A crucificação de Jesus - O significado da Cruz
Muitos pensam que uma aflição ou sofrimento significa a "cruz" que devem levar. Mas vamos
conhecer as Escrituras:
• "1JO 3:8 - Quem comete o pecado é do diabo; porque o diabo peca desde o princípio.
Para isto o Filho de Deus se manifestou: para destruir as obras do diabo."
A Crucificação de Jesus Cristo é o fim das obras do diabo, pois o Sangue derramado na cruz nos
limpa de todo pecado.
Mas quem não cre na Crucificação possui as imundícias do pecado, e "quem comete o pecado é do
diabo". Diabo significa "adversário". Ou seja, o diabo trabalha para o nosso mal, nos fazendo
sofrer. E, por não conhecerem as Escrituras, o sofrimento causado por um demônio é visto como
"a cruz que deve ser carregada". Assim carregam o adversário pensando ser a cruz.
Embora outros homens tenham sido crucificados por seus crimes, e alguns talvez por crimes que
não cometeram, Jesus foi crucificado por todos os pecados praticados no mundo. Foi crucificado
no seu lugar e no meu. As escrituras registram o fato:
• "LC 23:33 - E, quando chegaram ao lugar chamado a Caveira, ali o
crucificaram, e aos malfeitores, um à direita e outro à esquerda.
LC 23:34 - E dizia Jesus: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem. E, repartindo as suas vestes, lançaram sortes."
"Perdoa-lhes", disse Jesus. Embora eles o estivessem crucificando, o Senhor orou ao Pai pedindo
que lhes perdoasse. E ao dizer: "Perdoa-lhes", orava também por mim e por você. E foi para isto
que ele morreu no Calvário: propiciar o perdão a uma humanidade perdida e agonizante.
Não é através de práticas religiosas, como penitência, orações a santos, karma, etc.,
que obtemos o perdão de nossos pecados. Só obtemos o perdão por intermédio do sacrifício
vicário de Cristo na cruz do Calvário:
• "1PE 2:24 - Levando ele mesmo em seu corpo os nossos pecados sobre o
madeiro, para que, mortos para os pecados, pudéssemos viver para a
justiça; e pelas suas feridas fostes sarados."
"pelas suas feridas fostes sarados." O Senhor Jesus foi ferido em nosso lugar, para nos sarar!
Jesus tinha plena consciência de que Sua missão se cumpriria através de Sua morte:
• "MT 16:21 - Desde então começou Jesus a mostrar aos seus discípulos
que convinha ir a Jerusalém, e padecer muitas coisas dos anciãos, e dos
principais dos sacerdotes, e dos escribas, e ser morto, e ressuscitar ao
terceiro dia."
• "MT 20:28 - Bem como o Filho do homem não veio para ser servido, mas
para servir, e para dar a sua vida em resgate de muitos.
• "JO 3:14 - E, como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do homem seja levantado;"
Jesus deixou-se prender e crucificar porque o quis; entregou-se voluntariamente, em
cumprimento da vontade do Pai para a salvação dos homens:
• "JO 10:17 - Por isto o Pai me ama, porque dou a minha vida para tornar a tomá-la.
JO 10:18 - Ninguém ma tira de mim, mas eu de mim mesmo a dou; tenho
poder para a dar, e poder para tornar a tomá-la. Este mandamento recebi
de meu Pai."
Conhecia a hora:
• "JO 12:23 - E Jesus lhes respondeu, dizendo: É chegada a hora em que o Filho do homem há de ser glorificado."
• "JO 13:1 - ORA, antes da festa da páscoa, sabendo Jesus que já era
chegada a sua hora de passar deste mundo para o Pai, como havia amado os
seus, que estavam no mundo, amou-os até o fim."
• "JO 17:1 - JESUS falou assim e, levantando seus olhos ao céu, disse:
Pai, é chegada a hora; glorifica a teu Filho, para que também o teu
Filho te glorifique a ti;"
A crucificação fazia a vitima incorrer na maldição da lei:
• "DT 21:22 - Quando também em alguém houver pecado, digno do juízo de morte, e for morto, e o pendurares num madeiro,
DT 21:23 - O seu cadáver não permanecerá no madeiro, mas certamente o
enterrarás no mesmo dia; porquanto o pendurado é maldito de Deus; assim
não contaminarás a tua terra, que o SENHOR teu Deus te dá em herança."
• "GL 3:18 - Porque, se a herança provém da lei, já não provém da
promessa; mas Deus pela promessa a deu gratuitamente a Abraão."
A morte de Jesus foi, do ponto de vista legal e moral, o maior dos crimes, o mais hediondo
desvio à justiça. O próprio governador que deu a ordem, confessava que nenhum crime achava em
Jesus (Lc 23:4,14). A culpa dos judeus foi ainda maior (Jo 19:11); crucificaram "o Senhor da
glória." (1 Co 2:8), seu próprio e verdadeiro Rei (Jo 19:15).
A teologia cristã é a Cruz:
• "1CO 1:18 - Porque a palavra da cruz é loucura para os que perecem; mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus."
Todo o Novo Testamento testifica da verdade estarrecedora de Cristo crucificado,
porém triunfante. Seu tema constante é a paixão vitoriosa do Filho de Deus. Do principio ao fim
está dizendo:
• "JO 1:29 - No dia seguinte João viu a Jesus, que vinha para ele, e
disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo."
Os cristãos gloriavam-se no escândalo da Cruz:
• "1CO 15:3 - Porque primeiramente vos entreguei o que também recebi:
que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras,
1CO 15:4 - E que foi sepultado, e que ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras."
Que significa tudo isso? Que vem a ser a Redenção? O tema é sem dúvida inesgotável; vamos,
contudo, salientar alguns de seus aspectos fundamentais, de acordo com a Bíblia:
No momento em que Jesus entregou Seu espírito, deu-nos o acesso direto a Deus, rasgando-se o véu:
• "MT 27:51; MC 15:38; LC 23:45 - E eis que o véu do templo se rasgou
em dois, de alto a baixo; e tremeu a terra, e fenderam-se as pedras;"
O véu ali se achava, há longos anos, vedando ao
homem pecador os últimos mistérios da religião e impedindo. simbolicamente, a saída de Deus ao
encontro do pecador. Parecia que ali houvesse de permanecer para sempre e que, portanto, o homem
jamais pudesse conhecer de perto a Deus. Agora, é rasgado o véu; Deus se dá a conhecer ao homem.
A Cruz traz o homem para Deus, levando Deus ao homem:
• "HB 10:19 - Tendo, pois, irmãos, ousadia para entrar no santuário, pelo sangue de Jesus.
A pregação de Pentecoste afirmou que Jesus foi entregue pelo determinado desígnio e presciência
de Deus:
• "AT 2:23 - A este que vos foi entregue pelo determinado conselho e
presciência de Deus, prendestes, crucificastes e matastes pelas mãos de
injustos;"
• "2CO 5:19 - Isto é, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o
mundo, não lhes imputando os seus pecados; e pôs em nós a palavra da
reconciliação."
Deus estava agindo. Cristo encarou resolutamente sua ida a Jerusalém:
• "LC 9:51 - E aconteceu que, completando-se os dias para a sua assunção, manifestou o firme propósito de ir a Jerusalém."
para realizar Sua missão:
• "LC 12:50 - Importa, porém, que seja batizado com um certo batismo; e como me angustio até que venha a cumprir-se!"
A graça é o amor em ação; é o amor tomando a iniciativa. Quando éramos ainda pecadores,
Cristo morreu por nós.
Esse conceito vem desde o Antigo Testamento, onde a atividade redentora de Deus se exprime
através da história de Israel. Ele não nos trata segundo os nossos pecados, nem nos retribui
consoante nossas iniqüidades:
• "SL 103:10 - Não nos tratou segundo os nossos pecados, nem nos recompensou segundo as nossas iniqüidades."
• "IS 45:21 - Anunciai, e chegai-vos, e tomai conselho todos juntos;
quem fez ouvir isto desde a antiguidade? Quem desde então o anunciou?
Porventura não sou eu, o SENHOR? Pois não há outro Deus senão eu; Deus
justo e Salvador não há além de mim."
Desde o inicio, Jesus fez questão de identificar-se ao máximo com os homens. Por que havia Ele
de submeter-se ao batismo, símbolo da remissão de pecados? Que iria fazer o Santo de Deus no
confessionário?! Não podia Ele ficar de lado, dizendo: "Isso é para os pecadores; para mim não
tem sentido?" Se o fizesse, não seria nosso Salvador. O que Jesus fez naquele dia, no Jordão,
foi identificar-se com os quebrantados e oprimidos, com os infelizes e deserdados, fazendo Sua a
dor que eles sofriam, a vergonha que sobre eles pesava, sendo contado com os transgressores:
• "IS 53:12 - Por isso lhe darei a parte de muitos, e com os poderosos
repartirá ele o despojo; porquanto derramou a sua alma na morte, e foi
contado com os transgressores; mas ele levou sobre si o pecado de
muitos, e intercedeu pelos transgressores."
Nas Suas amizades, colocou-se ao lado dos Zaqueus, das Marias Madalenas - não de
maneira forçada ou oficial, nem com a superioridade tácita dos moralmente religiosos, porém,
simples e diretamente, porque os amava e não se envergonhava de lhes chamar de irmãos:
• "HB 2:11 - Porque, assim o que santifica, como os que são
santificados, são todos de um; por cuja causa não se envergonha de lhes
chamar irmãos..."
Quando morreu, foi colocado entre dois criminosos. Durante toda a Sua vida Ele pertencera aos
pecadora, e na morte não se apartou deles. É o lugar de Sua escolha. Por vontade de quem, por
ato de quem, está Jesus ali? De Pilatos, dos sacerdotes, do povo, dos poderes das trevas: essa é
uma partícula da verdade. "Ninguém me tira a vida; Eu espontaneamente a dou." (JO 10:18)
Ele podia ter-se esquivado. Foi tentado repetidamente a fazê-lo: no deserto (MT 4);
por Pedro (MT 16:22-23); no Getsêmani (MT 26-42),
até Seu suor era como se fossem gotas de sangue (LC 22:44).
Morreu voluntariamente:
• "MT 26:53 - Ou pensas tu que eu não poderia agora orar a meu Pai, e que ele não me daria mais de doze legiões de anjos?"
Podia - mas não quis esquivar da Cruz.
Fez-se contar com os transgressores, para levar os nossos pecados. Foi na paixão voluntária do
amor, que Ele se identificou comigo e se deu por mim.
O que significa o brado de desamparo:
• "MT 27:46 - E perto da hora nona exclamou Jesus em alta voz, dizendo:
Eli, Eli, lamá sabactâni; isto é, Deus meu, Deus meu, por que me
desamparaste?"
É mistério - o mistério de Sua Pessoa; porém, uma cousa é certa: é o amor de Deus, é a graça de
nosso Senhor Jesus Cristo. Ele, que não conheceu pecado, é "feito pecado" por nós:
• "2CO 5:21 - Àquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus."
Levou sobre si a carga inominável do pecado humano, e no Seu brado de desamparo vemo-lo cambalear sob o
peso. Em toda a história, somente este Ultimo Adão chegou a ver o pecado como Deus o vê. Como,
pois, não hei de confessar, com humildade, com adoração o na companhia da grande multidão dos
remidos no céu e na terra:
• "1PE 3:18 - Porque também Cristo padeceu uma vez pelos pecados, o
justo pelos injustos, para levar-nos a Deus; mortificado, na verdade, na
carne, mas vivificado pelo Espírito;"
Jesus, o Cordeiro de Deus, se identificou conosco na Encarnação. É crucificado por nós.
E Ele mesmo, nosso Sumo Sacerdote, entra com Seu sangue, através do véu de Sua carne ferida,
à presença imediata do Pai.
Assim fazendo, leva consigo nossa vida, pois com Ele morremos:
• "2CO 5:14 - Porque o amor de Cristo nos constrange, julgando nós assim: que, se um morreu por todos, logo todos morreram."
Porque estamos identificados com Ele, Cristo leva no coração de Sua humanidade divina, toda a
ignominia e toda a ferida do nosso pecado. Seu ato representativo é um ato expiador.
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