói do romance é o Christian Rosenkreuz já descoberto pela “Fama Fraternitatis” e que já tinha, no século XIV, viajado pelo Oriente e, ali, aprendido a  “Sublime Ciência”; teria ele segundo a lenda que lhe cercou o nome, voltado para a Alemanha, onde sua idéia foi seguida por muitas pessoas, até chegar aos 150 anos de idade, quando, cansado na vida, extingui-se voluntariamente.
    Andréa, no romance, aproveitou-se do nome que havia sido encontrado para ser a figura fundadora, mas o seu Rosenkreuz era velho e impotente, motivo pelo qual o seu casamento só poderia ser químico.
    Todavia, ele tem cultura e conhece muitos segredos, além de estar sempre ávido por conhecer outros, por esse motivo é que, em cera ocasião, como hóspede da família real, ele entra num quarto em que dorme Vênus; depois quando, como outros convidados, ao ser proclamado cavaleiro da ordem da Pedra Dourada deve, de acordo com os estatutos da Ordem, repudiar toda a lascívia, torna-se público o seu erro. Assim, enquanto os outros vão embora, como cavaleiros da nova Ordem, ele tem que ali permanecer, na qualidade de porteiro, como castigo por ter descoberto Vênus.

A Mística Idéia da Rosa Provocou Grande Sedução.

    Com essa sátira, dirigida às sociedades secretas e à alquimia, Andréa havia desvendado tanto de positivo sobre a nova Ordem, que restou a impressão de que ela já existia, ainda que só como imagem literária. Pode-se notar, facilmente, que a Pedra Filosofal dos alquimistas (que transformaria os metais inferiores em ouro); além disso, o encontro dos convidados ao casamento, vindos de todas as partes do mundo, e a sua ligação dentro da nova ordem ilustram o desejo de dar corpo aos esforços no sentido de uma renovação espiritual da vida, valendo-se do sugestivo símbolo Rosa-cruz.
    Esse símbolo, além de sugestivo, corresponde à ansiedade daquela época. Alguns procuraram relacioná-lo com as armas de Lutero, coisa que não pode ser facilmente aceita,pois ele poderia ser, nesse caso, relacionado, também, com as armas de Paracelso, convindo esclarecer que Andréa representou o seu Rosenkreuz com quatro rosas no chapéu, rosas essas que, desde a época de seu avô Jacob Andréa, adornavam as armas de sua família. Robert Fludd, considerado como o primeiro rosa-cruz da Inglaterra, diz que o nome da  ordem está ligado a uma alusão ao sangue de Cristo, na cruz do Gol-gota; a mística idéia da rosa, associada à lembrança da cor do sangue e aos espinhos que provocam o seu derramamento, contribuiu, certamente, para dar à palavra, uma grande força de sedução. Além disso, muitos rosacruzes vêem, no emblema, um símbolo alquimista, concretizando uma ambigüidade muito comum aos símbolos.
    Os rosacruzes atuais têm uma interpretação bem mais mística a respeito da cruz e a rosa. A cruz representaria o ser humano, a parte material, enquanto a rosa representaria o ser imaterial, a alma, espírito ou corpo astral.

A Junção dos Sexos Leva ao Segredo da Imortatalidade.

    Como a preocupação máxima dos alquimistas que se ligaram à Ordem Rosa-cruz era o segredo da imortalidade e a regeneração universal, o símbolo rosacruciano está relacionado com essa preocupação. Em botânica oculta, a rosa era uma flor iniciática, para diversas ordens religiosas, sendo, que, atualmente, a arte sacra continua a considerá-la como símbolo da paciência, do martírio, da Virgem (Rosa Mística); no quarto domingo da Quaresma, em todos os anos, o para benza a Rosa de Ouro, que é considerada como um dos muitos sacramentais oferecidos pela Igreja, em sua liturgia. Em última análise, a rosa representa a mulher, enquanto que a cruz simboliza o sexo masculino, pois para os hermetistas, ela é o símbolo da junção da eclíptica com o equador terrestre (eclíptica é a órbita aparente do Sol, ou a trajetória aparente que o Sol descreve, anualmente, no céu); ambos cruzam-se no equinócio da primavera e no equinócio de outono.
    Assim, a Rosa simboliza a Terra, como ser feminino, e a Cruz simboliza a virilidade do Sol, com toda a sua força criadora que fecunda a Terra. A junção dos sexos leva à perpetuação da vida e ao segredo da imortalidade, resultando, também, dela, a regeneração universal, que é o ponto mais alto da doutrina rosacruciana.

A Alquimia Evidencia Uma Ligação Entre as Duas Ordens.

    Existe ligação entre a Maçonaria e os rosacruzes e essa ligação começou já na Idade Média. No fim do período medieval e começo da Idade Moderna, com inicio da decadência das corporações operativas (englobadas sob rótulo de maçonaria de Ofício ou operativa), estas começaram, paulatinamente, a aceitar elementos estranhos à arte de construir, admitindo, inicialmente, filósofos, hermetistas e alquimistas, cuja linguagem simbólica assemelhava-se à dos francos-maçons. Como a Ordem Rosa-cruz estava impregnada pelos alquimistas, como já vimos, Dara daí a ligação do rosacrucianismo e da alquimia com a Maçonaria. Leve-se em consideração, também, que durante o governo de José II, imperador da Alemanha de 1765 a 1790, e coregente dos domínios hereditários da Casa d’Áustria, houve um grande incremento da Ordem Rosa-cruz e sua comunidade, atingindo até a Corte e fazendo com que o imperador proibisse todas as sociedades secretas, abrindo, apenas, exceção aos maçons o que fez com que muitos rosacruzes procurassem as lojas.
    Ambas as Ordens são medievais,se for considerado o maior incremento da Maçonaria de Ofício durante a Idade Média e o início de sua transformação em Maçonaria dos Aceitos (também chamada, indevidamente, de “Especulativa”).Se, todavia, considerarmos o início das corporações operativas, em Roma, no século VI antes de Cristo, a maçonaria é mais antiga. Isso, é claro, levando em consideração apenas, as evidências históricas autênticos e não as “lendas”, que fazem remontar a origem de ambas as instituições ao antigo Egito.
    A maçonaria é uma ordem totalmente templária, ou seja, os ensinamentos só ocorrem dentro das lojas. Já a Antiga e Mística Ordem Rosa-cruz dá ao estudante o livre arbítrio de estudar em casa ou em um templo Rosa-cruz. O estudo em casa é acompanhado à distância, e assim como a maçonaria, é composto de vários graus, que vão do neófito (iniciante) ao 12º grau, conhecido como grau do ARTESÃO.
    O estudo no templo, mesmo não sendo obrigatório, proporciona ao estudante além do contato social como os demais integrantes, a possibilidade de participar de experimentos místicos em grupo, e poder discutir com os presentes os resultados, e por último, a reunião templária fortalece a egrégora da organização, o que também ocorre na maçonaria.

Da Regeneração e Imortalidade a Reformador Social.

    A partir da metade do século XVIII e, principalmente, depois de José II, com a maciça entrada dos rosacruzes nas lojas maçônicas, tornava-se difícil, de uma maneira geral, separar Maçonaria e roscrucianismo, tendo, a instituição maçônica, incorporado, aos seus vários ritos, o símbolo máximo dos rosacruzes: ao 18º grau do Rito Escocês Antigo e Aceito, ao 7º grau do Rito Moderno, ao 12º grau do Rito Adoniramita etc.
    O Cavaleiro Rosa Cruz, é, como o próprio nome diz, um grau cavaleiresco e se constitui no 18º Grau do Rito Escocês Antigo e Aceito. A sua origem hermetista e a sua integração na Maçonaria, durante a Segunda metade do século XVIII, leva a marca dos ritualistas alquímicos, que redigiram naquela época os rituais dos Altos Graus. O hermetismo atribuído ao Grau 18 é perceptível no símbolo do grau, que tem uma Rosa sobreposta à Cruz, representando esta, o sacrifício e a Rosa op segredo da imortalidade, que nada mais é do que o escoterismo cristão, com a ressurreição de Jesus Cristo, ou seja, a tipificação da transcendência da Grande Obra.
    A Maçonaria também incorporou, em larga escala, o simbolismo dos rosacruzes, herdeiros dos alquimistas, modificando, um pouco, o seu significado e reduzindo-o a termos mais reais. Assim, o segredo da imortalidade da alma e do espírito humano, enquanto é aceito o princípio da regeneração só pode ocorrer através do aperfeiçoamento contínuo do homem e através da constante investigação da Verdade. O misticismo dos símbolos rosacruzes, todavia, foi mantido, pois embora a Maçonaria não seja uma ordem mística, ela, para divulgar, a sua mensagem de reformadora social, utiliza-se do misticismo de diversas civilizações e de várias correntes filosóficas, ocultistas e metafísicas.

As Iniciações.

    Uma singularidade entre a AMORC e a Maçonaria, são as iniciações nos seus respectivos graus, sendo que para ambas, a primeira é a mais marcante. No caso da Maçonaria a iniciação é ao grau de Aprendiz, e da AMORC, a admissão ao 1º grau de templo. As iniciações têm o mesmo objetivo, impressionar o iniciante, levá-lo à reflexão, para que ele decida naquele momento se deve ou não seguir adiante, e se o fizer, assumir o compromisso de manter velado todos os símbolos, usos e costumes da instituição de que fará parte.

O Simbolismo.

    Vários são os símbolos comuns às duas instituições, a começar pela disposição dos mestres com cargos, lembrando os pontos cardeais, e a passagem do Sol pela Terra, do Oriente ao Ocidente.
    Cada ponto cardeal é ocupado por um membro. A figura do venerável mestre na maçonaria, ocupando sua posição no Oriente, encontra similar na Ordem Rosa-cruz, na figura de um mestre instalado, que ocupa seu lugar no leste. A linha imaginária que vai do altar dos juramentos ao Painel do Grau, e a caminhada somente no sentido horário, também é similar. Em ambos os casos o templo é pintado na cor azul celeste, e a entrada dos membros ocorre pelo Ocidente.
    O altar dos juramentos encontra semelhança no Shekinah na ordem Rosa Cruz, sendo que neste último não se usa a bíblia ou outro livro, mas sim 3 velas dispostas de forma triangular, que são acesas no início do ritual e apagadas ao final deste, simbolizando a luz, a Vida e o Amor.
    Outra semelhança é o uso de avental por todos os membros iniciados ao adentrarem o templo, enquanto que os oficiais, (equivalente aos mestres com cargo), usam paramentos especiais, cada qual simbolizando o cargo que ocupa no ritual.
    O avental usado pelos membros não diferencia o grau de estudo.
    Algumas das diferenças ficam por conta da condução do ritual, onde na rosa cruz tem caráter místico-filosófico.
    Os iniciantes na Ordem Rosa Cruz recebem seus estudos em um templo separado, anexo ao templo principal, enquanto os aprendizes maçons recebem suas instruções juntamente com os demais irmãos e, finalmente, o formato físico da loja maçônica lembra as construções greco-romanas, enquanto que a Ordem Rosa Cruz (AMORC) lembra as construções egípcias.

Rosa-cruz

Rosa-cruz é uma confraria de iluminados existente na Alemanha a partir do século XVI e difundida pelos países vizinhos no século XVII, quando ficou publicamente conhecida através de três manifestos. Insere-se na tradição esotérica ocidental. Esta confraria hermética é vista por muitos rosacrucianistas antigos e modernos como um "Colégio de Invisíveis" nos mundos internos, formado por grandes adeptos, com o intuito de prestar auxílio à evolução espiritual da humanidade.
Alguns metafísicos consideram que o rosa-cruzismo possa ser compreendido, de um ponto de vista mais amplo, como parte, ou mesmo como fonte, do hermetismo cristão, patente no período dos tratados ocidentais de alquimia que se segue à publicação da Divina Comédia de Dante.
Alguns historiadores, no entanto, sugerem a sua origem num grupo de protestantes alemães, entre os anos de 1607 e 1616, quando três textos anónimos foram elaborados e lançados na Europa: Fama Fraternitatis R.C., Confessio Fraternitatis Rosae Crucis e Núpcias Alquímicas de Christian Rozenkreuz Ano 1459. A influência desses textos foi tão grande que a historiadora Frances Yates denominou este período do século XVII de Iluminismo Rosacruz.

Segundo a lenda constante nos referidos manifestos, a Ordem teria sido fundada por Christian Rosenkreuz, peregrino do século XV. No entanto, essa datação é discutível devido ao simbolismo e hermetismo do conteúdo dos manifestos, principalmente nos aspectos numéricos e nas concepções geométricas apresentadas.
De acordo com a narrativa exposta no documento "Fama Fraternitatis" (1614), Christian Rosenkreuz (de início apenas designado por "Irmão C.R.C."), nasceu em 1378 na Alemanha, junto ao rio Reno. Os seus pais teriam sido pessoas ilustres, mas sem grandes posses materiais. Sua educação começou aos quatro anos numa abadia onde aprendeu grego, latim, hebraico e magia. Em 1393, acompanhado de um monge, visitou Damasco, o Egito e o Marrocos, onde estudou com mestres do ocultismo, depois do falecimento de seu mestre, em Chipre. Após seu retorno à Alemanha, em 1407, teria fundado a Ordem Rosa Cruz (constituída por um pequeno grupo de não mais que oito pessoas), de acordo com os ensinamentos obtidos com os mestres árabes, que o teriam curado de uma doença, iniciando-o também no conhecimento das práticas do ocultismo. Teria passado, ainda, cinco anos na Espanha, onde três discípulos redigiram os textos iniciadores da sociedade. Depois, teriam formado a "Casa Sancti Spiritus" ("Casa do Espírito Santo"), onde, através da cura de doenças e do amparo daqueles que necessitavam de ajuda, foram desenvolvendo a confraria, que pretendia, no futuro, orientar os monarcas na boa condução dos destinos da humanidade. Segundo o texto "Fama Fraternitatis", C.R.C. morreu em 1484. Após sua morte, a ordem se extinguiu. A localização da sua tumba permaneceu desconhecida durante 120 anos até 1604, quando foi redescoberta, e então a Ordem Renasceu.Observe-se que "Christian Rosenkreuz" seria apenas um nome simbólico: Christian, de Cristo ou Christos ou Khrestos; Rosen ou Rosa, e Kreuz ou Cruz.
Segundo uma outra lenda menos conhecida, foi veiculada pelo historiador maçónico E. J. Marconis de Negre - que, juntamente com seu pai, Gabriel M. Marconis é considerado o fundador do Rito de Memphis-Misraim da maçonaria. Com base em conjecturas anteriores (1784) de um estudioso rosa-cruz, o Barão de Westerode Rosa-cruz teria como origem uma sociedade secreta e altamente hierarquizada (ao contrário dos ideais da Fraternidade, expostos nos manifestos) do século XVIII da Europa central ou oriental, denominada "Gold und Rosenkreuzer" (Rosa Cruz de Ouro), que teria tentado, sem sucesso, submeter a maçonaria ao seu poder. A Ordem Rosa-cruz teria sido criada no ano 46, quando um sábio gnóstico de Alexandria, de nome Ormus, e seis discípulos seus foram convertidos por Marcos, o evangelista. Seu símbolo, dizia-se, era uma cruz vermelha encimada por uma rosa, daí a  designação de Rosa Cruz. A Ordem teria nascido, portanto, da fusão do cristianismo primitivo com a mitologia egípcia. Rosenkreuz teria sido, segundo essa versão, apenas um iniciado e, depois, Grande Mestre - não o fundador.
De acordo com Maurice Magre (1877–1941), no seu livro Magicians, Seers, and Mystics, Rosenkreutz terá sido o último descendente da família Germelschausen, uma família alemã do século XIII. O seu castelo encontrava-se na Floresta da Turíngia, na fronteira de Hesse, e eles abraçavam as doutrinas Albigenses. Toda a família teria sido condenada à morte pelo Landgrave Conrad da Turíngia, excepto o filho mais novo, com cinco anos de idade. Ele teria sido levado secretamente por um monge, um adepto albigense do Languedoc, e colocado num mosteiro sob influência dos albigenses. Lá teria sido educado e viria a conhecer os quatro irmãos que mais tarde estariam a ele associados na fundação da Irmandade Rosacruz. A história de Magre deriva supostamente da tradição oral local.
A existência real de Christian Rosenkreuz divide certos grupos de Rosacrucianos. Alguns a aceitam. Outros consideram Christian Rosenkreuz como um pseudónimo usado por personagens realmente históricos (Francis Bacon, por exemplo).
A primeira informação conhecida publicamente, acerca desta irmandade, encontra-se nos três documentos denominados "Manifestos Rosacruz", o primeiro dos quais (Fama Fraternitatis R. C., ou "Chamado da Fraternidade da Rosacruz") foi publicado em Kassel (Alemanha) em 1614 - ainda que cópias manuscritas do mesmo já circulassem desde 1611. Os outros dois documentos foram: Confessio Fraternitatis ("Confissões da Fraternidade Rosacruz") (1615), publicado também em Kassel, e Chymische Hockeit Christiani Rosenkreuz ("Núpcias Alquímicas de Christian Rozenkreuz") (1616), publicado na então cidade independente de Estrasburgo (anexada à França, em 1681).
Deve-se notar que no segundo manifesto Confessio Fraternitatis, em 1615 é feita a defesa da irmandade, exposta no primeiro manifesto em 1614, contra vozes que se levantavam da sociedade, colocando em causa a autenticidade e os reais motivos da Ordem Rosacruz. Nesse manifesto, podem-se encontrar as seguintes passagens que demonstram a linha condutora do pensamento da irmandade: que o requisito fundamental para alcançar o conhecimento secreto, de que a Ordem se faz conhecer como possuidora, é que "sejamos honestos para obter a compreensão e conhecimento da filosofia"; descrevendo-se simultaneamente como cristãos, "Que pensam vocês, queridas pessoas, e como parecem afetados, vendo que agora compreendem e sabem, que nós nos reconhecemos como professando verdadeira e sinceramente Cristo", não de um modo exotérico, "condenamos o Papa", e sim no verdadeiro sentido esotérico do cristianismo: "viciamo-nos na verdadeira Filosofia, levamos uma vida Cristã". O modo como são expostos os temas nos manifestos originais e a descrição dos mesmos aponta para grande similaridade com o que é conhecido atualmente acerca da filosofia Pitagórica, principalmente na transmissão de conhecimentos e ideias através de aspectos numéricos e concepções geométricas.
A publicação dos manifestos provocou imensa excitação por toda a Europa. Foram feitas inúmeras reedições e circularam diversos panfletos relacionados com os textos, embora os divulgadores de tais panfletos pouco ou nada soubessem sobre as reais intenções do(s) autor(es) original(ais) dos textos, cuja identidade permaneceu desconhecida por muito tempo.
Em sua autobiografia, o teólogo Johannes Valentinus Andreae ou Johann Valentin Andreae
 (1586-1654), declarou que o terceiro manifesto rosa-cruz, "Núpcias Químicas", publicado anonimamente, era de sua autoria e posteriormente descreveu o texto como um ludibrium. É convicção de alguns autores que Andreae o teria escrito como se fosse o contraponto da Companhia de Jesus.[carece de fontes] No entanto, esta teoria foi posteriormente contestada por historiadores, principalmente os católicos, que consideravam os documentos como simples propaganda ocultista, de inspiração protestante, contra a influência do bispo de Roma.
Os manifestos mostravam a necessidade de reforma da sociedade humana, do ponto de vista cultural e religioso, e a forma de atingir esse objetivo através de uma sociedade secreta que promoveria essa mudança no mundo. O texto "Núpcias Químicas de Christian Rosenkreutz", contudo, foi escrito em forma de um romance pleno de simbolismo e descreve um episódio iniciático na vida de Christian Rosenkreuz, quando já tinha 81 anos.
Em Paris, em 1622 ou 1623, foram colocados cartazes misteriosos nas paredes, mas não se sabe ao certo quem foram os responsáveis por esse feito. Estes cartazes incluíam o texto: "Nós, os Deputados do Alto Colégio da Rosa-Cruz, fazemos a nossa estada, visível e invisível, nesta cidade (…)" e "Os pensamentos ligados ao desejo real daquele que busca irá guiar-nos a ele e ele a nós".
A sociedade europeia da época, dilacerada por guerras, tantas vezes originadas por causa da religião, favoreceu a propagação destas ideias que chegaram, em pouco tempo, até a Inglaterra e a Itália. 

Tradições e influências

 Os primeiros seguidores são geralmente identificados como médicos, alquimistas, naturalistas, boticários, adivinhos, filósofos e homens das artes, acusados muitas vezes de charlatanismo e heresia pelos seus opositores.

Aparentemente sem um corpo dirigente central, assumem-se como um grupo de "Irmãos" (confraria).
Tradicionalmente, os rosa-cruzes se dizem herdeiros de tradições antigas que remontam à alquimia medieval, ao gnosticismo, ao ocultismo, ao hermetismo no antigo Egito, à cabala e ao neoplatonismo.
Em The Muses' Threnodies, de H. Adamson (Perth, 1638) encontra-se o seguinte:
"Pois o que pressagiamos não está em grande,
Pois somos irmãos da Rosa Cruz;
Temos a Palavra Maçónica e a segunda visão,
Coisas por acontecer nós podemos prever acertadamente.
".

O texto se refere ao conhecimento esotérico que é tradicionalmente atribuído aos rosacruzes.
Pois o que nós pressagiamos não é óbvio,
Pois somos irmãos da Rosa Cruz;
Temos a Palavra  maçônica e a segunda visão,
Coisas por vir, podemos predizer corretamente.

o rosa-cruzismo pode ser compreendida, de um ponto de vista mais amplo, como parte da corrente de pensamento hermético-cristã. Nesse contexto, é clara a influência do Corpus Hermeticum que, após 1000 anos de esquecimento, foi traduzido em 1460 por Marcílio Ficino, a figura central da Academia Platônica de Florença, para atender a uma encomenda de Cosme de Médici. Nas Núpcias Químicas de Christian 
Rozenkreuz, é dito que "Hermes é a fonte primordial".
Verifica-se também a influência do pensamento de Paracelsus, citado na Fama Fraternitatis RC: "Teofrasto (Paracelso), por vocação, foi também um desses heróis. Apesar de não haver entrado em nossa Fraternidade, não obstante, ele leu diligentemente o Livro M."
A grande maioria dos personagens relacionados com o lançamento dos "Manifestos Rosacruzes" se originaram do meio luterano alemão. É de se notar que o próprio Lutero foi um dos primeiros a utilizar uma "rosa-cruz" (o "selo de Lutero", ou "rosa de Lutero") como símbolo de sua teologia. Abaixo de muitas rosas de Lutero está a frase: “O coração do cristão permanece em rosas, quando ele permanece sob a cruz.”
É amplamente discutível se os chamados "reformadores radicais" teriam exercido uma forte influência sobre os rosacruzes, ou, como algumas evidências parecem sugerir, se teriam sido os Rosacruzes a influenciar esses reformadores. Esses pensadores e teólogos luteranos acreditavam que a Reforma de Lutero deveria ser ampliada, que a doutrina ortodoxa não era suficiente e que o Cristão devia realizar a comunhão mística com Deus. Entre outros, é possível citar os nomes de Caspar Schwenckfeld, Sebastian Franck e Valentin Weigel. Johann Arndt, teólogo luterano alemão cujos escritos místicos circularam amplamente na Europa no século XVII, amigo e mentor espiritual de Johann Valentinus Andreae e amigo muito próximo de Christoph Besold, também é uma influência conhecida. Arndt foi muito influenciado pelas idéias de Valentin Weigel, e é considerado o “pai” do movimento pietista alemão.

O místico e teósofo luterano alemão Jacob Boehme e o educador Jan Amos Comenius foram contemporâneos do movimento rosa-cruz original do século XVII e também davam testemunho de uma mesma sabedoria. Comenius chegou a denominar a Unidade dos Irmãos da Boêmia-Morávia, da qual ele foi um dos líderes principais antes de seu desaparecimento, como "Fraternitas Rosae Crucis". Além disso, ele tinha em Johann Valentin Andreae sua primeira fonte de inspiração, considerando-o “um homem de espírito ígneo e de inteligência pura”, tendo-o contactado e recebido deste o archote para dar continuidade à tarefa iniciada. Muitos dos que responderam ao chamado dos manifestos rosacrucianista, como Michael Meier e Robert Fludd, também se ligavam à mesma fonte de força espiritual.
O historiador francês Paul Arnold foi o primeiro a considerar os três manifestos como a obra comum do "Círculo de Tübingen", ou seja, o grupo que se reuniu ao redor do (futuro) teólogo Johann Valentinus Andreae e dos juristas Tobias Hess e Christoph Besold, na Universidade de Tübingen (Alemanha). Frances Yates, no entanto, relacionou o rosacrucianismo "clássico" do século XVII unicamente a Frederico do Palatinado e sua corte inglesa em Heidelberg.
Apesar do sucesso da tese de Yates, os historiadores Richard van Dülmen, Martin Brecht e Roland Edighoffer reconstituíam os fatos graças a uma pesquisa histórica aprofundada, que aconteceu a partir de 1977. Brecht e Edighoffer estudaram, ao mesmo tempo e independentemente um do outro, e finalmente provaram a autoria dos manifestos. Andreae se fez conhecer como o autor dos textos (sua “obra pessoal”) e Tobias Hess, defensor do milenarismo e partidário de Paracelso (que, como afirma o historiador Carlos Gilly, "Andreae honrou e defendeu após sua morte, como pai, irmão, mestre, amigo e companheiro"), teria sido o mestre e iniciador do grupo de onde saíram os manifestos da Rosa-Cruz. Muitos procuraram responder ao "chamado" emitido pelos rosacruzes no século XVII, não apenas naquele séculos, mas também nos seguintes, quando várias organizações com o nome Rosacruz surgiram. Também no século XX surgiram muitas organizações com este nome, todas elas de certa forma co-herdeiras do tesouro espiritual da Rosacruz do século XVII.

De um modo geral os rosacrucianos defendem a fraternidade universal entre todos os homens. Para os rosacrucianos, os homens podem desenvolver suas potencialidades para tornarem-se melhores, mais sadios e felizes. O rosacrucianismo tem por objetivo primordial levar o homem ao autoconhecimento e à manifestação de sua real natureza espiritual, a fim de contribuir para a evolução de toda a humanidade.
Estes objetivos, segundo os rosacrucianos, podem ser atingidos por meio de uma mudança pessoal, de hábitos, pensamentos e sentimentos. Segundo eles, isto só é possível ao dissipar o véu de ignorância que cobre os olhos dos homens.
A recompensa daqueles que atingem este objetivo, que é de natureza espiritual, é uma paz profunda consigo próprio; estado este que se irradia do indivíduo e atinge todos em volta, produzindo em todos um reflexo positivo.


O que os rosacruzes querem de fato é a libertação da humanidade do mundo onde hoje ela se encontra, onde pode ser de fato apontado o gnosticismo que significa a crença em outra natureza. O rosacruz tem a consciência de que o homem tem outra proveniência, por isso é necessário que tenhamos fraternidade como base, pois a humanidade faz parte da mesma coisa, no pensamento da rosa cruz.
O processo em si, creem os rosacruzes, que passa pelas etapas internas às externas, se resume em uma mudança de hábitos e é regido pela trindade sentir, pensar e agir. O processo é considerado de faculdades internas pois começa, segundo os rosacruzes, no coração ao contrário de qualquer outro movimento.
O Emblema Rosacruz, embora com variações, apresenta-se sempre como uma cruz envolvida por uma coroa de rosas, ou com uma rosa ao centro. A rosa representa a espiritualidade, enquanto a cruz representa a matéria.
Outra faceta da Rosa-cruz mais conhecida é o 18º Grau (representando simbolicamente a 9ª Iniciação Menor), o grau de "Cavaleiro Rosa-Cruz", do "Capítulo da Rosa-Cruz" do "Rito Escocês Antigo e Aceito" da Franco-Maçonaria, que tem como símbolos principais o Pelicano, a Rosa e a Cruz.
Diversos livres pensadores defendem que o Rosacrucianismo não é mais do que uma Ordem constituída mas, uma corrente de pensamento, cuja filiação ocorre pela adoção de certas posturas de vida.
A Fraternidade Rosacruz passou a ser conhecida pelo público no século XVII, mas, entre o final do século XIX e o início do século XX, surgiram organizações inspiradas na Tradição da Rosacruz. Existem atualmente diversas e distintas ramificações Rosacrucianas. Apresenta-se de seguida uma breve descrição acerca das mais divulgadas:
  • A Fraternidade Rosacruz, no Brasil e em Portugal (inglês, The Rosicrucian Fellowship), foi fundada por Max Heindel entre 1909 e 1911, nos Estados Unidos. Não reivindica o título de "Ordem Rosacruz", considerando-se apenas uma escola de exposição de suas doutrinas e de preparação para o indivíduo para ingresso em caminhos mais profundos na Ordem espiritual. Segundo eles, a verdadeira Ordem Rosacruz funciona apenas nos planos espirituais. Ao contrário da maioria das demais organizações rosacruzes, as escolas de Max Heindel se consideram indissociáveis do Cristianismo. Outras organizações rosacruzes também se consideram cristãs, mas não com esta ênfase.
  • Antiga e Mística Ordem Rosae Crucis (AMORC), com sede mundial em São José na Califórnia, EUA, diz ter sido fundada no Antigo Egito, e organizada pelo Faraó Amenófis IV (também conhecido como Aquenáton), por volta de 1500 a.C.. O que se confirma historicamente é que a Ordem foi fundada em 1915 por Harvey Spencer Lewis, nos Estados Unidos. Tal como está expresso no site oficial da Ordem: "A Ordem Rosacruz, AMORC é uma organização internacional de caráter místico-filosófico, que tem por missão despertar o potencial interior do ser humano, auxiliando-o em seu desenvolvimento, em espírito de fraternidade, respeitando a liberdade individual, dentro da Tradição e da Cultura Rosacruz.". A Antiga e Mística Ordem Rosae Crucis é hoje a maior confraria rosacruz no mundo, abrangendo dezenas de países, em diversos idiomas, além de acolher a Tradicional Ordem Martinista (T.O.M.), uma ordem martinista fundada pelo renomado médico e ocultista francês Papus (Dr. Gerard Anaclet Vincent Encausse). A sede para os falantes da língua portuguesa localiza-se na na cidade de Curitiba.
  • Fraternitas Rosae Crucis (FRC), também com sede mundial nos EUA, que se reivindica a autêntica Ordem Rosa-Cruz fundada em 1614 na Alemanha, mas na verdade foi fundada por Reuben Swinburne Clymer por volta de 1920 e se diz representante de um movimento originalmente fundado por Pascal Beverly Randolph em 1856.
  • Fraternitas Rosicruciana Antiqua (FRA) foi fundada pelo esoterista alemão Arnold Krumm-Heller por volta de 1927, e tem sede no Rio de Janeiro (está presente também nos países de língua hispânica).
  • Lectorium Rosicrucianum (ou Escola Internacional da Rosacruz Áurea) é uma organização rosacruz que começou a se estruturar em Haarlem, Holanda, em 1924, através do trabalho de J. van Rijckenborgh (pseudónimo de Jan Leene) e Z.W. Leene, quando esses dois irmãos entraram para a Sociedade Rosacruz (Het Rozekruisers Genootschap), divisão holandesa do grupo americano Rosicrucian Fellowship. Este grupo se tornaria independente da Rosicrucian Fellowship em 1935 e, com o final da guerra em 1945 (quando seu trabalho foi proibido pelas forças de ocupação nazista), o trabalho exterior foi retomado e passou a adotar o nome Lectorium Rosicrucianum, ou Escola Internacional da Rosacruz Áurea, apresentando-se cada vez mais como uma escola gnóstica, "Gnosis" significando aqui o conhecimento direto de Deus, resultado de um caminho de desenvolvimento espiritual. Desde 1945, o grupo se expandiu por vários países da Europa, América, Oceania e África, além de publicar inúmeros livros, muitos dos quais com comentários sobre antigos textos da sabedoria universal, como os Manifestos Rosacruzes do Século XVII, o Corpus Hermeticum (textos atribuídos a Hermes Trismegisto), o Evangelho Gnóstico da Pistis Sophia, o Tao Te Ching, entre outros.
  • Confraternidade da Rosa+Cruz (CR+C) preserva e perpetua a Tradição Rosacruz sob a linhagem e autoridade espiritual do Imperator Gary L. Stewart, oferecendo os Ensinamentos Rosacruzes originais preparados nas décadas de 1920 e 1930 por Harvey Spencer Lewis. Preservando a Tradição conforme especificamente estabelecida no início do século XX e também conforme o Movimento Rosacruz em geral dos séculos passados. Para executar essa tarefa com êxito, há necessidade de se manter sempre o equilíbrio entre a Tradição e o Movimento com adesão estrita às leis que governam a sua operação e a sua existência. A manutenção desse equilíbrio é confiada a um Imperator do Movimento, que, sob muitos aspectos, serve como um guardião do mesmo.
  • OKRC (Ordem Kabbalística da Rosa-Cruz) - A OKRC foi fundada em 1888, pelo Marquês Stanislas de Guaita (seu primeiro Grão-Mestre). Ela agrega em si de uma forma equilibrada a herança do Martinismo da Rosa-Cruz, da Kabbala e do Hermetismo. Ela tem uma estrutura internacional mista. Longe de não ser apenas uma escola filosófica ou simbólica, ela tem por objetivo desde sua criação formar e iniciar os Seres de Desejo. Presente hoje como outrora, a sua herança conservou este vigor e esta riqueza, que sempre lhe permitiu adaptar-se à sua época, fazendo irradiar a chama da sua iniciação. Tendo ressurgido no século XIX, as correntes Rosa+Cruzes do Sudoeste da França permitiram o reencontro entre a tradição mística e simbólica alemã e suas correntes herméticas mediterrâneas. Por este intercâmbio, a Rosa+Cruz da qual falamos concentrou seus trabalhos sob o ritual, a alquimia, a astrologia e uma certa forma de teurgia.

terça-feira, 17 de junho de 2014

Universidade do Vaticano cria curso de exorcismo

A Universidade do Vaticano está lançando um novo curso para exorcistas, padres católicos que expulsam demônios ou espíritos malignos do corpo de alguém. O curso, no prestigioso Athenaeum Pontificium Regina Apostolorum, terá dois meses de duração e incluirá a história do Satanismo e o seu contexto na Bíblia.
Aulas práticas de psicologia e direito também serão ministradas. Também haverão seminários no Athenaeum sobre os trabalhos espiritual, litúrgico e pastoral de um exorcista.
Ideal
Giulio Savoldi foi o exorcista oficial de Milão por mais de 20 anos. Ele não tinha o benefício de treinar pessoas, mas não tem dúvidas sobre o que incluiria em um curso para candidatos a lutar contra o demônio e sobre as qualidades que uma pessoa precisa ter para exercer a tarefa.

"Eu incluiria força sobrenatural, a presença de Deus, e sugeriria que um homem escolhido para exercer a função seja inteligente e saiba como reunir sua força e a força de Deus", diz ele. "Porque cada caso de possessão é diferente, a possessão de cada pessoa é diferente. Esses estudos para se tornar um exorcista também deveriam envolver psicologia e como distinguir entre uma doença mental e uma possessão. E, por último, eles precisam ser muito pacientes."
Na semana que vem, um tribunal italiano deve analisar o processo de assassinato contra um grupo de jovens acusados de matar dois adolescentes como parte de um ritual satânico. Para Savoldi, o caso confirma a sua crença no poder do demônio em se aproveitar das fraquezas humanas. Como era o primeiro dia de aula, nada mais natural do que alguns alunos  nervosos. Mas não se tratava de um curso comum, e sim de um promovido por uma universidade do Vaticano para ensinar técnicas de combate ao demônio para aspirantes a exorcistas e de monólogos. "Não há dúvida de que hoje o diabo está se intrometendo mais na vida do homem.

Satã “reside” no Vaticano, denunciou Exorcista chefe da Igreja

O Exorcista-chefe da Igreja, o padre Gabriele Amorth, disse que há clérigos ligados ao Demônio dentro dos muros do Vaticano:
CIDADE DO VATICANO, Itália:  Belzebu, Azazel, Zago, Satanás, Astarot, Semsaja, Satã, Asmodeus, Jordan, Diabo, Demônio, etc… Quantos são os nomes e as transformações do Maligno? 

A sala está vazia de mistério. A atmosfera é fria, mas o Padre Gabriele Amorth (foto à esquerda), um exorcista da igreja com “E” maiúsculo, com  mais de 70 mil casos de exorcismos tratados em 25 anos, têm um sorriso seráfico. Ele esta habituado com portas que se fecham sozinhas, cadeiras que andam, olhos se revirando, maldições e blasfêmias voando. Mas falar do diabo na casa do Papa provoca calafrios no mesmo ainda que o padre exorcista não esteja frente a frente com o seu “Adversário”. E o Santo Padre?  ”Oh, Sua Santidade, o Papa, acredita na íntegra na prática da libertação do mal“.
Mas porque o diabo se abriga no Vaticano e há confidências de pessoas que confirmam isso. É claro que é difícil de se encontrar a evidência. E, de qualquer forma, de se ver as conseqüências.
Há Cardeais que não acreditam em Cristo, e bispos relacionados com o demônioQuando se fala sobre a “fumaça de Satanás” nos quartos “santos” (do Vaticano) é tudo verdade. Veja estas últimas histórias de violência e pedofilia.
Mesmo a história do pobre Guarda Suíço do Vaticano, Cedric Tornay, que foi encontrado morto com seu comandante, Alois Estermann e sua esposa. Eles cobriram tudo. Imediatamente. Nós não vemos (queremos ver) a podridão.
Todos o conhecem como O Exorcista‘. Muitos estão chamando pela sua assistência. Mas o Padre Gabriele Amorth, um sacerdote paulino nascido em Modena, com uma licenciatura em Direito, ex-partizan, uma medalha de valor militar, um democrata cristão da escola Dossettiana e ex-editor do jornal mariano Maria Mãe de Deus, é o mais famoso exorcista e libertador do domínio do diabo no mundo, que aos 85 anos já se faz sentir em sua saúde os 70 mil casos de exorcismo.
O padre Gabriele Amorth está apenas se recuperando de “um colapso repentino”, diz ele. ”É algo inexplicável”, confidencialmente revela o amigo Don Francesco, com 90 anos, que Don Gabriele Amorth considera como “a vara de apoio na minha idade.” Apesar de pijama, cercado por remédios sobre a mesa, com imagens da Virgem, uma cópia do Avvenire que menciona seu novo livro lançado em uma livraria recentemente (“Memórias de um Exorcista”, entrevista com Marco Tosatti, publicada pela Piemme), o Padre desafiante de Satanás mostra um olhar forte.

Observa sua própria foto da capa e exclama: Que cara de bulldozer. Ao contrário, quando eu estou calmo e silencioso, as características do meu rosto relaxam e ele se torna outro. Vamos lá, vamos conversar, além do que eu tenho casos lá esperando por mim. Padre Amorth, como, quem é o “diabo”?
Ele é puro espírito, invisível. Mas se manifesta pela dor em pessoas de quem ele se apodera. Pode permanecer escondido. Elas falam línguas diferentes. Se transformam. Ou ficam simpáticos  Ele às vezes brinca comigo. Mas eu sou um homem feliz com o meu trabalho, um encontro inesperado aconteceu há 25 anos pelo cardeal Poletti. E ele nem o possuiu,  às vezes seis ou sete de meus assistentes devem agir firme, e tomar cuidado com pedaços de vidro que vêm da boca do possuído, com as suas unhas, e eu mantenho neste saco, eu tenho medo. Eu sei que é o Senhor que me utiliza“.
O Demônio pode se manifestar com violência. O quarto escolhido atualmente para sua residência – o Padre Gabriele Amorth já residiu em 23 locais diferentes, pois ele é perseguido em todos os lugares, e porque os irmãos estavam cansados de ouvir gritos até altas horas da noite, até que ele encontrou uma morada permanente na sede das edições San Paolo.
No quarto onde se faz o exorcismo há uma cama com cordas para se amarrar o possuído. E uma cadeira para pessoas que não gritam, e ficam calmamente sentadas durante as orações de exorcismo. ”Dos lábios de um possuído pelo Demônio pode saltar fora de tudo – diz ele – desde pedaços de ferro, de vez em quando um dedo, mas também pétalas de rosa. Alguns têm demonstrado tamanha força física que até mesmo seis homens não são capazes de detê-los.
Então atadas e meus assistentes laicos me ajudam a colocar as cordas e que rezam comigo. Quando um possuído começa babar, então você tem que limpa-lo, eu também faço isso. Para mim ver pessoas vomitando não causa nenhum problema. Sobre a prática de exorcismo dentro da Igreja, há pontos de vista diferentes. Há desconfiança, resistência, dúvidas. ”Mas o Papa acredita na sua eficácia – diz o padre Amorth – tanto que, em um discurso público ele incentivou e elogiou o nosso trabalho. Eu escrevi para ele, e ele me prometeu que ele iria pedir a Congregação para Culto Divino um documento para recomendar que os bispos tenham pelo menos um exorcista em cada diocese, no mínimo.
Eu tinha que falar com ele (então Cardeal Joseph Ratzinger) várias vezes quando ele foi prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé (n.T. A organização da igreja que antigamente comandava a Inquisição), assim como o recebemos muitas vezes na Associação dos Exorcistas. E não vamos nos esquecer que ser do diabo é fugir das práticas para afastá-lo, ele falou muito de Wojtyla mesmo (Papa João Paulo II) .”
Eu até ainda me lembro da declaração feita em 1972 pelo Papa Montini, o Papa Paulo VI, quando ele falou da “fumaça de Satanás”, ou seja das seitas satânicas, que estavam adentrando (n.t. o Vaticano, isso já há 41 anos passados) as salas dos santos. Uma frase que criou um escândalo, seguido por um novo discurso papal todo focado no diabo”. Mas o diabo também pode afetar o Pontífice, o Papa?  ”Nós já experimentamos isso. Ele fez isso em 1981, com o “ataque contra João Paulo II, o demônio trabalhando com quem armou a mão de Ali Agca (O atirador turco). E mesmo agora, na véspera de Natal de 2009, com essa mulher louca que se atirou e jogou no chão o Papa Bento XVI“.
Afinal de contas, é o que aconteceu a Jesus Cristo através de Judas, Pôncio Pilatos, o Sinédrio judaico“. O Padre Amorth se torna grave. Refletindo em silêncio por alguns segundos, ele levanta a cabeça e diz gravemente:
Pode apostar. Pode apostar que o diabo mora na Santa Sé (O Vaticano). Existe um livro,E o Vento Levou no Vaticano (“Via col vento in Vaticano” Kaos edições), que fala sobre as lutas pelo poder na Cúria do Vaticano e na existência da “fumaça de Satanás”. Bem, 99 por cento do que está escrito no livro é verdadeiro”.
Os bispos não falam por medo da crítica dos outros bispos. E sim que nesta questão as Sagradas Escrituras são os comandos mais sagrados porque os mandamentos de Jesus Cristo parecem ser muito claros: “Ide pregar o Evangelho, expulsai os demônios.” Na minha opinião, quando um bispo não menciona o exorcismo ele  ”comete um pecado mortal.” 
Há muitos santos que, sem serem investidos, eram conhecidos como libertadores do diabo. São Bento, que era um monge. Santa Catarina de Siena, de quem se contam feitos milagrosos. Padre Pio, que segundo seus fiéis livrava pessoas da “influência do diabo. Dom Bosco também ocasionalmente expulsava.
“Eu trabalho sete dias por semana, incluindo Natal e Páscoa – diz o padre Gabriele – e eu não posso fisicamente funcionar em todos os lugares de onde me chamam. Então eu explico a todos que mesmo os leigos podem operar exorcismos com sucesso. Está escrito em Marcos, XVI, 17: “Aqueles que acreditam em mim expulsarão os demônios.“ Existem fórmulas oficiais. Você pode dizer, “Satanás, saia.” Mas há também muita liberdade com orações simples: o próprio Pai Nosso – que já contém um exorcismo: e livra-nos do mal” – a “Ave Maria, a Salve Regina, o Credo. Então eu recomendo que as orações diárias, a missa, o rosário, confissão, comunhão, jejum.
“Um tema da figura antitética ao Messias, que em outros aspectos move a fina flor dos cientistas. “Um dia antes de ontem em Roma, nas instalações da primeira Sabedoria e nas salas da Universidade de  Roma se realizou uma conferência intitulada “O último inimigo de Deus”. Esse é o Anticristo, que personificava o “inimigo dos deuses, neste” imaginário judaico e cristão (n.t. e o anti Cristo islãmico na figura do Al-Masih ad-Dajjal) pela última vez no mundo.
Uma abordagem científica, de caráter histórico (sobre o demônio), com participação de estudiosos de calibre internacional: Enrico Norelli, Jean-Daniel Kaestli, Marco Rizzi, Gian Luca Podestá, Alberto D ‘Anna. ”O papel da figura do “Anticristo – explicou a professora Emanuela Valeriani  para o público, uma dos coordenadores do ‘evento – independentemente das diferentes posições assumidas pelos estudiosos, é sem dúvida um peça central e fundamental dentro “do grande mosaico dos estudos relativos à “identidade cristã. 

A atenção para a estranha e, vamos dizer aparência espetacular do Anticristo é um tema bem representado no livro do apocalipse cristão de data mais antiga, contribuindo para o “processamento desta figura escatológica e também lendária. A primeira testemunha é um trabalho do terceiro século depois de Cristo, “O Testamento siríaco de nosso Senhor Jesus Cristo”. Mas se, em geral, o aspecto terrível do ‘Anticristo pode ser rastreado até a antiga tradição do cristianismo, que identifica o “adversário escatológico com monstros, no caso específico do nosso texto, assume uma relevância teológica resultante da comparação com a visão de Deus se tomarmos a seção “Acta Iohannis”, um texto escrito provavelmente no segundo século, vemos que há estados em que Jesus Cristo pode ser visto em várias formas (criança, adulto jovem, mais velho) e aparecem ao mesmo tempo mais depoimentos” . 
Em seu quarto, no terceiro andar do prédio das Edições Paulinas, o padre exorcista Gabriele Amorth se prepara para enfrentar o inimigo em ‘mais um enésimo caso difícil. Mas é o diabo que escolhe a quem possuir? ”Eu não sei – responde – mas 90 por cento do assédio e possessão são conseqüências do mal, que são causados por pessoas por vingança, ódio ou raiva por sua vez, pelos magos (negros) e ocultistas ligados a Satanás, que, muito bem pagos, são ativados para o ato de maldade.

Objetivos da Associação Mundial dos Exorcistas- Brasil

Objetivos da Associação À Associação tem como um grande objetivo resgatar esta Pastoral do exorcismo que estava desaparecendo na Igreja, podemos dizer esquecida, sabemos que no começo a Igreja como nos retrata o evangelho de marcos(Mc 16,17) ; “em meu nome expulsarão demônios”, aqueles que acreditarem, foi o suficiente para uma pastoral completa de cura e libertação nos primeiros século do cristianismo. Todo cristão era exorcista, tinha este poder baseado na fé em Cristo. Temos diversos testemunhos de Justino, Tertuliano, Origenes. Depois começaram a multiplicar as formas do exorcismo. Entretanto, as autoridade eclesiástica começaram a regular as regras, confiando os casos mais graves a pessoas qualificadas (Bispos, depois padres autorizados), e multiplicando os sacramentais colocando à disposição de todos, para os casos menos graves para que os leigos também pudessem ajudar na libertação. Com o passar dos anos, muitas dioceses aboliram esta pastoral, em alguns casos pelos bispos não abordarem tal assunto como uma pastoral ordinária da diocese e outro fator faz com que muitos padres não estejam dispostos, nem preparados para assumir tal cargo. O direito Canônico pedem que os Párocos atendem estas famílias e as pessoas individualmente(can. 259). Qual que mais aflige hoje nossas famílias ? Se pesquisarmos a resposta será sem dúvida o mal ( o qual chamamos de demônio), não queremos ser simplistas de querer culpa-lo por tudo, estamos falando de um bom discernimento de situações concretas. Não se trata aqui apenas regras iniciais de exorcismo. É preciso dar um ênfase em toda a pastoral de exorcismo , Cura e Libertação, não apenas considerando os casos de possessões. Nos os exorcistas, ocupamo-nos, na prática, mas de ver todos os casos em que verificamos uma intervenção maligna(satânica), que existe uma gradativa escala a começar pela contaminação, obsessão, depois a opressão e a possessão. Isto vale do princípio “natura nom facit saltus”( a natureza não dá saltos, mas progride lentamente), assim é com maligno. Antes mesmo do exorcismo propriamente dito, existe entre a situação de uma contaminação até a possessão um longo caminho, então entre o exorcismo e uma oração para libertação do qual chamamos de pequenos exorcismo(mas a Igreja sabiamente pede que se chame oração de libertação) existe também um caminho a percorrer. Sabemos antemão que a função do exorcista é libertar a pessoa da possessão, mas em todos os outros casos podemos usar de outros meios para isto: oração( pequenos exorcismo), renuncias das partições com o mal, orações de libertações, sacramento da confissão, da unção dos enfermos, sacramentais ( água benta(exorcizada), sal, óleos, a cruz), mesmo uma catequese, ou mesmo uma experiência de oração, o batismo no Espírito Santo, etc e são grandes as eficácias nestas situações, de resultados maravilhosos. O assunto é demasiadamente vasto para ser deixado a mercê de iniciativas pessoais sem nenhuma disposição precisa, até mesmo a Congregação para Doutrina da Fé enviou aos Bispos em 29 de Setembro 1985 uma carta do Cardeal Suenens retratando o assunto, mas sem resolver muitas questões, deixando fundamentalmente as disposições em vigor, dando uma confirmação que fica claro a autoridade do bispo com relação ao exorcismo e a pessoa autorizada por ele no ministério e apresentando uma sugestão que tudo seja bem claro, entre outras coisas, é preciso fixar um terminologia e estabelecer claramente a distinção entre oração de libertação e exorcismo e que dentro do ministério do possa ser ajudado por leigos, ficou claro que fica proibida as orações de exorcismo pelos leigos, mesmo que seja a oração de Leão X111 que esta muito espalhada nos grupos de orações e em muitos livros. Cabe ao leigos as orações de renúncias e o que chamamos de orações de libertações e o uso de sacramentais( água e sal abençoado(exorcizada), a cruz e dependendo da diocese o óleo abençoado) e também as orações que contém no ritual de exorcismo para os leigos rezarem. Já havia uma proposta do Padre La Grua que completava a mesma idéia; “cada diocese, o bispo deveria por ao lado do exorcista um grupo de discernimento composto por três ou quatro pessoas, incluindo médico, psicólogo e leigos conhecedores do assunto de libertação. Toda a pessoa suspeita deveriam ser trazidos este grupo que, depois do exame conveniente, encaminharia o paciente para o médico, psicólogo, exorcista ou grupo de oração . A libertação seria integrada portanto no plano normal da Pastoral dos doentes. Daí seguiria uma terapia bem articulada envolvendo os seguintes pontos: evangelização, prática guiada dos sacramentos ( batismo, penitência, eucaristia, unção dos enfermos, matrimônio), participação regular da missa, no grupo de oração ou alguma pastoral. O problema, portanto, não é só aumentar o número de exorcista e dar-lhe meios para se prepararem para que possam exercer corretamente este ministério, não podemos ficar parados neste padres pontos, estarmos abertos a outras temáticas, sabendo que não podemos ficarmos “dormindo”, enquanto o demônio não para a suas atividades . O grande objetivo é renovar nos bispos , Padres e nos leigos, já sabemos que muitos Bispos, Padre e Leigos tem esta consciência, mas falta muito a ainda sensibilidade para este problemas da libertação do povo das forças malignas. Um Pouco da história da Associação
 Falando da história da Associação Mundial dos Exorcistas, é falar do trabalho incansável dos exorcista e das dificuldades de exercer este ministério. Este ministério que tem como o grande exorcista o próprio “ Jesus Cristo”, que deu aos seus discípulos o poder de expulsar os demônios; “Ide antes às ovelhas, que se perderam da casa de Israel. Por onde andardes anunciai que o Reino de Deus está próximo. Curai os doentes, ressuscitai os mortos, purificai os leprosos, expulsai os demônios. Recebestes de graça, de graça daí !”(Mt 10,6-8). Isto é um mandato do Senhor e o que fazemos é obedecer.
Este tema do exorcismo, embora pareça alarmante, chame muito a atenção das pessoas, muitas vezes assusta, quando se trata deste assunto, mas é um ministério da extrema caridade e compaixão dos que sofrem com a perseguição do maligno. Parece um exagero ! Como o satanismo progride hoje em nosso mundo, caminha a passos largos, com todas as formas de expressões e simbolismo.
O exorcismo, embora não seja o único, é um dos elementos da Sagrada Escritura, tratado na Tradição da Igreja e Magistério Eclesiástico, expresso na teologia e na liturgia, bem como algumas catequeses papais: Paulo V1( Audiência de 15/11/1972) e João Paulo 11(1986) e no Catecismo da Igreja Católica (1993 Can. 1673).
O Papa Leão X111 entrou no século XX ainda apavorado pela visão que tivera da presença diabólica em Roma. desde 1986, mandara a todos os Bispos rezar a oração de São Miguel Arcanjo, escrita por ele, como também um exorcismo maior que recomendava a Bispos e Párocos recitar com freqüência nas dioceses e paróquias.
O século do homem sem Deus, anunciado por Nietzsche, transformou-se no de Satanás, implantação total do mistério da Iniquidade que esta cada dia mais sólido em nosso mundo, já no século XX1, hoje contesta a existência dos anjos, a existência de satanás, não se faz mais a oração de S. Miguel Arcanjo, suspende os exorcismo nas Igrejas, mergulha no silêncio o ministério do exorcismo e sua função
Paulo V1 queixa-se da fumaça de Satanás dentro do templo, não a fumaça mas, penetrando por inteiro hoje. Quem vai expulsa-lo das nossas Igrejas, das nossas residências, nossas paroquias, centros comunitários, seminários e universidades, nunciaturas, da ONU, Parlamentos, Cúrias, Santuários, dos senados e das Câmaras legislativas, Palácios do Governo e da Justiça, dos bancos e das bolsas, dos meios de Comunicação, das escolas e hospitais, das consciências de todos nós ?
Nos sabemos que os poderes do inferno não prevalecerão contra a Igreja, é certo. Mas o Senhor prediz o obscurecimento da fé, o esfriamento da caridade. Nós precisamos urgente de exorcismo e voltar a dar ênfase para este contexto tão esquecido hoje nas nossas igrejas e dioceses.
Para muitos cristãos, teólogos e eclesiásticos, o demônio não existe. Seria apenas a personalização simbólica de fenômenos obscuros, psiquiátricos ou psicológicos em vias de explicação científica.
Para outros, pelo contrário, o demônio exerce um fascínio, tem lugar na publicidade, fala-se de seu poder. Missas negras e seitas satânicas se multiplicam no mundo, várias pessoas falam de pacto feitos, das sua vantagem, das carreiras brilhantes de cantores de rock, conseguidas graça a satanás, lógico que um preço alto a ser pago, pois o demônio não tem amigos, só tem escravos, mas se disto nos desenhos animados para crianças, apresentando um demônio que só faz o bem, até um literatura de que o único inimigo do demônio é a Igreja Católica, foi ela que inventou tudo isso.
São grande o número de jovens e velhos que fazem um experiência com as coisas ocultas do demônio, assim buscam sem um profundo conhecimento bíblico ou literário e eclisiológico neste gênero da feitiçaria, bruxaria, do espiritismo, vodu, candomblé, religiões orientais voltadas para o reencarnacionismo, as videntes, muitos tornam prisioneiros do demônios, mesmo possessos, sem dar conta do que lhe acontece, e até desconhecendo o exorcismo para o libertar, por isso continuam escravos do maligno e levando até outras pessoas a se contaminarem.
Mesmo os livros que falam do demônio, descrevem um literatura adversa, contextual mística e vazia de sentidos, ou mesmo pejorativa. Isto cria no coração das pessoas um vazio de informações necessárias para seu discernimento espiritual.
Exorcistas e Psiquiatras ou Psicólogos
Jamais os exorcista querem sobrepor qualquer classe médica, como todo exorcista sério, trabalha com a colaboração deles. Muitas vezes seu trabalho começa precisamente quando as técnicas médicas e psiquiátricas mostram ineficaz, tanto no nível de diagnóstico como terapêutico. Num ou outro caso, o discernimento por vezes é difícil, assim usa da terapia em alguns tratamentos e para o exorcista, é confirmado através do exorcismo em que o demônio é expulso, a pessoas volta ao seu estado de normalidade. Hoje grande números de exorcista estudam psicologia, psiquiatria, parapsicologia ou mesmo a medicina. Existe também com alguns exorcistas grupos de trabalhos para a oração de libertação e exorcismo, sendo estes grupos compostos por psicólogos, leigos formados na área de saúde ou mesmo pessoas que tiveram envolvimentos com o ocultismo e são conhecedores deste maléfico.
Então podemos dizer que é observado toda área comportamental das pessoas, seu antropológico, seu sociológico, seu psicológico, dentro deste contexto é feito um bom diagnóstico para se determinar a fazer um exorcismo.
Hoje quem a Preside é o Gabriele Amorth, nasceu em Modena na Itália em 1925, formado em direito(jurista) , jornalista, é sacerdote da Pia Sociedade de São Paulo, escritor pela Família Cristiane(Itália) , diretor da revista Madre de Dio, membro da Pontifícia Accademia Marina Internazionale. Exorcista da Diocese de Roma.
Foi aos poucos assumindo sua vocação no sacerdócio que foi tomado de uma direção espantosa, quando foi ajudar Padre Cândido Amontini, exorcista da Diocese de Roma, com mais de 36 anos de experiência, que foi para ele um bom mestre, mas muitas vezes Pe Cândido não chegava para as tarefas do exorcismo pelas mais diversas circunstâncias, o obrigou a iniciar uma grande experiência na prática do exorcismo e no discernimento de sua vocação como homem da libertação do povo sofrido de Deus. Sua vida é gasta com tantas pessoas em perigo, que não tem ajuda ou vivem na ignorância de que existe uma solução para sua libertação maligna. Em todos este anos de trabalho esgotante, exorcizou mais de 10.000 pessoas, das quais mais de 70 eram possessos propriamente ditos.
Pe Gabriele editou diversos livros, no Brasil o mais conhecido editado pelas Paulinas é “Um Exorcista Conta-nos” (1996), este livro muito auxilia quem deseja trilhar este ministério.

Outro que faz parte e que é Vice Presidente Frei Rufus Pereira, já neste novo tempo é o atual presidente, este já esteve no Brasil por diversas vezes, dando formação e pregando encontro para cura e libertação. Fez seus estudos em Roma na Pontifícia Universidade Urbana, doutorado em Teologia Bíblica, foi Diretor de quatro Faculdade em Bombay, editor da revista Carisidia (Revista Carismática Católica), diretor do Instituto Bíblico Carismático Católico em Bombay, professor de curso bíblico, diretor de Escola bíblica internacionale e membro Internacional do Serviços da Renovação Carismática(CCRS), na responsabilidade especial para o ministério de Cura e libertação. Tem viajado por diversos países pregando e formando sacerdotes na área de libertação, preparando exorcista e leigos para atuarem no ministério, é um sacerdote incansável no combate contra as força malignas.
No Brasil editou o livro “Jesus Hoje” (Cura e Libertação) , ed. COMDEUS,1997 , este livro nos faz refletir e tomar posse que “Jesus” cura e liberta o seu povo ontem, hoje e sempre. É maravilhoso sentir este poder.

Os outros Membros do Conselho , sendo a secretária a Sra Ericka – é da Iugoslávia, ministeriada em cura e libertação, sempre estava ao lado do Frei Rufus em suas viagens pelos diversos países e os outros são os padres espalhados pelo mundo.
Sra Ericka – tem um profundo conhecimento do ocultismo, nas filosofias de reeencarnção, como bruxaria, vodu, candomblé, satanismo, novas seitas demoníacas que estão presente e atuando em nosso meio.
Associação Mundial dos Exorcista
No Brasil
Criada a partir do encontro de preparação para exorcista no Brasil, realizado na Associação do Senhor Jesus em Valinhos _ Sp no ano de 2000.
Neste encontro que foi presidido pelo Vice Presidente da Associação Mundial dos exorcista Padre Rufus Pereira, que em seu desejo ardente em formar padres para este ministério,
esteve aqui pela primeira vez com este objetivo.
Foi um encontro maravilhoso de Segunda a Sexta feira , começando pela 09:00 com orações, pregação de formação, testemunho de sua experiência, uma didática bem contextuada de caso a caso, definindo bem os casos de contaminação, obsessão, opressão e possessão, como também os problemas psicológicos e parapsicólogos, encerrando as vezes as 22:00 com a missa.
Para este encontro foram convidados muitos sacerdotes de todo o Brasil, mas os que aceitaram este desafio foram 52 sacerdotes de diversos lugares do país, pela primeira vez até que foi um bom número e no encerramento desta preparação a convite do Frei Rufus Pereira que fosse criada esta associação aqui e que ela fizesse parte da Associação mundial, do qual é seu Presidente Padre Gabriel Amorth que reside na Itália onde é a sede.
Esta Associação é composta por diversos sacerdotes do mundo inteiro, são padre que se sentem chamados a este ministério, orar pelos que sofrem sob a influência do Maligno, que esta sob o poder de Satanás. É bom saber que as vezes estes padres nem sempre são exorcistas nas suas dioceses, outros sim, são exorcistas e tem autorização do seu Bispo para exercer este ministério.
Neste encontro por escolha votiva ficou definido como membro deliberação desta Associação no Brasil Dom Cristiano Collart – OSB e em contato com este servo de Deus me coloquei na condição de junto com ele de ser um secretário adjunto para divulgação desta associação e acima de tudo ajudar na formação, realizações de novos encontros, aproximação de novos sacerdotes, Bispos, divulgação de livros, fitas, CDs, Criar Site na rede mundial, e também auxiliar os grupos de leigos que oram pela libertação. Eu sou Padre Vagner Baia, estou na comunidade Canção Nova, sou ministeriado em Cura e Libertação, tinha autorização para o exorcismo, estou a mais de 10 anos trabalhando neste Dom Ministerial como Sacerdote e como leigo quase 10 anos, desde 1986, quando fui chamado a orar pelas pessoas que estavam envolvidas no ocultismo, sei que uma gratuidade de Deus, venho de uma família que meu pai tinha um terreiro de Umbanda e estava totalmente envolvido com o ocultismo, participei muito disto, por isso sei do sofrimento que causa isto na vida da pessoa, sei das dificuldades para se libertar, é um sofrimento terrível que as forças malignas provoca na vida das pessoas. Isto foi para mim um grande aprendizado e conhecedor do assunto, porque eu participei de diversas das diversas etapas, não fala do assunto como alguém que leu , mas viveu.
Agora, neste ano de 2007, precisamente em setembro, novamente o Pe Rufus Pereira , esteve aqui no Brasil, na comunidade Canção Nova, hoje ele é o atual presidente da Associação Mundial dos Exorcistas, fez um aprofundamento com os Padres no Brasil, foram mais de 98 padres que participaram deste encontro de formação e oração, nos dia 17, 18 e 19 de setembro. Muitos destes padres aderiram a Associação com membros, este já sendo exorcistas na sua dioceses e outros como padres que Oram por libertação, e já fazem este atendimento em suas paróquias.
Neste encontro, o Pe Rufus Pereira, me convidou para que eu pudesse assumir esta Associação no Brasil, nosso maior objetivo é dar informações aos padres que assumiram esta ministério, que é de uma extrema caridade e compaixão pelos que sofrem com a opressão maligna.

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