domingo, 5 de abril de 2015

Porque tantos crentes estão abandonando as igrejas locais?

Um fenômeno está acontecendo ultimamente e tem me chamado bastante à atenção. É o “abandono das igrejas locais”, por parte dos crentes que as frequentam.

No afã de entender esse fenômeno que acontece não é de hoje, todos sabem que a porta de “saída tem sido maior do que a de entrada”, principalmente na Assembleia de Deus, igreja que frequento há quase 20 anos.

E quando digo que crentes, os mais diversos, têm abandonado as Igrejas, não estou falando apenas de novos convertidos ou novos na fé, mas cito crentes com anos de igreja, pois conheço vários que tem dez, quinze e vinte anos de fé, e não obstante a isso estão deixando o redil.

Particularmente eu enumerei pelo menos quatro pontos, que em minha opinião, tem sido cruciais para esse evento:

1.       Falta de pregação bíblica e cristocêntrica – Quando falta à palavra de Deus na igreja, a tendência dela é recuar, todos sabem disso. Toda igreja sadia e forte tem como fundamento a pregação da Bíblia na sua totalidade. É por isso que o apóstolo Paulo escrevia ao jovem pastor Timóteo: “Que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina”. 2 Timóteo 4:2. Enquanto isso é comum ouvirmos pregações vazias, verdadeiros chavões e frases de efeito decoradas de pregadores de “renome” no afã de alegrar a igreja. Isso tem gerado uma Igreja doente e sem vida, e por essa razão muitos estão abandonando a fé.

2.       Autoritarismo da liderança – Sou daqueles que defendem a submissão e o respeito à liderança eclesiástica, ou seja, aos pastores constituídos por Deus (Obedecei a vossos pastores, e sujeitai-vos a eles; porque velam por vossas almas, como aqueles que hão de dar conta delas; para que o façam com alegria e não gemendo, porque isso não vos seria útil. Hebreus 13:17). Mas é de admirar que alguns pastores tenham se aproveitado de versículos como esse e do desconhecimento da membresia e agido como verdadeiros “coronéis da fé”, obrigando aos membros de suas igrejas a aceitarem todas as suas decisões e determinações calados, e isso tem gerado um clima de “servir a Deus por medo e cação”. Qualquer que se atreve a questionar alguns líderes corre o risco de ser taxado de rebelde, divisor, etc.

3.       Abandono das ovelhas por parte dos pastores – Não são todos os pastores, pois ainda encontramos lindas exceções, no entanto existe uma cifra considerável de ministros de igrejas locais que tem simplesmente abandonado às ovelhas a própria sorte. Eu particularmente tenho me deparado com ovelhas abandonadas, desamparadas, e entregues ao lobo devorador (SATANÁS).

      Principalmente se a ovelha for pobre, morar numa casinha de favela, não tiver um bom carro, um bom emprego, uma boa formação escolar. Etc. Por causa disso as ovelhas estão simplesmente abandonando as igrejas e vivendo com sequelas permanentes na alma, que só uma mudança radical desses ministros e a graça de Deus pode evitar que milhares percam a sua salvação e que os responsáveis pelas suas almas (PASTORES) respondam perante o Sumo Pastor (JESUS) pela sua negligência no cuidado com as ovelhas.

4.       Cobrança exacerbada de dinheiro – Eu não sou avarento, nem sou contra a doutrina dos dízimos e ofertas alçadas nas igrejas. Mas o que está acontecendo ultimamente “é uma vergonha” e uma mancha no seio da Igreja de Cristo. Lembro-me perfeitamente de quando aceitei a Cristo como meu único e suficiente Salvador e Senhor, que a única cobrança de dinheiro nas igrejas era os dízimos e as ofertas alçadas (Malaquias 3.10).

Porém, ultimamente inventaram um bojo de cobranças que raia o absurdo: Oferta de missão (que teria que ser retirado dos dízimos e ofertas); oferta pro aniversário do Pastor setorial, do co-Pastor, e suas esposas, oferta pra ajudar na festa de coral, conjunto de irmãs, segunda e terceira oferta durante os cultos, etc.

Não preciso continuar citando, pois todo assembleiano sabe do que estou falando. É realmente um absurdo, estou indignado ao ver como o povo tem sido tratado (ou melhor, maltratado) por pessoas inescrupulosas e avarentas. É chegada a hora de esboçar um movimento de reação contra tanta injustiça e impunidade, antes que tenhamos que ajustar as contas com o Senhor da Obra e responder por todos os nossos “crimes”.

Pra quem discorda de mim eu respeito, mas mesmo assim, até que me prove o contrário esse é o meu pensamento e essa é a visão que tenho presenciado durante todos esses anos nas Igrejas.

Não, não incentivo a ninguém o abandono da fé, pois que mesmo com todos os erros de “alguns”, a igreja é de Cristo (... e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela; Mateus 16:18), e Jesus por certo está vendo tudo o que está acontecendo e ele com certeza há de tomar as devidas providências.

Paz de Cristo a todos,

Nenhum comentário:

Postar um comentário