A destruição causada pelos otomanos do arquivo central dos Templários em 1571, que estava em sai central na Ilha de Chipre, teve conseqüências terríveis. Esta é a principal causa do porque sabemos tão pouco sobre a Ordem.
Não há como prever a quantidade de informações preciosas que foram perdidas. Talvez soubéssemos mais sobre seus integrantes e a natureza de seus trabalhos se eles tivessem sobrevivido. Assim o assunto não seria tão coroado de especulações como é hoje.
Uma das inúmeras versões faz justamente a ligação entre os Cavaleiros do Templo e uma das mais famosas e influentes sociedades secretas de todos os tempos, a maçonaria.
Livros e filmes já foram feitos sobre o assunto e há quem realmente acredite que grande parte do conhecimento templário esteja até hoje diluído nas tradições maçônicas.
A primeira coisa que alguém pode perguntar é “mas a maçonaria não era composta por pedreiros?” Seguindo a linha de raciocínio destas versões podemos ver uma relação entre ambas as sociedades.
Voltemos um pouco no tempo: como vimos lá nos capítulos 3 e 4, muitos historiadores acreditam na dispersão dos Templários quando a perseguição na França foi deflagrada. Um dos lugares mais prováveis para um refúgio seria justamente a Escócia. Lá apenas dois Templários haviam sido presos e ambos eram ingleses.
Em 1307 o papa havia excomungado o soberano conhecido como Robert o Bruce, que assassinara pouco tempo antes um pretendente ao trono, o que geraria um conflito entre o país e o papa por pelo menos 12 anos. Essa situação manteve as pretensões e imposições de Roma fora do caminho.
Assim os historiadores encontraram várias lendas que ligam o Bruce aos Templários. A mais famosa delas fala que os fugitivos teriam ajudado o rei na Batalha de Bannockburn, que aconteceu em 1314. Num dos muitos conflitos com a Inglaterra, esta batalha decidiria a questão da soberania escocesa. Num determinado momento, diz a lenda, os escoceses teriam recebido reforços num momento crítico, que teriam provocado o pânico nas tropas inglesas. Esses reforços teriam sido os Templários?
Outra lenda fala, citada por Karen Ralls, diz que uma rede de famílias pertencentes à nobreza escocesa teria agido para transmitir uma tradição templária anos depois da supressão da Ordem. Seja como for parece haver poucas dúvidas sobre a presença dos cavaleiros nas terras do norte da Grã-Bretanha. Mas o que isso tudo tem a ver com a maçonaria? Pedro Silva fala que, embora os cavaleiros estivessem num território seguro, sempre havia o medo de que pudessem ser descobertos e considerados novamente como traidores. Por isso teriam se valido de seus conhecimentos da arquitetura sagrada (que, como vimos, pode ter sido um dos muitos conhecimentos obtidos na Terra Santa) e assumiram um novo disfarce: o de pedreiros.
De fato há muitas catedrais e construções góticas que apresentam uma variedade de figuras místicas gravadas em suas paredes cujo significado é desconhecido até hoje e que lembram símbolos usados pelos Templários.
Ritos maçônicos
Há uma organização templária moderna que não foi citada no capítulo 5 por motivos óbvios: ela se diz completamente ligada à maçonaria, talvez de maneiras mais diretas do que as demais. Os The Kight Templars (cujo site não foi possível localizar) diz, de acordo com Pedro Silva, que todos são membros da maçonaria. Porém nem todos os maçons são templários. Esses cavaleiros se dizem uma organização fraternal cristã fundada no século XI. Atuam hoje, como as demais organizações templárias, com causas beneficientes e captam fundos para a pesquisa científica e médica.
Possuem duas divisões: uma fundação dedicada ao estudo de problemas relacionados com a visão humana e outra, iniciada em 1922, que faz empréstimos os jovens carentes e com dificuldades financeiras. Sua estrutura está dividida em três grandes segmentos: a The Grand Encampment of Knights Templar define os 11 rituais que comandam as atividades da Ordem; a The Grand Commandery of Knights Templar é o órgão que representa os membros nos estados; e a Commandery of Knights Templar, que controla os assuntos locais.
Esta Ordem possui cerca de 260 mil membros divididos em 1500 unidades nos Estados Unidos, Itália, México e Alemanha, entre outros países. Para poder entrar o candidato deve ser maçom e cristão.
Dentro da tradição conhecida da maçonaria há um rito conhecido como Rito de York de Franco-Maçonaria (ou Arco Real), do qual o esquema templário é parte integrante. Acredita-se que esta tradição tenha sido criada por volta de 1743 e que foi levado para a Inglaterra por volta de 1777. Era composto inicialmente por quatro graus, mas evoluiu para o aspecto moderno de 13. É o mais difundido mundialmente.
Outro rito que teria algo dos Templários é o Rito Escocês Antigo e Aceito. Diz uma versão de um estudo que os Templários partiram em 1307 com 18 navios carregados com o lendário Tesouro. Uma parte aportou na Escócia e os cavaleiros se associaram com Guardas Escoceses para, juntos, formarem o Rito Escocês. Assim os maçons seriam os verdadeiros guardiões autorizados de seus segredos arcanos.
Para muitos estudiosos da maçonaria, o REAA é "orientado em forma de magia, enfatizando uma hierarquia social e política, uma ordem divina e um plano cósmico subjacente". Este rito teve suas regras oficialmente fixadas em 1786 e constitui-se de 33 graus. É o mais difundido na América Latina. Há um outro, entretanto, que se diz derivado dos Templários. Trata-se do chamado Rito da Grande Loja de Estocolmo (também conhecido sob o nome de Sistema Sueco).
Seus seguidores juram que possuem o testamento de Jacques de Molay, que possui em seu texto as provas de que a continuidade do Templo sobreviveu dentro da maçonaria. Também dizem que Beaujeu, sobrinho de de Molay, teria juntado as cinzas do grão-mestre e levado-as para enterrar. Colocou-as debaixo de uma lápide de forma quadrangular, onde fez a seguinte inscrição:
Jackin-Boaz-Mac-Benac
(Jacobus-Burgundicus-Molay-Bustus)
A.-Do.-Nai.-Jehova.-Croisade.
(Anno-Dommini-Nostri-Jesus-Christi)
Esse Rito é composto de 12 graus que se dividem em quatro classes. Os mais elevados constituem o Capítulo Iluminado, onde os membros devem ter, pelo menos, “quatro quartos de nobreza”. Os que atingem o Grau Superior tornam-se nobres, caso ainda não o sejam.
Não há como prever a quantidade de informações preciosas que foram perdidas. Talvez soubéssemos mais sobre seus integrantes e a natureza de seus trabalhos se eles tivessem sobrevivido. Assim o assunto não seria tão coroado de especulações como é hoje.
Uma das inúmeras versões faz justamente a ligação entre os Cavaleiros do Templo e uma das mais famosas e influentes sociedades secretas de todos os tempos, a maçonaria.
Livros e filmes já foram feitos sobre o assunto e há quem realmente acredite que grande parte do conhecimento templário esteja até hoje diluído nas tradições maçônicas.
A primeira coisa que alguém pode perguntar é “mas a maçonaria não era composta por pedreiros?” Seguindo a linha de raciocínio destas versões podemos ver uma relação entre ambas as sociedades.
Voltemos um pouco no tempo: como vimos lá nos capítulos 3 e 4, muitos historiadores acreditam na dispersão dos Templários quando a perseguição na França foi deflagrada. Um dos lugares mais prováveis para um refúgio seria justamente a Escócia. Lá apenas dois Templários haviam sido presos e ambos eram ingleses.
Em 1307 o papa havia excomungado o soberano conhecido como Robert o Bruce, que assassinara pouco tempo antes um pretendente ao trono, o que geraria um conflito entre o país e o papa por pelo menos 12 anos. Essa situação manteve as pretensões e imposições de Roma fora do caminho.
Assim os historiadores encontraram várias lendas que ligam o Bruce aos Templários. A mais famosa delas fala que os fugitivos teriam ajudado o rei na Batalha de Bannockburn, que aconteceu em 1314. Num dos muitos conflitos com a Inglaterra, esta batalha decidiria a questão da soberania escocesa. Num determinado momento, diz a lenda, os escoceses teriam recebido reforços num momento crítico, que teriam provocado o pânico nas tropas inglesas. Esses reforços teriam sido os Templários?
Outra lenda fala, citada por Karen Ralls, diz que uma rede de famílias pertencentes à nobreza escocesa teria agido para transmitir uma tradição templária anos depois da supressão da Ordem. Seja como for parece haver poucas dúvidas sobre a presença dos cavaleiros nas terras do norte da Grã-Bretanha. Mas o que isso tudo tem a ver com a maçonaria? Pedro Silva fala que, embora os cavaleiros estivessem num território seguro, sempre havia o medo de que pudessem ser descobertos e considerados novamente como traidores. Por isso teriam se valido de seus conhecimentos da arquitetura sagrada (que, como vimos, pode ter sido um dos muitos conhecimentos obtidos na Terra Santa) e assumiram um novo disfarce: o de pedreiros.
De fato há muitas catedrais e construções góticas que apresentam uma variedade de figuras místicas gravadas em suas paredes cujo significado é desconhecido até hoje e que lembram símbolos usados pelos Templários.
Ritos maçônicos
Há uma organização templária moderna que não foi citada no capítulo 5 por motivos óbvios: ela se diz completamente ligada à maçonaria, talvez de maneiras mais diretas do que as demais. Os The Kight Templars (cujo site não foi possível localizar) diz, de acordo com Pedro Silva, que todos são membros da maçonaria. Porém nem todos os maçons são templários. Esses cavaleiros se dizem uma organização fraternal cristã fundada no século XI. Atuam hoje, como as demais organizações templárias, com causas beneficientes e captam fundos para a pesquisa científica e médica.
Possuem duas divisões: uma fundação dedicada ao estudo de problemas relacionados com a visão humana e outra, iniciada em 1922, que faz empréstimos os jovens carentes e com dificuldades financeiras. Sua estrutura está dividida em três grandes segmentos: a The Grand Encampment of Knights Templar define os 11 rituais que comandam as atividades da Ordem; a The Grand Commandery of Knights Templar é o órgão que representa os membros nos estados; e a Commandery of Knights Templar, que controla os assuntos locais.
Esta Ordem possui cerca de 260 mil membros divididos em 1500 unidades nos Estados Unidos, Itália, México e Alemanha, entre outros países. Para poder entrar o candidato deve ser maçom e cristão.
Dentro da tradição conhecida da maçonaria há um rito conhecido como Rito de York de Franco-Maçonaria (ou Arco Real), do qual o esquema templário é parte integrante. Acredita-se que esta tradição tenha sido criada por volta de 1743 e que foi levado para a Inglaterra por volta de 1777. Era composto inicialmente por quatro graus, mas evoluiu para o aspecto moderno de 13. É o mais difundido mundialmente.
Outro rito que teria algo dos Templários é o Rito Escocês Antigo e Aceito. Diz uma versão de um estudo que os Templários partiram em 1307 com 18 navios carregados com o lendário Tesouro. Uma parte aportou na Escócia e os cavaleiros se associaram com Guardas Escoceses para, juntos, formarem o Rito Escocês. Assim os maçons seriam os verdadeiros guardiões autorizados de seus segredos arcanos.
Para muitos estudiosos da maçonaria, o REAA é "orientado em forma de magia, enfatizando uma hierarquia social e política, uma ordem divina e um plano cósmico subjacente". Este rito teve suas regras oficialmente fixadas em 1786 e constitui-se de 33 graus. É o mais difundido na América Latina. Há um outro, entretanto, que se diz derivado dos Templários. Trata-se do chamado Rito da Grande Loja de Estocolmo (também conhecido sob o nome de Sistema Sueco).
Seus seguidores juram que possuem o testamento de Jacques de Molay, que possui em seu texto as provas de que a continuidade do Templo sobreviveu dentro da maçonaria. Também dizem que Beaujeu, sobrinho de de Molay, teria juntado as cinzas do grão-mestre e levado-as para enterrar. Colocou-as debaixo de uma lápide de forma quadrangular, onde fez a seguinte inscrição:
Jackin-Boaz-Mac-Benac
(Jacobus-Burgundicus-Molay-Bustus)
A.-Do.-Nai.-Jehova.-Croisade.
(Anno-Dommini-Nostri-Jesus-Christi)
Esse Rito é composto de 12 graus que se dividem em quatro classes. Os mais elevados constituem o Capítulo Iluminado, onde os membros devem ter, pelo menos, “quatro quartos de nobreza”. Os que atingem o Grau Superior tornam-se nobres, caso ainda não o sejam.
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