A
missa celebrada na noite do dia 9 de julho de 2012 na Capela Bom Jesus
das Dores, na Ribeira, em Natal, ficará para sempre na mente de muitos
fiéis. Quase um mês antes daquele dia, uma faixa pendurada no gradeado
que protege a entrada para a Sacristia já anunciava a celebração do que
viria a ser a missa da Cura e da Libertação.
Cura
e libertação, na verdade, já são por si fortes verbetes para atrair os
fiéis mais atônitos, ou mesmo os leigos que penam sob as chagas do mundo
moderno e buscam na religião a vazão e equilíbrio. Porém, só o
argumento de “cura” e “libertação” talvez não fosse o suficiente para
aquela ocasião, uma vez que esse tipo de evento já é tradicional na
capela.
No
entanto, naquela mesma faixa, quase como um rodapé, havia o anúncio de
que o diferencial para aquela noite estava no primeiro ritual de
exorcismo que o padre José Mário Medeiros, 70 anos, realizaria na
capital do Rio Grande do Norte, Natal. Esse sim parece ter sido o apelo
exato para a superlotação de fiéis que ocupou praticamente quase todos
os espaços da igreja.
Há
na lateral de uma das entradas daquele pequeno templo uma escadaria,
que ficou tomada pelo público; o altar foi ocupado pelo clero, mas os
fiéis também se espremiam por um pequeno espaço; além dos tradicionais
bancos, foram espalhadas mais 200 cadeiras, todas ocupadas; havia gente
pelo lado de fora que buscava o melhor ângulo. Eram fiéis de todas as
idades que, mais do que fé, buscaram a igreja naquela noite movidos pela
curiosidade, para assistir um dos rituais mais antigos da igreja
católica.
Enquanto
o coral da celebração entoava cânticos religiosos munidos por pedidos a
Deus de perdão e misericórdia, na plateia, jovens e idosos se
entregavam a outra dimensão de vínculo com a vida: olhos fechados, mãos
entrelaçadas postas, cabeça curvada e um leve balançado no corpo que
flutuava de um lado para o outro. Alguns levaram fotos de familiares, e,
com uma mão no coração, elevavam a fotografia ao alto. Já outros, como
se fora inevitável, não conseguiam conter as lágrimas, tampouco faziam
questão de escondê-las ou pelo menos enxugar o rosto.
O
que se passava no pensamento de cada um daqueles devotos, obviamente,
ficará guardado com eles, porém, sem muita cerimônia, o padre José Mário
encerra aquele momento inicial com uma fala em tom explicativo, quase
didático, advertindo para o que iria acontecer, ou pelo menos uma prévia
do que poderia acontecer naquela noite. Primeiro, nada do que houvesse
ali deveria ser encarado como “anormalidade” ou mesmo ser assistido com
espanto, advertiu ele.
Como
um amigo que aconselha, o senhor de olhos grandes e esbugalhados,
traços robustos e uma cabelo de nuvens, já quase na sua totalidade
tomado pelo branco, baixou a cabeça, olhou por cima da armação do óculo,
amenizou o tom de voz e, mancinho, pediu: “não reprimam nada do que
acontecer com vocês. Aqui é o momento”, pediu padre José Mário.
Em
outras palavras, o sacerdote pedia para que ninguém tentasse conter a
manifestação do diabo, caso o diabo incorporasse em alguém. O ritual do
exorcismo é um parêntese muito bem estabelecido dentro do roteiro da
Santa Missa. Antes, bem antes de chegar a sua vez, as palavras do padre
José Mário conduziam aquela noite para, como dissemos anteriormente, a
cura e a libertação.
Do
altar, o religioso observava tudo, quase que passando a vista em um por
um dos que estavam na plateia. De longe, lá de baixo, a impressão era a
de que ele procurava o Satanás, o seu maior inimigo. Enquanto isso, o
seu assistente João Santana passeava pelo povo e escolhia fiéis. Os
motivos para os chamamentos não são muito claros, mas, a certeza que,
das mais de uma dezena de convocados, todos eram mulheres e todas
estavam completamente entregues àquele momento.
As
cenas com João Santana até lembram aquelas imagens eclesiásticas da
Idade Média. Vestido com um manto Franciscano, sisudo, com as mãos
entrelaçadas, ele escolhia entre o seu rebanho aqueles que seriam
conduzidos até o altar. Lá, pousa sua mão direita sobre a testa, fecha o
olho e reza, reza, reza... até que as reações aparecem.
A
estudante Carla Anzambra, 20 anos, foi uma das chamadas naquela noite
e, quase que de imediato, quando a mão do assistente parou em sua
fronte, ela caiu, numa rápida impressão de desmaio. “É uma sensação
indescritível. Eu só soube que tinha caído quando acordei e me senti no
chão”. Foi assim com Carla, foi assim também com quase todas as outras.
Enquanto João Santana seguia o ritual, o padre José Mário acompanhava
tudo, atento, com o olho lá de cima do altar.
Além
de Carla, a dona de casa Maria Estevani, 48 anos, foi surpreendida ao
ser uma das escolhidas. Ela estava de joelhos no chão e, como quem
recebe um chamado, ela atendeu ao aceno de João Santana para comparecer
ao altar. Novamente sua mão sobre a testa e as lágrimas jorravam
copiosamente. Caiu! No chão Estevani se estremeceu por alguns segundos
e, quando acordou, parecia atônita naquele ambiente de muito som (a
música), muita gente lhe olhando e, o mais perturbador, muitas câmeras
ligadas porque a imprensa compareceu em massa para a primeira missa de
exorcismo.
Quando
questionada sobre o que sentia, ela disse que a sensação se divide em
dois momentos. “estava numa oração muito próxima a Deus. Quando o
sacerdote me chamou, fui, e quando começamos a orar me senti numa paz
tão gigantesca que eu não consigo explicar. Não lembro que caí, mas
quando eu acordei achei muito estranho tudo aquilo. Acho que foi muita
coisa ao mesmo tempo”, detalha Maria Estevani.
Quando
novamente chegou a vez do padre José Mário falar novamente, já era hora
do instante tão aguardado. Dali por diante, seria conduzido, ao pé da
letra, o ritual de exorcismo. O silêncio paira sobre a igreja, era o
momento de apenas o padre, consigo, no pensamento, proferir uma oração
ensinada apenas aos sacerdotes exorcistas. Depois ele ora, ora, com
muita força como quem incita, cutuca, provoca o demônio...
Mas,
o demônio naquela noite não resolvera aparecer. O que não é nenhuma
novidade para o padre José Mário, que há 10 anos recebeu a autorização
da Diocese de Natal para realizar os rituais de exorcismo. De acordo com
ele, “o diabo é mais inteligente do que a gente pensa, ele sabe bem a
hora de se manifestar, é melindroso, e muito perigoso”, explica. Sem
nenhum devoto “com o cão nos couro”, como se diz no sertão, a missa de
padre Mário segue no rimo normal e se transforma em apenas mais uma
missa.
Nem
sempre é assim, vale ressaltar. José Mário já perdeu as contas de
quantas pessoas já exorcizou, só não esqueceu às vezes em que o diabo
lhe deu muito trabalho para despossuir o corpo alheio. “Você nunca
imagina de quem o demônio pode fazer uso. Já estive conversando
naturalmente com amigos e, de repente, a voz muda e as alterações e
manifestações que não são comuns àquela pessoa começam aparecer. Não dá
outra. É o Satanás agindo”.
Pelo
jeito que o padre exorcista fala de seu ofício, imagina-se uma guerra
constante entre ele e o “Demo”. Há rituais que em apenas poucos
instantes a pessoa está de volta à normalidade, mas ele pontua que já
teve sessão que levou horas e, mais, a tentativa partiu para o ataque
físico. “Uma vez uma jovem estava conversando comigo e, repentinamente
ela começou a mudar a voz, a falar como homem, eu desconfiei logo que
ela estava possuída. Quando dei por mim a jovem estava se rastejando no
chão como se fosse uma cobra. Mas é como se fosse uma cobra mesmo. Ela,
inclusive, colocava a língua pra fora. A moça franzina, magra, se
fortaleceu de tal forma que eu e outros quatro homens quase não
conseguíamos domá-la”, relembra o padre, completando que esse fora um
dos seus rituais mais difíceis.
O
exorcismo dentro do catolicismo é uma das vertentes mais polêmicas da
religião. Primeiro porque o Diabo propriamente dito anda fora de moda
depois da fase racionalista do século XX, há os que consideram muito
caricatas a concepção do diabo e lhe atribuem apenas como a presença do
mal. A psiquiatria avançou e muito do que era atribuído à presença do
Satanás, na verdade, não passa de fatos explicáveis, na maioria casos de
esquizofrenia e remediáveis.
Mas
a Igreja insiste. Sendo uma das instituições mais tradicionais e
resistentes a mudanças, o alto clero sacerdotal editou um livro, uma
espécie de manual para sacerdotes-exorcistas no qual alivia os termos,
porém mantém vivo o ritual para o exorcismo espalhado nos quatro cantos
do mundo. O assunto ganhou força depois que o Papa Bento XVI assumiu o
mais alto posto da Igreja. Ele é ufanista da causa e profere em alto e
bom tom a sua vontade de criar um “exército contra o mal”.
Mas
a batalha do Papa Bento XVI não é assim tão fácil. Ele enfrenta,
majoritariamente, dois desafios para conseguir engatar essa: um vem do
próprio desgaste da religião motivado pela apatia dos devotos. Há uma
migração constante dos fiéis católicos para outras religiões, quando
não, o ateísmo. O outro é que a Igreja passa por uma crise para atrair
jovens à vocação sacerdotal.
E
não para por aí. O assunto “Exorcismo” não é bem digerido até mesmo
dentro da própria Igreja. Por exemplo, os bispos paroquiais são os
responsáveis pela investidura do padre nos caminhos do exorcismo dentro
da sua Igreja. Muitos, no entanto, não demonstram o menor interesse pela
causa. Prova maior disso é que o padre José Mário é o único religioso
do Rio Grande do Norte a ter enveredado por este caminho e, conforme ele
estima, há possibilidade de ser um membro do pequeno grupo de 12 padres
brasileiros que abraçou a causa.
Se
por um lado a Igreja insiste que o Diabo não é apenas uma construção
simbólica e subjetiva, mas sim uma entidade capaz de causar o mal na
pessoa humana, a discussão fica mais calorosa, porque, na outra ponta, a
ciência segue rígida no confronto. O Manual de Diagnóstico e
Estatísticas das Perturbações Mentais, de 1994, qualifica as possíveis
incorporações na categoria em que o paciente é vítima de “Transtorno
Dissociativo Sem outra Especificação”.
A
verdade é que a concepção do demônio insiste sobre a humanidade,
sobretudo na visão cristã, antes mesmo do homem. Longe da Bíblia, mais
delineada pelos estudiosos da Fé, a história conta que, antes de Deus
criar a humanidade, fez os anjos para que lhe ajudassem. O mundo, na sua
imperfeição, não foi de bom grado para esses seres espirituais que logo
se opuseram à Divindade. Como castigo, Deus mandou os anjos caídos ao
Inferno. E história segue! Já na Bíblia, o paraíso de uma existência sem
sofrimento foi interrompido quando Adão e Eva cederam aos encantamentos
da serpente.
“O
diabo está solto e se apega àquelas pessoas desprendidas de Deus. A
droga, a prostituição, a desobediência e tantas outras vulnerabilidades
desse mundo são convite ao diabo fazer morada. Ela vai buscar justamente
aquelas pessoas de fé abalada, sem Deus e sem espiritualidade”, alerta o
padre José Mário.
Retranca – Sem estresse para o Diabo
Como
sendo um dos poucos sacerdotes brasileiros voltados para o exorcismo, o
padre José Mário viaja o Brasil todo para proferir palestras, celebrar
missas e também realizar o ritual. A orientação da Igreja Católica é que
a prática seja feita em ambientes fechados, todavia, o reduzido número
de padres nessa segmentação fez a Igreja repensar a norma e permitir o
ato coletivo do exorcismo, assim como aconteceu em Natal.
“O
ideal é que cada paróquia tivesse o seu exorcista, mas infelizmente
poucos padres têm interesse pela área”, lamenta José Mário. Por essas
estradas que já passou, o que não faltam são histórias pra contar. Em
quase todas elas, claro, se resume ao seu entrave com o seu rival número
um: o diabo.
Embora
cada oração de exorcismo dure em média 30 minutos, o cansaço é
inevitável. José Mário confessou que a sobrecarga de adrenalina é muito
alta. Tanto que uma vez ficou afastado durante três meses por orientação
médica. Hoje, ele se divide mais para celebrar missas por onde é
convidado e a realizar a oração do exorcismo, todo primeiro domingo de
cada mês, no Eremitério de Santo Lenho, às margens da BR 101, em
Macaíba.
Mesmo
o assunto sendo delicado, José Mário mantém vivo um tom descontraído.
Ele recebeu a equipe da Revista Contexto antes do início da Missa, na
sacristia da Igreja do Bom Jesus das Dores, uma das Igrejas mais antigas
de Natal. Entre um causo e outro, sempre deixava fluir uma piada ou
ainda um comentário descomprometido.
Contou,
por exemplo, que em Teresina (PI), o bispo o autorizou a fazer um
exorcismo e, depois, foi lhe perguntado porque durante todo o ritual "só
uma mulher se espritou, como se diz no Seridó". José Mário respondeu:
“o demônio é muito inteligente. Ora, ao saber que na terra tem um lugar
mais quente do que o lugar onde ele vive, disse, lá eu não vou não"
(risos).
E
tem mais: “uma vez uma moça, carente, começou a olhar estranho, mas era
muito estranho mesmo. Daí ela começou a falar em Latim, coisas que eu
conseguia entender. Daí eu pergunto, aquela jovem provavelmente sequer
sabia ler ou escrever direito, de onde ela tirou aquilo? Era coisa do
Diabo”, pontua ele.
ENTREVISTA –
Padre José Mário
Medeiros tem 70 anos e é natural de Caicó, região do Seridó potiguar.
Ordenou-se padre em 1970 e há mais de 10 anos realiza as orações de
exorcismo, quando foi convocado pelo bispo de Natal.
CONTEXTO - Qual a diferença entre uma pessoa possuída e aquelas que sofrem de transtornos da mente?
JM
- É preciso, primeiramente, que se tenha a maturidade de que,
realmente, essas são duas coisas distintas. Muitas pessoas me procuram
insistentemente para eu desconjurar um parente e pergunto logo: “quanto
tempo ele está assim?”. Ora se me responder que está por 10 ou 15 anos,
já desisto porque o Diabo não se apodera por tanto tempo de uma pessoa. A
diferença é porque as doenças são prescritivas, têm sintomas comuns e o
ser possuído não, ele é um objeto do diabo.
COMO o senhor identifica uma pessoa possuída?
COM
o tempo e a maturidade do ofício você acaba ficando mais sensível as
manifestações. E Deus sempre nos guia a um caminho que facilita
identificar. O diabo é mais inteligente do que a gente pensa. Ele se
transveste, muda de voz, muda as características marcantes da pessoa.
Então, quando percebo uma desconfiguração, já sei que é coisa dele.
Geralmente ele fala em línguas estranhas, esculhamba, adota posturas
diferentes da pessoa possuída.
O QUE leva o diabo a escolher determinada pessoa para se apossar?
OLHE,
o Satanás precisa apenas de uma oportunidade, de um espaço para se
chegar. Pense comigo! Imagine uma pessoa que reza, que pratica o bem,
faz boas ações e mantém uma espiritualidade e veja também aquele ser que
vive na desonra, na desobediência, na rebeldia, entregue às coisas
negativas desse mundo, desobedece pai e mãe, enfim... Qual desses dois
perfis você acha que é mais atraente para ele? Ele se chega justamente
nos momentos de maior fragilidade, por isso é importante a fé.
QUAL é o ritual para expulsar, exorcizar, o demônio?
PRIMEIRO
o padre estar muito preparado espiritualmente. Ele começa rezando uma
oração em silêncio, que é de entrega e força. Depois ele rezar as
orações chamadas de Fórmulas para Expulsar Demônios. Essa daí existe em
duas formas: a Depreciativa é uma clamor mais direto a Deus, já a
Imperativa, é uma ordem direta ao Demônio para que ele saia da pessoa.
QUALQUER sacerdote pode praticar exorcismo?
NÃO!
Primeiro só podem adotar o exorcismo como ofício os padres autorizados
pelo bispo. É preciso obediência. Isso porque o bispo deve ter a
maturidade de escolher um religioso que tenha maturidade intelectual,
uma vida de honradez, obediência. O diabo não tem escrúpulos e ele tem
conhecimento de nossa vida. Se for um sacerdote com algum desvio, já
pensou, ele (o diabo) começa a contar.
E COMO surgiu o interesse do senhor pelo exorcismo?
QUANDO
eu ainda estava no Seminário, os seminaristas se ordenavam nas
tradicionais “Ordem Menor”, hoje já extinta. E eu me ordenei, em 1970,
no Exorcismo. Porém, nunca tinha exercido o ritual, fato que só
acontecera anos depois quando o arcebispo da Arquidiocese de Natal, dom
Heitor de Araújo Sales (1993-2003), me nomeou como exorcista da Diocese.
O SENHOR sabe quantos exorcismos já fez?
PERDI
a conta. Por onde eu chego as pessoas sempre pedem para eu fazer o
ritual, mas nem sempre elas estão possuídas. Há casos muito marcantes,
dos quais não me esqueço pela riqueza de detalhes. O que mais me
surpreende até hoje é a astúcia do Satanás sobre as pessoas. Ele ilude,
enfeitiça.
O ritual de exorcismo
1º PASSO:
O padre faz aspersão de água benta sobre a pessoa possuída.
2º PASSO
Realiza a leitura de textos da bíblia
3º PASSO
O exorcista põe a mão na cabeça do possuído e invoca o Espírito Santo para que o demônio se desaproprie do corpo
4º PASSO –
Para encerrar o ritual, o sacerdote apresenta a cruz, como poder de Cristo sobre o Diabo
>>
Mais: Apenas os sacerdotes autorizados podem fazer o ritual e em
ambientes fechados. Porém, devido ao reduzido número de padres
exorcistas, a Igreja autoriza o ritual coletivo.
Uma das orações para expulsar espíritos
Eu te esconjuro,
Satanás, enganador do gênero humano.
Reconhece a justiça e a bondade de Deus Pai,
que condenou tua soberba e inveja
com justo juízo.
Afasta-te deste servo de Deus,
que o Senhor criou à Sua imagem,
agraciou com seus benefícios
e, em sua bondade, adotou como filho
Eu te esconjuro,
Satanás, príncipe deste mundo.
Reconhece o poder e a força de Jesus Cristo,
que te venceu no deserto,
te superou no horto,
e te despojou na cruz;
e, ressurgindo do sepulcro,
transferiu teus troféus para o reino da luz.
Retira-te desta criatura,
que, ao nascer, Jesus Cristo fez seu irmão
e, ao morrer, o conquistou com seu sangue.
Eu te esconjuro,
Satanás, enganador do gênero humano.
Reconhece o Espírito da verdade e da graça,
que repele as tuas ciladas
e confunde as tuas mentiras.
Sai desta criatura de Deus,
que ele marcou com um sigilo divino;
afasta-te deste homem,
a quem Deus tornou templo santo
por uma unção espiritual.
Afasta-te, pois, Satanás,
em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo;
afasta-te pela fé e pela oração da Igreja;
afasta-te pelo sinal da santa cruz
de nosso Senhor, Jesus Cristo,
que vive e reina para sempre. Amém.
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