domingo, 2 de setembro de 2012

Experiências no Leito da Morte

No prefácio do seu livro “Vozes à beira da eternidade” John Meyers diz: “A morte é um assunto que ninguém pode abordar de ânimo leve. É demasiado final. A beleza, a honra, a riqueza, o poder terreno, as esperanças e os sonhos, tudo isso é engolido por essa finalidade. O homem nasceu de punhos  fechados; êle morre com êles bem abertos. Ao começar a vida, deseja abarcar tudo; ao deixar o mundo, tudo quanto possuia lhe escapou. Mas não é tanto a  própria morte, mas sim o mistério do que existe para além dessa porta fechada, o que tem preocupado a humanidade desde sempre… O testemunho deste livro é que milhares de pessoas – tanto crentes como descrentes – mesmo à beira da eternidade, apanhadas na mais dramática de todas as experiências da vida, puderam ver com toda a clareza para além da sepultura. O que essas pessoas viram e sentiram, não só constitui evidência do facto da imortalidade do homem, mas responde também a muitas perguntas deveras pertinentes, que hoje em dia perturbam as mentes das pessoas pensantes. Refiro-me a perguntas como a exactidão do que a Bíblia afirma sôbre a vida depois da morte… A leitura deste livro será o nascer da esperança – essa sensação gloriosa de objectividade e destino como a única coisa que pode desafiar a garra mortífera do materialismo, que ameaça mergulhar a nossa geração na loucura de uma vida espiritualmente vasia e sem finalidade.”
O que segue são alguns trechos resumidos tirados deste livro, publicado pela primeira vez pelo autor em 1968. A êste artigo foram acrescentados pormenores biográficos de personalidades bem conhecidas, bem assim como uma discussão final sôbre o significado profundo da morte espiatória de Cristo.

Graves Acusações do Deísta Voltaire

O escritor e filósofo francês Voltaire (1694-1778), era um deísta. Êle acreditava na existência de um ser supremo vindo do raciocínio e não da revelação. Opunha-se acerbamente às crenças cristãs, e dizia que os evangelhos eram uma invenção e que Jesus não existia.Voltaire troçou de Deus dizendo que Êle é um comediante que actua para uma audiência demasiado cheia de mêdo para rir. Para êle, religião era um fenómeno  social. Favorecia a liberdade religiosa numa  sociedade com muitas religiões. Afirmava que uma religião conduziria ao despotismo;  e que, quando há apenas duas religiões, as pessoas cortariam o pescoço umas às outras. Mas que, quando há muitas  religiões, elas são felizes e vivem juntas em paz. No que lhe dizia respeito, o Cristianismo era um fenómeno prestes a desaparecer: “Cem anos a partir de agora, não haverá uma Bíblia na Terra, além de alguma que um curioso por antiguidades possa procurar.” Voltaire  faleceu  há 228 anos, em 1778.
Quando Voltaire se apercebeu do ataque que lhe tiraria a vida, encheu-se de remorsos. Pediu imediatamente um padre, e desejou reconciliar-se com a igreja. Os seus aduladores agnósticos apressaram-se a ir ao seu quarto, para tentarem evitar que tal acontecesse, mas apenas sentiram a ignomínia do filósofo e a sua própria. Com a sua miséria aumentada pela sua presença, Voltaire amaldiçoou-os, e exclamou em  alta voz: “Ide-vos! Fosteis vós que me conduzistes à minha presente condição. Que desgraçada glória esta, que produzistes para mim!”
Voltaire sentia-se tão torturado por tal agonia, que rangia os dentes numa raiva impotente contra Deus e os homens. Houve alturas em que bradava: “Ó Cristo, Ó Senhor Jesus!” E mais tarde: “Devo morrer, abandonado por Deus e pelos homens!” À medida que o fim se aproximava, o seu estado tornou-se tão horroroso,  que os  aduladores tinham mêdo de se aproximar da sua cama. Mas guardavam a porta  para que outros não pudessem ver quão terrível era a morte de um inimigo de Deus. Até a sua enfermeira não aguentou a horrosa cena. E foi êste o fim de vida de um homem de elevado intelecto, de excelente educação, de grande riqueza e muita honraria terrena – mas sem Deus.

Darwin Rejeita a Mentira da Evolução

Pode surpreender muitos estudantes da evolução, saberem que, nos últimos dias da sua vida, Charles Darwin rejeitou a teoria enganadora da evolução, e voltou à sua fé na Bíblia, incluindo a descrição bíblica da Criação. O que segue são  palavras de Lady Hope de Northfield, Inglaterra, uma maravilhosa senhora cristã que esteve muitas vezes à beira da sua cama antes do filósofo morrer:
Foi numa dessas gloriosas tardes de outono que por vezes gozamos na Inglaterra, que me pediram para entrar e fazer companhia a Charles Darwin. Êle estava sentado na cama rodeado de almofadas e olhava fixamente para um quadro distante de bosques e campos de milho que brilhavam à luz de um sol-pôr maravilhoso através da janela.
Quando entrei no quarto, o seu semblante iluminou-se de prazer. Na mão segurava uma Bíblia aberta, que estava sempre a estudar. Perguntei-lhe: “O que está a ler agora?” e êle respondeu “Hebreus.” “Chamo-lhe o livro real.” A seguir, apontando para certas passagens, comentou sôbre as mesmas. Eu fiz-lhe algumas referências às fortes opiniões expressas por muitos sôbre a história da Criação e depois ao tratamento por êles dos capítulos mais antigos do livro de Génesis. Pareceu-me perturbado, com os dedos em convulsões nervosas e um olhar de agonia na face, dizendo: “Eu era um jóvem de ideias não-formadas. Fiz perguntas e sugestões, maravilhando-me sempre  àcerca de tudo. Para meu espanto, as minhas ideias espalharam-se como fôgo e as pessoas fizeram delas uma religião.” A seguir fez uma pausa e depois de mais algumas frases àcerca da santidade de Deus e da grandiosidade do Livro, disse, olhando amorosamente a Bíblia que segurava contìnuamente: “Tenho um pavilhão de verão no jardim, com lugar para  cêrca  de trinta pessoas. Desejo muito  que pregues lá. Eu sei que lês a Bíblia nas aldeias. Amanhã à tarde, gostaria  que os criados do pavilhão e alguns hóspedes e visinhos se juntassem ali. Podes falar-lhes?”
Perguntei-lhe, “De que lhes devo falar?” “De Cristo Jesus” – respondeu em voz clara e enfática. “E da Sua salvação; não  é êsse o melhor tema? Depois quero que cantes alguns hinos com êles. Tu diriges com o teu pequeno instrumento, não é?” Nunca esquecerei o olhar brilhante na sua cara ao dizer isto, pois acrescentou “se a tua reunião fôr às três horas, esta janela estará aberta e saberás que estou a cantar convosco.”
O Dr. Oswald Smith, comentando esta cena disse: “Houve alguma vez cena  mais dramática? A própria essência da tragédia é-nos  revelada aqui! Darwin entusiasmado com a Bíblia, falando da grandiosidade dêste Livro, lembrando-se dêsse movimento evolucionário moderno da teologia, que, ligado a um criticismo céptico, destruiu a fé bíblica em multidões. Darwin, com um olhar cheio de agonia, deplorando tudo aquilo e afirmando ‘eu era um jóvem de ideias não-formadas.’ Que  crítica espantosa! As ‘ideias não-formadas’ do jóvem Darwin, são hoje a base da teologia moderna!”
Mas Darwin escapou à escuridão da decepção espiritual, enquanto havia aínda tempo para o arrependimento!

Cena de David Hume no Leito da Morte

David Hume, o historiador e filósofo deísta, publicou um livro, Religião Natural, em que fez os maiores esforços no sentido de desacreditar a religião Cristã. A maior parte do seu tempo esteve em França, onde encontrou muitos espíritos semelhantes ao seu, tão vis e depravados como êle próprio. Morreu em Edimburgo  com 65 anos. No seu livro O Cristianismo e a infidelidade, E.P. Goodwin revelou Hume como desonesto, indecente e propagador da imoralidade.
Uma governanta descreveu os últimos dias antes da sua morte da seguinte maneira: “Quando os amigos do senhor Hume estavam com êle, êle estava alegre e parecia preocupar-se pouco com o destino  que se aproximava. Mas quando estava só, a cena era muito diferente – não havia nêle compostura alguma. A sua agitação mental era de tal ordem, que por vezes fazia tremer toda a cama. E não permitia que lhe apagassem as velas durante a noite nem que o deixassem sòzinho por um minuto. Eu tinha sempre de tocar a campaínha a chamar um dos criados para lhe fazer companhia, antes que êle me permitisse sair do quarto. O seu sono era perturbado, e mais perturbado aínda o acordar. Os remorsos e o mêdo na sua expressão continuavam, e aumentavam até perder a consciência. Êle nem tinha Deus nem tinha esperança. 

Miguel Ângelo

Num curto testemunho, o grande pintor e escultor italiano escreveu: “Entrego a minha alma a Deus, o meu corpo à terra e  os meus bens à minha família mais próxima. Môrro na fé de Jesus Cristo, e na firme esperança de uma vida melhor.” As suas últimas palavras foram: “Pela vida fora, lembrai-vos dos sofrimentos de Jesus.”

Passagem Fácil Para o Inferno

O marido de uma espírita adoeceu. Êle tinha tal ódio à causa de Cristo, que pedira com antecedência que não levassem o seu corpo para a igreja para um serviço funerário e que pastor algum falasse na altura do entêrro. A esposa viu que o seu espírito estava perturbado, e tentou confortá-lo dizendo-lhe que o seu espírito voltaria para ela, e que poderiam conversar como no momento. Mas esta atitude não lhe deu qualquer confôrto na hora terrível. Com um olhar de desespêro disse: “Vejo uma parede grande e elevada levantar-se à minha volta, e compreendo finalmente – já tarde – que é mais fácil entrar no inferno do que sair depois dêle.” Pouco depois o seu espírito partiu dêste mundo para receber a recompensa da injustiça.

O Esplendor do Céu

Um jóvem missionário David Appleby relatou no leito da morte, como tinha sido chamado ao céu. Disse: -- “Lá no céu estão a chamar, a chamar, a chamar!” Êle viu o esplendor do céu e exclamou maravilhado: -- “Não sabia que podia ser tão belo. Está tudo bem com a minha alma!”

Dôce Visão dos Portais de Ouro

Quando Lillian Lee, de 10 anos, estava à beira da morte falou assim ao pai: “Ó paizinho, que bela cena! Os portões dourados estão abertos, e multidões de crianças saiem por êles! Oh, que multidões!” Mais tarde gritou: “Elas correm para mim e beijam-me e chamam-me por um novo nome. Não me lembro do nome.” Depois olhou para cima, de olhar sonhador e disse, apenas num susurro: “Sim, sim, eu venho, eu venho.”

Oh, Ao Fim e Ao Cabo Perdi-me!

Certo dia, um médico visitou um  jóvem que estava doente. Depois de  o examinar, disse-lhe que  tinha muito pouco tempo de vida, e o jóvem ficou atónito. Êle tinha-se esquecido que, muitas vezes, a morte vem “num momento em  que não a esperamos.” Pouco depois olhou para o médico e, com um olhar de verdadeiro desespêro disse: “No fim de contas, perdi-me!”
“O que é que perdeste?” perguntou-lhe o bondoso médico. “Doutor, eu perdi a salvação da minha alma.” “Oh, não  digas isso – não é assim. Lembras-te do ladrão na cruz?” perguntou-lhe o médico. “Sim, lembro-me do ladrão na cruz e lembro-me que êle nunca disse ao Espírito Santo ‘Vai-te embora!’ Mas eu disse-o. E  agora é Êle que me diz também ‘segue o teu caminho!”
Depois, olhando para cima com um olhar estático e vago declarou: “Há algum tempo atràs, acordei ansioso sôbre o estado da minha alma. Mas não quiz ser salvo nessa altura. E algo parecia dizer-me ‘não deixes para mais tarde, assegura-te da tua salvação’. Mas disse cá para comigo ‘vou esperar um pouco’. Eu sabia que não devia esperar, que eu era um grande pecador que  precisava de um Salvador. No entanto resolvi pôr de lado o assunto e pensar nisso numa altura mais favorável. E discuti, resisti e insultei o Espírito Santo. Nunca pensei chegar a esta situação. Queria garantir a minha salvação, mas agora perdi-a”. 
“Lembras-te” – disse-lhe o médico – “que houve algumas pessoas que chegaram à última hora?” Mas isto não confortou o doente. “A minha  última hora foi quando ouvi aquele chamamento do Espírito Santo. Daí para cá nunca mais ouvi tal chamamento, nem ouvirei mais. Estou entregue à perdição. Oh, perdi-me! Vendi a minha alma por nada – por uma pena, por uma palha! Agora estou perdido para sempre.” Então escondeu a cara nas almofadas e exclamou mais uma vez em horror e agonia: “Oh, no fim de tudo perdi-me!” E expirou.
Agora, é a altura certa! “Portanto, como diz o Espírito Santo: Hoje, se ouvirdes a Sua voz, não endureçais os vossos corações” (Hebreus 3:7-8).

A Experiência de Um Jóvem Crente

Augustus M. Toplady faleceu em Londres com a idade de 38 anos. Êle foi o autor destas palavras imortais:
            Rock of ages, cleft for me,
            Let me hide myself in Thee;
            Let the water and the blood,
            From Thy wounded side which flowed,
            Be of sin the double cure –
            Save from wrath and make me pure.
Êle tinha tudo quanto lhe podia fazer a vida desejável. No entanto, quando a morte estava perto, a sua alma exultava de alegria: “Dizia ‘a doença não é aflição, a dôr não é maldição, a própria morte não é dissolução; no entanto, como esta minha alma anseia por partir, como um pássaro anseia por sair da gaiola e voar! Se eu tivesse asas como uma pomba, então poderia voar para o seio de Deus e descansar para sempre.”
Cêrca de uma hora antes de falecer, parecia ter saído de um sonho leve e suave. “Oh, que deleites! Quem poderá imaginar as alegrias do céu? Que sol brilhante se espalha à minha volta! Não tenho palavras para o descrever. Sei que já não falta muito para o meu Salvador me vir buscar… por certo depois das glórias que Deus mostrou à minha alma! Tudo é luz, luz, luz! – O brilho da Sua própria glória! Ó vem Senhor Jesus, vem depressa!”
Depois cerrou os olhos, o seu espírito partindo para Cristo, o corpo adormecendo para acordar com outros da mesma preciosa fé, no grande dia em que o Senhor Jesus vai ser  revelado vindo do céu “para ser glorificado nos Seus santos e admirado entre todos os que acreditam.” (2 Tessalon. 1:10).

Vinde Para Aqui!

Quando Clement Brown  estava para morrer, apontou com o dedo e disse: “Vejo um, dois, três, quatro, cinco anjos à espera, prestes a falar. Vejo-os tão bem como te vejo a ti Hester! Como gostava que os pudesses ver! Lindamente vestidos de branco, chamam-me, e Jesus diz-me vem!”

Cena na Morte de Um Homen Rico

Certo homem rico passou a vida a juntar fortuna, sem ligar importância à salvação da alma. Quando a morte lhe sobreveio, a sua fortuna não lhe deu satisfação. Mostrou enorme angústia ao compreender por completo que tinha passado a vida a juntar riquezas sem pensar na alma. À beira da morte chamou o cunhado para orar por si. O cunhado orou em voz alta e pediu clemência convictamente, mas o coração endurecido e materialista do homem não foi movido pela oração. Desejava o perdão mas não o podia encontrar.
Um pouco mais tarde o filho entrou no quarto do moribundo e disse-lhe: “Pai, que instruções desejas dar em relação à propriedade?” O moribundo respondeu: “Passei a vida a juntar bens e dinheiro, mas não posso levar comigo nem um dólar. Os bens nada valem – o que eu desejo é compaixão.” E assim morreu, a pedir compaixão a Deus, embora não tenha deixado prova de a ter recebido.
“Procurai o Senhor enquanto Êle pode ser encontrado. Pedi-Lhe quando está perto” (Isaías 55:6). “Lembrai-vos do vosso Criador nos dias da vossa juventude…” (Eclesiastes 12:1) “Como escaparemos se despresarmos tão grande salvação?”  (Hebreus 2:3).

Estendendo a Mão Para o Reino de Deus

Um ex-governador de Massachusetts, John Brooks, proferiu as seguintes palavras prestes a morrer: “Não vejo algo de terrível na morte. Ao olhar para o futuro, não tenho qualquer receio, pois sei bem em quem acreditei. Olho a minha vida passada com humildade e tenho consciência das minhas imperfeições, mas agora descanso a minha alma na compaixão do meu Criador através do único mediador, o Seu Filho nosso Senhor Jesus Cristo. Oh, que  motivo de esperança na frase do Apóstolo, que Deus está a reconciliar Consigo em Cristo o mundo pecador, não lhe imputando os seus trespasses” (2 Coríntios 5:19). Depois, estendendo  a mão, perguntaram-lhe o que procurava estendendo a mão. E êle murmurou: “Um reino” – e expirou.

Uma Visão Da Cidade Santa

Carrie Carmen estava às portas da morte mas perfeitamente consciente. De súbito olhou para cima e viu extasiada anjos e  parentes amados já falecidos e a Cidade Santa, e exclamou: “Lindo, lindo, lindo! Oh! São tão belos e cantam as canções mais dôces que jàmais ouvi…! Vejo a Cidade Santa, medida com a vara com comprimento, largura e altura iguais, e com o tôpo chegando aos céus! É tão belo; não vos posso explicar como tudo é esplêndido.”
Depois disse: “Devo passar pelo vale da sombra da morte.” Falou também da solitude do marido, orando para que lhe fôsse concedida graça para aguentar a sua perda, e a fôrça necessária para sair e procurar salvar almas. O casal estivera a fazer preparativos para entrar em breve no ministério. Orou também pelos pais para que pudessem formar uma ligação inquebrantável na bela cidade.
Depois Carrie levantou os olhos mais um vez e disse: “Oh, tirai-me desta cama.” O marido disse que ela queria ser tirada da cama, mas o pai redarguiu “que ela estava a falar com os anjos.” Tendo-lhe perguntado se estava ela respondeu “Sim.” Então agradeceu ao médico a sua bondade e pediu-lhe para se encontrar consigo no céu. Fechou os olhos e parecia estar a ir-se devagarinho. O marido beijou-a com ternura. Ela pouco mais disse, mas orou de novo por si e pelos amigos. Com frequência olhava para cima e sorria, como se a visão fôsse muito bela.

Estou Nas Chamas – Tirai-me Daqui, Tirai-me Daqui!

Um agnóstico confesso morreu em Nova Iorque com a idade de 74 anos. Em certos aspectos era um bom visinho, mas era muito velhaco e troçava do Cristianismo. Cêrca de sete anos antes da sua morte, estivera presente a um serviço de reavivamento, e o Espírito de Deus trabalhou nêle, mas êle resistiu-Lhe até ao fim. Num  domingo depois disto, um prègador leigo no caminho para a igreja, passou pela casa do homem e viu-o de pé à porta. Convidou-o a ir consigo à igreja e êle respondeu-lhe: “Mostra-me um cabelo na palma da minha mão, e mostrar-te-ei um cristão.”
Quando êste homem foi ferido pela última doença, o prègador visitou-o com frequência, sentou-se à sua beira várias noites e esteve mesmo com êle até que faleceu.O agnóstico tinha  consciência do seu próximo fim e agora quando já era tarde, tinha também consciência dos terrores da sua condição de perdido. Houve uma altura em que disse: “Avisai o mundo que não viva uma vida como eu vivi e que escape à minha desgraça.” Quando o médico o visitava, gemia e demonstrava grande agonia. O médico perguntava-lhe porque gemia, se a sua doença não era dolorosa. E êle respondia: “Oh doutor, não é o corpo mas a alma que me apoquenta!”
Na noite da sua morte, o preocupado médico visitou de novo o doente, e como que sentiu uma horrível presença no quarto – como se estivesse perto da área dos  condenados. E o moribundo gritou: “Oh Deus, livra-me daquele pôço horrível!” Isto não foi uma oração penitente, mas sim o grito de uma alma perdida. Cêrca de um quarto de hora antes de morrer, êle exclamou: “Estou nas chamas, tirai-me daqui, tirai-me daqui!” E continuou a repetir o mesmo, mas as suas palavras tornavam-se cada vez mais fracas à medida que as fôrças o abandonavam. Por fim o prègador  baixou-se para apanhar os últimos murmúrios do doente, mas só pôde ouvir: -- “Tirai-me daqui, tirai-me daqui!”
“Então Êle dirá também àqueles à Sua esquerda, Afastai-vos de Mim vós amaldiçoados para o fôgo eterno preparado para o diabo e seus anjos… e êstes partirão para o castigo eterno… haverá chôro e ranger de dentes” (Mateus 25:41,46,30).

O Meu Coração Está Tão Duro

Um certo lavrador que adoecera com tuberculose, era um homem muito mau, e passara toda a vida a juntar riquezas. O pastor da Igreja Metodista local hesitava visitá-lo, por ser tão sem-Deus e tão hostil ao Evangelho. Disse um dia: “Estou à espera que se aproxime da morte, na esperança que então me permita falar-lhe sôbre a sua alma.” De facto, alguns dias antes da sua morte  o pastor visitou-o e falou-lhe da sua condição moral e espiritual.
A mente do lavrador estava em grandes trevas e cheia de descrença e o pastor conversou com êle com grande unção sôbre a salvação da sua alma, dizendo-lhe que pedisse a Deus compaixão em nome de Jesus. “Não posso!” Gritou. “Nunca mencionei o nome de Jesus a não ser quando o usava profanamente, e fiz isso todos estes anos. Tratei Cristo como um cão toda a minha vida e agora não me vai ouvir. Daria tudo quanto possuo só para sentir o que você diz sentir.”
O pastor disse-lhe que Deus não fazia diferença entre pessoas, e que nunca abandonava qualquer que Lhe viesse pedir perdão. O doente respondeu: “Não consigo ter qualquer sentimento. Que  posso fazer? O meu coração está tão duro!” Êle estava com mêdo de morrer sem fé em Deus, mas parecia não poder arrepender-se. Possuia todos os tesouros da terra mas, ao enfrentar a eternidade, tudo isso de nada lhe serviu.
Leitor – como é que está a tratar o Cristo de quem deve depender, se quizer ser salvo?

É Tarde de Mais!

Um jóvem que levava uma vida vil e pecadora, envolveu-se no crime e foi parar à prisão com a vida arruinada pelo álcool. A mãe visitou-o no hospital da cadeia pouco antes de morrer. Falou-lhe com brandura, mas êle gritou: “Agora é tarde! Agora é tarde! Estou a fazer-lhe, mãe, a única coisa boa de toda a minha vida. Estou a morrer, e já não terá que quebrar o coração por minha causa. A mãe não teve a culpa. Foi a maldita bebida que destruiu a minha vida e me trouxe até aqui. Agora é assassínio, mas a fôrca não me apanhará – Pouparei essa última desgraça ao nosso nome.” Depois encostou-se e morreu.
“O salário do pecado é a morte”  (Romanos 6:23).

Fui Apanhado

Oliver Cromwell disse: “O diabo está pronto para nos apanhar – e eu fui apanhado.”

Glória a Deus e ao Cordeiro Para Sempre

Ann Cutler era uma pessoa séria e de rigorosa moralidade, mas não compreendia a salvação através da fé no Senhor Jesus. Com a idade de 26 anos ouviu um prègador metodista explicar o caminho da salvação. Foi convencida do pecado e, desde então fez o possível por agradar a Deus. Dentro de pouco tempo recebeu perdão e a sua nova vida foi evidência dessa bênção. No entanto, passado algum tempo antes de Ann ter uma compreensão clara do seu próprio coração, embora mantivesse a certeza do perdão, tornou-se insensível à necessidade do amor perfeito. Depois de ouvir a doutrina da santificação, como segunda obra da graça, e de compreender que essa bênção deve ser recebida pela fé, ela pediu ao Senhor poder para acreditar. E a sua confiança aumentou ao ponto de poder dizer: “Jesus, vais-me lavar de toda a injustiça.”
Depois de ter recebido esta bênção, ela tornou-se uma pessoa humilde, dependendo inteiramente de Deus. A sua linguagem era: “Jesus, tu sabes que te amo com todo o meu coração. Preferia morrer a ofender o Espírito Santo. Oh, não tenho palavras para exprimir como amo Jesus!” Depois desta mudança, notou-se algo de notável na sua aparência… Havia nela um ar dôce e humilde, que muitas pessoas viram como um reflexo da natureza divina, que aumentou até ao dia da sua morte. Dedicou-se de corpo e alma a Deus, e tornou-se uma das colaboradoras de John Wesley em quem êle  tinha grande confiança.
Uns dias antes da sua morte Ann disse: “Jesus está prestes a levar-me para casa. Creio que em breve estarei liberta deste corpo de barro; e Oh! Que feliz me sentirei nessa altura, quando depuzer a minha corôa à Sua frente, decidida a honrá-lo, em  amor e adoração.” Ao expirar, Ann disse: “Vou morrer. Glória a Deus e ao Cordeiro para todo o sempre!”

Estão a Puxar-me Para Baixo!

Uma jóvem senhora que estava profundamente convicta do pecado, saiu de uma reunião de reavivamento para ir a um  baile preparado por um grupo de não-crentes para impedir a reunião. Apanhou uma forte constipação lá no baile, e não passou muito tempo estava à beira da morte. Quando um pastor local a visitou, ela repeliu os esforços do homem de Deus para a aconselhar, dizendo: “Senhor Rice, nunca a minha mente esteve tão clara! Digo hoje a todos que não desejo ser cristã. Preferia ir para o inferno que para o céu; não precisam manter as portas fechadas.”
“Mas Jennie, não queres ir para o inferno pois não?” Implorou o pastor. Ela começou a chorar e respondeu: “Não senhor Rice. Oh, quem me dera nunca ter nascido! Estou a sofrer agora as agonias dos perdidos! Se ao menos pudesse fugir de Deus – mas não, tenho de O ver sempre. Como O odeio! Não o posso evitar. Eu afastei o Seu Espírito do meu coração quando Êle o podia ter enchido com o Seu amor; e gora estou entregue à minha  vil natureza – entregue ao diabo para minha eterna destruição. A minha agonia é indizível! Como poderei aguentar as idades sem fim da eternidade? Oh! o pensamento horrível da eternidade!”
Quando o senhor Rice lhe perguntou como tinha chegado a tal situação, ela respondeu: “Foi naquela sexta feira à noite, no inverno passado, quando deliberadamente me afastei  daquela reunião para ir ao baile. Afastei de mim com toda a fôrça a voz do Espírito que me falava. Eu sabia que tinha feito algo de horrível mas, estava feito estava feito. Desde então não mais tive desejo de ser cristã, e tenho estado a descer cada vez mais para maior escuridão e desespêro. E agora a toda a minha volta e debaixo de mim, só vejo impenetráveis núvens de negrume. Oh, que horror!”  Depois, voltando-se para o senhor Rice acrescentou: “Agora vá-se embora! Não quero que ore por mim. Não quero ser atormentada pelo som da oração.”
Nessa noite chamou de novo o senhor Rice, e disse-lhe: “Quero que pregue no meu funeral. Avise todos os meus jóvens amigos… lembre-se de tudo quanto lhe disse e use-o.” O pastor mais uma vez lhe exprimiu o desejo que podia ser salva antes de morrer. E ela disse: “Ouça senhor Rice – não quero ouvir mais nada sôbre isso. Não quero ser atormentada por tais pensamentos. Encontro-me totalmente sem esperança, o meu tempo é curto, o meu destino está fixo eternamente. Estou a morrer sem esperança, por ter insultado tão profundamente o Espírito Santo. Simplesmente Êle agora deixou-me só, para mergulhar na noite eterna. Êle não podia continuar a aguentar mais comigo e reter a Sua divina honra e dignidade.” Pouco depois disto, a senhora começou a lutar na agonia da morte dizendo: “Oh! Salvai-me! Estão a puxar-me para baixo! Perdida! Perdida! Perdida!" A seguir murmurou as seguintes palavras: “Apertai-me, ó correntes da escuridão! Oh, se eu pudesse deixar de ser mas continuar a existir!”

Considerações De Um Moribundo

Um pastor disse um dia a um moribundo: “Se Deus lhe devolvesse a saúde, acha que alteraria o seu modo de vida?“ O homem respondeu: “Tomo o céu e a terra como testemunhas, que lutaria pela santidade como em breve vou lutar pela vida. Quanto às riquezas, ao prazer e ao aplauso dos homens, conto tudo isso como lixo. Oh, se o Juiz Justo me desse um pouco mais de tempo, em que espírito eu não passaria o resto dos meus dias! Não conheceria outro trabalho, não teria outra finalidade senão aperfeiçoar-me em santidade. O que quer que contribuisse para isso – toda a forma de graça, toda a oportunidade de crescimento espiritual – seriam mais preciosos para mim que todas as riquezas em ouro e prata. Mas, ai de mim! Porque é que me entrego a estas imaginações? As melhores resoluções são agora sem significado, porque chegam tarde demais!”
Esta foi a linguagem de profunda preocupação de uma pessoa que começava a olhar estas coisas à luz do mundo eterno, que ao fim e ao cabo é a verdadeira luz. Aqui, estamos sôbre os pequenos montículos da vida terrena, donde  não podemos ter uma visão clara daquele outro mundo. Mas o que será estarmos no tôpo da negra montanha da morte e olharmos à nossa volta – sabendo que, se os anjos não nos elevarem aos céus, teremos de saltar para o negrume da escuridão.

É Tudo Quanto Posso Desejar

No final da vida, Samuel Pierce disse: “Abençoado seja o nome  d’Aquele que derramou o Seu sangue por mim! Agora vejo completamente o valor da religião da cruz. É a religião para o pecador à beira da morte. É tudo quanto o mais culpado e desgraçado pode desejar.”

Entrego-me á Compaixão de Deus

William Pitt, antigo estadista inglês e Primeiro Conde de Chatham, disse: “Eu como outros homens, tenho desprezado demasiado os assuntos espirituais, para ter qualquer base de esperança que seja eficaz no leito da morte. Agora no  entanto, entrego-me à compaixão de Deus através dos méritos de Cristo.”

Adeus!

John Randon era um soldado britânico morto na batalha de Bunker Hill. Disse: -- “Há anjos luminosos de pé, à volta da relva em que estou deitado, prontos para me escoltarem  até aos braços de Jesus. Santos curvam-se e  mostram-me a minha coroa brilhante e chamam-me. Sim Jesus, chama-me! Adeus!

As Dores Dos Condenados

Ao morrer, o estadista francês Charles M. Talleyrand foi interrogado pelo Rei Luiz, que lhe perguntou como se sentia. Talleyrand respondeu: “Senhor, estou a sofrer as agonias dos condenados.”

Uma Alma Perturbada

O advogado agnóstico Clarence  Darrow sentia a alma perturbada no fim da vida, no leito da morte. Pediu ao ajudante do cartório: “Arranja-me três padres.” Quando estes chegaram, Darrow, que se ria pùblicamente das crenças bíblicas, declarou: “Meus senhores, durante a minha vida tenho falado e escrito muitas coisas contra Deus e as igrejas. Agora gostaria nunca o ter feito! Pois compreendo que é inteiramente possível ter estado enganado. Assim, gostaria de pedir um favor final – que cada um de vós interceda por mim junto do Todo Poderoso.”
Os padres oraram de facto por Clarence Darrow – e só esperamos que êle mesmo tenha orado a oração dos pecadores.

Uma Morte Horrível!

William Pope fôra em tempos membro da Igreja Metodista e, aparentemente estava salvo e era feliz. A esposa, cristã devota, tinha morrido triunfalmente. Mas depois da sua morte o zêlo de Pope pelas coisas de Deus diminuiu e, associando-se com hipócritas entrou em apostasia e caminhou a estrada da ruina espiritual. Os seus companheiros até afirmavam acreditar na redenção de diabos. William admirava-os, visitava tabernas com êles e no fim de contas tornou-se um verdadeiro bêbedo. Mais tarde fez-se discípulo de Thomas Paine, associando-se com uma série de deístas. Reuniam-se aos domingos para confirmar a sua infidelidade, e muitas vezes entretinham-se a atirar a Palavra de Deus ao chão jogando a bola com ela e pisando-a com os pés.
Um dia William adoeceu gravemente com tuberculose. O senhor Rhodes visitou-o e instou com êle para se arrepender e ter confiança no Salvador Todo Poderoso, tendo também orado por êle antes de o deixar. À noite William mandou chamar outra vez o senhor Rhodes, que o foi encontrar na maior das depressões, grande ansiedade e desespêro e se esforçou por o confortar e encorajar, contando-lhe casos em que Deus tinha salvo os maiores pecadores. Mas William respondeu-lhe: “Nenhum dos casos que mencionou se compara com o meu. Eu não tenho alguma contrição, não posso arrepender-me! Deus vai-me amaldiçoar! Sei que o dia da graça está perdido!”
O senhor Rhodes perguntou-lhe se alguma vez no passado tinha na realidade conhecido algo da compaixão e amor de Deus. “Oh, sim. Há muitos anos arrependi-me de verdade, procurei o Senhor e encontrei a felicidade e a paz. Mas voltei-Lhe as costas, trocei d’Êle e agora estou condenado para sempre! Sei que o dia da graça passou, passou  para não mais voltar. Não posso orar! O meu coração está muito endurecido. Não tenho desejo algum de receber qualquer bênção das mãos de Deus.” Depois gritou: “Oh, o inferno, o tormento, o fôgo que sinto dentro de mim! Oh, eternidade, eternidade! Viver para sempre com diabos e espíritos malditos no fôgo ardente deve ser o meu destino – e justo destino!”
William repetia muitas vezes e em voz alta os motivos da sua própria maldição: “Eu crucifiquei de novo o Filho de Deus e considerei o sangue do concêrto coisa impura! Oh, que vil e horrível blasfêmea contra o Espírito Santo eu sei ter cometido”. William foi ouvido muitas vezes exclamar: “Nada mais desejo que o inferno!  Anda cá diabo e leva-me!” Noutra ocasião afirmou: “Oh, que coisa terrível isto é ! Em tempos eu pude, mas não quiz. Agora quero e não posso!“ E declarou que quando se sentia melhor era a amaldiçoar. Morreu – sem Deus.

Foi-lhe Poupada a Vida

Um ateísta adoeceu e aproximava-se depressa da morte. Amigos seus, cristãos, oraram intensamente por êle, para que a sua mente visse a necessidade de um Salvador, mas as suas orações apenas receberam oposição. Um dos amigos visitou-o e explicou-lhe a importância de se preparar para enfrentar Deus. O doente zangou-se e disse que o amigo não se devia preocupar mais com a sua alma, pois Deus não existia, a Bíblia era uma fábula e quando se morre é o nosso fim. Não queria mesmo que orassem consigo.
Cêrca de quatro semanas mais tarde, os médicos disseram-lhe que possivelmente não viveria mais de duas horas, talvez mesmo nem uma. O seu amigo visitou-o de novo logo que soube da má notícia, e viu a sua face em agonia e a exclamar: “Oh, não estou pronto para morrer!  um Deus;  a Bíblia é verdadeira! Oh, ora por mim! Pede a Deus que me conceda mais uns dias até saber que estou salvo!”
Estas palavras foram proferidas com a mais intensa emoção, enquanto que o seu corpo estremecia em severa agonia de alma. O amigo disse-lhe que Jesus era um grande Salvador, capaz e desejoso de salvar todo aquele que viesse até Si mesmo à última hora, como aconteceu com o ladrão na cruz. Vários outros cristãos  juntaram-se a pedir a Deus que poupasse a vida do moribundo e lhe desse mais uns dias de vida.
Nessa mesma noite o doente sentiu-se mais forte que de manhã, resolveu o seu caso com Deus e recebeu a alegria do perdão divino. Na manhã seguinte, quando o amigo o visitou, a sua expressão revelava o facto que a paz e a alegria tinham substituido o medo e a ansiedade. Viveu mais cêrca de cinco dias, evidenciando claramente que tinha nascido de novo e tinha passado da morte para a vida. O seu caso foi um grande mistério para os médicos, pois não compreendiam como é que lhe tinha sido possível viver tanto tempo. No entanto, os que tinham  orado por êle sabiam bem que tudo tinha sido em resposta às suas orações.

Nada a Que se Agarrar

Um médico da Pennsylvania deu um livro sôbre a infidelidade a um dos seus doentes, e persuadiu-o a rejeitar o Salvador. Quando o doente tinha cêrca de 50 anos morreu.O professor infiel tinha sido o seu médico e à medida que o fim se aproximava dizia ao doente que morresse da mesma maneira que tinha vivido: rejeitando Deus e Cristo. Disse-lhe o médico: “Agarra-te a isso.” E o doente respondeu-lhe: “Sim, doutor, êsse é exactamente o meu problema – você não me deu nada a que me agarrar.” O médico não lhe deu resposta.

Justificado Pela Fé

Alan Williams escreveu o seguinte: “A minha mãe professava o Cristianismo, mas passava a vida inteira prisioneira do mêdo da morte (Hebreus 2:15). Embora membro de uma denominação, eu havia muitos anos que era um alcoólico, não contactando alguém da família durante sete anos. Foi durante êste período que minha mãe morreu. Antes de morrer foi justificada pela fé em nosso Senhor Jesus Cristo, encontrou paz com Deus e deixou esta mensagem: ‘Diz ao Alan  que continuo a ter fé n’êle.’ Três anos mais tarde Jesus Cristo, o amado Filho de Deus, libertou-me do álcool e estou agora de facto liberto (João 8:36). Há sete anos agora como filho de Deus, o Espírito Santo levou-me a ser testemunha de Jesus meu Senhor.
“Uma vez Deus levou-me a enviar um postal com uma mensagem a um velho de 70 anos, que toda a vida tinha sido membro da igreja e estava na altura à beira da morte. Na mensagem dizia-lhe: ‘As nossas fraquezas e incapacidades são inconsequentes, visto que Jesus Cristo é a nossa fôrça e paz. No entanto, a alegria do Espírito Santo chega até nós quando decidimos dedicar o nosso tudo ao serviço de Deus.’ O Espírito então testemunhou dêste moribundo, que morreu salvo. Mas antes de morrer o ancião fez o pedido seguinte: ‘Diz ao Alan que tudo está bem agora. Agora acredito e compreendo tudo.’ A seguir mostrou o primeiro sorriso de pura alegria e finou-se pouco depois.”

Lavada Pelo Sangue De Cristo

A santa alemã Margaretta estava de cama à morte, quando uns amigos lhe disseram que Deus a ia ajudar. E ela repondeu: “Sim, a ir para o céu!” E as últimas palavras que pronunciou num murmúrio foram: “O sangue de Jesus Cristo lava de todo o pecado! Oh! Dôces palavras de vida eterna!”

Uma Visäo da Eternidade

A conversão maravilhosa da senhora Barnes foi precipitada pela morte da sua filhinha. Segue-se a história do falecimento da criança:
“Quando a  minha filhinha May tinha apenas oito anos, adoeceu com escarlatina e  morreu quatro dias depois. Durante a sua curta doença, quando lhe perguntávamos se sofria, respondia que nada lhe doia mas que queria ir para o céu, e repetia isto toda a noite. Próximo do fim repetiu a oração do Senhor e agradeceu-nos com suavidade tudo quanto tinhamos feito por si, insistindo que não nos deviamos preocupar consigo. E de repente olhou para cima e disse: ‘Obrigado querido Jesus. Querido Jesus obrigado!’Depois disso cantou algumas  lindas canções e, mesmo ao partir levantou os olhos para o céu e disse: ‘Ó Senhor, minha fôrça e meu redentor.’ Por fim, com um ar pacífico na face, ergueu-se com expressão alegre e disse: ‘Oh!’ E finou-se. Para os presentes tornou-se evidente que tinha visto algo que os nossos olhos não podiam ver.”

O Diabo Vem-me Buscar

Uma rapariga adoeceu gravemente e foi informada de que não sobreviveria à doença. Os pais tinham-na educado nos caminhos do mundo, e isso tinha-a afastado da verdade de Deus. Agora estava à morte, rodeada dos amigos com quem gozara os prazeres do pecado. A pobre rapariga chamou o pai para junto da cama e, em frente de todos os presentes disse: “O seu coração está negro como o inferno. Se me tivesse ensinado a viver para Deus, em vez de  perder o tempo a guerrear com a mãe, eu podia ter sido salva.” Voltando-se depois para os outros instou com êles dizendo: “Não sigam o meu mau exemplo. Não façam como eu. Não vos embrenheis nos prazeres infernais do mundo! Oh! Se eu  tivesse dado ouvidos aos avisos que me deram…” E de súbito gritou: “Oh, o diabo vem aí para levar a minha alma para o inferno! Estou perdida para sempre.” E expirou.

A Agonia Insuportável do Inferno

Sir Francis Newport foi instruido cedo na vida, nas grandes verdades do Evangelho e, quando era aínda jóvem esperava-se dele que se tornasse uma bênção e tributo honroso para a família e para o seu país. No entanto, o que aconteceu foi o contrário. Meteu-se com companhias que corrromperam a sua moral e princípios, tornando-se um agnóstico confesso. A vida de dissipação que depois seguiu em breve lhe trouxe uma doença incurável.
Quando no seu quarto, comprendeu que ia morrer, atirou-se para cima da cama e depois de uma breve pausa  exclamou: “De onde vem esta  luta no meu coração? Que argumentos tenho agora, que me ajudem contra os factos? Será que afirmo não haver inferno, quando sinto um no meu próprio peito? Terei a certeza de que não há retribuição depois da morte, quando eu  sinto presente o julgamento? Será que afirmo que a minha alma é tão mortal como o corpo, quando êste enfraquece e a alma é vigorosa como sempre? Oh, quem me dera que alguém me devolvesse àquele  antigo fruto de piedade e inocência! Que desgraçado sou! Para onde poderei voar fora dêste peito? Que vai ser de mim?“
Um companheiro infiel tentou afastá-lo destes pensamentos, mas êle apenas respondeu: “Que há um Deus eu sei, pois sinto contìnuamente os efeitos da Sua ira. Também tenho a certeza que há um inferno, porque já recebi uma amostra dessa minha herança no meu peito. Que há uma consciência natural, sinto agora, com horror e espanto, pois ela acusa-me contìnuamente, lembrando-me de todas as minhas faltas e iniquidades.”
Para embaraço do seu antigo amigo, continuou: “Presumo que a razão por que Deus me escolheu para exemplo da Sua vingança em vez de te escolher a ti ou a algum dos meus conhecidos é que eu fui educado mais religiosamente e assim ofendi aínda mais gravemente o Espírito da Graça. Oh, Se eu pudesse arder por mil anos no fôgo ardente que nunca se apaga e comprar o favor de Deus! Mas é desejo infrutífero. Milhões e milhões de anos não me trarão nunca mais perto do fim do meu tormento, que uma simples hora! Oh, eternidade, eternidade! Quem poderá descobrir o abismo da eternidade? Quem poderá dar significado total a estas palavras – para todo o sempre?“
Quando alguns dos amigos pensaram que  tinha enlouquecido, êle dise: “Julgais que estou entristecido e distraído. Gostaria que  fôsse uma dessas coisas. Mas não. É parte do meu terrível julgamento não estar nem uma coisa nem outra. Não. A minha percepção das pessoas e das coisas é agora mais rápida e vigorosa do que quando estava de perfeita saúde. E isso é a minha maldição, pois assim sou mais sensível ao que agora sou.
Gostarieis de saber porque motivo me tornei um esqueleto em três ou quatro dias? É porque despresei o meu Autor e neguei o meu Redentor. Juntei-me aos ateístas e profanos e continuei com êles apesar de muitos momentos de convicção, até que a minha iniquidade estava madura para a vingança. O justo julgamento de Deus apanhou-me, quando me sentia na máxima segurança e dava cada vez menos ouvidos aos avisos da consciência.”
Quando a sua agonia mental e física estavam a empurrá-lo para a eternidade, perguntaram-lhe se queria que orassem por si. Desviando os olhos dos  amigos exclamou: “Tigres e monstros! Também vos tornásteis diabos para me atormentar? Quereis mostrar-me a possibilidade do céu para tornar o meu inferno mais intolerável?” Pouco depois a voz faltou-lhe e, gemendo com terror inexprimível gritou: “Oh, a agonia insuportável do inferno! – E morreu.

Jesus Vive – E Eu Também Viverei

Merrit Caldwell era um professor e escritor de mérito. Pouco antes da sua morte disse à esposa: “Tenho a certeza que não te vais deitar sôbre a cama a chorar quando eu partir. Não te vais lamentar quando Deus foi tão bom para mim. Quando visitares a minha sepultura, nunca vás  ao escurecer da tarde ou no escuro da noite – essas não são horas para visitar a sepultura de um cristão.Vai de manhã, sob o sol brilhante, quando os pássaros estão a cantar.” As suas últimas palavras foram: “Glória a Jesus! Êle é a minha confiança! Ele é a minha fôrça! Jesus vive e eu também viverei!”

Está Consumado!

O significado da última frase pronunciada por Jesus Cristo antes de morrer na cruz, torna possível morrer na paz e vitória do Golgota, a todos quantos acreditam verdadeiramente n’Êle como seu Salvador. Há quase 2000 anos, Jesus gritou na cruz: “Está consumado!” Todas as condições para a salvação de pecadores foram satisfeitas na cruz, e desde então toda a gente em toda a parte terá de enfrentar a decisão de aceitar ou rejeitar tal facto. Ser a favor ou contra Cristo e em breve ser julgado para toda a eternidade em têrmos do relacionamento de cada um com Êle, exige uma compreensão clara do significado que a morte  propiciatória  de Jesus na cruz tem para cada um. Qual é o significado total da Sua última frase ao gritar em voz alta “está consumado?”
Jesus foi pregado na cruz para pagamento da penalidade pelos pecados de uma humanidade perdida. (Isaías 53:5-6). Porque  “o salário do pecado é a morte” (Romanos 6:23), Êle não só tinha de sofrer fìsicamente, mas também ser executado em nosso lugar. Portanto, foi apenas quando expirou que Êle satisfez todas as condições para o plano de Deus para a salvação. Durante êsses últimos momentos em que Jesus entregou a sua vida, Êle disse: “Pai, entrego nas Tuas mãos o Meu  espírito!” e exclamou depois em voz alta: “Tetelestai!” – “Está consumado” (Lucas 23:46; João 19:30).
Para compreendermos por completo o significado da palavra tetelestai, proferida por Jesus no momento de expirar, temos de investigar brevemente a sua aplicação durante o século primeiro. Tal palavra era de mais profundo significado para aquela gente do que para nós hoje em dia, e faremos bem se procurarmos o seu significado original.
Totalmente pago. No primeiro caso, de acôrdo com o Vocabulário do Testamento Grego, a palavra tetelestai era usada como a primeira palavra de um  recibo. Levava portanto a factualidade de totalmente pago. Já alguma vez considerasteis o facto que Jesus de verdade nos comprou, ao verter o Seu sangue e dar a Sua vida por nós? O apóstolo Paulo lembra-nos dessa verdade: “Porque vós fostes comprados por um preço; portanto glorificai Deus no vosso corpo e no vosso espírito, que pertencem a Deus” (1 Coríntios 6:20).
Pedro disse: “…vós não fostes redimidos da vossa conduta improfícua com coisas corruptíveis, como prata ou ouro… mas sim com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro sem mancha nem defeito” (1ª de Pedro 1:18-19). O testemunho dos anciãos no céu confirma também a sua compreensão total de terem sido comprados com o sangue do Cordeiro ao cantarem: “Tu foste morto (sacrificado), e com o Teu sangue compraste homens para Deus de cada tribo, língua, povo e nação” (Apocalipse 5:9 AB).
Caro leitor, tem a certeza que o preço pelos seus pecados foi totalmente pago? Aceitou a condição do arrependimento e confissão dos seus pecados para os mesmos lhe serem perdoados? A Palavra de Deus diz: “Aquele que esconde os seus pecados não prosperará, mas todo aquele que os confessa e abandona obterá compaixão” (Provérbios 28:13; ver também  1ª de João 1:8-9).
Depois da  conversão, todos nós devemos caminhar com o Senhor e manter a nossa ficha limpa, confessando todos os pecados que nos forem apontados pelo Espírito Santo (1ª de João 2:1-2). Não devemos entrar na nova vida com uma herança de atitudes carnais e pecados não-confessados. Quando tal se faz, eventualmente acabamos por nos tornar  espiritualmente aleijados. Jesus pagou o preço total para fazer um trabalho completo na nossa vida. Êle deseja salvar-nos e santificar-nos. Não deixeis o trono da graça com pecados escondidos, que não foram confessados e abandonados.
Sentença cumprida. Durante o século primeiro, era prática comum pregar na porta da cela de cada  preso, a fôlha descritiva do crime de que era acusado. As ofensas porque o condenavam eram mencionadas, bem assim como o castigo dado. Depois da sentença ter sido cumprida, a fôlha das acusações era retirada da porta e cancelada, escrevendo-se nela em letras grandes tetelestai (‘Cumprida por completo’). O documento condenador era entregue então ao preso e ninguém podia jàmais acusá-lo dos mesmos crimes. Êle tinha pago por completo o preço das suas acções criminosas, ao completar o cumprimento da sentença.
Espiritualmente, todo o ser humano está cativo de Satanás, “porque todos pecaram” (Romanos 3:23). Encontram-se todos nas suas celas da morte, esperando pelo julgamento do grande trono branco, onde serão condendos à morte eterna. O chefe da prisão é o Diabo, e ninguém se pode libertar dessa severa prisão ou da pena de morte que lhe foi imposta.
Para salvar os pecadores perdidos, Jesus Cristo embora sempecado de boa vontade cumpriu a pena de morte que foi imposta em princípio a todos os pecadores (Romanos 6:23). Depois da Sua ressurreição dos mortos, encontra-se na posição de poder cancelar a folha de acusação de todo o pecador perdido, escrevendo nela em letras vermelhas, com o Seu sangue, Tetelestai. – Sentença cumprida.
“Vós estáveis perdidos em pecados e os vossos desejos pecadores aínda vos acompanhavam. Então, Êle deu-vos uma quota na própria vida de Cristo, ao perdoar todos os vossos pecados e apagar as acusações provadas feitas contra vós – a lista dos seus mandamentos a que não obedecestes. Êle pegou nessa lista de pecados e destruiu-a pregando-a na cruz de Cristo” (Colossenses. 2:13-14 LB).
De facto o Salvador foi enviado à Terra “para libertar os presos da prisão e os que estão na escuridão para fora dessa da prisão” (Isaías 42:7 – KJV). A Sua missão de libertar os que são prisioneiros espirituais de Satanás, é reiterada também em Isaías 61: “O Espírito do Senhor Deus está sôbre Mim, porque o Senhor Me ungiu para prègar boas novas aos pobres; Êle enviou-Me para curar os de coração quebrantado, proclamar a liberdade dos cativos e a abertura da prisão àqueles que estão amarrados (Isaías 61:1).
Leitor, já foram todos os pecados de que o Diabo o acusa perante o trono de Deus, lavados pelo sangue do Cordeiro? Se assim é, ninguém o pode acusar de novo de tais pecados, não importa a sua gravidade, visto que a sentença proferida contra êles já foi totalmente cumprida.
Vitória ganha. O terceiro uso do termo tetelestai estava relacionado  com campanhas militares vitoriosas contra o inimigo. Quando um general voltava do campo de batalha e fazia desfilar os seus prisioneiros pelas ruas de Roma, êle proclamava a vitória gritando: Tetelestai! Tetelestai! Com êste grito de vitória êle fazia declaração inequívoca que o inimigo havia sido vencido e que o seu poderio terminara – missão cumprida!
Embora fôsse a Sua última palavra em vida na cruz, Jesus também proclamou com ela a Sua vitória sôbre o inimigo com o grito Tetelestai! Morrer foi uma grande vitória para Jesus, “para que, através da morte, Êle pudesse destruir aquele que tinha o poder da morte, isto é, o Diabo.” (Hebreus 2:14). “Tendo desarmado principados e poderes, Êle fez espectáculo público dêles, mostrando nisso o Seu triunfo” (Colos. 2:15).
Jesus conquistou o inimigo, mas aínda não o imobilizou. O Diabo está aínda muito activo na Terra, portanto somos convidados  a partilhar da vitória do Calvário, tornando-nos “mais que conquistadores através d’Aquele que  nos amou.” (Romanos 8:37). Há uma batalha a travar e uma vitória a ganhar.
Aproveitemos ao máximo o tempo que nos resta, e compremo-lo para servir ao Senhor e estender o Seu reino na Terra. As sombras estão a descer e o tempo está a esgotar-se ràpidamente. Como o Senhor Jesus, nós deviamos também dizer: “Devo fazer as obras d’Aquele que Me enviou enquanto é dia; a noite está a chegar em que ninguém poderá trabalhar” (João 9:4).
A noite dos julgamentos de Deus na grande tribulação aproxima-se ràpidamente e há aínda trabalho incompleto a fazer no Seu reino antes da trombeta soar. Os perdidos têm de ser salvos e os Cristãos devem preparar-se espiritualmente para o seu encontro com o Noivo Celestial. Permití que o Senhor complete o Seu trabalho maravilhoso nas vossas vidas: “Cristo… amou a Igreja e ofereceu-Se-lhe, para a poder santificar e limpar… para poder apresentá-la a Si mesmo uma Igreja gloriosa, sem mancha ou ruga ou algo parecido; mas para que seja santa e irrepreensível” (Efésios 5:25-27).
O Senhor Jesus não é apenas o nosso Salvador dos pecados, das influências corruptivas e da prisão espiritual de Satanás. Êle é também a nossa santificação, para nos levar a uma vida de santidade, vitória e abundante serviço no Seu reino eterno.

Nenhum comentário:

Postar um comentário