O batismo de Jesus marca o início do ministério público de Jesus. Este evento é narrado nos três evangelhos sinóticos (Mateus, Lucas e Marcos, enquanto que em João 1:29-33, que não é uma narrativa direta, João Batista testemunha o episódio1 2 . O batismo é um dos cinco eventos mais importantes da narrativa evangélica sobre a vida de Jesus, os outros sendo a transfiguração, a crucificação, a ressurreição e a ascensão3 4 .
João Batista pregava o "batismo pela água", não de perdão ou contrição, mas para a remissão dos pecados (Lucas 3:3) e se declarava um precursor d'Aquele que iria batizar "com o Espírito Santo e com o fogo" (Lucas 3:16). Ao fazê-lo, ele estava preparando o caminho para o "Senhor"5 . Jesus veio até o Rio Jordão, onde ele foi batizado por João num lugar que é tradicionalmente conhecido como Qasr al-Yahud ("Castelo dos Judeus")5 6 7 8 9 . Este evento termina com o céu se abrindo, a descida do Espírito Santo na forma de uma pomba e uma voz divina anunciando: "Tu és o meu Filho dileto, em ti me agrado."10 . A voz combina frases chave do Antigo Testamento: "Meu Filho" (o rei da linhagem de David adotado como Filho de Deus em Salmos 2:1 e Salmos 10:1, "dileto" (ou "bem-amado" - como Isaque em Gênesis 22:) e "em ti me agrado" (o servo de Deus em Isaías 42:1)5
A maior parte das denominações cristãs veem o batismo de Jesus como um evento importante e a base para o rito cristão do batismo (veja também Atos 19:1-7). A controvérsia reside principalmente com a relação do ato com a heresia do cristianismo primitivo conhecida como adocionismo, que pregava que Jesus só ali se tornou o Filho de Deus.
No cristianismo oriental, o batismo de Jesus é comemorado no dia 6 de janeiro, a festa da Epifania11 . Na Igreja Católica, na Comunhão Anglicana e em outras denominações ocidentais, ela é relembrada num dia da semana seguinte, a festa do Batismo do Senhor. No catolicismo romano, o batismo de Jesus é um dos Mistérios Luminosos do Santo Rosário.
Relatos bíblicos
Nos evangelhos, os relatos do batismo de Jesus são sempre precedidos por informações sobre João Batista e seu ministério12 13 14 . Neles, João pregava pela contrição e pelo arrependimento para remissão dos pecados e encorajava as esmolas para os pobres (como em Lucas 3:11) conforme ele ia batizando as pessoas na região do Rio Jordão, próximo da Pereia, por volta do início do período conhecido como ministério de Jesus. O Evangelho de João (João 1:28) especifica "Betânia, além do Jordão", ou seja Bethabara, na Pereia, quando ele se refere pela primeira vez a ele e, depois, João 3:23 se refere a mais batismos num lugar chamado "Enom, perto de Salim" "porque havia ali muitas águas"15 16 .
Os quatro evangelhos não são as únicas referências ao ministério de João na região do Jordão. Em Atos 10:37-38, Pedro se refere a como o ministério de Jesus se iniciou "depois do batismo que pregou João"17 . Nas Antiguidades Judaicas (18.5.218 ), o historiador judeu do século I Flávio Josefo também escreveu sobre João Batista e sua morte na Pereia19 20 .
Nos evangelhos, João já vinha profetizando (como em Lucas 3:16) a vinda de alguém "mais poderoso do que eu"1 21 . Paulo também se refere a esta antecipação por João em Atos 19:422 . Em Mateus 3:14, ao se encontrar com Jesus, João diz: "Eu é que preciso ser batizado por ti, e tu vens a mim?". Porém, Jesus o convence a batizá-lo mesmo assim23 . Na cena batismal, após Jesus emergir da água, o céu se abre e uma "voz divina" diz: "Tu és o meu Filho dileto, em ti me agrado.". O Espírito Santo então descende sobre Jesus na forma de uma pomba em Mateus 3:13-17, Marcos 1:9 e Lucas 3:21-231 21 23 . Em João 1:29-33, ao invés de uma narrativa direta, encontramos João Batista testemunhando o evento1 2 .
Este é um dos casos nos evangelhos onde uma voz divina chama Jesus de "Filho", sendo a outra durante a transfiguração de Jesus24 25 .
Após o batismo, os evangelhos sinóticos seguem descrevendo a tentação de Jesus, mas João 1:35 narra o primeiro encontro entre Jesus e dois de seus futuros discípulos, que eram na época discípulos de João Batista26 27 . Nesta narrativa, no dia seguinte, João Batista vê Jesus novamente e o chama de Cordeiro de Deus e "Os dois discípulos, ouvindo dizer isto, seguiram a Jesus"17 28 29 . Um deles é chamado de André, mas o nome do outro não é revelado. Raymond E. Brown levanta a hipótese de que o outro poderia ser o autor do Evangelho de João, João Evangelista2 30 . Seguindo na narrativa, os dois agora passaram a ser discípulos de Jesus daí em diante e trazem outros para o grupo. Eventualmente, em Atos 18:24 até Atos 19:6, estes discípulos terminam por se misturar ao corpo maior de seguidores de Jesus2
No Novo Testamento, João Batista é descrito como habitando a região do deserto do Mar Morto. E depois iniciou sua pregação na região da Judeia, tendo instituído o Batismo como doutrina proveniente de Deus e caminho da salvação eterna. Alguns estudiosos descrevem esta região como uma das mais corrompidas da época. Algumas tradições religiosas indicam o local de pregação de João Batista próximo a atual Ponte Allenby. Jesus encontrou João Batista anunciando a palavra de Deus nas margens do rio Jordão e lá foi batizado por ele, marcando o início de seu ministério.
O local de batismo turístico oficial de Israel é onde o Mar da Galileia flui para o Rio Jordão.31 Este local é muito distante do atual local onde supõe-se que João Batista tenha batizado.31 Esta realocação foi realizada para evitar conflitos com a Jordânia.3
O batismo de Jesus é geralmente considerado como o início do seu ministério, logo após o início do ministério de seu primo, João Batista. 12 14 32 . Em Lucas 3:1-2 podemos ler33 34 :
“ «No décimo quinto ano do reinado de Tibério César, sendo Pôncio Pilatos governador da Judeia, Herodes tetrarca da Galileia, seu irmão Filipe tetrarca da região da Itureia e Traconites, e Lisânias tetrarca de Abilene, sendo sumos sacerdotes Anás e Caifás, veio a palavra de Deus a João, filho de Zacarias, no deserto.» (Lucas 3:1-2) ”
Há, porém, duas tentativas de determinar quando o reinado de Tibério César se iniciou35 . A tradicional é assumir que o reino de Tibério começou quando ele se tornou co-regente, em 11 d.C., o que colocaria o início do ministério de João Batista por volta do ano 26 d.C. Porém, alguns acadêmicos assumem que ele começou com a morte de seu predecessor, Augusto César, em 14 d.C., implicando que o ministério de João teria começado em 29 d.C.35 .
As datas geralmente aceitas para o início do ministério de João baseadas neste trecho ficam, portanto, entre 26-29 d.C., com o ministério de Jesus e o Seu batismo ocorrendo logo em seguida
Em Lucas, Jesus é observado por uma grande multidão que se reunira para ver João e ser batizada por ele, enquanto que em Marcos não há menção de mais ninguém fora Jesus e João na ocasião. A cena se inicia em Lucas e Mateus com João proferindo um polêmico discurso, aparentemente contra os fariseus e saduceus, ali presentes. Lucas e Mateus então se reencontram com o relato de Marcos, que não trata dele, retratando Jesus descendo em direção a João e sendo batizado por ele.
Enquanto Lucas é explícito sobre o Espírito de Deus descendo no formato de uma pomba, a escolha de palavras em Mateus é vaga o suficiente para que possa ser interpretada como apenas sugerindo que tal descida teria tomado a forma de uma pomba. Há uma variada gama de simbolismo relacionado às pombas na época em que estas passagens foram escritas. Enquanto Howard Clarke39 acredita que eles remetem à figura de Noé enviando a pomba para encontrar terra seca, sendo assim um símbolo do renascimento, Albright e Mann40 notam que em Oséas, a pomba é símbolo do povo de Israel. Seja qual for o significado dos evangelhos sinóticos, a iconografia da pomba se tornou a partir daí o símbolo do Espírito Santo na arte cristã.
Relatos apócrifos e heterodoxos
O batismo de Jesus aparece nos apócrifos do Novo Testamento e em algumas crenças consideradas heréticas pelo cristianismo majoritário.
De acordo com o Evangelho dos Hebreus, do qual sobraram apenas fragmentos, a sugestão para que Jesus fosse se batizar com João veio da mãe e dos irmãos de Jesus, sendo que Ele originalmente teria resistido, dizendo "Em que eu teria pecado para precisar ser imergido por ele? A não ser, claro, que exatamente isso que agora eu digo seja o pecado da ignorância e da presunção."41 .
O adocionismo, a crença de que o homem Jesus foi adotado como Filho de Deus era uma das duas cristologias mais populares do século II. Um tipo de adocionismo, como o que era mantido pelos ebionitas (judeo-cristãos), defendia que Jesus se tornara o Filho de Deus no seu batismo. O outro defendia que isso teria acontecido na ressurreição.
O proto-gnóstico do século I Cerinto ensinava que Cristo (um espírito) adentrou no homem Jesus em seu batismo, permanecendo distinto dele (guiando-o e ensinando-o), e deixou-o na crucificação
As representações do Batismo de Jesus são muito antigas e podem ser vistas já nas catacumbas romanas, em um afresco na Catacumba de Calixto, na cripta de Lúcia, do século II. É uma composição simples em que aparecem somente Jesus a João Batista. Mais tarde, a partir do século VI, a cena se enriquece com detalhes, como a presença de anjos que atuam com acólitos. O Rio Jordão muita vezes é destacado e os artistas muitas vezes o representam como as barbas de Deus. Outro elemento recorrente é um cervo que bebe pacificamente nas águas do rio.
Nos séculos XIII e XIV os artistam alteram a cena. Ao invés de ver Jesus submergido nas águas, se vê João que derrama sobre a derrama sobre a cabeça de Jesus com o auxílio de uma concha, como se pode cnmtemplar nos baixos relevos da porta do Batistério em Florença. Muitos artistas do Renascimento representam Jesus orando e recebendo a água derramada, os anjos participam deste ato solene.
João Batista pregava o "batismo pela água", não de perdão ou contrição, mas para a remissão dos pecados (Lucas 3:3) e se declarava um precursor d'Aquele que iria batizar "com o Espírito Santo e com o fogo" (Lucas 3:16). Ao fazê-lo, ele estava preparando o caminho para o "Senhor"5 . Jesus veio até o Rio Jordão, onde ele foi batizado por João num lugar que é tradicionalmente conhecido como Qasr al-Yahud ("Castelo dos Judeus")5 6 7 8 9 . Este evento termina com o céu se abrindo, a descida do Espírito Santo na forma de uma pomba e uma voz divina anunciando: "Tu és o meu Filho dileto, em ti me agrado."10 . A voz combina frases chave do Antigo Testamento: "Meu Filho" (o rei da linhagem de David adotado como Filho de Deus em Salmos 2:1 e Salmos 10:1, "dileto" (ou "bem-amado" - como Isaque em Gênesis 22:) e "em ti me agrado" (o servo de Deus em Isaías 42:1)5
A maior parte das denominações cristãs veem o batismo de Jesus como um evento importante e a base para o rito cristão do batismo (veja também Atos 19:1-7). A controvérsia reside principalmente com a relação do ato com a heresia do cristianismo primitivo conhecida como adocionismo, que pregava que Jesus só ali se tornou o Filho de Deus.
No cristianismo oriental, o batismo de Jesus é comemorado no dia 6 de janeiro, a festa da Epifania11 . Na Igreja Católica, na Comunhão Anglicana e em outras denominações ocidentais, ela é relembrada num dia da semana seguinte, a festa do Batismo do Senhor. No catolicismo romano, o batismo de Jesus é um dos Mistérios Luminosos do Santo Rosário.
Relatos bíblicos
Nos evangelhos, os relatos do batismo de Jesus são sempre precedidos por informações sobre João Batista e seu ministério12 13 14 . Neles, João pregava pela contrição e pelo arrependimento para remissão dos pecados e encorajava as esmolas para os pobres (como em Lucas 3:11) conforme ele ia batizando as pessoas na região do Rio Jordão, próximo da Pereia, por volta do início do período conhecido como ministério de Jesus. O Evangelho de João (João 1:28) especifica "Betânia, além do Jordão", ou seja Bethabara, na Pereia, quando ele se refere pela primeira vez a ele e, depois, João 3:23 se refere a mais batismos num lugar chamado "Enom, perto de Salim" "porque havia ali muitas águas"15 16 .
Os quatro evangelhos não são as únicas referências ao ministério de João na região do Jordão. Em Atos 10:37-38, Pedro se refere a como o ministério de Jesus se iniciou "depois do batismo que pregou João"17 . Nas Antiguidades Judaicas (18.5.218 ), o historiador judeu do século I Flávio Josefo também escreveu sobre João Batista e sua morte na Pereia19 20 .
Nos evangelhos, João já vinha profetizando (como em Lucas 3:16) a vinda de alguém "mais poderoso do que eu"1 21 . Paulo também se refere a esta antecipação por João em Atos 19:422 . Em Mateus 3:14, ao se encontrar com Jesus, João diz: "Eu é que preciso ser batizado por ti, e tu vens a mim?". Porém, Jesus o convence a batizá-lo mesmo assim23 . Na cena batismal, após Jesus emergir da água, o céu se abre e uma "voz divina" diz: "Tu és o meu Filho dileto, em ti me agrado.". O Espírito Santo então descende sobre Jesus na forma de uma pomba em Mateus 3:13-17, Marcos 1:9 e Lucas 3:21-231 21 23 . Em João 1:29-33, ao invés de uma narrativa direta, encontramos João Batista testemunhando o evento1 2 .
Este é um dos casos nos evangelhos onde uma voz divina chama Jesus de "Filho", sendo a outra durante a transfiguração de Jesus24 25 .
Após o batismo, os evangelhos sinóticos seguem descrevendo a tentação de Jesus, mas João 1:35 narra o primeiro encontro entre Jesus e dois de seus futuros discípulos, que eram na época discípulos de João Batista26 27 . Nesta narrativa, no dia seguinte, João Batista vê Jesus novamente e o chama de Cordeiro de Deus e "Os dois discípulos, ouvindo dizer isto, seguiram a Jesus"17 28 29 . Um deles é chamado de André, mas o nome do outro não é revelado. Raymond E. Brown levanta a hipótese de que o outro poderia ser o autor do Evangelho de João, João Evangelista2 30 . Seguindo na narrativa, os dois agora passaram a ser discípulos de Jesus daí em diante e trazem outros para o grupo. Eventualmente, em Atos 18:24 até Atos 19:6, estes discípulos terminam por se misturar ao corpo maior de seguidores de Jesus2
No Novo Testamento, João Batista é descrito como habitando a região do deserto do Mar Morto. E depois iniciou sua pregação na região da Judeia, tendo instituído o Batismo como doutrina proveniente de Deus e caminho da salvação eterna. Alguns estudiosos descrevem esta região como uma das mais corrompidas da época. Algumas tradições religiosas indicam o local de pregação de João Batista próximo a atual Ponte Allenby. Jesus encontrou João Batista anunciando a palavra de Deus nas margens do rio Jordão e lá foi batizado por ele, marcando o início de seu ministério.
O local de batismo turístico oficial de Israel é onde o Mar da Galileia flui para o Rio Jordão.31 Este local é muito distante do atual local onde supõe-se que João Batista tenha batizado.31 Esta realocação foi realizada para evitar conflitos com a Jordânia.3
O batismo de Jesus é geralmente considerado como o início do seu ministério, logo após o início do ministério de seu primo, João Batista. 12 14 32 . Em Lucas 3:1-2 podemos ler33 34 :
“ «No décimo quinto ano do reinado de Tibério César, sendo Pôncio Pilatos governador da Judeia, Herodes tetrarca da Galileia, seu irmão Filipe tetrarca da região da Itureia e Traconites, e Lisânias tetrarca de Abilene, sendo sumos sacerdotes Anás e Caifás, veio a palavra de Deus a João, filho de Zacarias, no deserto.» (Lucas 3:1-2) ”
Há, porém, duas tentativas de determinar quando o reinado de Tibério César se iniciou35 . A tradicional é assumir que o reino de Tibério começou quando ele se tornou co-regente, em 11 d.C., o que colocaria o início do ministério de João Batista por volta do ano 26 d.C. Porém, alguns acadêmicos assumem que ele começou com a morte de seu predecessor, Augusto César, em 14 d.C., implicando que o ministério de João teria começado em 29 d.C.35 .
As datas geralmente aceitas para o início do ministério de João baseadas neste trecho ficam, portanto, entre 26-29 d.C., com o ministério de Jesus e o Seu batismo ocorrendo logo em seguida
Em Lucas, Jesus é observado por uma grande multidão que se reunira para ver João e ser batizada por ele, enquanto que em Marcos não há menção de mais ninguém fora Jesus e João na ocasião. A cena se inicia em Lucas e Mateus com João proferindo um polêmico discurso, aparentemente contra os fariseus e saduceus, ali presentes. Lucas e Mateus então se reencontram com o relato de Marcos, que não trata dele, retratando Jesus descendo em direção a João e sendo batizado por ele.
Enquanto Lucas é explícito sobre o Espírito de Deus descendo no formato de uma pomba, a escolha de palavras em Mateus é vaga o suficiente para que possa ser interpretada como apenas sugerindo que tal descida teria tomado a forma de uma pomba. Há uma variada gama de simbolismo relacionado às pombas na época em que estas passagens foram escritas. Enquanto Howard Clarke39 acredita que eles remetem à figura de Noé enviando a pomba para encontrar terra seca, sendo assim um símbolo do renascimento, Albright e Mann40 notam que em Oséas, a pomba é símbolo do povo de Israel. Seja qual for o significado dos evangelhos sinóticos, a iconografia da pomba se tornou a partir daí o símbolo do Espírito Santo na arte cristã.
Relatos apócrifos e heterodoxos
O batismo de Jesus aparece nos apócrifos do Novo Testamento e em algumas crenças consideradas heréticas pelo cristianismo majoritário.
De acordo com o Evangelho dos Hebreus, do qual sobraram apenas fragmentos, a sugestão para que Jesus fosse se batizar com João veio da mãe e dos irmãos de Jesus, sendo que Ele originalmente teria resistido, dizendo "Em que eu teria pecado para precisar ser imergido por ele? A não ser, claro, que exatamente isso que agora eu digo seja o pecado da ignorância e da presunção."41 .
O adocionismo, a crença de que o homem Jesus foi adotado como Filho de Deus era uma das duas cristologias mais populares do século II. Um tipo de adocionismo, como o que era mantido pelos ebionitas (judeo-cristãos), defendia que Jesus se tornara o Filho de Deus no seu batismo. O outro defendia que isso teria acontecido na ressurreição.
O proto-gnóstico do século I Cerinto ensinava que Cristo (um espírito) adentrou no homem Jesus em seu batismo, permanecendo distinto dele (guiando-o e ensinando-o), e deixou-o na crucificação
As representações do Batismo de Jesus são muito antigas e podem ser vistas já nas catacumbas romanas, em um afresco na Catacumba de Calixto, na cripta de Lúcia, do século II. É uma composição simples em que aparecem somente Jesus a João Batista. Mais tarde, a partir do século VI, a cena se enriquece com detalhes, como a presença de anjos que atuam com acólitos. O Rio Jordão muita vezes é destacado e os artistas muitas vezes o representam como as barbas de Deus. Outro elemento recorrente é um cervo que bebe pacificamente nas águas do rio.
Nos séculos XIII e XIV os artistam alteram a cena. Ao invés de ver Jesus submergido nas águas, se vê João que derrama sobre a derrama sobre a cabeça de Jesus com o auxílio de uma concha, como se pode cnmtemplar nos baixos relevos da porta do Batistério em Florença. Muitos artistas do Renascimento representam Jesus orando e recebendo a água derramada, os anjos participam deste ato solene.
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