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Demonologia é o estudo sistemático dos demônios. Quando envolve os estudo de textos bíblicos, é considerada um ramo da Teologia. Por geralmente se referir aos demônios descritos no Cristianismo, pode ser considerada um estudo de parte da hierarquia bíblica. Também não está diretamente relacionada ao culto aos demônios.


sexta-feira, 10 de julho de 2015

Jesus desceu ao inferno entre Sua morte e ressurreição?

A alma de Jesus foi ao Inferno no período entre Sua morte e ressurreição? Há bastante confusão em relação a esta pergunta. Este conceito vem principalmente do Credo dos Apóstolos, que afirma: “Ele desceu até o Inferno.” Há também algumas poucas Escrituras que, dependendo de como são traduzidas, descrevem a ida de Jesus ao “Inferno”. Estudando esta questão, é importante que primeiramente possamos compreender o que a Bíblia nos ensina a respeito da “esfera” dos mortos.

Nas Escrituras Hebraicas, a palavra usada para descrever a esfera dos mortos é “Seol”. Esta palavra simplesmente significa “lugar dos mortos” ou o “lugar das almas/espíritos que partiram”. A palavra grega do Novo Testamento que é usada para inferno é “Hades”, que também se refere ao “lugar dos mortos”. Outras Escrituras no Novo Testamento indicam que Seol/Hades é um lugar temporário, onde as almas ficam enquanto aguardam a ressurreição e julgamento final. Apocalipse 20:11-15 dá a distinção clara entre os dois. Inferno (o lago de fogo) é o lugar final e definitivo de julgamento para os perdidos. Hades é um lugar temporário. Então, não, Jesus não foi ao “Inferno” porque “Inferno” é uma esfera futura que somente entrará em vigor após o Julgamento do Grande Trono Branco (Apocalipse 20:11-15).

Seol/Hades é uma esfera com duas divisões (Mateus 11:23; 16:18; Lucas 10:15; 16:23; Atos 2:27:31), o território dos salvos e o dos perdidos. O território dos salvos é chamado “Paraíso” e “Seio de Abraão”. Os territórios dos salvos e dos perdidos são separados por um “grande abismo” (Lucas 16:26). Quando Jesus subiu aos Céus, Ele levou consigo os ocupantes do Paraíso (os crentes) (Efésios 4:8-10). O lado perdido do Seol/Hades permaneceu intacto. Todos os mortos incrédulos para lá vão e esperam seu futuro julgamento final. Jesus foi ao Seol/Hades? Sim, de acordo com Efésios 4:8-10 e I Pedro 3:18-20.

Parte desta confusão surgiu de passagens como Salmos 16:10-11: “Pois não deixarás a minha alma no inferno, nem permitirás que o teu Santo veja corrupção. Far-me-ás ver a vereda da vida...” “Inferno” não é a tradução correta deste versículo. Uma leitura correta seria “a sepultura” ou “Seol”. Na Cruz, anos mais tarde, Jesus disse ao ladrão ao Seu lado: “Hoje mesmo estarás comigo no Paraíso” (Lucas 23:43). O corpo de Jesus estava na tumba; Sua alma/espírito foi para o lado do “Paraíso” de Seol/Hades. Então Ele removeu do Paraíso todos os justos que já haviam morrido e os levou consigo aos Céus. Infelizmente, em muitas traduções da Bíblia, os tradutores não são consistentes ou corretos quando traduzem as palavras hebraica e grega para “Seol”, “Hades” e “Inferno”.

Alguns defendem o ponto de vista de que Jesus foi ao “Inferno” ou ao lugar de sofrimento do Seol/Hades a fim de receber ainda mais punição por nossos pecados. Essa ideia não tem nenhum respaldo bíblico. Foi a morte de Jesus na Cruz e Seu sofrimento em nosso lugar que, de forma suficiente, promoveram a nossa redenção. Foi Seu sangue derramado que validou o perdão dos nossos pecados (I João 1:7-9). Quando estava pendurado na Cruz, Ele tomou sobre Si o fardo do pecado de toda a raça humana. Ele se fez pecado por nós: “Àquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus” (2 Coríntios 5:21). O peso do pecado nos ajuda a compreender pelo que passou Cristo no Jardim do Getsêmani em sua luta com o cálice do pecado que sobre Ele seria derramado na cruz.

Na Cruz, Cristo, com grande voz exclamou: “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?”, e foi neste exato momento que foi separado do Pai por causa do pecado sobre Ele derramado. Quando entregou o Seu espírito, disse: “Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito”. O Seu sofrimento em nosso lugar estava completo. Sua alma/espírito foi à parte do Hades correspondente ao Paraíso. Jesus não foi ao Inferno. O sofrimento de Jesus terminou no momento em que morreu. O pagamento pelo pecado estava feito. Ele então aguardou a ressurreição do Seu corpo e o retorno a Sua glória durante a ascensão. Jesus foi ao Inferno? Não. Jesus foi ao Seol/Hades? Sim.

A "chave da morte", outros a "chave do inferno" e os que afirmam ter Jesus tomado as "chaves da autoridade".

Outros dizem que Jesus foi ao inferno para pisar na cabeça da serpente (referencia a Geneses, quando Deus disse a Eva que seu descendente pisaria a cabeça da serpente). 

Alguns afirmam que Ele foi resgatar as almas dos santos do antigo testamento, que morreram sem salvação e estavam no inferno.

Há muitas interpretações a esse respeito, mas vamos aos fatos.

A pergunta é está? Aonde está escrito na bíblia que Jesus desceu ao inferno e tomou as chaves das mãos do diabo?

Os que defendem está teoria baseiam-se em:

"...no qual também foi, e pregou aos espíritos em prisão; os quais noutro tempo foram rebeldes, quando a longanimidade de Deus
esperava, nos dias de Noé, enquanto se preparava a arca; na qual
poucas, isto é, oito almas se salvaram através da água."

Podemos analisar neste texto que em nenhum momento diz que Jesus desceu ao inferno ou tomou qualquer chave das mãos do diabo. O texto nos diz que Ele foi pregar aos que morreram no diluvio, nos dias de Noé.


Neste texto não temos a afirmação de que Jesus desceu ao inferno ou qualquer menção a qualquer chave.

O texto referente as chaves esta em Apocalipse 1:18 em um outro contexto bíblico e em nenhum momento diz que as chaves da morte e do inferno pertenceram ao diabo ou que o Senhor as tomou de alguém.

"E o que vivo e fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre. Amém. E tenho as chaves da morte e do inferno."
 (Apocalipse 1:18)

Infelizmente quando não examinamos as escrituras com a direção do Espirito de Deus, nos deixamos influenciar por tradições, doutrinas e costumes dos homens, que não tem nada a ver com as verdades bíblicas.

"Nenhuma interpretação ou doutrina deve ser aceita sem exame. Pelo contrário, tudo deve ser examinado cuidadosamente mediante o estudo pessoal das Escrituras."

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