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Demonologia é o estudo sistemático dos demônios. Quando envolve os estudo de textos bíblicos, é considerada um ramo da Teologia. Por geralmente se referir aos demônios descritos no Cristianismo, pode ser considerada um estudo de parte da hierarquia bíblica. Também não está diretamente relacionada ao culto aos demônios.


quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

Pactos

Uma vez na terra, Belzebu não perdeu um minuto. Deu-se pressa a espalhar uma doutrina nova e extraordinária, com uma voz que reboava nas entranhas do século. Ele prometia aos seus discípulos e fiéis as delícias da terra, todas as glórias e os deleites mais íntimos. Confessava que era o Belzebu, mas confessava-o para retificar a noção que os homens tinham dele e desmentir as histórias que a seu respeito contavam as velhas beatas.
— Sim, sou Belzebu, repetia ele; não o Belzebu das noites sulfúreas, dos contos soníferos, terror das crianças, mas o Belzebu verdadeiro e único, o próprio gênio da natureza, a que se deu aquele nome para arredá-lo do coração dos homens. Vede-me gentil e airoso. Sou o vosso verdadeiro pai. Vamos lá: tomai daquele nome, inventado para meu desdouro, fazei dele um troféu e um lábaro, e eu vos darei tudo
Era assim que falava, a princípio, para excitar o entusiasmo, espertar os indiferentes, congregar, em suma, as multidões ao pé de si. E elas vieram; e logo que vieram, o Belzebu passou a definir a doutrina. A doutrina era a que podia ser na boca de um espírito de negação. Isso quanto à substância, porque, acerca da forma, era umas vezes sutil, outras cínica e deslavada.
sucesso, dinheiro, conquistas e fama. E se eu te dissesse que é possível fazer um pacto com ELE? Nesse episódio discutimos sobre o que significa fazer um contrato com entidades demoníacas. É a única forma de fazer? De onde vem a origem desse mito e os supostos homens e mulheres que teriam vendido sua alma por seus desejos.
As histórias de pactos entre humanos e as forças do Mal são tão comuns no passado longínquo como hoje em dia. A forma de se realizar esses ‘contratos’ que envolvem nossa alma imortal certamente mudou com o tempo, mas a figura do demônio continua sendo muito atraente para algumas pessoas.

Na maioria das histórias populares sobre pessoas que fizeram o famoso pacto com o demônio, os humanos sempre se dão mal. Com exceção de alguns pequenos contos, mais humorísticos do que outra coisa, o Mal sempre leva a vantagem, seja escrevendo aquelas letras miúdas num contrato, seja não contando toda a verdade a respeito de como ele vai ‘cumprir’ o pacto. E, mesmo quando nada disso exista, a pessoa já sabe que, ao final do contrato, ela vai ter que pagar entregando sua alma imortal e passando a eternidade em sofrimento. De uma forma ou de outra, o final da história é sempre desfavorável aos mais fracos: nós.

Então, por que essas histórias - e as tentativas reais de se pactuar com o Mal - atraem tanto a humanidade ao longo do tempo? Para algumas pessoas, pode ser devido à facilidade de se obter agora, já, uma felicidade que as forças do Bem geralmente prometem para um futuro etéreo, distante, pós-morte e, portanto, invisível e mais difícil de ser visualizado.

Até onde se sabe, as tentativas de se comunicar e conhecer o mundo invisível, ou espiritual, datam do início da humanidade. O homem primitivo já procurava, de forma intuitiva, obter o conhecimento de forças que se encontravam além da sua compreensão e identificação imediata. Pode-se chamar de forças espirituais, sobrenaturais, divinas, demoníacas; o que se quiser. Para escapar da decadência da idade, das doenças, das incertezas do destino, para superar as limitações físicas e mentais e garantir sua sobrevivência no dia-a-dia, os primeiros seres humanos buscavam favores das ‘divindades’ utilizando sacrifícios e rituais que invocavam as forças invisíveis que porventura estivessem agindo em cada caso.

No reinado de Luís XIV, vários nobres participaram de rituais de sangue, com assassinato de centenas de crianças. Mas não era uma adoração unicamente inocente. Já se acreditava na existência de uma força benigna e de outra maligna, esta última agindo nas sombras e capaz de prejudicar as pessoas.

Com o surgimento das primeiras sociedades organizadas, as prioridades mudaram. O que era apenas uma questão de sobrevivência passou a abrigar outros pensamentos e desejos, como o de obter poder e de se sobressair nos clãs. Assim, a tentativa de contato com as forças espirituais ganhou novos contornos: o Mal deixou de ser necessariamente um inimigo, e se tornou um eventual aliado poderoso.

Essa crença do homem na existência do Mal está presente em todas as eras da humanidade. No Egito antigo e na Mesopotâmia, surgiram hordas de gênios e de forças demoníacas; elas faziam parte de todas as atividades diárias e prejudicavam o homem fazendo-o adoecer e trazendo a infelicidade para sua vida.

No entanto, foi apenas na Pérsia, com o Zoroastrismo (considerado como a primeira manifestação de um monoteísmo ético), que o Mal se personificou e ganhou um nome e uma face: Angra-Manyu, que se contrapunha à face do Bem, Ahura-Mazda. E, de acordo com os livros do Zoroastrismo, ambos iriam lutar até o fim dos tempos pela supremacia cósmica.

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Na Bíblia, temos a menção de uma força maligna personificada no anjo Lúcifer (Lúcifer = ‘estrela da manhã’, ‘filho da alva’ ou ‘o que brilha’, ‘o que traz luz’), que depois se torna Satanás (o adversário, o acusador). Segundo os estudos bíblicos, sua queda foi resultado de seu orgulho, que o levou a se rebelar contra Deus (conforme Isaías 14, 12-14; Ezequiel 28, 12-15). Também caíram os anjos que o apoiaram, formando assim as hostes demoníacas.

Satanás luta contra Deus atacando a humanidade, que é obra divina feita à imagem e semelhança de Deus e que tem a promessa da vida eterna no paraíso ao lado do Criador. O Mal é identificado e suas ações são combatidas numa luta contínua, que terá fim quando for cumprido o que está predito no Apocalipse.

No Gênesis, Adão e Eva foram tentados e expulsos do Paraíso pelas ações de Satanás. Ele foi a força que instigou a queda, a inveja, o medo, a infelicidade, um Adversário dedicado a sobrepujar o homem e, em última instância, destruí-lo. Mas na visão judaico cristã, existe a garantia de que, no fim dos tempos, o Mal será sobrepujado pelo Poder de Deus, e o homem que for fiel a Deus terá a vida eterna no paraíso.  

Na Idade Média, o demônio estava em todos os lugares; sua presença era sentida debaixo de cada pedra, em cada sombra. Os monges cristãos, principalmente os anacoretas do deserto, relatavam encontros com tais entidades. Surgiam descrições detalhadas das hordas demoníacas e de suas atribuições. O cristianismo se expandia pela Europa e entrava em choque com as crenças pagãs locais, em alguns casos, crenças milenares.

Tudo o que não podia ser transformado em culto e objeto cristão era creditado ao demônio. As bruxas eram consideradas servas das forças malignas. Não importava se curavam doentes ou se ajudavam na fertilidade das plantações, pois este ‘poder’ lhes tinha sido dado por Satanás, o enganador; portanto todas eram perseguidas,  sofriam torturas e sua morte geralmente era na fogueira.

Os deuses pagãos europeus ganharam espaço ao lado dos anjos caídos nos exércitos demoníacos. A Igreja usou a figura do deus Cernunnos - figura clássica do Deus Cornudo - como representação básica do demônio. Satanás já não era um anjo belo, depois de sua queda, mas sim, um ser zoomórfico, um bode que mesclava a aparência bestial com a humana.

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O homem da Idade Média temia o demônio, mas reconhecia nele o poder e chegava a lhe pedir favores, ainda que sempre temendo ser descoberto pelos padres e submetido ao julgamento da Igreja. Contudo, sua vida diária era atribulada, cheia de inseguranças, medo e dor. A fome e as doenças atingiram níveis assustadores; as guerras eram constantes e a falta de esperança no futuro era generalizada. Os feudos lutavam entre si e a população assumia os riscos e o peso de sustentar guerras que duravam gerações. Como os antigos deuses faziam parte das hostes demoníacas, os camponeses não podiam recorrer a eles para lhes garantir a colheita e escapar do universo opressivo em que viviam. Com isso, surgiram condições para se desenvolver uma nova forma de bruxaria e de culto, que invocava as forças do diabo e de suas hostes para extravasar suas frustrações, ter prazeres que lhes eram negados e escapar das opressões.

Enquanto no sabbat da bruxaria tradicional as celebrações tinham como objeto a Deusa e uma estrutura ritualística matriarcal ligada à adoração dos deuses da natureza e da terra sem menção ao inferno ou ao pecado e à danação eterna - nos cultos ao diabo era clara a oposição à Igreja.

Havia uma negação das verdades cristãs, um rompimento com os dogmas religiosos e uma aceitação da via demoníaca como forma de conquistar as metas e objetivos, fossem individuais ou coletivos. O batismo cristão era renegado, os envolvidos no culto ganhavam um batismo em nome do Diabo, e uma marca do seu compromisso.

Durante o Sabbat satânico, em meio a comidas e danças, consumia-se grande quantidade de bebidas, o que fazia aflorar desejos reprimidos, embalados por ritmos crescentes. Geralmente, terminavam em orgias que culminavam com missas oficiadas de forma a serem paródias dos cultos católicos.

Na alta Idade Média (do século 5 ao século 10), a figura do diabo, os cultos e as liturgias - já muito distantes dos sabbats tradicionais das bruxas - atingiram seu auge, com grande número de pessoas participando ativamente. Com a notoriedade dos rituais, a Igreja Católica intensificou os tribunais inquisitórios.

Já na baixa Idade Média (do século 10 ao século 15), as perseguições religiosas levaram essas práticas a quase desaparecem. Mas o comércio, que estava em decadência no período anterior, ressurge, e as trocas comerciais estimulam o intercâmbio entre o Oriente e a Europa. Um grande fluxo de estudiosos, magistas e alquimistas transitam pelos feudos e reinos. Surgem os grimórios – livros medievais de feitiços, rituais e encantamentos mágicos invariavelmente atribuídos a fontes clássicas hebraicas ou egípcias - e as práticas satânicas sobrevivem nos porões dos castelos.

No reinado de Luís XIV (1638-1715), os salões da nobreza se tornaram palco de eventos que figuraram entre os mais hediondos da história da França. Embora existisse a proibição dos rituais, as autoridades fingiam não ver. Vários nobres - entre os quais a principal amante do rei - cometiam atos hediondos, como o assassinato de centenas de crianças em rituais de magia, usando seu sangue nas missas e rituais diabólicos; heresias contra símbolos católicos e o envenenamento de rivais, fosse por meio de pós, unguentos ou pelo uso de feitiços malignos.

Durante as missas negras, o sacrifício de crianças, as orgias e assassinatos eram a regra. Feiticeiros, clérigos apóstatas e supostos magos cometiam crimes e angariavam seguidores com ameaças e chantagens. O próprio rei chegou a sofrer com a situação; ele e sua preferida, Mme. Fontages, foram ameaçados de morte. Posteriormente, o rei tomou medidas duras e impôs controles para evitar que tais práticas continuassem a prosperar, estabelecendo penas e castigos que atingiam até mesmo aqueles que lhe eram próximos.

Com o clima de denúncias e delações que se estabeleceu, os cultos coletivos se tornaram perigosos e diminuíram. Mas os nobres e membros da burguesia nascente continuaram a buscar outras vias para vencer as adversidades e obter poder. Alimentados pela ambição e pela inveja, buscaram o pacto com o diabo, pois a união com as forças demoníacas é uma promessa de que tudo isso será conseguido de forma rápida e infalível, resultando num domínio mágico do universo visível e invisível.

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No entanto, falar dos pactos entre Satanás e os homens pode resultar em graves erros de julgamento de natureza moral e ética, pois vários relatos desses pactos eram baseados em mentiras ou eram frutos do interesse da Igreja na luta contra as crenças pagãs. Ainda assim, o mágico e o fantástico continuam a se insinuar nas histórias. A mais conhecida delas, Fausto, de Goethe (1749-1832), veio a influenciar todas as histórias subsequentes.

Fausto é uma figura controversa. Há os que acreditam que ele teria sido uma pessoa real e não apenas um personagem, e que teria firmado um pacto com as forças demoníacas. Afirma-se que existiu um Fust que viveu na Alemanha e que teria sido sócio de Johan Gutenberg (1400-1468), mas nem todos os pesquisadores dessa época da história confirmam essa afirmação.

A lenda diz que Fausto, estando em péssima situação financeira e com seu pai extremamente doente, pensou que faria qualquer coisa para salvar o pai e sair da miséria, até mesmo vender sua alma imortal ao diabo. Nesse instante, um cão que sempre o acompanhava começou a uivar e a se transformar no demônio. Com um giz, Fausto traçou um círculo de proteção à sua volta e recitou uma conjuração, obrigando o demônio a se manifestar.

Quem lhe apareceu foi Mefistófeles, o mais importante dos anjos caídos a seguir a Satanás, e o mais temido dos chefes infernais. O pacto que Mefistófeles lhe apresenta é o agora já clássico: oferece saúde, riqueza e poderes sobrenaturais em troca de sua alma imortal, num contrato com duração de 24 anos. Assim, Fausto teve tudo o que desejava, mas se apaixonou por uma mulher que recusou suas investidas. Mefistófeles viu seus planos perturbados por esse amor e tentou fazer com que Fausto se esquecesse dela trazendo, do passado, mulheres lindas e famosas como Helena de Tróia e Cleópatra. Mas ele não se esqueceu de seu amor e acabou conquistando-a. Quando o tempo do contrato venceu, Fausto tentou fugir de Mefistófeles, mas sem sucesso: sua alma foi consumida e enviada para o inferno.

Outra história famosa de pacto é a de São Cipriano, figura conhecida de qualquer estudante de ocultismo, com seu livro que reuniria centenas de feitiços e fórmulas de feitiçaria, assim como informações para conjurar e estabelecer um pacto com o demônio.

Cipriano, o Feiticeiro, nasceu na Antioquia, por volta de 250 d.C. Recebeu uma educação profunda nos mistérios das ciências antigas e ocultas. Estudou todos os ramos da magia que estavam ao seu alcance, diz-se que manteve contato com diversas forças espirituais e demônios. As informações a seu respeito também dizem que ele teria aprendido tudo com a famosa bruxa de Évora, que lhe deixou vários manuscritos que, posteriormente, iriam se tornar seu livro mais conhecido, o Capa Preta.

Cipriano teria feito um pacto com o demônio para ampliar seus poderes, conjurando espíritos, construindo castelos em pleno ar e sendo servido por potências infernais, aterrorizando os governantes. Cipriano se converteu ao cristianismo depois de tentar, sem sucesso, usar sua arte diabólica para conquistar o amor de uma mulher, em nome de um jovem que o procurara. Cipriano descobriu que a mulher tinha se convertido ao cristianismo e que o Deus dos cristãos era também o senhor do demônio e, assim, não havia como vencê-lo.

Depois de convertido, São Cipriano foi preso pelo imperador romano Diocleciano, sendo torturado e morto, tornando-se um mártir cristão.

Aquilo que, em tempos passados, era uma busca ocasional pelo poder e por riquezas, se transformou numa obsessão. O mundo moderno - com sua enxurrada de produtos e comportamentos que são apresentados diariamente às pessoas como coisas indispensáveis às suas vidas - criou em alguns uma necessidade de estabelecerem pactos de várias espécies.

Atualmente, o mal pode mostrar-se de várias formas, e, portanto, também há várias formas de as pessoas estarem comprometidas com o demônio, sendo que a grande maioria sequer tem noção de que esteja debaixo do jugo satânico. Já aqueles que deliberadamente o buscam para pactuar estão cientes de que estão estabelecendo ligação com o lado sombrio e negativo do mundo invisível e, salvo por um milagre do Altíssimo a partir do pedido desta própria pessoa para se libertar daqueles laços malignos, esta ligação será para a eternidade. 

A Terra é disputada pelo mal para virar um território pleno dos demônios, o Reino de Satanás. Sabemos que há muitos grupos cristãos (portanto absolutamente antagônicos ao maligno) que vêm trabalhando e orando/rezando observantes das Palavras contidas na Sagrada Escritura. São focos de luz no planeta. O maligno deseja destruir tudo que seja luz, para instalar aqui – de forma total – seu reino de trevas e destruição. Para esta guerra que é espiritual mas também está no nível físico, são arregimentadas diariamente multidões, a quem são oferecidos prazeres, poder, dinheiro. O que o maligno pode oferecer é aquilo que está ligado à matéria: o prazer do corpo (que é matéria), o dinheiro (criado para precificar a criação de Deus), o poder humano (criado pelo homem a serviço do maligno para dominar e subjugar seu semelhante), o destaque na mídia (que trabalha, invariavelmente, por objetivos ditados por interesses obscuros...) Mas, se você quiser alguns destes itens, pode ter certeza: o dono deles tem um nome: Satanás!

Quais seriam os mecanismos internos que levariam uma alma a querer se entregar e ter como seu senhor o próprio diabo?

1 - O imediatismo das conquistas terrenas sendo oferecido aos incautos
Se Nosso Senhor Jesus Cristo nos disse que Seu Reino não era deste mundo (João 18, 36), é muito claro para nós entendermos que nada deste mundo deve nos servir como dádiva ou bem almejado, disputado, ou requerido para gozo. Não apenas isto. Não basta não requeremos ou buscarmos os bens e gozos desta Terra, precisamos lembrar que as riquezas (o que realmente é valioso!) devem ser buscadas no espírito, para tornarmo-nos dignos de entrarmos no Reino do céu.

‘Não acumuleis para vós tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem destroem, e onde ladrões arrombam para roubar. Mas ajuntai para vós tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem podem destruir, e onde os ladrões não arrombam e roubam.’ (Mateus 6, 19)

Entretanto, a maioria deseja tudo que entende que lhe possa dar felicidade no momento ‘AGORA’! E este imediatismo às vincula a todos os charlatães (da Teoria da Prosperidade, por exemplo) e a todos os servos do maligno (bruxas, pessoas que fazem ‘trabalhos’, etc) que têm a lhes oferecer exatamente isto: poder, dinheiro, fama – e uma vida eterna a ser passada no inferno!!!

2 – O desprezo às promessas de Jesus Cristo
Aqueles que buscam tudo o que o mundo possa lhes oferecer nunca acreditaram nas promessas feitas por Jesus Cristo, promessas cuja realização não está nesta realidade temporal. Eu diria mesmo que não O conhecem, ou se O conheceram O desprezaram totalmente, calcando aos pés tudo o que o Filho de Deus teria a lhes oferecer no Seu Reino eterno, o Paraíso. O que é característico, portanto, em quem busca no mundo terreno a sua realização material é o desprezar as promessas de Jesus. É calcar aos pés os bens imortais, não passageiros. É trocar os bens imperecíveis por uma materialidade que acaba ali, logo ali à frente. Desprezar o que Cristo tem a oferecer não é só um pecado contra Deus, é um pecado contra a sua própria existência. É um aval para que o inimigo de DEUS se aposse de sua vida para lhe fazer as ofertas que ele tem para oferecer àqueles que quer encarcerar no inferno, para passar toda a eternidade no fogo.

3 - A Pobreza, Obediência e Castidade em oposição à Riqueza, Poder e Prazer
Não é por um acaso que as ordens religiosas dispõem de um juramento a ser feito por seus postulantes que desejam se integrar nessas comunidades. Aqueles que ingressam nessas ordens religiosas fazem votos de POBREZA, OBEDIÊNCIA E CASTIDADE, que constituem uma verdadeira consagração de vida. Você nunca se perguntou o por quê? Quando houve a formação das primeiras comunidades monásticas cristãs, o império romano estava em seu auge de deterioração moral. A ruptura com um mundo mergulhado na imoralidade, idolatria, corrupção, degeneração era o que levava os cristãos a se afastarem para áreas remotas, onde poderiam se dedicar à oração e intensificar seu relacionamento com Deus. A pobreza, a obediência e a castidade são um ‘escudo’ contra os ataques demoníacos que possam querer insuflar na alma um amor às riquezas, poder e prazeres que o mundo oferece, e assim fazerem-nas se desviar do caminho que leva a Deus.  

O conselho evangélico da CASTIDADE é assumido por causa do Reino dos Céus, que caracteriza uma forma de vida consagrada a Deus, e considerada como sinal do mundo futuro. Assumida de modo estável, quer ser, já no mundo presente e transitório, uma presença daquele estado do reino da graça em que os homens não se casam nem se dão em casamento. ‘Na ressurreição, as pessoas não se casam nem são dadas em matrimônio; são, todavia, como os anjos do céu.’ (Mateus 22, 30)

 O conselho da POBREZA é assumido à imitação de Cristo, que, sendo rico, se fez pobre por nós, vivendo uma vida pobre na realidade e no espírito, no trabalho e na sobriedade, alheia às riquezas deste mundo. A POBREZA consiste na descoberta da riqueza do Reino de Deus que converte todos os homens em proprietários de um mesmo bem e em participantes de uma vocação comum, herdeiros da mesma promessa do Reino. A dupla dimensão da pobreza que Jesus manifestou são:

A pobreza do ser, isto é, o esvaziamento do poder e do prestígio que são formas de riquezas para as quais nós todos tendemos instintivamente;
A pobreza do ter, ou seja, a precariedade das coisas materiais que são incapazes de oferecer a felicidade a que aspiramos.    
Já a OBEDIÊNCIA, que é a submissão da vontade, numa dinâmica de fé e de amor, movida pelo Espírito Santo, e que leva a seguir a Cristo, que obedeceu ao Pai, sendo sua primeira finalidade o culto a Deus.  A OBEDIÊNCIA consiste na oferta da própria vontade e do próprio ‘eu’ como sacrifício de si a Deus em vista de uma união mais estável e segura com a vontade salvífica do próprio Deus. Ela faz entrar mais segura e decisivamente no mistério divino de salvação em comunhão com Cristo.

 

Fazer um pacto com o demônio está muito além de conseguir para si uma boa vida e a plenitude de conquistas que o mundo possa oferecer; um pacto com o mal é identificar-se espiritualmente diante do universo e dizer a ele quem você segue - e consequentemente colher os frutos disto. Um pacto com o mal é assinar sua nova certidão de nascimento espiritual, deixando de ser filho de Deus para se tornar servo do demônio.

As enganadas pessoas que possam achar que lucrarão algo com estes pactos têm uma visão ‘romantizada’ do assunto, achando que serão mais ‘poderosas’ e ‘influentes’ que a maioria, mas o que elas não sabem é que o ‘poder’ que acreditam ter é apenas manifestação demoníaca em suas vidas terrenas. Este ‘poder’ logo cessará assim que morrerem, e se tornarão uma infeliz alma, que suplicará por misericórdia, em um local em que não haverá misericórdia.

Não existe acordo com o mal. Pactuar com ele significa que você vai ser enganado no final. Ele está no ‘jogo’ para ganhar almas para o inferno, e a sua é uma que ele almeja. Ele é um perdedor diante do Altíssimo, porque já perdeu a vida ao lado de Deus, e agora quer fazer você ser perdedor, como ele.

Ele fará tudo para que seu reino infernal aumente, colocando lá as almas que aqui ele irá iludir, mentir e enganar, para conquistá-las, e após a morte, levá-las para escravizar e torturar pela eternidade. Almas que nunca mais poderão ver a Deus, nem serão ouvidas por Ele, porque a hora de ouvir a Deus é agora, já, nesta vida.

O Demônio

Tal como conhecemos, os demônios já eram objeto de estudo e de especulações desde os povos Sumérios e Acádios, que influenciaram por sua vez a Mesopotâmia , os povos Hebreus, os caldeus e o mundo helênico. Na Mesopotâmia, os males que não constituíam grandes catástrofes naturais eram atribuídos a influência dos demônios. Os demônios, acreditavam os mesopotâmicos, eram numerosos, divididos em legiões encarregados de espalhar o mal aos homens e à natureza, segundo cada espécie. Havia o grupo que cuidava de espalhar as doenças contagiosas (lepra e malária), o grupo que influenciava na natureza (vendavais, maremotos) e o grupo que influenciava o comportamento do homem (raiva, ódio, fúria, epilepsia, distúrbios) . Para cada grupo específico havia os “sacerdotes”, homens estudados e preparados para enfrentá-los e exorcizá-los com rituais, magias,sacrifícios e chás preparados com ervas próprias. Havia, entretanto, o maior de todos, que nenhum sacerdote conseguia derrotar: o demônio da morte que atemorizava principalmente as gestantes e crianças recém nascidas. O índice de mortalidade infantil era muito elevado nesta região e época, e isto era atribuído a um ser espiritual horrível que não poupava as crianças de viverem. Este demônio era concebido sob a forma de uma serpente.
Satanismo, Possessão, Infestação
Satanismo, Possessão, Infestação…

Um inimigo que nos vigia continuamente. Como um chacal, ronda suas vítimas à espreita do momento para devorá-las.
“Sua tática principal: fazer-nos crer que ele não existe.”

Vade retro Satana!
Um inimigo que nos vigia continuamente. Como um chacal, ronda suas vítimas à espreita do momento para devorá-las.*
Sua tática principal: fazer-nos crer que ele não existe.**   Edson Neves

“Uma jovem professora de Avignon (França), que dava sinais de possessão demoníaca, foi conduzida, por ordem do Bispo, ao Cura d’Ars. Ia acompanhada de um vigário e da Superiora das Franciscanas de Orange. Chegaram a Ars em 27 de dezembro de 1857. No dia seguinte, fizeram-na entrar na sacristia, no momento em que o santo Cura revestia-se para celebrar a Missa. Em seguida a possessa se pôs a gritar, procurando fugir:
“- Tem gente demais aqui! – exclamava.
“- Tem gente demais, – acrescentou o Cura – pois bem, saiam todos!
“E, a um sinal de sua mão, ficou só, frente a frente com Satanás. No início, apenas ouviu-se dentro da igreja um ruído confuso e violento. Logo o tom se elevou ainda mais. O vigário de Avignon, vigilante junto à porta, pôde captar o seguinte diálogo:
“- Queres sair a todo custo? — dizia o Padre Vianney.
“- Sim!
“- E por quê?
“- Porque estou com um homem que não quero!
“- Não me queres então? — perguntou o Cura com tom irônico.
“- Não! – gritou o espírito infernal. E este não! foi proferido em tom estridente e furioso.
“Quase em seguida, a porta tornou a abrir-se. Todos puderam ver a jovem professora chorando de alegria …. E voltando-se para o Padre Vianney, disse-lhe:
“- Tenho medo que ele volte!
“- Não, minha filha — respondeu-lhe o santo homem –, ou não tão breve.
“A jovem pôde retomar suas funções de educadora na cidade de Orange. E ele não retornou”.
Eis aí um, dentre tantos fatos históricos que comprovam experimentalmente a existência do demônio e sua ação característica na alma e no corpo de uma possessa, descrito por Mons. Cristiani, conhecido autor francês, em sua obra Presença de Satan no mundo moderno (1).
O renomado teólogo francês Ad Tanquerey, em sua conhecida obraCompêndio de Teologia Ascética e Mística assim descreve a ação do demônio sobre os homens: “Cioso de imitar a ação divina na alma dos Santos, esforça-se o demônio por exercer também o seu império ou antes a sua tirania sobre os homens. Às vezes assedia, por assim dizer, a alma por fora, suscitando-lhe horríveis tentações; outras vezes instala-se no corpo e move-o a seu talante, como se fosse senhor dele, a fim de lançar a perturbação na alma. No primeiro caso temos a obsessão, no segundo a possessão” (2).
Assim, enquanto mediante a obsessão (ver quadro ao final) o demônio atua externamente suscitando no homem tentações, grandes ou pequenas, mas sempre perigosas, pela possessão ele instala-se no corpo deste para perturbar a alma
Eis a explicação, apresentada por Mons. Cristiani em sua referida obra, sobre a natureza e a causa da possessão:
“Não existe talvez fato mais extraordinário que o da possessão diabólica.Que tal fato existe é o que demonstram muitíssimas experiências. Sem dúvida, houve possessos desde muito tempo antes da vinda de Jesus Cristo à Terra. Houve possessos em torno dEle, como o Evangelho no-lo mostra. Na Igreja primitiva, foram inúmeros os casos, e a instituição daordem dos exorcistas, entre os membros do clero, é uma boa prova disso. ….
“A teologia católica, baseada sobre os fatos de possessão demoníaca, tomou posição tão decidida a respeito deste problema, que chegou a elaborar uma teoria completa sobre o assunto. Assim, o Ritual Romano, livro oficial do cerimonial eclesiástico, explica os sinais pelos quais se conhece a autêntica possessão e dá os remédios necessários para combatê-la: os exorcismos” (3).
O mesmo autor afirma, no que concerne à possessão e suas causas, que não podemos escolher guia mais seguro e mais preciso que a obra de Mons. Saudreau, L’état mystique… et les faits extraordinaires de la vie spirituel (Paris, Amat, 2ª ed., 1921).

Natureza de um fenômeno estranho: a possessão

“Segundo Mons. Saudreau, a possessão nunca chega até a animação. Isto quer dizer que o demônio não substitui a alma do possesso, não dá vida ao corpo, mas, sem que saibamos como, apodera-se desse corpo, faz sua morada nele, quer seja no cérebro, quer nas entranhas, porém, em todo caso, no sistema nervoso. Não tira à alma, portanto, seu domínio normal sobre o corpo e sobre os membros; imprime às faces do rosto uma expressão desconhecida e que corresponde à ação do demônio.
“O demônio não está sempre presente no possesso. Entra nele quando quer. Provoca nele ataques. Um possesso poderá até ser liberado momentaneamente pelos exorcismos, e depois torna-se novamente presa do demônio. Em seu estado normal, o possesso é como todo mundo…
“Por outro lado, os demônios não atuam todos da mesma maneira, porque estão longe de ser totalmente iguais. Acreditava-se, não sem razão, que todos os deuses do paganismo eram demônios” (4). “Omnes dii gentium, daemonia”, diz a Escritura(Salmos 95, 5).

Múltiplas causas da possessão: o sortilégio ou bruxaria

“O bom senso popular colocaria na primeira fila das causas da possessão as faltas cometidas pelo possesso. Não é assim em absoluto. As causas de possessão são, na verdade, muito variáveis. ….
“Se os demônios fizessem livremente seus estragos entre os homens, a humanidade estaria transtornada, não seríamos mais donos de nossos destinos, a obra de Deus entre nós estaria desviada de seu objetivo. O fato é, em si, inconcebível e, por mais poderosos que sejam os demônios, a verdade é que ‘esses cães estão acorrentados’….“Os demônios não atuam entre nós senão na medida em que obtêm — como está escrito no Livro de Jó — a permissão de Deus, soberano Senhor. O caso do mesmo Jó, submetido às infestações de Satanás, é uma boa prova de que não são as faltas da vítima que explicam suas penas.
“Por vezes, pode haver culpa do possesso, como reconhece Mons. Saudreau: ‘Uma pessoa ficou possessa em conseqüência de uma oração a Mercúrio, feita por ela, a conselho de uma velha curandeira’ 

“Em muitos casos pareceria que a origem da possessão teria sido ummalefício. É o que o público denomina mais correntemente umabruxaria. Mons. Saudreau é categórico neste ponto: ‘uma das causas mais freqüentes das vexações diabólicas é o malefício’. E esclarece: ‘os malefícios são os sacramentos do demônio’”.“Pareceria que o demônio, depois de ter estabelecido seu ritual próprio para o lançamento de sortilégios, se vê obrigado a atuar quando o bruxo observa as formas que ele prescreveu…. Porém os malefícios não têm todos a mesma eficácia.
“No século XVII, em processo célebre, descobriu-se que os malefícios tinham por base assassinatos de crianças, pecados contra a natureza e missas sacrílegas” (6).
“A possessão pode ser e é seguramente, às vezes, uma prova permitida por Deus, como no caso do santo homem Jó ou no do Cura d’Ars; sem que tenha havido falta por parte do infestado ou do possesso e sem que haja ocorrido malefício.
“Em suma, os casos de possessão são casos extremos de um fato imenso que se estende por todo o universo espiritual: a luta do bem contra o mal, da Cidade de Deus contra a Cidade de Satanás” 

Como combater a possessão

O autor francês refere-se a seguir ao exorcismo como o meio de combater a possessão:
Como dissemos, o remédio que Deus quis para a possessão é o que chamamos exorcismo, que significa conjuro. Porém, existem regras muito precisas para praticar o exorcismo.
“Se a pessoa manifesta em si a presença de uma inteligência diferente da sua, existe possessão e não enfermidade. O Ritual Romano traz precisões sobre este ponto essencial. E acrescenta: ‘Os demônios suscitam todos os obstáculos que podem impedir que o paciente seja submetido a exorcismos’” (8).
O cânon 1172 do Código de Direito Canônico contém disposições concernentes aos exorcismos.

O demônio no Antigo e no Novo Testamento

O demônio é mencionado freqüentemente no Antigo Testamento, por exemplo, no Livro de Isaías: “Como caíste do céu, ó astro brilhante, que, ao nascer do dia, brilhavas?” (Is 14, 12).O Apocalipse — o último livro do Novo Testamento, escrito pelo Apóstolo São João Evangelista — assim descreve a queda de Lúcifer e dos anjos rebeldes:
“E houve no Céu uma grande batalha: Miguel e os seus anjos pelejavam contra o dragão, e o dragão com os seus anjos pelejavam contra ele; porém, estes não prevaleceram; e o seu lugar não se achou mais no Céu. E foi precipitado aquele grande dragão, aquela antiga serpente, que se chama o Demônio e Satanás, que seduz todo o mundo; e foi precipitado na terra, e foram precipitados com ele os seus anjos” (Apoc. 12, 7-9).
Incapazes de amor, os demônios encontram-se ligados pelo ódio mútuo e ódio a todas as coisas. Por isso, tramaram também a perdição do gênero humano.
“Satanás, invisível agente pessoal, inimigo do homem, que o conduz à perdição, afastando-o de Deus” (9).

Adão e Eva cederam à tentação diabólica

“Sereis como deuses conhecendo o bem e o mal”(Gn 3, 5). Esta foi a frase que a astuta serpente disse a Eva. E, assim, Adão e Eva se deixaram seduzir.
A propósito, observa o renomado escritor e polemista francês Mons. Henri Delassus: “Desde a criação do gênero humano, o homem se extraviou. Em vez de crer na palavra de Deus, e de obedecer à sua ordem, Adão escutou a voz sedutora que lhe dizia para colocar o seu fim em si mesmo, na satisfação de sua sensualidade, nas ambições do seu orgulho” (10).
Diz piedosa tradição que Adão e Eva fizeram penitência numa caverna do monte Calvário, que tem esse nome porque ali foi descoberta a caveira do primeiro homem (cfr. Lc 23, 33). Realmente, debaixo do Calvário e ocupando o mesmo espaço do Gólgota, hoje encontra-se a capela de Adão, na qual estiveram também, até 1808, os sepulcros de Godofredo de Bouillon, que conquistou a Cidade Santa, e de seu irmão Balduíno, primeiro rei católico de Jerusalém.
“Por sua vida penitente, Adão e Eva são considerados santos e sua festa celebra-se a 19 de dezembro. Dois de seus filhos, Caim e Abel, constituem o primeiro exemplo de divisão do gênero humano: Abel é o exemplo dos fiéis que caminham para o Bem, e Caim, dos que caminham para o Mal” (11).
Os demônios conspiram contra o homem porque não podem tolerar que ele tenha sido redimido pelo Verbo Divino que se encarnou no seio puríssimo de Maria, unindo-se à natureza humana.
O pecado original foi uma vitória de Satanás sobre o homem. Mas a Redenção foi a vitória de Jesus Cristo sobre Satanás. Assim, Deus não consentiu que o demônio arrastasse todos os homens para o seu reino.
Pode-se falar num Império de Satanás?Não se pode pôr em dúvida, entretanto, que Satanás tenha o seuImpério, considerando-se o termo latino imperium no seu significado político-jurídico: “Imperium é o vocábulo empregado, em amplo sentido, para significar o supremo poder, ou a suprema autoridade, conferida a certas instituições ou a certas pessoas. Indica, assim, o próprio poder conferido ao imperador, em virtude do qual exerce sua autoridade soberana em todo território onde se situam ou limitam os domínios imperiais, em relação a todas as coisas ou a todas as pessoas” (12).
Ora, Satanás manda nos diabos e nos homens que a ele se entregam pelo pecado. Ensina Nosso Senhor que “todo o que comete pecado é escravo do pecado” (Jo 8, 34). E o Império de Satanás possui seu território, seu âmbito de competência e sua área de jurisdição. Tem sua metrópole e suas colônias. A metrópole é o Inferno, mas, pelo menos em potência, seu área de expansão colonial abarca toda a Terra habitável.
Em geral, fora do Inferno, à primeira vista não parece que Satanás exerça verdadeiro império sobre um território, mas apenas sobre pessoas. No entanto, se atentarmos bem ao que acontece, verificaremos que, embora de forma temporária e não permanente, há nações que se comportam, durante longos períodos de tempo, como verdadeiras colônias doImpério infernal, tal é a dominação que ele exerce sobre o povo no seu conjunto. Em outros lugares, não possui Satanás debaixo de suas ordens senão minorias nacionais dispersas, mais numerosas ou menos; mas há nações em que as maiorias e os governos vivem como que subjugados por ele.Exemplo frisante disso foi a extinta e desditosa U.R.S.S. A respeito do regime que nela imperava, Mons. André Sheptyskyj, Arcebispo de Lvov e líder da Igreja Católica na Ucrânia durante as perseguições de Lênin e Stalin, escreveu à Santa Sé uma carta, na qual figura uma frase bastante significativa: “Este regime só pode se explicar como um caso de possessão diabólica coletiva”. E pediu ao Papa Pio XI que sugerisse a todos os sacerdotes e religiosos do mundo que “exorcizassem a Rússia soviética”. O Prelado ucraniano faleceu em 1944, estando atualmente em andamento seu processo de beatificação(cfr. Catolicismo, no 590, fevereiro 2000, p.19).

A questão levantada pelo Arcebispo ucraniano não se colocaria hoje, talvez até com mais razão, em alguns lugares do mundo, uma vez que o processo revolucionário multissecular de destruição da civilização cristã não fez senão acentuar-se intensamente desde então? Assim, não estaríamos assistindo, em escala crescente, a um fenômeno de possessão coletiva, ao menos em largas esferas do mundo atual?
Questão ainda mais delicada: pode o demônio insinuar-se dentro da própria Igreja de Jesus Cristo, em certos períodos de grande provação e pecado? Para responder com segurança a tal pergunta seria preciso que teólogos – autênticos teólogos de ortodoxia ilibada – o estudassem com cuidado e se pronunciassem a respeito. Mas a pergunta não pode deixar de ser levantada tendo em vista o memorável pronunciamento de Paulo VI sobre as calamidades na fase pós-conciliar da Igreja, feito em 29 de junho de 1972, na Alocução “Resistite fortes in fide”, que citamos aqui na versão da Poliglotta Vaticana (maiúsculas nossas):
O Pontífice, “referindo-se à situação da Igreja de hoje, afirmou ter a sensação de que `por alguma fissura tenha entrado a fumaça de Satanás no templo de Deus’. Há a dúvida, a incerteza, o complexo dos problemas, a inquietação, a insatisfação, a confrontação. Não se confia mais na Igreja; confia-se no primeiro profeta profano que nos venha falar, por meio de algum jornal ou movimento social, a fim de correr atrás dele e perguntar-lhe se tem a fórmula da verdadeira vida. E não nos damos conta de que já a possuímos e somos mestres dela. Entrou a dúvida em nossas consciências, e entrou por janelas que deviam estar abertas à luz. …. Também na Igreja reina este estado de incerteza. Acreditava-se que, depois do Concílio, viria um dia ensolarado para a História da Igreja. Veio, pelo contrário, um dia cheio de nuvens, de tempestade, de escuridão, de indagação, de incerteza. Pregamos o ecumenismo, e nos afastamos sempre mais uns dos outros. Procuramos cavar abismos em vez de enchê-los. Como sucedeu isto? O Papa confia aos presentes um pensamento seu: o de que tenha havido a intervenção de um poder adverso. Seu nome é o diabo, este misterioso ser ao qual também alude São Pedro em sua Epístola” (Cfr. Insegnamenti di Paolo VI, Tipografia Poliglotta Vaticana, vol. X, pp. 707-709).

O Império de Satanás possui os seus cidadãos

Entre os homens, ao Império de Satanás pertence aquele que o deseje: é suficiente um pecado mortal para adquirir cidadania nesse Império; e para nele permanecer, basta a falta de contrição, que se torna muito fácil pela preguiça ou má vontade em encarar de frente o próprio pecado, reconhecê-lo e humildemente acusá-lo no tribunal da Confissão.
A cidadania infernal concede o “direito” de satisfazer todos os apetites da concupiscência, e de praticar todos os pecados mortais correspondentes, enquanto houver saúde e dinheiro. Em troca, osdeveres impostos por esse Império cumprem-se geralmente depois da morte, e consistem em suportar o insuportável fogo eterno… Por outro lado, basta o verdadeiro arrependimento dos pecados e o sacramento da Confissão para livrar-se da tirania desse Império.
Quanto à principal tática do demônio para atuar internamente na Igreja, desde que Ela foi instituída por Nosso Senhor Jesus Cristo, é a disseminação das heresias.O conhecido historiador francês do início do século XX, Pe. Emmanuel Barbier, comenta a esse respeito: “O flagelo da heresia decorre de duas fontes. As primeiras conquistas da Igreja haviam sido feitas sobre o elemento judeu e sobre o elemento pagão. Aqueles que aceitaram o Evangelho, nele não reconheceram toda a divina salvação, que é preciso receber simplesmente, sem acréscimo e sem atenuação. Muitos misturaram à doutrina cristã outros ensinamentos e deram assim nascimento às heresias. Estes ensinamentos estranhos estavam incrustados quer no judaísmo, quer no paganismo” (13).
“O número dos tolos é infinito”: o gosto de ser enganadoDiz antigo provérbio que o mundo quer ser enganado, e por isso, em todas as idades houve embusteiros que trataram de satisfazer esse desejo das massas. E o demônio pode utilizar-se desses embusteiros para afastar as pessoas da verdadeira Fé.
A essa má inclinação, as Sagradas Escrituras acrescentam que “os perversos dificultosamente se corrigem e o número dos tolos é infinito” (Ecl 1, 15).
Quando o embuste se vela sob formas religiosas ou misteriosas e atua por meio de agentes de mistificação com poderes desconhecidos ou preternaturais, então ele pode arraigar-se de tal modo no coração, que a luz claríssima da verdade dificilmente consegue arrancá-lo da imaginação popular.
Exemplo frisante de estultice popular o leitor encontrará nos episódios vividos pelo Profeta Daniel (Dn 14, 1-42). Depois dele desmascarar o falso deus Baal dos babilônios, estes o quiseram matar!.

Investigadores russos explicam porque devemos deixar de buscar extraterrestres

Ao longo dos séculos, o ser humano tem resistido a pensar que está sozinho no universo. E se ele estivesse procurando o que ele não precisa de procurar? A entidade russa Roscosmos lançou um vídeo documentário no qual explicou a complexidade da busca de seres parecidos conosco.
Até agora, todas as tentativas da raça humana de encontrar vida extraterrestre inteligente foram em vão. Não foi encontrados nem ninguém para entrar em contato, nem ninguém que desse sinais de vida
Entretanto, o estudo da Roscosmos explica que, nos anos 70 do século passado, todo um “arsenal de cultura humana” foi enviado aos limites espaciais: cumprimentos em 55 línguas, fragmentos de obras de compositores bem conhecidos, os sons mais variados da Terra… Nada disso recebeu resposta.
É possível que estejamos buscando de modo errado? Eis a questão sobre a qual o astrofísico russo Lev Guindilis se pergunta. Talvez a própria vida tenha formas tão variadas que não devamos procurar por alguém que se assemelhe a nós. Ou talvez não entendamos bem como funciona o Universo e os bilhões de anos de civilização humana na realidade não sejam suficientes para que o Universo nos mostre seus segredos.

“Não nos dá tempo para nos cruzarmos com nossos pares”: é esta a conclusão triste que poderemos tirar, sugere o documentário da Roscosmos.

Vladimir Lipunov, astrofísico e professor do Instituto de Astronomia na Universidade Estatal de Moscou Lomonosov e doutor em Física e Matemática explica esse mistério pela árdua tarefa de buscar e encontrar vida extraterrestre. Ele relembra que existem 1.000 milhões de planetas que são bilhões de anos mais antigos do que a raça humana.

“O que existe, se existe, é extremamente inimaginável e está adiante de nós em bilhões de anos”, acrescenta. Mas o ser humano continuará se recusando a acreditar que está sozinho. Quase todos os meses os cientistas anunciam a descoberta de planetas semelhantes à Terra, alguns deles têm água e, com toda a probabilidade, formas de vida primitivas”, explica-se na pesquisa.

Mesmo assim, a falta de qualquer resposta para as inúmeras tentativas de contato da nossa parte não nos deveria fazer crer que estamos sozinhos?
Muitos pesquisadores dizem que não há uma falta de resposta, mas sim um acobertamento do contato.

Ex-agente do governo britânico é acusado de acobertar a verdade sobre os OVNIs

Até parece que o ex-investigador de OVNIs do Ministério da Defesa do Reino Unido leu os comentários dos leitores no artigo que foi publicado aqui em 21 de janeiro passado, pois agora se manifestou para se defender das acusações de que ainda poderia fazer parte daquele governo.
O antigo membro do Ministério da Defesa do Reino Unido (MoD) negou ser um agente duplo do governo, usado para tentar ‘acobertar a verdade sobre OVNIs e alienígenas’.
Nick Pope trabalhou para o MoD britânico de 1985 a 2006 e, entre 1991 e 1994, realizou extensas investigações sobre quaisquer possíveis ameaças contra a defesa que o fenômeno OVNI poderia apresentar.

O projeto foi encerrado com a conclusão de que não havia ameaça.

Agora, com base nos EUA, Pope percorre o globo falando sobre OVNIs em conferências relacionadas aos alienígenas, bem como descreve em documentários o que ele descobriu.

Pope recentemente abriu o fato de que, embora acredite que os alienígenas devam existir em algum lugar do universo, e que houve alguns avistamentos de OVNI inexplicáveis, ele NÃO acredita que nenhum ET já tenha chegado à Terra.

Seus pontos de vista fizeram com que ele fosse acusado de que o que diz não tem fundamentação, e que ele ainda está trabalhando para o governo, para espalhar ‘desinformação’ e desacreditar aqueles que afirmam que existe um grande acobertamento global para esconder o fato de que os extraterrestres estão aqui.

Ele disse ao Express.co.uk:

Aceito que há pessoas lá que pensam que ainda estou secretamente trabalhando para o governo, ajudando a acobertar tudo isso, mas juro que não estou.

Pope já fez campanha para a liberação do último lote de arquivos do Ministério da Defesa sobre investigações anteriores, a última das quais foi enviada aos arquivos nacionais no dia de ano novo.

Foi uma luta de dez anos para obter todos eles, disse ele.

No entanto, Pope disse que muitas pessoas ficaram insatisfeitas e dizem que alguns teóricos da conspiração ainda acreditam que ‘todas as coisas boas foram reprimidas’ e as liberações foram mais ‘desinformação’.

Existe uma teoria da conspiração amplamente acreditada que os alienígenas realmente vivem em bases secretas nos EUA, e que o governo concordou em mantê-los escondidos, em troca da tecnologia para construir discos voadores.

Pope disse que não há evidências para sugerir que isso seja verdade.
…e agentes de inteligência são treinados para mentir, e eles gostam de mentir, e eles se levantam de manhã, lambendo seus beiços, porque sabem que vão mentir durante outro dia no paraíso.

Seria esta a primeira foto de um alienígena tirada dentro de um disco voador?

Estas imagens, que incluem um suposto extraterrestre, teriam fotografadas dentro de um verdadeiro disco voador alienígena, de acordo com novas reivindicações sensacionais.
As imagens de um ‘alienígena humano’ e do ‘painel de controle dentro de um disco voador’ estão sendo publicadas em um livro de língua inglesa pela primeira vez, de acordo com a editora Flying Disk Press.

As imagens granuladas em preto e branco parecem mostrar dentro de uma cabine com assentos, painel de controle e outros objetos.

Há também o que parece ser uma pessoa que usa óculos de sol que foi dito ser um ‘verdadeiro visitante alienígena’
De acordo com afirmações surpreendentes no livro UFO Contacts in Italy, que trata sobre o contato extraterrestre e abduções no país, um disco voador pousou em Francavillia, Itália, na Costa do Adriático.

O Dr. Roberto Pinotii, 73, autor do livro, que será publicado em 1 de fevereiro, falou sobre o que se afirmava ter acontecido.

Ele disse:

Dois homens foram autorizados a entrar no OVNI e tirar fotografias. O diâmetro do OVNI era de 24 metros, o da cabine de controle era de 10 metros.  Estas fotografias raras e extraordinárias, bem como duas fotografias do suposto piloto extraterrestre … foram publicadas aqui pela primeira vez.

Os eventos extraordinários dizem ter acontecido em outubro de 1957, mas a história nunca foi contada fora da Itália até agora.

Ele acrescentou:

Grande parte da informação neste livro está sendo publicada em inglês pela primeira vez.

O livro contém toda uma série de casos de contato OVNI/alienígenas da Itália, mas certamente um dos incidentes mais incomuns é este desde 1957.

É o único caso que estou ciente de que alegadamente tem fotografias do interior do OVNI.

O que foi destinado a ser chamado de ‘caso da amizade’ começou perto de Pescara, entre 1956 e 1957.
Um grupo de moradores do local parece estar envolvido em contatos periódicos regulares com ‘amigos’ extraterrestres humanos, dispostos a ajudar a humanidade.

Esses seres teriam construído bases subterrâneas na Terra e, na Itália; a mais importante estaria na zona central da península, ao longo da costa adriática, não muito longe de Pescara.

Afirma-se que o ‘contato’ na área ocorreu por 20 anos e até o diplomata italiano Consul Alberto Perego testemunhou eventos.

Os céticos dizem que as imagens e o caso são apenas mais uma farsa elaborada.

O editor Phillip Mantle disse:

Roberto Pinotti é um jornalista e autor aeroespacial e o principal estudioso italiano em ovnilogia, com formação em política e sociologia pela Universidade de Florença.

Ele é o único fundador vivo do Centro Ufologico Nazionale da Itália (CUN), uma das organizações de estudo privadas de OVNIs mais antigas e competentes do mundo, formada há 50 anos.

Ele era anteriormente um oficial da Brigada de Mísseis III do exército italiano da OTAN.

Pinotti afirma ter cooperado com a comunidade italiana de inteligência como consultor para assuntos relacionados aos OVNIs e recebeu importantes documentos oficiais do Departamento de Defesa italiano.

O planeta Mercúrio está mudando sua órbita

O planeta mais próximo do Sol, Mercúrio, está sofrendo mudanças em sua órbita, e estudos da NASA dizem que essas mudanças significam que o nosso Sol está envelhecendo.

Cientistas NASA e do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) dizem que o Sol está perdendo sua massa e enfraquecendo sua atração gravitacional. O estudo veio depois de medir indiretamente a perda de massa e outros parâmetros solares pelos cientistas ao se analisar as mudanças na órbita de Mercúrio.

Os pesquisadores descobriram detalhes chave para registrar a taxa de perda de massa solar, porque ela está relacionado à estabilidade da constante gravitacional, G.

Antonio Genova, pesquisador do MIT e atualmente trabalhando no Goddard Space Flight Center da NASA em Greenbelt, Maryland, disse
Os cientistas estudaram o movimento de Mercúrio desde há muito tempo e também traçaram um mapa roteiro da órbita de Mercúrio chamado ‘efemérides’ para estudarem seu ponto mais próximo e o ponto mais distante do Sol.

Vários outros fatores, como a teoria da relatividade geral de Albert Einstein, que prova que, como resultado da própria gravidade do Sol que é capaz de distorcer o espaço-tempo, pode ser uma razão para a mudança da órbita de Mercúrio.

A estrutura e a dinâmica do interior do Sol também podem afetar a órbita do planeta. Uma das dinâmicas é a oblação, que mede as protuberâncias no meio, ao invés de ser uma esfera perfeita.

O estudo, publicado na revista Nature Communications, ajudou a equipe a desenvolver uma técnica para aprender mais sobre a interação entre o Sol e os planetas, e também examinou as órbitas de Mercúrio e a sonda espacial MESSENGER que examinou Mercúrio até sua extinção em 2015.

Contudo, nenhum cientista da NASA mencionou que a mudança de órbita de Mercúrio poderia estar sendo influenciada por algum outro corpo celeste ainda não conhecido em nosso sistema solar, como muitos pesquisadores alegam.

Mas, de qualquer forma, mesmo se existisse tal corpo celeste invadindo nosso sistema solar, a NASA seria a última a admitir isso.

domingo, 21 de janeiro de 2018

As Fadas

Embora você possa chamar qualquer tipo de fadas a qualquer momento enquanto está realizando seus rituais ou trabalhando com magia, e pode usar as suas energias, o melhor momento para invocar as fadas é durante os equinócios e os solstícios.
Os melhores horários são: ao amanhecer e ao anoitecer, meio-dia e meia-noite…
Nessas horas você cria um contato mais natural e no tempo que elas preferem.
Para atrair a atenção delas use as ervas: alecrim, lavanda e calêndula.
Símbolos: O símbolo usado para invocar fadas é “heptagram ‘, que é uma estrela de sete pontas, que é 



Esta estrela também tem um poder dos sete planetas e dos sete dias da semana, representando um ciclo.
Lembre-se sempre de agradecer as fadas por responderem a sua intimação ou empréstimos a sua energia para a elaboração de sua magia, deixando-moedas de prata ou uma taça de doce de leite quando se retirar.
Um ponto maravilhoso de encontro com fadas é aos pés de uma macieira.
No caso de muitas pessoas, que seria muito difícil ir até uma macieira, substitua a árvore com o simbolismo de uma maçã presente em seu ritual.
Sempre que possível, realizar os rituais com fadas diretamente na natureza, e se puder leve com você alguma miniatura que tenha, para chamar atenção delas.
Eu tenho em minha maleta de acessórios de magia, dois castiçais miniatura e taças miniaturas que deixo ao lado de vários rituais que faço, em meio a natureza, para agradá-las e chamar a atenção delas para se aproximarem.
Procure ter flores por perto, amor-perfeito elas adoram, e também gostam de tudo que brilha, como jóias e espelhos, mas sempre de tamanho pequeno.
O importante é você perceber que seus rituais realizados com a presença das fadas e com seus agradecimentos a elas fluem muito mais rápido e com qualidade.
Lembre-se; sempre agradeça a presença delas, mesmo que não consiga identificar se estiveram junto em seus rituais. E não danifique nem arranque plantas, matos e flores.
Sempre que for colher uma erva ou planta, peça licença aos elementais e a mãe natureza.
 Como expulsar invasores negativos da sua casa Proteção contra espíritos travessos e maldosos
Não importa o quanto você é cuidadoso e não importa o quanto você é bom em proteger a si mesmo e purificar sua casa, ainda assim pode encontrar espíritos malignos, fadas hostis ou entidades negativas que não vão deixar você em paz a menos que eles consigam o que querem.
Não se preocupe em pedir com educação para sairem, você está perdendo seu tempo …
Já li sobre casos de elfos que se convidaram a morar com pessoas tanto em casa térrea como em apartamentos também, pode um negócio desse!
Um deles era um elfo negro, que além de pequenos barulhos ele deixou uma marca nas costas do rapaz enquanto ele dormia, o bichinho estava a fim de irritar o morador de um apartamento no oitavo andar…
Outro caso era uma fada, e também num apartamento (os elementais andam se modernizando…) e esta era agressiva a ponto da dona sentir arranhões pequenos e leves nas pernas enquanto estava na mesa de jantar, e quando ela olhava embaixo da mesa não via nada…
Quem costuma detectar rápido a presença destes seres elementares são os animais de estimação da casa, que por sinal tentar avisar seus donos mas nunca são compreendidos.
Dizem estas pessoas que conseguiram expulsar estes seres com ajuda dos próprios guias espirituais, ou seja, pedindo ajuda para quem consegue ver estes arteiros.
Como não existe nenhum especialista em fadas, duendes e gnomos, temos que aprender a perceber quando são eles que estão provocando caos em nossa rotina e tirá-los de circulação.

Quando você desconfiar que as coisas em casa estão esquisitas, do tipo que os moradores se irritam fácil ou se machucam fácil, barulhos estranhos e sem propósito, ou os animais elétricos, pare e observe…
Se achar que pode ser um elemental faça este ritual;
Use qualquer tipo de sal, mas eu particularmente acho sal grosso mais fácil de manipular e me lembra pedrinhas de cristais.
Comece chamando o povo elemental dócil e humilde em seu auxílio, enquanto derrama uma pequena quantidade de sal na palma da sua mão.
Diga;
“Fada Rainha Say, tão brilhante e boa, abençoe este sal com o mais elevado dos seus poderes positivos.

Rei e Rainha do país das fadas na Terra, ajude-me a libertar meu lar dos elementais problemáticos.

Peço também ao seu melhor guerreiro Fay, para enviar os malvados de volta aos seus caminhos.”
No sentido horário em torno de cada canto dos quartos, polvilhe alguns grãos de sal, incluindo atrás dos armários.
Repita este procedimento em todos os comodos até ter abençoado toda a casa.
Nos primeiros dias após este ritual, cada vez que entrar em sua casa, peça a bênção da Rainha Thitânia como proteção do seu lar.
Repita o nome dela três vezes ao entrar em casa, pois na tradição celta o número 3 é mágico e faz seus apelos serem ouvidos em todos os reinos.
Não pense em fazer este ritual discrente nas fadas ou para testar sua existência.
As Fadas são selvagens, de integridade muito fortes e incomum, que você deve ter cuidado com elas.
No entanto, se você aproximar-se corretamente, uma fada pode ser uma colega, poderosa e maravilhosa e sua aliada.
Se você achar que não consegue lidar com o poder deste ritual, por favor, nem tente.
Se durante o ritual, uma entidade do mal chegar por acaso, termine na hora, quer com cortesia ou grosseria, é mais seguro e eficaz.
Faça cada passo numerado neste ritual:
1. Concentre-se na escuridão profunda, a escuridão que é automaticamente visualizada ao fechar seus olhos.
2. Veja que a escuridão é cheia de um verde brilhante, uma fada verde, um brilho mágico.
3. Sinta a magia, o verde, um brilho enigmático girando em torno de você, te dando um banho de sua beleza com brilho, banhando-o(a) em sua magia.
4. Desfrute esta chuva de brilho verde e a magia por um minuto.
5. Deixe que o poder das fadas te alimente, te purifique e te dê a respiração suave que você precisa. Deixe-a trabalhar a sua magia em você.
6. Em meio a essa névoa verde formada após os brilhos, chame sua amiga Fada. Não exija sua visita, pois nós não controlamos suas vontades. Convide-a com carinho, cortesia, boa vontade e bom ânimo.
7. Saudar e receber os seus visitantes com dignidade e cortesia. Pergunte seu nome e se ela precisa de você. Se nenhum nome for dado, geralmente você deve terminar a visita. Quando você encontra alguém no plano físico, que não diz seu nome, geralmente há algo errado, certo?
8. Nunca deve fazer um acordo com uma Fada. Elas levam a sério os compromissos. E são malandras, que muitas vezes têm uma visão incomum como o que a nossa vida deve ser. Você não pode querer os mesmos objetivos que elas.
9. A visita enfim aconteceu. Em seguida, se você cair no sono, a sua visita pode estar acontecendo em um nível inconsciente que você ainda precisa entender melhor ao despertar.
10. Se você quiser, pergunte a sua visitante algo que você precisa.
11. Agradeça pela visita, e por qualquer ajuda que lhe foi dada. Neste ponto, pode ser adequado dar ou prometer um presente, por exemplo um pouco de comida e bebida na próxima noite.
12. Talvez esse espírito elementar se torne seu amigo por um tempo ou mesmo por uma vida. Você pode usar esse ritual para visita-la novamente. Mas, por agora dizer “Adeus”.
13. Depois de fazer algo parecido com este ritual, você pode estar em um estado alterado sem perceber. Se você for fazer algo como dirigir, andar de noite por uma rua, ou cozinhar, cuidado, pois você pode ser assaltado(a), ou queimar-se, tudo porque você estava fora, em um outro mundo!
Então, depois de terminar a etapa 12, execute os seguintes passos:
A. Gaste algum tempo conscientemente enfocando a encarnado o plano mundano, fazendo a sua mente se concentrar em coisas físicas, enfim voltando ao seu mundo material.
B. Em seguida, continue com este foco, olhando atentamente para os dois lados quando atravessar a rua ou prestando uma atenção especial de consciência para sua segurança na cozinha ou qualquer outro foco é adequado para a atividade na qual você for fazer.
Use estes dois passos até que você esteja bem focado para o plano encarnado.
Você pode sentir que depois do ritual você está bem, mas por favor faça-o de qualquer maneira.
Pois você pode estar alerta apenas para o plano espiritual!
Esteja muito atento(a) se realmente voltou ao plano físico, pois você ficará mesmo um pouco dopado(a) com esta vivência e caso não se sinta normal após o ritual, cancele seus afazeres até retornar ao seu normal.
Para uns é loucura este contato com o mundo dos elementais, e é para estas pessoas que não é aconselhável tentar nenhum contato ou testar a existência destes seres maravilhosos. Contato com os Elementais
Ah, nossos amigos elementos! Nós sabemos que no Universo existe em quatro elementos básicos: água, terra, fogo e ar.
Poucos sabem que existe um quinto elemento … o éter.
Toda a criação é composto por uma combinação destes cinco elementos.
E cada elemento tem uma infinidade estar em elementais seu serviço.
Já os Elementais são os seres criados pelo Mestre Cristal.
Todos os elementais servem à alguma coisa, são pequenos ou grandes, e têm suas especialidades.
Para manter uma vegetação exuberante, os elementais são necessários porque eles mantêm toda a criação, por exemplo os gnomos lidam com o aspecto de terra.
Os elementos são encontrados em quase tudo, assim os elementais estão em todo lugar.
Esquisito?
Não, nós mesmos somos compostos de água 39%, 31% do fogo, do ar de 29% e 1% de terra.
Assim, muitos elementais são necessárias para acompanhar até nossos corpos.
Os elementais são muito trabalhadores, e gostam do que fazem.
Eles atuam exatamente como nós, no entanto, eles não colocam ou questionam questões existenciais …
Além disso, eles precisam de um Deva para coordenar todo o seu trabalho.
O que é Deva?
Poderíamos comparar a Deva de um capataz ou gerente – um supervisor.
Eles são um pouco à nossa imagem…
Houve um tempo, alguns dizem ser lendas, que nós estávamos em contato com eles diariamente e eles foram felizes por nos servir.
Como nossas intenções não foram sempre a mais pura, e abusamos da sua sinceridade para servir os nossos próprios interesses, alguns elementais transformaram-se em seres ferozes.
A nossa intervenção em tentar contato com o Deva deles, criou uma interferência na confiança pelos humanos.
Felizmente, os elementais são alegres, simples e amorosos, e principalmente os mais jovens deles já acostumaram com a descrença da atualidade.
E você, acredita neles?
Para o elemento terra: Gnomos e Anões!
Para o elemento ar: os silfos e elfos!
Para o elemento água: as sereias!
Para o elemento fogo: as salamandras!.
E as fadas?
Oh! Isso é muito especial …
As fadas são uma criação da Virgem Negra, a fim de ajudar todos os elementais da terra e dos homens para encontrar a luz.
Portanto, há fadas de todos os elementos, além disso, várias fadas são especialistas em nosso retorno à luz, como as fadas Arc-En-Ciel que estão ligados ao raio do mesmo nome.
Ah sim! Há em todas as dimensões elementais como os próprios elementos estão em todos os níveis!
Essas pequenas criaturas têm uma sabedoria que poderia ser de grande utilidade.
Este conhecimento está ao nosso alcance se tivermos a humildade, a paciência e o amor necessários para entrar em contato com eles.
Eles são fascinantes, divertidos e acima de tudo, encantadores.
São muito hospitaleiros, alguns são mais tímidos, mas sempre vão atender a sua chamada …
Então, não entre em pânico ou se preocupe, você sempre encontrará alguém disposto a discutir com você a existência destes seres!
Mas chame pelos Devas, irão te ouvir.
Eles têm tanto conhecimento para nos dar!
Eles têm conhecimento de toda a natureza!
Como seriam as nossas flores sem eles? … Faça isso!
 Como fazer amizade com as Fadas
Para mostrar sua devoção as fadas e para ajudar a atraí-las, você pode criar um santuário para elas.
Este pode ser grande ou pequeno, você decide o que quer ou precisa como altar.
O importante é o cuidado desse espaço sagrado.
Ao criá-lo você está dizendo ao universo que deseja servir e honrar o país das fadas.
Um altar propicia um encontro entre os mundos, para comunicar necessidades e emoções, e para honrar as fadas que escolhem compartilhar com você.
Isso também fornece fadas um lugar de foco, onde eles podem descansar e se sentir seguros em nosso mundo.
Este é o lugar onde eles podem visitá-lo em particular e onde você pode dar-lhes presentes e outras ofertas.
Mas o local tem que ser muito seguro, onde ninguém irá desrespeitar ou interferir neste contato tão pessoal.
Onde e quando colocar um altar
Os altares podem ser erguidos no interior ou no exterior, ou até mesmo combinado com outros altares enquanto a área reservada para fada é claramente marcada.
Um altar ao ar livre deve estar em um lugar onde os vizinhos não vejam passem perto.
Seu jardim é um local ideal se for seguro, pois tudo que você precisa já está lá, exceto uma tigela de oferta.
Outro local perfeito para um altar é em uma clareira protegida por árvores e arbustos. Estas já são casas de fadas por natureza e fazer este lugar protegido, as fadas serão gratas.
As fadas preferem ter os seus dons apresentados dentro de sua casa, quando se sentem seguras.
Na lareira caso tenha uma, próximo a janela de seu quarto ou da cozinha, menos em banheiro, ok.
Varandas e sacadas também funcionam como jardins para elas.
Em último caso, no topo de um armário elas se sentem reservadas.
Mas o legal é tentar deixá-las em contato fácil com o ar livre, para que possam ir e vir sem dificuldades.

Seu altar de fada deve conter três coisas principais:
1. Um lugar para fazer ofertas de fadas tipo moedas, pedras, utensílios pequenos, etc;
2. Uma representação de um dos quatro elementos de fadas para descansar, uma pedra, bacia de água pequena e sempre limpa, ou a vela, por exemplo;
3. Uma representação de fadas propriamente ditas, tais como plantas que pertencem a elas, vidrinhos de perfumes, estátuas ou imagens em miniaturas.
Estes elementos estando no lugar do altar, sendo que você foi bem criativo, plantas com flores, pedrinhas de vidro brilhante, superfícies refletoras (fadas gostam de olhar para si próprias), uma vela, gotas de óleo essencial, cristais, plumas e purpurina, as conchas, cascas e galhos…
Hora de inaugurar:
Acenda a vela e diga;
“Amadas e Belas Fadas,
Tragam para conhecer seu Lar,
Djin e Titânia.
Sejam Bem Vindas,
Eu acredito em Fadas,
E com respeito as tratarei!”
Com o tempo você vai descobrindo se será uma ou mais fadas visitantes, e lembre-se de redecorar sempre este altar.
Divirta-se com ele e seja amigo(a) das fadas!

O Ritual

Yuki olhou através da pequena janela do quarto ao perceber que a lua voltara a aparecer. Não conseguia lembrar quando foi a última vez que vira uma lua cheia tão grande como aquela. A forte luz que brilhava nas águas escuras só deixava a vista dali mais incrível. Se realmente tinha que ficar isolada para a purificação aquele definitivamente era o melhor lugar. Tudo que se ouvia naquela região era o som das ondas do mar batendo nas rochas. Yuki gostava, mas não escutava mais nada há dias e já estava começando a se irritar.
Um dos sacerdotes acabara de deixar sua refeição, mas ela nem conseguiu tocar na comida. Não conseguia parar de pensar na sua irmã, que não via há dias. Se Miya estivesse ali provavelmente iria obriga-la a comer, mas não tirava da cabeça as palavras de seu pai. “O futuro da nossa comunidade agora depende inteiramente de vocês, esse será o destino das duas.” Seu pai era o Sacerdote Chefe da vila, e ele próprio um Remanescente. Ele havia realizado o Ritual do Sacrifício com seu irmão gêmeo há quase 25 anos e ele mesmo tivera a ideia de oferecer as filhas para o próximo, após o ritual dos irmãos Miura ter fracassado. Para ele e para quase todos da vila era uma honra. Uma glória eterna para a família. Mas Yuki e Miya Kimura pensavam diferente. Yuki achava extremamente cruel e desnecessário e nunca iria conseguir estrangular a própria irmã.
O novo ritual era dentro de apenas alguns minutos, mas Yuki e Miya tinham armado um plano com o irmão Miura Remanescente. Akira Miura havia orientado as irmãs que quando fossem ser levadas para o ritual elas deveriam correr o mais rápido que puder até o Grande Carvalho, que ficava ao sul da vila. Lá ele iria deixar as irmãs aos cuidados do seu amigo folclorista da cidade, que concordou em ajudar. Akira foi tomado por uma profunda angústia após ter estrangulado seu irmão gêmeo no Ritual do Sacrifício anterior e não queria aquele mesmo destino para suas amigas Yuki e Miya. Yuki sabia que aquele era o único jeito. Não queria mais fazer parte daquele lugar. Teria que se despedir de todos para sempre e iniciar uma nova vida com sua irmã.
Yuki vestiu o quimono branco que havia sido deixado para ela pela manhã e esperou. O Senhor Kimura, pai de Yuki, destrancou a porta minutos depois e entrou no quarto. Yuki pôde ver os Sacerdotes Velados do lado de fora, alguns seguravam tochas e outros carregavam varais budistas de metal.
-Está pronta, minha criança? – disse o pai de Yuki, quebrando o silêncio.
Ela apenas o encarou com seus olhos negros, deixando seu medo transparente. Seu pai forçou um sorriso cínico e estendeu a mão para ela. Como ele podia deixar a filha nessa situação? Como ele podia obrigar que sua própria filha estrangulasse a irmã em um ritual sem sentido? Yuki naquele momento desejou que seu pai estivesse morto.
- As Trevas não irão tolerar outro ritual fracassado. Nós precisamos de vocês – disse com calma.
Yuki nunca entendeu o que seu pai queria dizer com essas tais “Trevas”. Ele também costumava dizer às filhas que gêmeos tinham um poder espiritual muito grande e que elas um dia, assim como ele, iriam participar de uma cerimônia importante.
Yuki andou em direção aos sacerdotes, deixando seu pai com a mão estendida. Os sacerdotes usavam um manto todo preto com apenas um cinto de corda vermelho, o que era incomum para sacerdotes tradicionais. Porém o que era mais incomum era o véu que encobria seus rostos completamente. Yuki não entendia para o que servia aquilo e esperou o sinal de Akira, enquanto seu pai andava em sua direção.
De repente um forte estrondo rugiu. Os sacerdotes olharam surpresos para o clarão. Yuki soube imediatamente que Akira havia conseguido explodir alguma coisa e sabia que aquela era sua única chance. Então, ela começou a correr rapidamente para o sul da vila com seu coração quase escapando pela boca. Ela olhou para trás e viu seu pai gritar alguma coisa, enquanto apontava furioso para ela. Imediatamente vários sacerdotes arrancaram o véu do rosto e correram atrás dela. O local todo estava muito escuro e talvez fosse fácil despista-los. Yuki iria encontrar com Miya no Grande Carvalho se tudo tivesse dado certo pra ela.
Yuki começou a atravessar a ponte de madeira que separava os participantes do ritual do resto da vila. Ela rapidamente pulou o guarda-corpo e se pendurou para fora segurando nas tábuas de madeira. Os sacerdotes cruzaram a ponte sem perceber Yuki e entraram na vila. Ela fez força nas mãos, subiu de volta e foi na outra direção.
Yuki viu Miya de costas para ela aos pés do Grande Carvalho e a chamou. Miya virou-se e pareceu que Yuki estava diante de um grande espelho. Além de gêmeas, Miya parecia ter a mesma expressão doce e suave no rosto. Apesar de ser mais nova Miya sempre cuidou de sua irmã, as vezes quase sendo uma segunda mãe. As duas irmãs se abraçaram forte.
-Você está bem, irmã? – disse Yuki enquanto uma lágrima escorria do seu rosto até cair no ombro de Miya.
-Estou... – Miya olhou para a irmã e continuou – Akira foi capturado, eles o descobriram. Ele disse que o amigo folclorista da cidade estará a nossa espera à beira do lago. Temos que ir pra lá rápido!
-Vocês estão cientes do erro que estão cometendo?
Yuki e Miya gelaram ao verem o Senhor Kimura diante delas e vários sacerdotes atrás dele carregando tochas. As duas começaram a correr rapidamente, adentrando a floresta.
-Peguem-nas! – gritou o Senhor Kimura para os sacerdotes. Eles prontamente obedeceram as ordens e começaram a perseguir as garotas.
Miya era mais ágil e estava deixando Yuki para trás. A floresta era muito densa e nenhuma das duas conseguia enxergar mais que um palmo à frente. Yuki virou-se e viu a luz das chamas das tochas dos sacerdotes se aproximar.
-Miya! Espera! Não me deixa para trás!
-Vem rápido! – virou-se para Yuki enquanto corria.
Miya mesmo assim apressou o passo enquanto tentava lembrar qual era o caminho do lago, mas estava muito escuro... E silencioso de repente. Não conseguia mais ouvir Yuki ofegante. Miya parou e virou-se. Sua irmã não estava mais lá, não tinha mais ninguém.
-Yuki?! Yuki!
Miya começou a tremer, voltou um pouco pelo lado que veio, mas não havia sinal algum de Yuki.
Yuki estava a poucos metros dali e pôde ouvir sua irmã. Ela tentou gritar de volta, mas sua voz não saiu ao virar-se e dar de cara com os sacerdotes. Ela tentou recuar, mas os sacerdotes a agarraram. Ela se debateu com fúria e tentou chuta-los, mas eles começaram a leva-la de volta a vila. Yuki viu alguns sacerdotes irem atrás de Miya.
Yuki foi levada até a casa de um dos moradores. Ela sentou no chão quase soluçando enquanto ouvia os sacerdotes e residentes da vila ao seu redor tentando decidir como eles realizariam o ritual agora. Seu pai estava entre eles.
-Não temos mais tempo, Miya não voltará! O ritual deve ser realizado hoje ou as Trevas reinarão sob nossa comunidade! – disse o Sacerdote Chefe, o Senhor Kimura.
-Pai, por favor... Não faz isso! – Yuki soluçou.
O Senhor Kimura curvou-se para Yuki e limpou suas lágrimas do rosto.
-Não chore, minha criança. Há sacrifícios que devem ser feitos para um bem maior.
Yuki não percebeu nenhuma emoção na frase dele. Ela e sua irmã haviam sido criadas por seu pai com mãos de ferro. Ele sempre fora severo e duro, mas ela não imaginaria que um dia iria implorar por sua vida a ele. O Senhor Kimura ordenou que levassem Yuki até o Abismo Oco.
Yuki andou no meio dos Sacerdotes Velados até uma parte da vila onde nunca tinha ido antes. Ela viu uma corda improvisada amarrada em uma parte de madeira do telhado de uma casa próxima. A ponta da corda estava atada de modo a formar um
círculo, onde sua cabeça podia entrar facilmente. Yuki sentiu um frio maior percorrer sua espinha ao ver o Abismo Oco. Era um enorme buraco que estranhamente formava um quadrado perfeito de mais ou menos 8 metros em cada lado e com a lua cheia posicionada exatamente em cima. Yuki foi guiada até a corda, enquanto os sacerdotes começaram a rodear o abismo. Ela, a essa altura, já não acreditava mais que sua irmã voltaria para salva-la.
Miya finalmente havia achado o caminho de volta à vila. Tinha que salvar sua irmã. As duas eram unha e carne. Miya nos últimos dias tinha pensado como seria viver sem sua irmã e não conseguia suportar a ideia. A amava tanto que podia facilmente abandonar seu povo e não voltar nunca mais. Aquele ritual era sádico. Cruel. Desumano. Akira havia dito que para apaziguar as Trevas era preciso de jovens gêmeos idênticos. Ele mencionara que a energia liberada quando o irmão mais velho estrangulava o mais novo era tão forte que o povo da vila acreditava que era suficiente para acalmar as Trevas que viviam no Abismo Oco. Miya tentou afastar os pensamentos ruins e continuou correndo na esperança de encontrar o local do sacrifício.
O Senhor Kimura passou a corda sobre a cabeça de Yuki e em seguida apertou o nó no pescoço. Ela se equilibrava em pé em cima do corrimão da varanda no segundo andar da casa com as mãos atadas.
-Chegou a hora, filha – disse o Senhor Kimura antes de dar um beijo no rosto dela.
O Senhor Kimura a empurrou forte. Yuki gritou ao cair da varanda, seu corpo ficou suspenso pela corda em volta de seu pescoço. Ela começou a agitar as pernas histericamente e tentou soltar as mãos, mas nem sequer conseguia chorar mais. A corda balançava o tempo todo e seu corpo girava enquanto ela tentava desesperadamente respirar. Então Yuki começou a sentir sua visão escurecer, suas pernas vagarosamente acalmaram e a última coisa que pensou foi por que Miya não havia voltado por ela.
Após cortarem a corda, o corpo de Yuki foi levado pelos sacerdotes até a beira do abismo. O Senhor Kimura conduziu o processo de perto, enquanto alguns moradores murmuravam preces. Dois sacerdotes levantaram o corpo de Yuki e o mergulharam na escuridão infinita que habitava aquele lugar.
Miya atravessou a ponte de madeira em busca de Yuki quando de repente ouviu um estrondo enorme. Ela sentiu o chão tremer e ouviu um forte zumbido no ouvido. Miya seguiu o barulho até um grande portão no lado norte da vila. Ela viu alguns moradores e sacerdotes correrem desesperados para fora, gritando de pavor. Eles nem pareceram nota-la, só estavam preocupados em fugir dali.
Miya adentrou o local confusa e viu o Abismo Oco. O zumbido parara e o lugar parecia estar vazio. A lua encoberta pelas nuvens deixava tudo mais escuro. Miya andou em direção ao buraco quando de repente um relâmpago iluminou tudo. Vários corpos mutilados estavam espalhados em volta da área toda. Sacerdotes e moradores jaziam banhados em sangue. Miya gritou, recuando para trás e tropeçou. Ela virou e viu seu pai engasgando sangue na sua frente. Ele tentou dizer algo para ela, mas foi interrompido quando seu pescoço girou sozinho para o lado rapidamente. Miya gelou ao ouvir o estalo dos ossos. Ela rapidamente se levantou e ouviu uma risadinha.
Miya virou-se e deu de cara com Yuki de cabeça abaixada, em pé, à beira do abismo. Seu quimono branco estava encharcado de sangue. Yuki levantou seus longos cabelos negros expondo uma terrível marca vermelha em volta do pescoço e começou a gargalhar. Os risos agudos eram assustadores, não pareciam ser humanos. Miya percebeu que aquela não era mais sua irmã e sentiu uma forte onda de medo percorrer seu corpo. Ela virou-se rapidamente preparada para sair, mas de repente os risos cessaram. Então, Yuki apareceu de frente para Miya de repente. Ela caiu para trás e se pôs a recuar.
-Você vai me deixar de novo? – Yuki sussurrou numa voz medonha enquanto se aproximava rápido de Miya – Você vai me deixar pra trás de novo, irmã? Você deveria ter cuidado de mim – Yuki riu.

Miya gaguejou, mas não conseguiu dizer uma palavra. Ela virou-se para o abismo e viu uma onda negra de escuridão engolir toda a vila. Virou de volta para o que um dia foi sua irmã e, a última coisa que viu foram seus enormes olhos negros tomados pelas Trevas.

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