Os palestrantes foram encorajados pelo próprio Papa Francisco "a manifestar o amor e a acolhida na Igreja dos que sofrem devido à obra do maligno"
O programa da décima edição deste curso com o título de "Exorcismos e oração de libertação" prevê oferecer os instrumentos de formação para aprender a tramitar os casos de possessão demoníaca e diferenciá-los de possíveis problemas psiquiátricos.
O curso, organizado pelo Instituto Sacerdos em colaboração com o Grupo de Investigação e Informação Sociorreligiosa (Gris) e patrocinado pela Congregação Vaticana para o Clero, nesta ocasião não só se centrará no tema dos exorcismos, mas se adentrará nos perigos das seitas, da magia negra e do ocultismo.
Palestrantes foram encorajados pelo Papa Francisco "a manifestar, neste especial Ministério do Exorcismo, exercitado em comunhão com os próprios bispos, o amor e a acolhida na Igreja dos que sofrem devido à obra do maligno"
O diretor do Instituto Sacerdos, o espanhol Pedro Barrajón, explicou na nota de apresentação do curso que "nesta sociedade tão secularizada existe uma tendência a abrir a porta ao ocultismo e ao esoterismo e a ação diabólica se vê favorecida pelas práticas mágicas, o que pode ter uma influência real e chegar inclusive à possessão".
Os organizadores detalham que o curso se aprofundará sobre "a base teológica sobre a ação de anjos e demônios" e também abordará "o rito e a parte litúrgica das práticas exorcistas" e "a parte bíblica em relação com a ação exorcista de Jesus Cristo".
O curso vem aprovado por uma vasta equipe contra o demônio formada não só de exorcistas, mas também por analistas, psicólogos, médicos e juristas, que compartilharão suas lições durante esses seis dias. Entre os palestrantes está o procurador substituto de Roma, Michele Nardi, que introduzirá os aspectos e problemas legais vinculados às práticas do exorcismo.
Também participarão o teólogo Helmut Moll, o responsável do serviço anti-seitas da Comunidade Papa João XXIII, Aldo Buonaiuto, e a professora de Psicologia Geral da Universidade La Sapienza de Roma.
Segundo os organizadores, embora estejam abertos também aos laicos, os cursos nascem com a intenção de oferecer "ajuda aos bispos na preparação dos sacerdotes alocados ao Ministério do Exorcismo". Por essa razão, será possível assistir a algumas aulas nas quais se falará de questões mais praticas, como a do teólogo e exorcista Giuseppe Mihelcic, sobre "aspectos mágicos e adivinhatórios e alguns tratamentos alternativos". Assim como a de Helmut Moll, que explicará os "sinais estabelecidos no ritual romano para reconhecer a obsessão diabólica" e distingui-la de eventuais problemas psicológicos.
Por sua vez, o padre Cessar Truqui adentrará no ritual da "oração de libertação", e Don Paolo Morocutti explicará "a realização do exorcismo com sua práxis litúrgica e a 'regula fidei' ('regra da fé')". O curso se encerrará com uma mesa-redonda onde participarão os exorcistas Francesco Bamonte, François Dermine, Cessar Truqui e Benigno Palilla.
O grande ausente deste ano será o decano dos exorcistas, o padre Gabriele Amorth, de 89 anos, e que em outras ocasiões havia falado de sua experiência de cerca de uma centena de exorcismos.
A atenção do Vaticano à "luta contra o demônio" está se intensificando nestes últimos anos e é por isso que em 2014 obteve seu reconhecimento jurídico por parte da Congregação para o Clero e da Associação Internacional de Exorcistas, presidida por um dos participantes destes cursos, o padre Francesco Bamonte.
Os palestrantes foram encorajados pelo próprio Papa Francisco "a manifestar, neste especial Ministério do Exorcismo, exercitado em comunhão com os próprios bispos, o amor e a acolhida na Igreja dos que sofrem devido à obra do maligno".
Gostaria de saber se, na sua perspectiva, existem traços típicos que caracterizam as pessoas que, mais tarde, apresentam sintomas de possessão; ou seja, se, entre as pessoas por si diagnosticadas como endemoninhadas, existiam anteriormente comportamentos que as tornavam mais vulneráreis? Ou se a possessão atinge as pessoas ao acaso. Pergunto-lhe ainda se estes fenômenos de possessão também se verificam em ateus ou declaradamente ateus. Uma última curiosidade: já li qualquer coisa a respeito de perturbações especificas ligadas a estes fenômenos, como, por exemplo, a glossolalia (capacidade de falar em línguas desconhecidas) ou a levitação. Já observou casos destes?
Resposta – São várias perguntas interessantes. Começo pela última curiosidade. Sim, já encontrei fenômenos de pessoas que durante os exorcismos falavam outras línguas ou línguas estranhas; também presenciei fenômenos de levitação e de força gigantesca. Mas estes fenômenos sozinhos não são suficientes para poder se afirmar se o caso é de possessão diabólica; são necessárias condições especiais e a integração com outros elementos de avaliação.
Um exorcista está habituado a ver fenômenos estranhos em grande quantidade e de tal maneira que se não os tivesse visto não acreditaria neles. Como, por exemplo, pessoas que durante os exorcismos cospem pregos, vidros, madeixas de cabelos, as mais variadas coisas.
Ou, então, a presença, em travesseiros ou colchões, de ferros retorcidos, de cordas com nós, de trançados muito apertados em forma de terço, de animais ‘pré-históricos’ feitos de material semelhante ao plástico… O caso mais grave que estou acompanhando é o de uma pessoa de quem o demônio disse que fará vomitar um aparelho de rádio; já vomitou quase dois quilos de material.
Destaco que os objetos vomitados se materializam no instante em que saem da boca. Observei isso claramente num jovem que cuspiu pregos na mão; até o último instante tive sempre a impressão de que cuspia saliva. Assim se explica por que razão a pessoa nunca tem danos físicos, mesmo quando cospe pedaços de vidro grosso e cortante. São fenômenos paranormais. É importante levar em conta a modalidade; certos objetos que encontramos nos travesseiros são sinais evidentes de feitiços, ou seja, são resultados de malefícios.
Respondo agora à primeira pergunta: todas as pessoas podem ser atingidas pela possessão diabólica de manifestação, principalmente os descrentes, os ateus, os não praticantes, porque se encontram mais indefesos.
E o exorcista pode exorcizar quem quer que seja: aos meus serviços, por exemplo, já recorreram muçulmanos, budistas, pessoas sem qualquer tipo de credo religioso.
Não existem predisposições dependentes, por exemplo, a fragilidade do sistema nervoso ou a hereditariedade. Pelo contrário, existe o perigo de que uma pessoa se exponha à possessão diabólica, por exemplo, freqüentando sessões de invocação dos mortos ou seitas satânicas. É importante saber que a possessão diabólica não é um mal contagioso: não existe perigo algum, nem para os familiares, nem para os lugares que freqüentam. Pode se casar, ter filhos, sem nenhum perigo de contágio. Podemos dizer, de um modo geral, que o demônio não pode nos fazer nada sem o nosso consentimento.
Por exemplo, veio me procurar uma moça que, por pura curiosidade, tinha assistido a uma missa negra. Não conseguia estudar, se concentrar e tinha crises repentinas de violência, como nunca havia acontecido antes. Neste caso, a causa era evidente e era uma causa culpável.
A respeito da culpabilidade, excetua-se o campo dos malefícios, em que agora não me aprofundarei por ser um campo bastante vasto e que foge do nosso tema principal. Diga-me se respondi suficientemente a todas as suas questões.
O programa da décima edição deste curso com o título de "Exorcismos e oração de libertação" prevê oferecer os instrumentos de formação para aprender a tramitar os casos de possessão demoníaca e diferenciá-los de possíveis problemas psiquiátricos.
O curso, organizado pelo Instituto Sacerdos em colaboração com o Grupo de Investigação e Informação Sociorreligiosa (Gris) e patrocinado pela Congregação Vaticana para o Clero, nesta ocasião não só se centrará no tema dos exorcismos, mas se adentrará nos perigos das seitas, da magia negra e do ocultismo.
Palestrantes foram encorajados pelo Papa Francisco "a manifestar, neste especial Ministério do Exorcismo, exercitado em comunhão com os próprios bispos, o amor e a acolhida na Igreja dos que sofrem devido à obra do maligno"
O diretor do Instituto Sacerdos, o espanhol Pedro Barrajón, explicou na nota de apresentação do curso que "nesta sociedade tão secularizada existe uma tendência a abrir a porta ao ocultismo e ao esoterismo e a ação diabólica se vê favorecida pelas práticas mágicas, o que pode ter uma influência real e chegar inclusive à possessão".
Os organizadores detalham que o curso se aprofundará sobre "a base teológica sobre a ação de anjos e demônios" e também abordará "o rito e a parte litúrgica das práticas exorcistas" e "a parte bíblica em relação com a ação exorcista de Jesus Cristo".
O curso vem aprovado por uma vasta equipe contra o demônio formada não só de exorcistas, mas também por analistas, psicólogos, médicos e juristas, que compartilharão suas lições durante esses seis dias. Entre os palestrantes está o procurador substituto de Roma, Michele Nardi, que introduzirá os aspectos e problemas legais vinculados às práticas do exorcismo.
Também participarão o teólogo Helmut Moll, o responsável do serviço anti-seitas da Comunidade Papa João XXIII, Aldo Buonaiuto, e a professora de Psicologia Geral da Universidade La Sapienza de Roma.
Segundo os organizadores, embora estejam abertos também aos laicos, os cursos nascem com a intenção de oferecer "ajuda aos bispos na preparação dos sacerdotes alocados ao Ministério do Exorcismo". Por essa razão, será possível assistir a algumas aulas nas quais se falará de questões mais praticas, como a do teólogo e exorcista Giuseppe Mihelcic, sobre "aspectos mágicos e adivinhatórios e alguns tratamentos alternativos". Assim como a de Helmut Moll, que explicará os "sinais estabelecidos no ritual romano para reconhecer a obsessão diabólica" e distingui-la de eventuais problemas psicológicos.
Por sua vez, o padre Cessar Truqui adentrará no ritual da "oração de libertação", e Don Paolo Morocutti explicará "a realização do exorcismo com sua práxis litúrgica e a 'regula fidei' ('regra da fé')". O curso se encerrará com uma mesa-redonda onde participarão os exorcistas Francesco Bamonte, François Dermine, Cessar Truqui e Benigno Palilla.
O grande ausente deste ano será o decano dos exorcistas, o padre Gabriele Amorth, de 89 anos, e que em outras ocasiões havia falado de sua experiência de cerca de uma centena de exorcismos.
A atenção do Vaticano à "luta contra o demônio" está se intensificando nestes últimos anos e é por isso que em 2014 obteve seu reconhecimento jurídico por parte da Congregação para o Clero e da Associação Internacional de Exorcistas, presidida por um dos participantes destes cursos, o padre Francesco Bamonte.
Os palestrantes foram encorajados pelo próprio Papa Francisco "a manifestar, neste especial Ministério do Exorcismo, exercitado em comunhão com os próprios bispos, o amor e a acolhida na Igreja dos que sofrem devido à obra do maligno".
Gostaria de saber se, na sua perspectiva, existem traços típicos que caracterizam as pessoas que, mais tarde, apresentam sintomas de possessão; ou seja, se, entre as pessoas por si diagnosticadas como endemoninhadas, existiam anteriormente comportamentos que as tornavam mais vulneráreis? Ou se a possessão atinge as pessoas ao acaso. Pergunto-lhe ainda se estes fenômenos de possessão também se verificam em ateus ou declaradamente ateus. Uma última curiosidade: já li qualquer coisa a respeito de perturbações especificas ligadas a estes fenômenos, como, por exemplo, a glossolalia (capacidade de falar em línguas desconhecidas) ou a levitação. Já observou casos destes?
Resposta – São várias perguntas interessantes. Começo pela última curiosidade. Sim, já encontrei fenômenos de pessoas que durante os exorcismos falavam outras línguas ou línguas estranhas; também presenciei fenômenos de levitação e de força gigantesca. Mas estes fenômenos sozinhos não são suficientes para poder se afirmar se o caso é de possessão diabólica; são necessárias condições especiais e a integração com outros elementos de avaliação.
Um exorcista está habituado a ver fenômenos estranhos em grande quantidade e de tal maneira que se não os tivesse visto não acreditaria neles. Como, por exemplo, pessoas que durante os exorcismos cospem pregos, vidros, madeixas de cabelos, as mais variadas coisas.
Ou, então, a presença, em travesseiros ou colchões, de ferros retorcidos, de cordas com nós, de trançados muito apertados em forma de terço, de animais ‘pré-históricos’ feitos de material semelhante ao plástico… O caso mais grave que estou acompanhando é o de uma pessoa de quem o demônio disse que fará vomitar um aparelho de rádio; já vomitou quase dois quilos de material.
Destaco que os objetos vomitados se materializam no instante em que saem da boca. Observei isso claramente num jovem que cuspiu pregos na mão; até o último instante tive sempre a impressão de que cuspia saliva. Assim se explica por que razão a pessoa nunca tem danos físicos, mesmo quando cospe pedaços de vidro grosso e cortante. São fenômenos paranormais. É importante levar em conta a modalidade; certos objetos que encontramos nos travesseiros são sinais evidentes de feitiços, ou seja, são resultados de malefícios.
Respondo agora à primeira pergunta: todas as pessoas podem ser atingidas pela possessão diabólica de manifestação, principalmente os descrentes, os ateus, os não praticantes, porque se encontram mais indefesos.
E o exorcista pode exorcizar quem quer que seja: aos meus serviços, por exemplo, já recorreram muçulmanos, budistas, pessoas sem qualquer tipo de credo religioso.
Não existem predisposições dependentes, por exemplo, a fragilidade do sistema nervoso ou a hereditariedade. Pelo contrário, existe o perigo de que uma pessoa se exponha à possessão diabólica, por exemplo, freqüentando sessões de invocação dos mortos ou seitas satânicas. É importante saber que a possessão diabólica não é um mal contagioso: não existe perigo algum, nem para os familiares, nem para os lugares que freqüentam. Pode se casar, ter filhos, sem nenhum perigo de contágio. Podemos dizer, de um modo geral, que o demônio não pode nos fazer nada sem o nosso consentimento.
Por exemplo, veio me procurar uma moça que, por pura curiosidade, tinha assistido a uma missa negra. Não conseguia estudar, se concentrar e tinha crises repentinas de violência, como nunca havia acontecido antes. Neste caso, a causa era evidente e era uma causa culpável.
A respeito da culpabilidade, excetua-se o campo dos malefícios, em que agora não me aprofundarei por ser um campo bastante vasto e que foge do nosso tema principal. Diga-me se respondi suficientemente a todas as suas questões.
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