A Bruxaria de Lilith possui 5 abordagens que se complementam:
Wiccaniana;
Sistêmica;
Tântrica;
Dimensional;
Magística Natural.
WICCA significa a sabedoria de girar, dobrar e moldar as forças da natureza ao nosso favor.
Nesta abordagem, a Tradição de Lilith preconiza a celebração da União da Dualidade Divina, a Coniunctio Alquímica, o Maithuna Cósmico, o Grande Rito, através da Roda do Ano. Sabemos que a Wicca é uma religião neopagã, o reavivamento e a sobrevivência moderna da Antiga Religião, baseada na Terra e suas manifestações. Nesta abordagem somos politeístas com uma linha de frente iniciática e de orientação matriarcal focada em Lilith.
Vemos a Deusa e o Deus como polaridades complementares no Universo Manifesto, trabalhando por um equilíbrio entre si, e desta forma estamos na dinâmica de yin e yang, encontrada no Taoísmo. A Deusa simboliza a Terra (a Mãe Terra) ou a Lua, a qual é complementada pelo Deus, seu consorte, visto como o Sol. Tradicionalmente, o Deus é um Deus Cornífero, associado com a natureza selvagem, a sexualidade, a virilidade, a caça e o ciclo de vida. Ao Deus Cornífero, Senhor da Floresta, é dado vários nomes de acordo com o ritual celebrado, como Cernunos, por exemplo, e este valor não equivale à figura tradicional do diabo cristão, pois não cremos nele. Em outras ocasiões, nosso Deus é visto como o Homem Verde, associado ao mundo natural. O Deus é frequentemente icorporado como o Deus Sol, que para nós é Lúcifer, consorte de Lilith, e uma outra representação Sua é a do Rei Carvalho [que governa a primavera e o verão] e o Rei Azevinho [que governa o outono e o inverno].
Na Tradição de Lilith, o Deus não é visto nem acima – e tampouco abaixo da Deusa. Lilith é uma Deusa que gosta do Masculino e o aceita como seu igual e parceiro em complemento e cumplicidade. Lilith aprecia muito o Masculino Independente, capaz de aceitar sua liberdade sem temer o seu amor. Portanto, não é qualquer “tipo masculino” que aceita estar ao lado de um Feminino como Lilith. Deuses que se destacam pela capacidade de estratégia, discernimento, sabedoria, poder, liberdade, segurança, virilidade, abundância, confiança e coragem são mais atraídos pelo seu arquétipo, pois não temem perder o poder, tampouco subjugam ou subestimam a força feminina, eles não a vêem como ameaça. Não é preciso mencionar que “modelos adâmicos” de comportamento estão fora de questão. Além de serem modelos falidos da sociedade contemporânea, foram produzidos pela misoginia judaico-cristã e estão fora dos preceitos lilithianos.
Abordagem Sistêmica
Nesta abordagem, a Tradição de Lilith preconiza uma dinâmica de rede com a existência de três níveis de consciência:
Consciência Pessoal;
Consciência de Clã;
Consciência Universal.
Acima desses três níveis de consciências encontra-se a Lei Trílice e mais três leis fundamentais que direcionam os relacionamentos humanos:
Pertencimento;
Equilíbrio entre Dar e Receber;
Ordem de Chegada ao Sistema.
Dessa forma, favorecemos o desenvolvimento da rede em:
Domínio Pessoal: expansão da capacidade pessoal para obter os resultados desejados, não somente para a Tradição, mas para todos os que dela fazem parte;
Transgressão de Paradigmas: transgredir para crescer – não existe nada que não possa ser questionado, modificado, repensado ou reorganizado;
Visão Compartilhada: engajamento do clã em relação ao futuro que se deseja criar;
Aprendizado em Família: desenvolvimento das capacidades maiores em relação à soma dos talentos individuais.
Abordagem Tântrica
Nesta abordagem, nossas práticas integram o Sistema Tradicional de Tantra como um sistema de desenvolvimento comportamental, matriarcal e desprepressor, pois vemos a energia sexual como uma libertadora fonte de poder, no entanto, reduzir a visão tântrica aos processos mundanos da sexualidade é perder seu conteúdo, assim, vamos elucidar o que é o Tantra.
Tantra, em sânscrito तन्त्र, significa simplesmente “tratado” ou “exposição”. Na base literal significa tear, tecer, urdidura. Assim, a ideia de princípio, contínuo, sistema, doutrina, teoria, que vem da raiz tan, esticar, estender, expandir, e do sufixo tra, instrumento, nos traz a elaboração do conceito de expansão da consciência. Um tecido que se estende, cujos fios se entrelaçam, modelando uma estrutura. Deste conjunto de elaborações, chegamos à ideia de trama, que se refere aos fios do comportamento que tecem, modelam e organizam a nossa vida. Assim, Tantra é um sistema, um sistema de desenvolvimento humano. O Tantra tem base no nosso comportamento e tudo o que se relaciona com ele. O Tantra é comportamental, prático, sensorial e desrepressor, não é mental. Ele se aplica à maneira como agimos e reagimos, como e o que pensamos, porque pensamos, com aquilo que falamos e fazemos, com aquilo que está por trás de nossas motivações. Ele possibilita uma sabedoria diferenciada que não é racional ou lógica, sendo reconhecido por muitos como uma ciência comportamental.
Assim, a abordagem tântrica dentro da Tradição de Lilith, não é sobre sexo, mas sobre a Morte, pois para expandir a consciência, reconectar-se com a Natureza e desenvolver habilidades psíquicas pertinentes à Bruxaria, o velho ego precisa morrer. Temos aqui um contexto iniciático. Se pensarmos que, dentro da abordagem popular que carece dos elementos genuínos do Tantra, cada orgasmo obtido é uma pequena morte que abre portas em níveis diferentes de consciência e percepção da realidade, então, as meditações tântricas permitem uma reorganização a nível psíquico e hormonal, influenciando todas as camadas de corpo, mente, emoções e espírito, eliminando a ansiedade, curando a angústia e devolvendo o poder pessoal, a liberdade de espírito, a auto-confiança e a auto-estima.
Assim, na Tradição de Lilith trabalhamos com dinâmicas magístico-tântricas de propriocepção que alavancam a expansão da consciência, trazendo como consequência, soluções para as questões da sexualidade [que se aflora no contato com Lilith] e a elevação da energia kundalínica [que é a chave para essa expansão consciencial], num trabalho que envolve a sexualidade, sem contudo, ter a ver necessariamente com sexo. Na integração de nossas sensações corporais e sensibilidade, alinhando-as com os nossos sentidos sutis, criamos uma conexão de não-dualidade [a transcendência nupcial da união entre a Deusa e o Deus, dentro de cada indivíduo], integrando nossas partes fragmentadas, ao mesmo tempo em que desconstruímos o velho ego para ressignificar a relação com a realidade: o corpo é nosso primeiro templo.
Abordagem Dimensional
Nesta abordagem, preconizamos os avanços científicos alinhados à mitologia no processo de união entre cosmogonia e cosmologia, em contextos quânticos, hadrônicos e multi-uni-versais.
Abordagem Magística Natural
Nesta abordagem, preconizamos que a magia não é algo sobrenatural ou não-natural. Ela está em nossas casas e quintais, em nosso corpo, na essência de nossos seres. Um dos maiores mistérios da magia é que não há mistérios. Pelo contrário, eles estão constantemente se revelando ao nosso redor e basta que alinhemos nossa percepção com a Natureza para compreendê-los. Um estudo sobre o crescimento das plantas ou do sopro do vento pode revelar mais sobre a verdadeira natureza da magia do que uma centena de livros falando sobre ela. Assim, a Natureza é o Universo em Si.
A Deusa Lilith, o Lado Escuro da Lua
Lilith (ou Lylith): é conhecida como um demonio feminino da noite, foi originalmente a rainha dos ceus sumeriana, os hebreus incoporaram a Deusa e a modificaram como forma de primeira esposa do primeiro homem biblico "Adão", que se se recusou a ficar debaixo dele durante o ato sexual, ela insistia que, deveriam fazer sexo de igual para igual, pelo fato de terem sido criados iguais, e Adão não concordou com isto, então a Lilith o deixou.
As Deusas negras tem uma grande importancia na Terra, é a propria que colhe as almas dos que irão partir e que já cumpriram os seus propositos, muitas pessoas não gostam de conhecer seu lado sombrio, mas todos nós temos um, é a Face da deusa menos incompreendida e temida da Deusa dos três rostos, obviamente nós nascemos e morremos e a função dela é nos acompanhar durante a ultima etapa de nossas vidas, o aspecto negro da Deusa nos ensina que, assim como tudo na Natureza se move em ciclos, nossa vida segue o mesmo fluxo, e devemos aceitar a morte como uma passagem a outro estado, tão válido e parte da vida quanto o próprio nascimento, a morte nada mas é do que a passagem da nossa alma para outro mundo, onde lá nós nasceremos como jovens novamente.
Então eu mesmo criei uma oração a Grandiosa Deusa, espero que gostem....
Oh dama ceifadora,
Colhedora de almas, dos que já partiram e que cumpriram seus propositos.
Que a Lua Negra seja cultuada eternamente, assim como seu trabalho, e a escuridão precede a lúz que é sua mãe!
e não permita que a luz me cegue, e nem que a escuridão feche os meus olhos, e as duas me impeçam de adorar o seu trabalho!
Que Assim seja e Assim se Faça! Blessed Be!!
Além de uma deusa proscrita, como a conhecemos, Lilith representa a cisão do feminino, tanto no nível individual como coletivamente, onde a liberdade, a instintividade e a expansão da consciência devem submeter-se à dominação eaos tabus vigentes. Sendo assim, tais buscas de evolução - naturais e atávicas - no campo da experiência humana, acabaram por ser reprimidas com violência, restando apenas a tais conteúdos a opção de atuarem nas sombras do inconsciente.
A Lua Negra ou Lilith, aparece em vários mitos. Sem dúvida, o mais conhecido é o judaico, que a coloca como a primeira mulher de Adão. Segundo consta,nasceu do mesmo material que seu companheiro; o pó da terra, sendo, assim,sua igual. Reclamou então seus direitos, afirmando serem os mesmos que os do parceiro, negando, desta forma, a supremacia masculina e recusando-se ainda aos papéis mais convencionais e submissos, como ficar sob o parceiro durante o ato sexual e a maternidade.
Foi assim que a deusa proferiu o inefável nome de Deus e fugiu do Paraíso.Adão recebeu então a submissa Eva; feita a partir de sua costela, e, portanto, conformando-se com a autoridade dele.
Outra variação do mito diz que Lilith habitava o Éden antes mesmo de Adão e que foi ela que o originou. Antes de estar plenamente desenvolvida,insurgiu-se contra a união de Adão e Eva, copulou com a Serpente e abandonou o Paraíso, havendo ainda a variação de ter ela própria se transformado em Serpente e chamado Adão e Eva à perdição.
Após deixar o Éden, percorre, errante, caminhos sinistros, enlameados,interagindo com os demônios.
Deus mandou seus anjos que a chamassem de volta, mas Lilith recusou-se,dizendo ser tarde demais. Fez então um trato com os anjos de respeitar os locais guardados por seus nomes sagrados.
Lilith foi para o deserto, de terras vermelhas, e, mais tarde, subiu aos céus, onde tentou entrar encantada com os pequenos rostos, dos Querubins.Deus, porém, a expulsou, ordenando-a que voltasse à Terra, onde seria seu instrumento de punição, para seduzir mortais bem como assassinar crianças.Dizem, também, que no dia da Reconciliação, a deusa "guincha" em altos brados, para que seus gritos cheguem aos céus.
Para invocá-la ou neutralizá-la, os antigos habitantes da Tessália golpeavam caldeirões de bronze ou tocavam címbalos. Invocavam-na largamente para acalmar ou deliberar as energias sexuais, aumentar o desejo, o prazer, e diminuir a fertilidade.
A Serpente, sempre presente, alude à antiga analogia do início dos tempos, ouroboros, a deusa-mãe, as profundezas fluidas do inconsciente, sobre as quais não temos controle algum e, tal como o próprio Zeus, devemosrespeitar. Sua fuga ao deserto vermelho é o próprio caminho de individuação,onde rompemos com tudo o que nos traz segurança, confiando apenas nasupremacia da mente, um movimento de separatividade e convicção interna, quecomo para Lilith, não pode ter retorno.
Como assassina de crianças, representa a capacidade e premência de estrangular a infantilidade e as ilusões sem fundamentos, em nome do amadurecimento. Seu potencial sedutor é o inconformismo, a revolta inerente à espécie humana que quer sempre mais, mesmo aquilo que não pode ter, os desejos gritantes, com seus ressentimentos, desesperos e auto-traições.
Trata-se sempre da conexão com os desejos, os instintos, o lado sombrio davida, as armadilhas e o crescimento em que implicam. Segundo Jung, se odespertar da Lilith pode ser trágico para uma pessoa despreparada, é uma prerrogativa à individuação.
No Egito, correlaciona-se com a deusa Ísis, freqüentemente representada comcauda de serpente, soberana dos partos, do amor sensual, da morte e dosrenascimentos. Chamada "Rainha do Céu", esta deusa lunar era invocada nosritos de magia e feitiçaria. Com seu poder ímpar restituiu à vida seu irmãoe amante Osíris, morto no inferno por seu irmão-sombra Set.
Na Grécia, correlaciona-se com a deusa Hécate, soberana da magia lunar damorte e do nascimento, dos ritos mágicos, dos encantamentos e do destino.Com três faces, esta deusa está presente em cada fase, cada encruzilhada docaminho, desde os momentos de mais luz até os de mais escuridão, aumentandoo senso de convicção interna, o propósito ou a compulsão de seguir os próprios desejos e crenças, e a coragem de cortar com tudo a que nosvinculamos, em nome desta jornada.
Filha de Hera, foi testemunha direta e emocionalmente distanciada do raptode Perséfone, ainda na infância. Esta antiqüíssima divindade roubou de suamãe um pote de carmim; precisou então fugir de sua mãe que ficou furiosa.Deixou o Olimpo e foi para a Terra, assistiu um parto e tornou-se impura, precisando descer aos infernos para ser purificada. Nas regiões abissais,tornou-se Rainha e presidia os ritos de purificação e expiação. Tinha o poder de enviar demônios para atormentar a humanidade durante seus sonhos.Podia também negar ou conceder qualquer desejo aos mortais. Cérbero, o cãode três cabeças, guardião da porta do inferno, era seu animal de estimação eas Erínias (deusas do Destino), suas companheiras.
Os gregos colocavam suas estátuas nas encruzilhadas onde houvesse ocorridoum crime. A ela, também, a feiticeira Medéia rendia homenagem para purificar-se de seus delitos e receber proteção em sua jornada.
Essa deusa virgem é auto-erótica e tem ainda o dom de envenenar seusadversários, podendo castrá-los ou iniciá-los, conferindo poder ouestagnação. Com sua magia, toca de maneira singular na superfície e nas profundezas. Na maioria das vezes seus ritos encenados em nossas vidas sãoininteligíveis por nosso raciocínio.
Enquanto as deusas femininas presidem algum tipo de relacionamento, Lilithevoca a separação em nome do resgate e priorização das buscas individuais.Sua oposição a Eva nos sugere que sua sustentação depende somente de si mesma, seu fortalecimento, seus dons de magia e seu poder de co-criadora, jamais dos referenciais de relacionamento ou da submissão aos códigos externos.
O resgate deste arquétipo é, portanto, o ponto crucial que nos acompanha não uma, mas várias vezes na vida, com seus momentos de desconexão com os parâmetros exteriores que em algum momento nos emprestaram segurança, anegação e a fuga destes parâmetros, a solidão e o desolamento a que nosremetem a experiência, a clarificação e a estruturação de nossos valores internos no deserto, e a reconquista de nosso poder e plenitude pessoais.
Wiccaniana;
Sistêmica;
Tântrica;
Dimensional;
Magística Natural.
WICCA significa a sabedoria de girar, dobrar e moldar as forças da natureza ao nosso favor.
Nesta abordagem, a Tradição de Lilith preconiza a celebração da União da Dualidade Divina, a Coniunctio Alquímica, o Maithuna Cósmico, o Grande Rito, através da Roda do Ano. Sabemos que a Wicca é uma religião neopagã, o reavivamento e a sobrevivência moderna da Antiga Religião, baseada na Terra e suas manifestações. Nesta abordagem somos politeístas com uma linha de frente iniciática e de orientação matriarcal focada em Lilith.
Vemos a Deusa e o Deus como polaridades complementares no Universo Manifesto, trabalhando por um equilíbrio entre si, e desta forma estamos na dinâmica de yin e yang, encontrada no Taoísmo. A Deusa simboliza a Terra (a Mãe Terra) ou a Lua, a qual é complementada pelo Deus, seu consorte, visto como o Sol. Tradicionalmente, o Deus é um Deus Cornífero, associado com a natureza selvagem, a sexualidade, a virilidade, a caça e o ciclo de vida. Ao Deus Cornífero, Senhor da Floresta, é dado vários nomes de acordo com o ritual celebrado, como Cernunos, por exemplo, e este valor não equivale à figura tradicional do diabo cristão, pois não cremos nele. Em outras ocasiões, nosso Deus é visto como o Homem Verde, associado ao mundo natural. O Deus é frequentemente icorporado como o Deus Sol, que para nós é Lúcifer, consorte de Lilith, e uma outra representação Sua é a do Rei Carvalho [que governa a primavera e o verão] e o Rei Azevinho [que governa o outono e o inverno].
Na Tradição de Lilith, o Deus não é visto nem acima – e tampouco abaixo da Deusa. Lilith é uma Deusa que gosta do Masculino e o aceita como seu igual e parceiro em complemento e cumplicidade. Lilith aprecia muito o Masculino Independente, capaz de aceitar sua liberdade sem temer o seu amor. Portanto, não é qualquer “tipo masculino” que aceita estar ao lado de um Feminino como Lilith. Deuses que se destacam pela capacidade de estratégia, discernimento, sabedoria, poder, liberdade, segurança, virilidade, abundância, confiança e coragem são mais atraídos pelo seu arquétipo, pois não temem perder o poder, tampouco subjugam ou subestimam a força feminina, eles não a vêem como ameaça. Não é preciso mencionar que “modelos adâmicos” de comportamento estão fora de questão. Além de serem modelos falidos da sociedade contemporânea, foram produzidos pela misoginia judaico-cristã e estão fora dos preceitos lilithianos.
Abordagem Sistêmica
Nesta abordagem, a Tradição de Lilith preconiza uma dinâmica de rede com a existência de três níveis de consciência:
Consciência Pessoal;
Consciência de Clã;
Consciência Universal.
Acima desses três níveis de consciências encontra-se a Lei Trílice e mais três leis fundamentais que direcionam os relacionamentos humanos:
Pertencimento;
Equilíbrio entre Dar e Receber;
Ordem de Chegada ao Sistema.
Dessa forma, favorecemos o desenvolvimento da rede em:
Domínio Pessoal: expansão da capacidade pessoal para obter os resultados desejados, não somente para a Tradição, mas para todos os que dela fazem parte;
Transgressão de Paradigmas: transgredir para crescer – não existe nada que não possa ser questionado, modificado, repensado ou reorganizado;
Visão Compartilhada: engajamento do clã em relação ao futuro que se deseja criar;
Aprendizado em Família: desenvolvimento das capacidades maiores em relação à soma dos talentos individuais.
Abordagem Tântrica
Nesta abordagem, nossas práticas integram o Sistema Tradicional de Tantra como um sistema de desenvolvimento comportamental, matriarcal e desprepressor, pois vemos a energia sexual como uma libertadora fonte de poder, no entanto, reduzir a visão tântrica aos processos mundanos da sexualidade é perder seu conteúdo, assim, vamos elucidar o que é o Tantra.
Tantra, em sânscrito तन्त्र, significa simplesmente “tratado” ou “exposição”. Na base literal significa tear, tecer, urdidura. Assim, a ideia de princípio, contínuo, sistema, doutrina, teoria, que vem da raiz tan, esticar, estender, expandir, e do sufixo tra, instrumento, nos traz a elaboração do conceito de expansão da consciência. Um tecido que se estende, cujos fios se entrelaçam, modelando uma estrutura. Deste conjunto de elaborações, chegamos à ideia de trama, que se refere aos fios do comportamento que tecem, modelam e organizam a nossa vida. Assim, Tantra é um sistema, um sistema de desenvolvimento humano. O Tantra tem base no nosso comportamento e tudo o que se relaciona com ele. O Tantra é comportamental, prático, sensorial e desrepressor, não é mental. Ele se aplica à maneira como agimos e reagimos, como e o que pensamos, porque pensamos, com aquilo que falamos e fazemos, com aquilo que está por trás de nossas motivações. Ele possibilita uma sabedoria diferenciada que não é racional ou lógica, sendo reconhecido por muitos como uma ciência comportamental.
Assim, a abordagem tântrica dentro da Tradição de Lilith, não é sobre sexo, mas sobre a Morte, pois para expandir a consciência, reconectar-se com a Natureza e desenvolver habilidades psíquicas pertinentes à Bruxaria, o velho ego precisa morrer. Temos aqui um contexto iniciático. Se pensarmos que, dentro da abordagem popular que carece dos elementos genuínos do Tantra, cada orgasmo obtido é uma pequena morte que abre portas em níveis diferentes de consciência e percepção da realidade, então, as meditações tântricas permitem uma reorganização a nível psíquico e hormonal, influenciando todas as camadas de corpo, mente, emoções e espírito, eliminando a ansiedade, curando a angústia e devolvendo o poder pessoal, a liberdade de espírito, a auto-confiança e a auto-estima.
Assim, na Tradição de Lilith trabalhamos com dinâmicas magístico-tântricas de propriocepção que alavancam a expansão da consciência, trazendo como consequência, soluções para as questões da sexualidade [que se aflora no contato com Lilith] e a elevação da energia kundalínica [que é a chave para essa expansão consciencial], num trabalho que envolve a sexualidade, sem contudo, ter a ver necessariamente com sexo. Na integração de nossas sensações corporais e sensibilidade, alinhando-as com os nossos sentidos sutis, criamos uma conexão de não-dualidade [a transcendência nupcial da união entre a Deusa e o Deus, dentro de cada indivíduo], integrando nossas partes fragmentadas, ao mesmo tempo em que desconstruímos o velho ego para ressignificar a relação com a realidade: o corpo é nosso primeiro templo.
Abordagem Dimensional
Nesta abordagem, preconizamos os avanços científicos alinhados à mitologia no processo de união entre cosmogonia e cosmologia, em contextos quânticos, hadrônicos e multi-uni-versais.
Abordagem Magística Natural
Nesta abordagem, preconizamos que a magia não é algo sobrenatural ou não-natural. Ela está em nossas casas e quintais, em nosso corpo, na essência de nossos seres. Um dos maiores mistérios da magia é que não há mistérios. Pelo contrário, eles estão constantemente se revelando ao nosso redor e basta que alinhemos nossa percepção com a Natureza para compreendê-los. Um estudo sobre o crescimento das plantas ou do sopro do vento pode revelar mais sobre a verdadeira natureza da magia do que uma centena de livros falando sobre ela. Assim, a Natureza é o Universo em Si.
A Deusa Lilith, o Lado Escuro da Lua
Lilith (ou Lylith): é conhecida como um demonio feminino da noite, foi originalmente a rainha dos ceus sumeriana, os hebreus incoporaram a Deusa e a modificaram como forma de primeira esposa do primeiro homem biblico "Adão", que se se recusou a ficar debaixo dele durante o ato sexual, ela insistia que, deveriam fazer sexo de igual para igual, pelo fato de terem sido criados iguais, e Adão não concordou com isto, então a Lilith o deixou.
As Deusas negras tem uma grande importancia na Terra, é a propria que colhe as almas dos que irão partir e que já cumpriram os seus propositos, muitas pessoas não gostam de conhecer seu lado sombrio, mas todos nós temos um, é a Face da deusa menos incompreendida e temida da Deusa dos três rostos, obviamente nós nascemos e morremos e a função dela é nos acompanhar durante a ultima etapa de nossas vidas, o aspecto negro da Deusa nos ensina que, assim como tudo na Natureza se move em ciclos, nossa vida segue o mesmo fluxo, e devemos aceitar a morte como uma passagem a outro estado, tão válido e parte da vida quanto o próprio nascimento, a morte nada mas é do que a passagem da nossa alma para outro mundo, onde lá nós nasceremos como jovens novamente.
Então eu mesmo criei uma oração a Grandiosa Deusa, espero que gostem....
Oh dama ceifadora,
Colhedora de almas, dos que já partiram e que cumpriram seus propositos.
Que a Lua Negra seja cultuada eternamente, assim como seu trabalho, e a escuridão precede a lúz que é sua mãe!
e não permita que a luz me cegue, e nem que a escuridão feche os meus olhos, e as duas me impeçam de adorar o seu trabalho!
Que Assim seja e Assim se Faça! Blessed Be!!
Além de uma deusa proscrita, como a conhecemos, Lilith representa a cisão do feminino, tanto no nível individual como coletivamente, onde a liberdade, a instintividade e a expansão da consciência devem submeter-se à dominação eaos tabus vigentes. Sendo assim, tais buscas de evolução - naturais e atávicas - no campo da experiência humana, acabaram por ser reprimidas com violência, restando apenas a tais conteúdos a opção de atuarem nas sombras do inconsciente.
A Lua Negra ou Lilith, aparece em vários mitos. Sem dúvida, o mais conhecido é o judaico, que a coloca como a primeira mulher de Adão. Segundo consta,nasceu do mesmo material que seu companheiro; o pó da terra, sendo, assim,sua igual. Reclamou então seus direitos, afirmando serem os mesmos que os do parceiro, negando, desta forma, a supremacia masculina e recusando-se ainda aos papéis mais convencionais e submissos, como ficar sob o parceiro durante o ato sexual e a maternidade.
Foi assim que a deusa proferiu o inefável nome de Deus e fugiu do Paraíso.Adão recebeu então a submissa Eva; feita a partir de sua costela, e, portanto, conformando-se com a autoridade dele.
Outra variação do mito diz que Lilith habitava o Éden antes mesmo de Adão e que foi ela que o originou. Antes de estar plenamente desenvolvida,insurgiu-se contra a união de Adão e Eva, copulou com a Serpente e abandonou o Paraíso, havendo ainda a variação de ter ela própria se transformado em Serpente e chamado Adão e Eva à perdição.
Após deixar o Éden, percorre, errante, caminhos sinistros, enlameados,interagindo com os demônios.
Deus mandou seus anjos que a chamassem de volta, mas Lilith recusou-se,dizendo ser tarde demais. Fez então um trato com os anjos de respeitar os locais guardados por seus nomes sagrados.
Lilith foi para o deserto, de terras vermelhas, e, mais tarde, subiu aos céus, onde tentou entrar encantada com os pequenos rostos, dos Querubins.Deus, porém, a expulsou, ordenando-a que voltasse à Terra, onde seria seu instrumento de punição, para seduzir mortais bem como assassinar crianças.Dizem, também, que no dia da Reconciliação, a deusa "guincha" em altos brados, para que seus gritos cheguem aos céus.
Para invocá-la ou neutralizá-la, os antigos habitantes da Tessália golpeavam caldeirões de bronze ou tocavam címbalos. Invocavam-na largamente para acalmar ou deliberar as energias sexuais, aumentar o desejo, o prazer, e diminuir a fertilidade.
A Serpente, sempre presente, alude à antiga analogia do início dos tempos, ouroboros, a deusa-mãe, as profundezas fluidas do inconsciente, sobre as quais não temos controle algum e, tal como o próprio Zeus, devemosrespeitar. Sua fuga ao deserto vermelho é o próprio caminho de individuação,onde rompemos com tudo o que nos traz segurança, confiando apenas nasupremacia da mente, um movimento de separatividade e convicção interna, quecomo para Lilith, não pode ter retorno.
Como assassina de crianças, representa a capacidade e premência de estrangular a infantilidade e as ilusões sem fundamentos, em nome do amadurecimento. Seu potencial sedutor é o inconformismo, a revolta inerente à espécie humana que quer sempre mais, mesmo aquilo que não pode ter, os desejos gritantes, com seus ressentimentos, desesperos e auto-traições.
Trata-se sempre da conexão com os desejos, os instintos, o lado sombrio davida, as armadilhas e o crescimento em que implicam. Segundo Jung, se odespertar da Lilith pode ser trágico para uma pessoa despreparada, é uma prerrogativa à individuação.
No Egito, correlaciona-se com a deusa Ísis, freqüentemente representada comcauda de serpente, soberana dos partos, do amor sensual, da morte e dosrenascimentos. Chamada "Rainha do Céu", esta deusa lunar era invocada nosritos de magia e feitiçaria. Com seu poder ímpar restituiu à vida seu irmãoe amante Osíris, morto no inferno por seu irmão-sombra Set.
Na Grécia, correlaciona-se com a deusa Hécate, soberana da magia lunar damorte e do nascimento, dos ritos mágicos, dos encantamentos e do destino.Com três faces, esta deusa está presente em cada fase, cada encruzilhada docaminho, desde os momentos de mais luz até os de mais escuridão, aumentandoo senso de convicção interna, o propósito ou a compulsão de seguir os próprios desejos e crenças, e a coragem de cortar com tudo a que nosvinculamos, em nome desta jornada.
Filha de Hera, foi testemunha direta e emocionalmente distanciada do raptode Perséfone, ainda na infância. Esta antiqüíssima divindade roubou de suamãe um pote de carmim; precisou então fugir de sua mãe que ficou furiosa.Deixou o Olimpo e foi para a Terra, assistiu um parto e tornou-se impura, precisando descer aos infernos para ser purificada. Nas regiões abissais,tornou-se Rainha e presidia os ritos de purificação e expiação. Tinha o poder de enviar demônios para atormentar a humanidade durante seus sonhos.Podia também negar ou conceder qualquer desejo aos mortais. Cérbero, o cãode três cabeças, guardião da porta do inferno, era seu animal de estimação eas Erínias (deusas do Destino), suas companheiras.
Os gregos colocavam suas estátuas nas encruzilhadas onde houvesse ocorridoum crime. A ela, também, a feiticeira Medéia rendia homenagem para purificar-se de seus delitos e receber proteção em sua jornada.
Essa deusa virgem é auto-erótica e tem ainda o dom de envenenar seusadversários, podendo castrá-los ou iniciá-los, conferindo poder ouestagnação. Com sua magia, toca de maneira singular na superfície e nas profundezas. Na maioria das vezes seus ritos encenados em nossas vidas sãoininteligíveis por nosso raciocínio.
Enquanto as deusas femininas presidem algum tipo de relacionamento, Lilithevoca a separação em nome do resgate e priorização das buscas individuais.Sua oposição a Eva nos sugere que sua sustentação depende somente de si mesma, seu fortalecimento, seus dons de magia e seu poder de co-criadora, jamais dos referenciais de relacionamento ou da submissão aos códigos externos.
O resgate deste arquétipo é, portanto, o ponto crucial que nos acompanha não uma, mas várias vezes na vida, com seus momentos de desconexão com os parâmetros exteriores que em algum momento nos emprestaram segurança, anegação e a fuga destes parâmetros, a solidão e o desolamento a que nosremetem a experiência, a clarificação e a estruturação de nossos valores internos no deserto, e a reconquista de nosso poder e plenitude pessoais.
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