segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

A história por trás do filme “Bruxa de Blair”

Lançado em 1999, A Bruxa de Blair foi um sucesso instantâneo. Orçado em US$ 60 mil, o longa faturou nada menos que US$ 248 milhões nos cinemas mundiais. O filme praticamente inaugurou o gênero found footage, que é aquele em que as cenas mostradas na tela representam um “material encontrado”, filmado pelos próprios personagens da produção.
Esse ano (2016) tivemos uma nova plataforma para o filme, o que gerou horror para uns, e êxtase para alguns fãs. Mas o que está em análise não são os filmes em si, mas sim a realidade que existe atrás destes.
A vila onde se passa o filme realmente existe e é localizada no município de Frederick em Maryland cerca de quase uma hora de distância de Washington, capital norte-americana.
A cidade abrigava a lenda de uma bruxa que acabou se consolidando em 1785, quando diversas crianças do vilarejo, relataram que uma mulher as atraia para sua residencia dentro da floresta, e retirava seu sangue.
A mulher se chamava Elly Kedward. Sendo acusada e reconhecida pelas crianças, foi banida da vila, onde não se sabe se foi morta, ou literalmente deixada para morrer na floresta. 
Muitos anos se passaram e um novo século havia surgido. E foi no ano de 1809 que um misterioso livro surgiu, com o nome de “O Culto da Bruxa de Blair”. A única edição dele está bastante destruída e mal pode-se ler seu conteúdo, mas pequenas partes ainda legíveis nos revelam que ele conta a história de Elly, a bruxa que foi abandonada na floresta para morrer.
“Dentro dos buracos da falada parede, encontraram diversos marionetes, feitos com gravetos e pedaços de pano, todos sem cabeça.”
“A velha horrorosa arrancou a cabeça do menino do corpo e manchou toda a Igreja com o sangue quente dele. Notei que um dente de cão surgia na perna dela… e ela controlava os animais da floresta.”
“Ela foi acusada de bruxaria por diversas crianças na vizinhança, Kedward antes dos magistrados, negou a acusação que está sendo colocada em cima dela…”
“Despertando em uma noite, ele viu claramente uma mulher entre o berço e as camas ao lado, olhando sobre ele. Ela desapareceu… E ele encontrou todas as portas batendo… Logo viu a mesma mulher, na mesma aparência novamente, e disse: “Em nome de Deus, o que é que você é?” Ela caminhou para longe e no seu lugar havia sangue…”
Anos depois ocorre um fato inusitado que deixa a cidade em pânico, onde 11 pessoas assistiram uma menina de apenas dez anos morrer afogada no riacho Tappy East. Todos afirmaram que viram claramente uma mão pálida brotar da água e puxar a menina baixo.
Robin Weaver, um menino de oito anos, morador da cidade acabou se perdendo dentro da floresta, e quando a noite chegou ainda não havia sido encontrado. Com a noticia do desaparecimento, uma equipe de buscas foi montada. Cinco homens partiram em uma jornada noturna para dentro da floresta.
Mais de um dia se passou, e o grupo de busca não retornou, e nem Robin. Então uma segunda equipe partiu em busca da primeira e do menino.
Depois de horas de busca, os primeiros homens foram encontrados, mas sem vida. Tendo seus corpos espalhados pelo chão, e com suas mãos amarradas pára trás. Com tal cena, o segundo grupo voltou a cidade em busca de reforços, porém quando voltaram ao fatídico local, não se viam mais corpos, apenas a mata, como se por mágica tudo tivesse desaparecido.
As buscas foram suspensas, e Robin Weaver jamais teve um devido enterro.
Em 1925, doze anos depois de ter ido morar na cidade de Burkittsville, Rustin Parr resolveu construir uma casa no meio da mata, em um local reservado e afastado da cidade.
Com anos de calmaria, a história das crianças estava em vias de ser esquecida e tudo seguia dentro dos conformes. Até que em 1940, no mês de novembro a cidade voltaria a se tornar foco 
onde desta vez Rustin Parr seria o foco, tornando-se suspeito de crimes.
Emily Hollands de 7 anos foi a primeira vítima, sendo agarrada e tendo sua boca tapada, e assim sendo arrastada sem ao menos poder pedir por auxilio. Emily foi carregada até a floresta, e devidamente amordaçada.
A criança teve seu corpo cortado em diversos lugares com uma faca, onde símbolos estranhos eram desenhados e seu crânio foi esmagado com força, gerando um traumatismo craniano.
Um mês depois, Kyle Brody saiu para brincar e não voltou para casa.
Outras seis crianças foram sequestradas e assassinadas em rituais macabros. E Brody teve que assistir e ouvir tudo. Inclusive ele conta que Rustin falava com uma mulher enquanto cometia os crimes, chegou até perguntar o garoto se ele também a ouvia, mas ele respondeu que não.
 
Por sorte, Kyle Brody conseguiu fugir da casa e chegar até a cidade. Seu testemunho foi a chave para a descoberta do criminoso que estava sequestrando as crianças. No dia 22 de novembro de 1941, Rustin Parr foi enforcado.
No ano de 1957, Kyle Brody, o garoto que viu todos os outros serem mortos,foi internado em um hospício sempre causando problemas com ataques de raiva e delírios.
Em 1961, Kyle pegou a colher de madeira que recebeu para comer do sanatório, e a deixou afiada raspando consecutivas vezes no chão, mais tarde então cortando os pulsos e morrendo pela falta de atendimento imediato.

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