sexta-feira, 10 de julho de 2015

O DEMÔNIO AZAZEL

As pegadas, mas não de um homem ou qualquer animal, são diferentes, são assustadoras.
A manchete do jornal "The Times" do dia seguinte (exatamente 16 de fevereiro de 1855) descreveria perfeitamente o sombrio fato  que ocorrera naquela inesquecível noite... "O Azazel andou em Devon".
Na noite anterior (uma quinta-feira) uma grande nevasca invadiu a região de Exeter no sul de Devon na Inglaterra. O frio fora intenso e a manhã fora a o momento dos cidadãos verem os estragos que a nevasca causara. Boas noticias, ninguém esperava, mas o que viram deixou todo os moradores duplamente  pasmados.

Em todos os jardins haviam pegadas, mas não pegadas humanas,aquilo era diferente, era uma pegada desconhecida. Eram pegadas em formas de ferradura, entretanto não poderiam ser de um animal quadrupede, com certeza era de um bípede; fato claramente notado pelos espaçamentos das passadas.
 Muitos moradores afirmavam que aquilo era o fim do mundo e muitos temiam principalmente por suas crianças, pois muitas das pegadas foram encontradas frente as janelas dos quartos de crianças.

As pegadas não cessaram em uma só noite e muitas famílias acreditavam que se elas aparecessem em seus quintais provavelmente alguém de sua família iria morrer, ou talvez alguém ali havia feito algum  pacto com o demônio. Parece difícil de acreditar, mas houve alguns assassinatos na época por esse motivo.

Então surgiram as aparições documentadas; vejam essas:

Foram muitos os avistamentos na região de uma criatura com grandes chifres, rabo e patas de bode que corria numa velocidade incrível.

Na região de Dawlish um grupo de renomados cidadãos avistaram um criatura demoníaca que corria e saltava gargalhando velozmente em todas as direções e só não foram atacados pois se ajoelharam e oraram pedindo proteção.
Azazel (ángel caído)

Azazel ou ZoZo (em hebraico: עזאזל)[a] é o nome atribuído a um anjo, que seria encarregado da tarefa de levantar as faltas humanas e as enumerar perante o Tribunal Divino, durante o julgamento anual da humanidade.1 É, por outro lado, uma figura misteriosa, que aparece por três vezes na Bíblia Hebraica, relacionado expressamente com o ritual do Yom Kipur, quando, na época do Templo de Jerusalém, um bode era sacrificado para o Criador e outro era ofertado a Azazel, sendo este último animal encaminhado ao deserto.2 3 4 Azazel também é comumente conhecido como o responsável pelo pecado da Ira entre os Sete Príncipes do Inferno (que correspondem os sete pecados).
Basta um pouco de trigo jogados no chão da Casa para ver as Pegadas deste Demônio, Azazel e o Demônio da noite que caminha a procura de uma alma que possa seguir os seus mandamentos, e possuir os dons Maléficos. 

Ao lado de Shemihazah, liderou um grupo de duzentos anjos que desceram à Terra, com o fito de viver entre os humanos. Conheceram as mulheres, e com elas tiveram filhos. Particularmente, Azazel teve filhos que pereceram no Dilúvio. Esses rebentos foram chamados de nefilim.4 "O Texto Massorético indica um nome próprio que, à parte dessa menção, é inteiramente desconhecido [nas Escrituras]: Azazel, que os rabinos da Idade Média explicavam ser designação de um demônio peludo do deserto. Então, Arão lançaria sortes por um demônio. Ora, não se faz inclusão do culto ou adoração de demônios em parte alguma da Torá, e não pode existir a mínima possibilidade de que tal culto surja aqui (e nos versículos seguintes deste capítulo [Lv16]. A óbvia solução desse enigma encontra-se na separação das duas partes da palavra 'Azazel', de modo que fique ez azel, isto é, 'o bode da partida ou da demissão'. Noutras palavras, como o versículo 10 deixa bem claro, esse segundo bode deve ser conduzido para fora, ao deserto, para onde deverá encaminhar-se, e de modo simbólico, levar embora os pecados do povo de Israel, retirando-os do acampamento do povo. É inquestionável que a LXX entendeu o versículo e o nome Azazel dessa forma, ao apresentar a grafia to apopompaio (para o que for enviado para longe). De forma semelhante, a Vulgata traz capro emissário (para o bode que deve ser despedido). Assim, ao separarmos as duas palavras que foram indevidamente fundidas numa só no hebraico, passamos a ter um texto que faz sentido perfeito no contexto, sem fazer concessão a demônios, cujo exemplo não existe nas Escrituras. Noutras palavras, 'bode emissário' (KJV, NASB, NIV) é a verdadeira tradução a ser empregada, em vez de "para Azazel"(ASV, RSV) (Enciclopédia de Dificuldades Bíblicas, 1998, 2ª impressão, p.39 ) "azazel, palavra que talvez devesse ser vocalizada como ez azel (um bode de partida). É preciso que se entenda que o registro dos documentos do Antigo Testamento era escrito só com as consoantes; os pontos representativos das vogais só passaram a ser colocados no texto a partir de 800 d.C [Texto Massorético] ...A tradição, segundo a qual, o bode emissário era o nome de um demônio do deserto originar-se-ia muito tempo depois, e estaria totalmente em desacordo como os princípios da redenção ensinados na Torá. Portanto, é inteiramente errado imaginar que esse cabrito representava o próprio Satanás, visto que nem o diabo nem seus demônios jamais são mencionados desempenhando funções expiatórias em prol da humanidade - que é a implicação dessa interpretação"(Idem p. 137) "A palavra tem sido entendida e traduzida de diversas maneiras. As versões antigas (LXX, Símaco, Teodócio e Vulgata) entenderam que a palavra indica o 'bode que se vai', considerando como derivada de duas palavras hebraicas: ez= bode, e azal= virar-se" "Uma possibilidade final é considerar o vocábulo [Azazel} como a designação de um ser pessoal de modo a contrapor-se à palavra SENHOR . Neste sentido Azazel poderia ser um espírito maligno (Enoque 8:1; 10:4; 2 CR 11:15; Is 34:14; Ap 18:2 ou até mesmo o próprio demônio (KD. loc. cit.), numa oposição de antítese ao Senhor. No entanto, as referências de Enoque a Azazel como um demônio dependem, sem dúvida alguma, da interpretação que o próprio autor desse livro faz de Lv. 16 e Gn 6:4" "Mas nessa passagem joanina também se percebe uma alusão ao bode emissário. Esse fato é claramente visto nas palavras 'leva embora' (ARA, ´tira'; cf. 1 Jo 3:5 ) (Dicionário Internacional de Teologia do Antigo Testamento, p. 1099)"

No livro de Enoque, Azazel ( citado como Azazyel ) é um dos anjos caídos, chamados de nefilins, que se sentiram atraídos pelas mulheres e vieram na terra para ter relações sexuais com elas. Destas relações nasceram os Sentinelas ou Gigantes. Azazel e outros anjos caídos passaram conhecimentos a humanidade, ensinaram a humanidade a fazer armas, espadas, armaduras, agricultura, astronomia. Deus viu isso como uma traição e eliminou-os da terra com um Dilúvio (citado também em Gênesis). Ainda de acordo com o Livro de Enoque, Azazel foi julgado e condenado pelo Arcanjo Miguel.
Os Santos Vigias foram depois enviados por Deus para castigar e tentar reorganizar o caos que os Nephilim, filhos dos Grigori com as filhas dos homens, causaram na terra. Na verdade os Nephilins eram os filhos que nasceram da união entre os humanos e os anjos rebelados.
Para a Demonologia, ou a catalogação dos demônios da tradição católica Azazel é um dos 7 arque-demônios de Satã, que correspondem aos 7 arcanjos de Deus.

Azazel é considerado um demônio advindo de uma seita judaica que adorava um ídolo em forma de carneiro e oferecia sacrifícios em holocausto a esta figura caprina. Dizem, certas correntes, que havia rituais de sodomia e zoofilia, nos quais, grupos de judeus imolados pelo espírito do ídolo, no caso o demônio Azazel, entregavam suas virgens para praticar atos sexuais ou libidinosos com cabras e outros homens, em um ritual macabro e pervertido. Os reis de Judá descobriram esta seita que adorava a ídolos, e contrariava os mandamentos da Torá entregues a Moisés. Houve uma batalha na cidade aonde esta seita se encontrava e todos os judeus que adoravam Azazel, bem como a cidade, foram destruídos.

    Segundo a lenda, Azazel foi o ex-arcanjo Natanaél que se lançou do paraíso para libertar sua amada de uma prisão no inferno. Antes disso, era um anjo cuja a missão era treinar as tropas celestiais e ser um emissário enviado para viver entre os humanos; nesta missão, teve relações com as mulheres dos homens, e isto motiva a crença de que os rituais de invocação de Azazel ocorrem através da prática de atos sexuais entre mulheres e cabras. Azazel é o rei dos Shekmitas, ou seja, a raça de demônios meio homens e meio cabras, com aspecto parecido com o de Baphomet que tambem é um demônio Shekmita famoso. Aquele é responsável pela desgraça dos idólatras e seu poder é comparável ao dos demônios mais fortes do inferno; ele comanda as legiões Shekmitas no inferno, sendo um general que responde somente ao próprio Lúcifer. A boatos não comprovados de que Azazel vive nos dias de hoje entre os homens na busca incessante de estar novamente com sua amada cuja a voz seja de fato a única coisa que acalma sua ira
No terceiro livro do Tanach, consta que entre os rituais do Dia do Perdão, quando ocorre anualmente a finalização do julgamento da humanidade, havia, na época em que ainda estava edificado o Templo de Jerusalém, a obrigação de separar dois bodes idênticos (mesma cor, mesmo peso, mesma altura etc.). O primeiro era sacrificado para o Eterno, e o segundo, deixado no deserto e era chamado Azazel.5 Ele caminhava carregando os pecados até encontrar um lugar para se precipitar. Ele não parava de andar até cumprir seu destino, representando o que hoje é, e sempre, foi o destino de satanás.

A despeito de o texto dizer que um dos animais deveria ser deixado para Azazel, não se tratava de uma oferta de per se, mas o ritual estava ligado, simbolicamente, mais às origens do povo hebreu, com seus antepassados Esaú e Jacó, que eram gêmeos muito semelhantes em tudo, até no modo de andar e timbre de voz, pelo que era assaz comum as pessoas confundirem-se; apesar de idênticos no exterior, os irmãos eram de personalidade muito diferentes e, assim, se ritualizava essa memória.

Outro significado atribuído ao ritual era o de que o pecado é muito próximo de uma boa ação e que as pessoas deveriam ser vigilantes, para não deixar que um pecado fosse disfarçado de ato bondoso. A escolha de qual dos animais seria enviado ao deserto era aleatória.

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