segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Opressão e possessão

A ação de Satanás para atingir os filhos 
de Deus não é novidade para nós, cristãos. 
A Palavra está repleta de versículos e relatos 
que falam acerca das constantes tentativas
do diabo de derrotar os salvos. 
Jesus preparou seus discípulos 
para que tivessem vitória na luta 
contra o inimigo, Mt 26: 41. 


Neste estudo vamos analisar dois assuntos de grande interesse relacionados à batalha espiritual: opressão e possessão demoníaca. São estratégias do inimigo para ir assumindo o controle da vida das pessoas.


I - OPRESSÃO

Opressão é a presença de demônios em determinados ambientes e sua influência direta sobre as pessoas. Há no Novo Testamento diversas referências à opressão demoníaca, Lc 4: 18; At 10: 38. As forças do mal invadem o local e o tornam pesado e carregado. Os demônios assediam as pessoas que moram ou freqüentam aquele  lugar, exercendo pressão sobre elas e, muitas vezes, as levam à exaustão e à depressão. Essa invasão maligna só ocorre quando se dá lugar à ação do diabo.

a) Os demônios procuram nossos pontos mais vulneráveis. Com isso, enfraquecem nossa resistência moral e espiritual. Eles trazem a preguiça, o desânimo, as incertezas, a indiferença, a desobediência, etc. Para trazer males à igreja, o inimigo procura agir com freqüência na família. E muitas abrem as portas para o tentador. Quantas que, quando se reúnem, o que mais gostam de fazer é falar mal dos outros. São lares onde as palavras são instrumentos de destruição, ao invés de bênção e edificação.

b) Todos os seres humanos, inclusive o crente, estão sujeitos à opressão. A opressão pode atingir qualquer área da vida. As mais afetadas são as seguintes:

 moral, levando à mentira, prostituição, roubos, assassinatos, etc;

física, causando enfermidades e doenças.O diabo oprimiu Jó e, mediante permissão de Deus, trouxe-lhe enfermidade. No entanto, nem todas as enfermidades e doenças são de origem maligna;

material, levando o homem à obsessão por bens, dinheiro, cargos, etc;

espiritual, induzindo à idolatria, à prática de ocultismo.

c) Como obter vitória? O crente que luta contra essa ação do maligno é vencedor, porque seus pés estão firmados na Rocha Eterna, Sl 40: 2. A maneira que Jesus ensinou para vencermos o maligno é atacá-lo pela oração, jejuns e proclamação da Palavra, destruindo suas armas de engano e tentação demoníacas, Mt 17: 21.



II - POSSESSÃO

Se a opressão é a presença de demônios em torno da pessoa, a possessão é a presença de um ou mais demônios dentro dela, Mc 5: 9-13. A opressão opera de fora para dentro, já a possessão, de dentro para fora. É sinal de que o diabo alcançou grande domínio sobre a vida da pessoa.

a) Demônios controlam reações. Quando os demônios não apenas dominam o ambiente, mas passam a controlar uma pessoa, existe um típico caso de possessão. Em Mc 5: 1-20 há um exemplo disso. O homem andava sempre nu, Lc 8: 27, de noite e de dia clamando entre os sepulcros e pelos montes, ferindo-se com pedras.

Quando uma pessoa está possessa, ela perde o controle de si mesma. O homem gadareno (Marcos 5) tinha o corpo dominado e usado por demônios, vv. 1-4; perdera a sensibilidade física (não sentia dor, frio, fome), v. 5, bem como o controle das faculdades: voz, ação, locomoção, vv. 6-7.

No entanto, depois de libertado por Jesus, foi encontrado assentado, vestido e em perfeito juízo. Outros casos de possessão demoníaca podem ser vistos em Mc 9: 17-27; Mt 9: 32, 33; 12: 22. Alguns deles estão ligados a enfermidades.


b) Opressão e possessão podem atingir o crente?

Quanto à opressão, o crente deve estar atento, pois o inimigo vai persegui-lo a cada dia, a cada esquina, a cada passo, para tentar derrubá-lo ou desviar de seu propósito de busca de santidade e da consequente comunhão com o Senhor. Ele anda ao derredor. Apenas ao derredor.


Quanto à possessão, Ef. 1: 13 diz que o verdadeiro crente é selado com o Espírito Santo e a Palavra também ensina que luz e trevas não têm como coexistir, Jo 8:12; 1:5; 12:46. O crente tem um só Senhor vivendo em seu coração e dirigindo sua vida. Assim, onde a luz entrou, as trevas desapareceram. Quando o Espírito Santo entra na vida do cristão, transforma seu caráter e seu estado anterior de trevas, substituindo-os pela luz. Neste caso, a presença do Espírito Santo no crente, afasta a possibilidade de que as trevas tornem a dominar sua vida material e espiritual, At 26:18. 


Na verdade, nossa batalha contra falhas pessoais e aberturas de brechas para que o inimigo possa atirar uma seta deve ser constante. Que nossas atitudes e as palavras que proferimos venham a se constituir em bênção a todos, Ef 4: 29; que confessemos a vitória, Fp 4: 3; que vigiemos e oremos em todo tempo, Mc 14: 38; Lc 22: 40.

Maior é o que está em nós. Deus nos chamou para abençoar a todos indistintamente. Abençoar é declarar o bem das pessoas, crendo que Deus endossará as nossas palavras. Abençoar é clamar a Deus em nosso benefício ou de alguém, Nm 22: 6.



III - A VITÓRIA EM CRISTO, Fp 3: 12-14

Cristo libertou-nos para que pudéssemos apresentar a Deus, voluntariamente, nossa adoração, reverência, fé, amor e esperança. Jesus nos devolveu a alegria de uma comunhão sincera com Deus. Nosso espírito está livre. Nossa alma, outrora escravizada pelo inimigo, estava  oprimida, desfalecida. Contudo, agora, liberta por Deus, ela libera:

  a força do seu intelecto. Servimos a Deus com inteligência, Rm 12: 2;

  a força emotiva. Antes, chorávamos de tristeza; agora choramos de alegria pela presença de Jesus, Sl 126: 3;

  a força da memória. Esquecemo-nos do que ficou para trás, prosseguindo para o alvo da nossa vocação, isto é, do chamado por Deus, Fp 3: 13;

  a força da consciência, fazendo tudo para agradar a Deus, de livre e espontânea vontade, 1Jo 3: 22;

  a força do seu raciocínio, meditando e agradecendo a Deus pela grande salvação e libertação oferecidas por Jesus Cristo, Hb 2: 3.

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