terça-feira, 5 de maio de 2015

Os “poderes da mente” existem?

Os chamados “poderes da mente” não existem. É o que mais de um século de investigações demonstram: de seus primórdios no século 19 associados ao espiritualismo e a metapsíquica, até sua versão moderna reconhecida mesmo pela AAAS, a prestigiada Associação Americana para o Avanço da Ciência que publicada nada menos que o periódico “Science”, a parapsicologia falhou em demonstrar inequivocamente que seu próprio objeto de estudo de fato exista.

Durante todo este tempo, os verdadeiros e já mais do que fabulosos poderes da mente, como o intelecto e a criatividade, descobriram, comprovaram, compreenderam e exploraram um sem número de fenômenos que a nossos antepassados pareceriam mágicos. É assim que com sensores eletromagnéticos podemos perscrutar a atividade cerebral e, através de ondas de rádio, transmiti-la a grande distância, concretizando a mágica “telepatia”. É assim que a mesma companhia de brinquedos que criou a boneca Barbie anuncia para breve um jogo em que crianças poderão manipular objetos com a “força da mente”, em uma espécie de telecinese tecnológica. E real. E é assim que podemos prever com enorme precisão todos os eclipses solares que ocorrerão nos próximos milênios. É a precognição que a ciência pode demonstrar prontamente.

Apologistas do paranormal que reconheçam a falta de resultados práticos em sua área podem argumentar que eles não são nulos. Haveria indicações, mesmo evidências, de fenômenos ou anomalias tênues. Alguns poderiam ser mesmo reproduzidos. Mais pesquisas, com maior controle, poderiam demonstrá-los de forma mais clara. Os “poderes da mente”, aqueles aparentemente mágicos, seriam concretos. Apenas fugazes, imprevisíveis e assim talvez por definição elusivos. Só seriam reconhecidos como anomalias estatísticas em uma grande série de experimentos.

Muito bem. A força da gravidade também é uma força tênue. A influência gravitacional do gigantesco Júpiter é menor do que a de uma pessoa a seu lado. Pular de um prédio demonstra ainda assim que mesmo forças tênues podem produzir efeitos muito claros e consistentes. E é nisto que a parapsicologia sem dúvida falhou em mais de um século de busca.

Quando algum “psíquico” ou “vidente” alega ser capaz de prever o futuro, a pergunta popular de por que não aposta – e ganha – na loteria é mais do que apropriada. Aqui também, o desafio paranormal do cético norte-americano James Randi é mais do que relevante. Qualquer um que diga poder dobrar talheres com a força da mente pode demonstrá-lo e ganhar 1 milhão de dólares de Randi. O desafio não se aplica apenas a dobrar talheres, claro, e sim a todo tipo de feito paranormal. Nenhum dos mais famosos paranormais do mundo jamais sequer tentou. Ninguém jamais passou nos testes preliminares do desafio de Randi.

Um ou mesmo dois séculos de esforços não devem produzir respostas definitivas, é bem verdade. Somos humanos e é possível que o paranormal exija um esforço de muitos séculos até ser reconhecido inequivocamente. Por outro lado, se tais poderes não existem, uma eternidade de pesquisas continuará falhando em demonstrá-los.

Jamais poderemos provar a negativa, isto é, que o paranormal simplesmente não existe. Mas cada ano que passa sem que ele seja provado é mais um ano a demonstrar que não é nada insensato presumir que tais tipos de “poderes da mente” simplesmente não existem.bom acho que no meu ponto de vista eles esperavam um jedi ou algo parecido pobre seres humanos não sabem de nada do mundo sobrenatural.

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