quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Mas afinal, o que é um patuá?

Para quem quer algo mais personalizado, faça um Patuá, feito com muito pensamento positivo, amor, confiança, para que ele realmente te proteja e atraia as coisas boas, afastando o azar e o mau-olhado. O Patuá não é um talismã, já que você pode fazer um talismã e colocar dentro do Patuá.
A cor do saquinho e a cor da linha para costurá-lo vai depender da sua finalidade.

Escolha:

UTILIDADE ------------------------------------- PANO
Paz, amor, sorte------------------------------- Branco
Lado afetivo e sexual------------------------- Vermelho
Amor-------------------------------------------- Azul
Conquistas ------------------------------------- Verde
Afasta feitiços, bruxarias, mau-olhado ---- Preto
Saúde ------------------------------------------- Laranja
Determinação, persistência e coragem ----- Marrom

Todas devem ser costurada com linha da mesma cor do pano, MENOS O VERDE, que deve ser costurado com a linha Branca para fechar as boas energias dentro do saquinho.

Mas o que colocar dentro do saquinho? Você é quem vai escolher. Podem ser talismãs (figa, gato da sorte, olho grego, ferradura, imagem de Buda...) ou amuletos (plantas,pimentas, ervas, cristais...)
O patuá é um objeto consagrado que traz em si o axé, a forçam mágica do Orixá, do santo católico ou guia de luz, a quem ele é consagrado.
Entre os católicos já era hábito utilizar um objeto ou fragmento que houvesse pertencido a um santo ou a um papa, até mesmo fragmentos de ossos de um mártir ou lascas de uma suposta cruz que teria sido a da crucifixação de Jesus. Até mesmo terra, que era trazida pelos cruzados que voltavam da Terra Santa e que a utilizavam nesses relicários, considerados poderosos amuletos, que deveriam atrair bons fluidos e proteger dos infortúnios. Estes eram chamados de relicários. O nome relicário é originário do latim relicare-religar, que acabou formando a palavra relíquia.
Logo o clero percebeu que não poderia impedir o uso dos patuás pelos negros, que os tiravam antes de entrar na igreja, mas voltavam a usá-los ao afastar-se dela. Decidiram, então, substituir os patuás africanos, que traziam trechos do Alcorão, por outro que trazia orações católicas, medalhas sagradas, agnus dei, etc.
Com a formação dos primeiros templos de Umbanda e a possibilidade de um contato mais direto com diversas entidades espirituais, as pessoas que buscavam proteção começaram a encontrar nesses objetos sagrados um apoio (era algo material que continha a força mágica vibratória sempre consigo). A partir de então, as entidades passaram a orientar sua elaboração, indicando quais objetos seriam incluídos na confecção do patuá e como se deveria proceder com eles para que recebessem o seu axé, ou seja, a força mágica.
Na verdade, a procura do patuá ou talismã é feita principalmente por quem se sente inseguro e conseqüentemente necessitado de maior proteção.
Os componentes mais utilizados para a confecção dos patuás são os seguintes:
·        figas de guiné
·        cavalos marinhos
·        olho de lobo
·        estrelas de Salomão
·        estrelas da guia
·        cruz de caravaca
·        couro de lobo
·        pêlo de lobo
·        Santo Antonio de Guiné
·        imagens de Exu e Pomba-Gira
·        pontos diversos, orações
·        sementes variadas
·        imãs
 
Não podemos esquecer que esses componentes singelos não têm valor se não forem preparados pelas entidades incorporantes. Somente estas podem dar o axé do patuá.
Como preparar um patuá?
A pessoa reúne os componentes solicitados pela entidade e os leva ao terreiro. Quando forem cantados os pontos para as entidades e os de defumação, deve descobri-los, defumando-os.
Quando a entidade estiver incorporada, a pessoa apresenta-lhe os objetos para que ela lhe dê a benção.
Anexos, a pessoa deve levar o nome por extenso, a data de nascimento e outras informações que digam respeito a quem vai usá-lo que vai usá-lo (se possível, o nome do Orixá que rege o destino da pessoa, etc.). A entidade manifestada fará então o chamado “cruzamento” dos objetos, seguindo a ordem em que os pediu.
Após o cruzamento (ou benção) da entidade, os objetos são envolvidos em um pequeno saquinho preparado para recebê-los e entregues ao consulente, que deverá pegá-lo pela primeira vez com a mão direita e levá-lo à altura do coração por algum tempo. Se for possível, deve transportá-lo de preferência junto ao coração.

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