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Demonologia é o estudo sistemático dos demônios. Quando envolve os estudo de textos bíblicos, é considerada um ramo da Teologia. Por geralmente se referir aos demônios descritos no Cristianismo, pode ser considerada um estudo de parte da hierarquia bíblica. Também não está diretamente relacionada ao culto aos demônios.


terça-feira, 4 de agosto de 2015

Êxodo 3:14

Apascentava Moisés o rebanho de Jetro – Reuel –, seu sogro, sacerdote de Midiã. Certo dia conduzindo as ovelhas para além do deserto chegou a Horebe, o monte de Deus.       Ali o Anjo do Senhor se revelou a ele, numa chama de fogo que saía do meio de uma sarça. Moisés observou e eis que a sarça ardia no fogo, contudo, não era consumida pelas chamas.  Então pensou Moisés: “Que coisa impressionante! Por que será que o espinheiro não se queima? Devo chegar mais perto para contemplar essa maravilha!”  Então o SENHOR viu que ele deu uma volta e se aproximava para observar melhor. E Deus o chamou do meio da sarça ardente: “Moisés, Moisés!” Ao que ele prontamente respondeu: “Eis-me aqui!”  Deus continuou a dizer: “Não te aproximes daqui; tira as sandálias dos pés, porque o lugar em que estás é uma terra santa”.  Disse mais: “Eu Sou o Deus de teus pais, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó!” Então Moisés cobriu o rosto, porquanto temia olhar para Deus.

 Disse o SENHOR: “Certamente tenho observado a opressão e a miséria sobre meu povo no Egito, tenho ouvido seu clamor, por causa dos seus feitores, e sei o quanto estão padecendo.  Por esse motivo desci a fim de livrá-los das mãos dos egípcios e tirá-los daqui para uma terra boa e vasta, onde mana leite e mel: a terra dos cananeus, dos hititas, dos amorreus, dos ferezeus, dos heveus e dos jebuseus.  Porquanto agora o clamor dos filhos de Israel chegou até mim, e também contemplo a opressão com que os egípcios os estão submetendo e fazendo sofrer.

  Vai, pois, imediatamente: Eu o envio ao Faraó para tirar do Egito o meu povo, os filhos de Israel!”  Moisés, contudo, interpelou a Deus: “Quem sou eu para me apresentar diante do Faraó e fazer sair os israelitas das terras do Egito?”  Assegurou-lhe Deus: “Eu estarei contigo! Esta é a prova de que Sou Eu quem te envia: quando fizeres o povo sair do Egito, vós prestareis culto a Deus neste mesmo monte”.

 Porém, Moisés acrescentou: “Quando eu for aos filhos de Israel e comunicar: ‘O Deus de vossos pais me enviou até vós’ e me questionarem: ‘Qual é o seu Nome?’ - que deverei dizer?” Então afirmou Deus a Moisés: “Eu Sou o que Sou. E deveis dizer aos filhos de Israel: Eu Sou me enviou a vós outros!”  Disse Deus ainda mais a Moisés: “Assim dirás aos filhos de Israel: ‘Yahweh, o Deus de vossos antepassados, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó me enviou até vós. Esse, pois, é o meu Nome eternamente, e assim serei lembrado de geração em geração! Vai, reúne os anciãos, as autoridades de Israel e anuncia-lhes: ‘Yahweh, o SENHOR, Deus de vossos antepassados, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó, me apareceu e me revelou: ‘Em verdade vos tenho visitado e contemplado o que vos é feito no Egito.  Porquanto prometi tirar-vos da opressão do Egito e conduzir-vos à terra dos cananeus, dos hititas, dos amorreus, dos ferezeus, dos heveus e dos jebuseus, terra onde mana leite e mel.  Eis que os anciãos, as autoridades de Israel, te darão ouvidos, atenderão à tua convocação e seguirão contigo até o rei do Egito, e lhe comunicarás: ‘Yahweh, o Deus dos hebreus, veio ao nosso encontro. Agora, pois, deixa-nos ir pelo caminho de três dias de marcha, adentrando o deserto, a fim de oferecermos nossos sacrifícios ao SENHOR, nosso Deus!’  Contudo, Eu sei que o rei do Egito não permitirá que saiam de suas terras, a não ser que uma poderosa mão o force.  Por esse motivo estenderei a minha mão e ferirei todo o Egito com os prodígios que realizarei no meio dos egípcios; somente depois desses portentosos eventos é que o Faraó os deixará partir!  Farei ainda que os egípcios tenham boa vontade para com os israelitas, de modo que, quando sairdes, não o será de mãos vazias.  Todas as filhas de Israel pedirão às suas vizinhas, e às mulheres que estiverem hospedando em casa, objetos de prata e de ouro, joias e toda espécie de vestimentas, que poreis sobre os vossos filhos e sobre as vossas filhas; e despojareis os egípcios!”

O pacto do sacerdote francês

Entre os pactos mais famosos feitos com o tinhoso – não, não é o da Xuxa – está o do padre Urbain Granadier, um francês católico que resolveu negociar a própria alma com o capeta. Quando a traição foi descoberta, padre Urbain foi queimado na fogueira – ah, a justiça divina...

Ignorando todos os preceitos da Igreja Católica, Urbain não era um adepto do celibato e, inclusive, era famoso por ser “pegador”. Em 1632 um grupo de freiras acusou o padre de tê-las enfeitiçado, facilitando o acesso a alguns deuses malignos, que abusaram das religiosas.

Em seu julgamento Urbain foi torturado até confessar que havia assinado um pacto com diversos demônios. O pacto em si, que você vê na imagem acima, foi escrito em latim de trás para frente em Pele Humana e tem, inclusive, a assinatura do próprio Satã Escritas com Sangue Humano. A seguir, leia a tradução do pacto:

“Nós, o influente Lúcifer, o jovem Satã, Belzebu, Leviatã, Elimi e Astaroth, juntos com os outros, aceitamos hoje o pacto de Urbain Grandier, que é nosso. A ele nós prometemos o amor das mulheres, as flores das virgens, o respeito dos monarcas, honras, luxúria e poder.

Ele vai se prostituir durante três dias, e vai gostar da farra. Uma vez ao ano ele deverá nos oferecer um selo de sangue, todas as coisas santas da igreja deverão ser pisadas por ele e ele vai perguntar a nós muitas questões. Com este pacto ele vai viver feliz por 20 anos na terra dos homens, e mais tarde vai se juntar a nós para pecar contra Deus.

Selado no inferno, no conselho dos demônios.

Lúcifer Belzebu Satã

Astaroth Leviatã Elimi

Selado pelo Diabo, o próprio; e os demônios, príncipes do Senhor, e mestre do Submundo.


Hoje em dia Muitos, terreiros de Umbanda, Falsas Igrejas Satânicas, Falsos Satanistas, Vem ganhando Dinheiro, Com a falsa Esperança de um Possível Pacto com, O Demônio, Ja que Os produtos para se fazer Pactos Não são encontrados em  Lojas, São produtos naturais, Produtos na quais e muito difícil de se encontrar ou ate mesmo ter coragem de se possuir tal Apetrechos. 

Lúcifer: quem é? Onde vive? De que se alimenta?

A palavra Lúcifer significa “Portador da Luz” e foi usada como termo genérico para se referir a Vênus. Ao longo da História, Lúcifer foi o nome utilizado para, como na música acima, falar a respeito do “coisa ruim”. Em Isaías 14:12 há o trecho “Como caíste desde o céu, ó Lúcifer, filho da alva!”. O trecho pode nos fazer entender que, de fato, Lúcifer é o “anjo caído”, como também é conhecido.

Na verdade, no mesmo livro, um pouco antes, em 12:4, há o começo da passagem: “Então proferirás este provérbio contra o rei de Babilônia”, sendo que o final da passagem, em 14:22, conclui: “Porque me levantarei contra eles, diz o Senhor dos Exércitos, e extirparei de Babilônia o nome, e os sobreviventes, o filho e o neto, diz o Senhor”.

Ou seja: no Antigo Testamento, Lúcifer se refere a um determinado Rei da Babilônia, que é considerado, no cristianismo, uma metáfora para o Príncipe do Mal. No cristianismo, Lúcifer não é o nome do demônio; na verdade, o uso de “Portador da Luz” tem a ver com Vênus, que some durante o dia.

A questão é que a Bíblia é um grande livro de metáforas que são interpretadas ao pé da letra, e o demônio, propriamente dito, não é chamado de Lúcifer em momento algum no livro – pelo contrário: em II Pedro 1:19, a palavra Lúcifer é utilizada para se referir a Jesus, sabia?
Vários nomes para o mal

A questão é que a humanidade dá nome às coisas desde que o mundo é mundo. Quando o assunto envolve o imaginário maligno que seria capaz de explicar algumas fatalidades, a variedade de nomenclaturas é realmente grande, principalmente se levarmos em consideração períodos históricos e crenças religiosas diferentes.

DYBBUK: essa é uma figura do mal para a cultura judia. Trata-se do espírito de um pecador que, de vez em quando, decide invadir o corpo de algumas pessoas. A vítima pode demorar algum tempo para perceber que está com o Dybbuk no corpo, mas, assim que a alma demoníaca se manifesta, o “hospedeiro” vai viver alguns dias de sofrimento.

Os judeus acreditam que esse espírito maligno só invade corpos de pessoas pecadoras, o que sustentaria o argumento de que é preciso “andar na linha” para evitar ser possuído pelo demônio.

RAKSHASA: tanto no budismo quanto no hinduísmo há quem sinta medo de Rakshasa, que são demônios raivosos capazes de mudar de forma, criar ilusões e fazer uma espécie de “magia do mal”. Esse demônio tem garras ou unhas tóxicas, que usa para capturar as pessoas que devora.

Rakshasas podem aparecer de diferentes maneiras: feios, bonitos, de “carne e osso” ou só em espírito, além de existirem em formas animais. O rei Ravana era o pior Rakshasa, conhecido por ter pelo menos dez faces, doze braços e muita destreza.
DJINNI: textos da cultura islâmica se referem a Djinni como um grupo de demônios de uma raça diferente da humana. São seres que vivem em uma realidade paralela à nossa. Essas criaturas são formadas de fogo e fumaça e são as únicas, além dos humanos, a receberem de Alá o livre arbítrio. São capazes de agir com benevolência, neutralidade ou maldade, portanto.

Para o islamismo, o demônio-mor era originalmente um Djinni chamado Iblis, que se recusou a se curvar para Adão e acabou sendo expulso do paraíso. Entre outros Djinnis famosos estão os Ifrits, que são criaturas malignas imunes às armas humanas. Esse tipo de demônio foi usado como referência em alguns episódios da quinta temporada de True Blood.

ABADDON: textos do judaísmo tradicional usam a palavra como um sinônimo de “destruição”, mas alguns textos mais modernos já associam a palavra a um ser do mal, temido por ter muito poder. Algumas versões do demônio o colocam como uma nova versão do anjo Muriel, que reuniu a poeira para criar Adão.

Ao que tudo indica, porém, a característica de anjo teve fim, afinal algumas descrições falam dele como uma figura maligna em um trono de vermes, comandando um exército de gafanhotos em forma de cavalos com rostos humanos e rabos de escorpião.
HADES: para a mitologia grega, Hades era o deus sombrio, das profundezas, cuja influência imperava no reino dos mortos, um lugar de luto e eterna tristeza. O nome de Hades era raramente dito em voz alta, pois as pessoas tinham muito medo do que ele poderia atrair.

O mundo de Hades era dividido em várias partes, sendo que a primeira era o Érebo, uma “sala de espera” para as almas que ainda não tinham sido julgadas, e havia também o Tártaro, uma prisão de titãs. Hades era quem julgava todas as almas e decidia o destino eterno de cada uma delas.

O deus sombrio da mitologia grega tinha um cão de guarda, Cérbero, um cachorro de três cabeças e cauda de dragão. Hades tinha um capacete que o protegia dos olhares alheios.

PISHACHA: que nome, hein! Acontece que, apesar da forma como é chamado, eis um demônio bastante temido nas religiões orientais. Geralmente se manifesta pelo espírito de uma pessoa que cometeu adultério, estupro ou outros crimes semelhantes. Os Pishachas podem mudar de forma e ficar invisíveis, além, é claro, de possuir humanos e sugar suas almas.

Os textos que descrevem esse demônio parecem concordar em dar um enfoque realmente sombrio às características dessa besta: é um humanoide com um tom de pele tão escuro quanto um vidro vulcânico, olhos vermelhos e veias saltadas cobrindo seus corpos. Medo.

Como o demônio se comporta

Antes de ser descoberto, durante o exorcismo, na proximidade da saída e após a libertação.

Duma forma geral, podemos dizer que o demônio faz tudo para não ser descoberto, mostra-se muito lacônico e procura todos os meios para desencorajar o paciente e o exorcista. Para melhor clarificação podemos classificar este comportamento em quatro fases: antes de ser descoberto, durante os exorcismos, na proximidade da saída e depois da libertação. Assinalamos igualmente que nunca se encontram dois casos iguais. O comportamento do Maligno é o mais variado e imprevisível. Só farei referência a certos aspectos de comportamento mais freqüentes.
1 – Antes de ser descoberto.

O demônio provoca distúrbios físicos e psíquicos: a pessoa envolvida procura tratar-se com médicos, mas nenhum suspeita da verdadeira origem do seu mal. Os médicos, em certos casos, começam um longo tratamento, testando diversos medicamentos, que resultam sempre ineficazes; por isso é vulgar que o paciente mude várias vezes de médico, acusando-os a todos de não entenderem a sua doença.

O tratamento dos males psíquicos é o mais difícil; muitas vezes os especialistas não notam nada (como também acontece com as doenças físicas), e a vítima passa por um “obcecado” aos olhos dos familiares. Uma das cruzes mais pesadas destes “doentes” reside no fato de não serem nem compreendidos, nem acreditados.

Quase sempre acontece que, estas pessoas, depois de terem batido às portas da medicina oficial, em vão, mais tarde ou mais cedo acabam por se dirigir a curandeiros, ou ainda pior a adivinhos, bruxos, quiromantes, ou feiticeiros. E assim ainda pioram os seus males.

Normalmente, quando alguém recorre a um exorcista (aconselhado por um amigo, raramente por sugestão de um padre) geralmente já fez o percurso pelos médicos que o deixaram numa desconfiança total e, na maioria dos casos, já foi aos bruxos ou similares. A falta de fé ou pelo menos o fato de não ser praticante, juntamente com a imensa e injustificável carência eclesiástica neste domínio, permitem compreender este tipo de comportamento. A maior parte das vezes é um verdadeiro acaso encontrar alguém que fale da existência de exorcistas.

Não esquecer que o demônio, mesmo nos casos de possessão total (em que é ele que falta e age servindo-se dos membros da sua infeliz vítima) não age continuamente, mas intercala a sua ação (designada em linguagem corrente sob a designação de “momentos de crise”), com fases de sossego mais ou menos longas.

Excetuando os casos mais graves, a pessoa pode prosseguir os seus estudos ou o seu trabalho de forma aparentemente normal, sendo ele o único na realidade a saber o preço desses esforços.
2 – Durante os exorcismos.

Em principio, o demônio faz tudo para não ser descoberto ou pelo menos para dissimular a amplitude da possessão, embora não o consiga sempre. Por vezes é obrigado a manifestar-se desde a primeira oração por causa da força dos exorcismos.

Lembro-me de um jovem que, quando recebeu a primeira bênção, apenas me inspirou uma ligeira desconfiança, então pensei ”É um caso fácil: uma ou talvez duas bênçãos será o suficiente para resolver o problema”. Na segunda vez, enfureceu-se a partir daí já não voltei a começar o exorcismo sem ter comigo quatro homens robustos, para o segurar.

Noutros casos é preciso esperar a hora de Deus. Recordo-me duma pessoa que tinha procurado vários exorcistas (incluindo a mim próprio) sem que alguém lhe tivesse encontrado alguma coisa de especial. Até que um dia o demônio manifestou-se aos exorcismos como habitualmente, com a freqüência necessária para libertar os possessos.

Em certos casos logo desde a primeira ou a segunda bênção o demônio revela por vezes toda a sua força que varia de pessoa para pessoa; outras vezes esta manifestação é progressiva; há pessoas que apresentam em cada sessão problemas novos. Dá a impressão de que todo o mal que está neles deve aparecer pouco a pouco para poder ser eliminado.

O demônio reage de forma muito diferente às orações e às ordens. Muitas vezes esforça-se por se mostrar indiferente mas, na realidade, ele sofre e o seu sofrimento vai aumentando até que se chegue à libertação. Alguns possessos ficam imóveis e silenciosos não reagindo às provocações senão com os olhos.

Outros lutam: convém então segurá-los para impedir os cativos de fazerem mal; outros lamentam-se, sobretudo quando se lhes aplica a estola sobre os locais dolorosos, como indica o Ritual, ou ainda quando se faz um sinal da cruz ou quando se asperge com água benta. Raros são os que se mostram com fúrias, mas esses devem ser segurados com firmeza pelos assistentes do exorcista, ou pelas pessoas da família.

No que se refere a falar, os demônios geralmente mostram-se muito reticentes. O Ritual determina justamente que não se façam perguntas por pura curiosidade, mas que se pergunte só aquilo que pode ser útil à libertação.

A primeira coisa é o nome: para o demônio, tão pouco dado a manifestar-se, o fato de revelar o seu nome constitui uma derrota; quando diz o nome, mostra-se sempre relutante em repeti-lo nos exorcismos posteriores. Ordena-se em seguida ao Maligno que diga quantos demônios habitam no corpo de paciente. Esse número pode ser elevado ou reduzido, mas há sempre um chefe que usa o primeiro dos nomes indicados.

Quando o demônio tem um nome bíblico ou dado pela tradição (por exemplo: satanás, ou belzebu, lúcifer, zabulão, meridiano, asmodeu...) trata-se de caça grossa, mais dura para vencer. Mas a dificuldade em grande parte reside na força com que o demônio tomou posse duma pessoa. Quando são vários demônios, o chefe é sempre o último a sair.

A força da possessão resulta também da reação do demônio aos nomes sagrados. Regra geral o maligno não pronuncia nem pode pronunciar estes nomes: Substitui-os por outras expressões como “Ele” para designar Deus ou Jesus, ou “Ela” para designar a Santíssima Virgem. Pode também dizer: “O teu chefe” ou “a tua patroa” para falar de Jesus ou de Nossa Senhora.

Por outro lado, quando a possessão é excessivamente forte o demônio é de um coro elevado (recordemos que os demônios conservam o coro que ocupavam enquanto anjos como os Tronos, os Principados, as Dominações...), então pode acontecer que pronuncie os nomes de Deus e de Santa Virgem, mas acompanhados de horríveis blasfêmias.

Muitas pessoas pensam, não se sabe porquê, que os demônios são linguareiros e que, se uma pessoa vai assistir a um exorcismo, o demônio vá enumerar todos os seus pecados em público. Não há nada mais falso, os demônios falam com precaução e quando se apresentam faladores, dizem coisas estúpidas a fim de distrair o exorcismo e de escapar ás suas perguntas. Podem acontecer exceções.

O Pe. Cândido, um dia convidou para assistir a um dos seus exorcismos um sacerdote que se gabava de não acreditar nisso. Este aceitou o convite, e quando lá estava adotou uma atitude quase de desprezo ficando com os braços cruzados, sem rezar (ao contrário do que devem fazer os presentes) e com um sorriso irônico nos lábios. A certa altura o demônio dirigiu-se a ele: “Tu dizes que não acreditas em mim. Mas acreditas nas mulheres, nelas acreditas, ah sim, nelas acreditas e de que maneira!”. O desgraçado recuou devagarzinho em direção à porta e escapou-se a toda a pressa.

Outra vez o demônio fez a descrição dos pecados para desencorajar o exorcista. O Pe. Cândido ia benzer um belo jovem que tinha nele uma besta mais forte do que ele. O demônio tentou desencorajar o exorcista nestes termos: “Não vês que está a perder o teu tempo com este? Ele é daqueles que nunca rezam, é um dos que freqüentam..., é um dos que fazem...”, seguindo duma longa série de vergonhosos pecados. No fim do exorcismo, o Pe. Cândido delicadamente tentou convencer o jovem a fazer uma confissão geral. Mas ele não queria saber de nada disso. Quase que foi preciso empurrá-lo à força para um confessionário; e lá apressou-se a dizer que não tinha nada de que tivesse de se acusar.

“Mas não fizeste tal coisa em tal ocasião?” insistiu o Pe. Cândido. E o jovem estupefato teve de reconhecer a sua falta. “E por acaso não fizeste aquilo?” e o desgraçado cada vez mais confuso, teve de reconhecer um após outro, todos os pecados que o Pe. Cândido lhe recordava, valendo-se das declarações do demônio. Depois, finalmente, recebeu a absolvição. E o jovem foi-se embora confuso: “Já não percebo nada! Estes padres sabem tudo!”.

Entretanto o Ritual sugere que se pergunte também há quanto tempo o demônio se encontra naquele corpo, por que razão, etc... Falaremos oportunamente acerca do comportamento que convém adotar em caso de bruxaria, questões que é preciso colocar e a maneira de agir.

Por agora sublinharemos que o demônio é o príncipe da mentira. Pode perfeitamente acusar tal ou tal pessoa a fim de suscitar suspeitas e inimizades. As respostas do demônio devem ser sempre passadas ao crivo cuidadosamente.

Contentar-me-ei em dizer que o interrogatório do demônio geralmente tem uma importância reduzida. Aconteceu muitas vezes por uma importância reduzida. Aconteceu muitas vezes pro exemplo que o demônio, ao sentir-se muito enfraquecido, respondia a perguntas relativas à data da sua saída e depois de fato não saía naquela data.

Um exorcista experimentando como o Pe. Cândido, que se apercebia imediatamente que tipo de demônio estava a enfrentar e adivinhava a maior parte das vezes até o seu nome, fazia muito poucas perguntas. Outras vezes quando perguntava o nome, o demônio respondia: “Tu já sabes”. E era verdade.

Em geral os demônios falam espontaneamente nos casos de possessões fortes, para tentar desencorajar ou amedrontar o exorcista. Eu próprio ouvi por diversas ocasiões frases do tipo: “Não podes nada contra mim!”; “Aqui é a minha casa!”; “Estou aqui bem e fico aqui!”; “Só estás a perder o teu tempo!”. Ou então ameaças: “Vou devorar-te o coração!”; “Esta noite o medo há de te impedir de fechares os olhos”; “Vou-me introduzir na tua cama como uma serpente”; “Hei de te fazer cair da cama abaixo”.

Porém, perante certas respostas, pelo contrário, fica silencioso. Quando eu lhe digo por exemplo: “Estou envolvido no manto da Virgem; o que é que tu podes fazer?”; “O Arcanjo Gabriel é o meu santo patrono; tenta lutar contra ele”; “o meu Anjo de guarda cuida para que nada me aconteça; não podes fazer nada”, etc...

Encontra-se sempre um ponto particularmente fraco. Alguns demônios não resistem à cruz feita com a estola sobre as partes doloridas; outras não resistem quando se sopra sobre a face do paciente, e outros ainda opõem-se com todas as suas forças à aspersão de água benta.

Existem também frases, nas orações de exorcismo ou noutras orações que o exorcista pode rezar às quais o demônio reage violentamente ou perdendo a força. Então basta insistir na repetição destas frases, como preconiza o Ritual.

O exorcismo pode ser longo ou breve: é o exorcista quem decide em função de diversos fatores. A presença do médico é útil por vezes, não só para estabelecer o diagnóstico inicial, mas também para dar a sua opinião quanto à duração do exorcismo. Sobretudo quando o possesso não goza de boa saúde (se é cardíaco, por exemplo) ou quando o exorcista não se está a sentir bem: o médico então pode aconselhar que se termine. Em geral é o exorcista que se apercebe quando é inútil continuar.
3 – Na proximidade da saída.

É um momento difícil e delicado que pode durar muito tempo. O demônio por um lado faz parecer que já perdeu uma parte das suas forças, mas por outro lado tenta jogar as últimas cartadas. Muitas vezes tem-se a seguinte impressão: enquanto no caso de doenças vulgares, o doente vê melhorar o seu estado progressivamente até á cura completa, no caso de um possesso, produz-se o contrário, isto é, a pessoa em questão vê o seu estado sempre a piorar e no momento em que ela já não pode mais, fica curada. Nem sempre as coisas se passam assim, mas é o que acontece com mais freqüência.

Para o demônio, deixar uma pessoa e voltar para o inferno, onde quase sempre fica condenado a permanecer, significa morrer eternamente e perder toda a possibilidade de se mostrar ativo, incomodando as pessoas. Ele exprime este desespero em expressões que são repetidas muitas vezes durante os exorcismos: “Eu morro, eu morro” – “Não posso mais” – “Já chega vocês matam-me” – “corja de assassinos, de carrascos; todos os padres são assassinos”, e frases assim.

O conteúdo muda completamente em relação aos primeiros exorcismos. Se antes dizia: “Tu não podes fazer nada contra mim” agora diz: “Tu matas-me, venceste-me”. Se antes dizia que nunca se iria embora porque estava lá bem, agora afirma que se sente horrivelmente mal e que deseja ir-se embora. É claro que cada exorcismo para o demônio, equivale a ser chicoteado: “sofre” muitíssimo, mas inflige igualmente muita dor e cansaço à pessoa em que se encontra: Chega a confessar que durante os exorcismos está pior que no inferno.

Um dia, enquanto o Pe. Cândido exorcizava um indivíduo já à beira da libertação, o demônio declarou abertamente: “Julgas que eu me ia embora se não estivesse pior aqui?”. Os exorcismos tornaram-se-lhe verdadeiramente insuportáveis.

Um outro fator que é preciso ter em conta, se se quer ajudar as pessoas que estão em via de libertação, é que o demônio se esforça por lhes comunicar o seus próprios sentimentos: ele não pode mais e procura transmitir um sensação de esgotamento intolerável; ele está desesperado e tenta transmitir o seu próprio desespero ao possesso; sente que está perdido, que já lhe resta pouco tempo para viver, que não está mais em condição de raciocinar corretamente e transmite ao paciente a impressão de que tudo acabou, que a sua vida chegou ao seu termo, e este cada vez mais se convence de que vai enlouquecer.

Quantas vezes as pobres vítimas, afligidas, não declaram ao exorcistas: “Diga-me francamente se eu estou louco!”. Para o possesso os exorcismos também são cada vez mais cansativos e, por vezes, se não vêm acompanhados ou forçados, faltam ao encontro.

Tive mesmo casos de pessoas próximas ou bastante próximas da libertação, que desistiram totalmente de se deixar fazer exorcizar. Da mesma forma que muitas vezes é preciso ajudar estes “doentes” a rezar, a ir à Igreja e a freqüentar os sacramentos, porque eles não conseguem sozinhos, também é conveniente incitá-los a submeter-se aos exorcismos e, sobretudo no momento da fase final, encorajá-los continuamente.

O cansaço físico e um certo sentimento de desmoralização devidos à lentidão dos acontecimentos aumentam sem dúvida estes problemas e dão a impressão de que o mal se tornou incurável. O demônio por vezes causa males físicos, mas sobretudo psíquicos, que é preciso tratar por via médica, mesmo após a cura. Contudo as curas completas, sem seqüelas, são possíveis.
4 – Após a libertação.

É fundamental que a pessoa liberta não afrouxe o seu ritmo de oração, nem a freqüência aos sacramentos e mantenha uma vida cristã empenhada. Uma bênção, de tempos a tempos, não será supérfula. Porque acontece com bastante freqüência que o demônio ataque, isto é, que tente voltar. Não precisa que ninguém lhe abra a porta. Contudo, mais do que a convalescença poderíamos falar duma fase de consolidação, indispensável para assegurar a libertação.

Tive alguns casos de recaída: nos casos em que não houve negligência da parte do individuo, em que ele tinha continuado a manter um ritmo de vida espiritual intensa, a segunda libertação foi relativamente fácil. Pelo contrário, a partir do momento em que a recaída foi favorecida pelo abandono da oração ou pior ainda, por se ter deixado cair num estado de pecado habitual, então a situação só piorou, tal como conta o Evangelho segundo Mateus (12,43-45): o demônio volta acompanhado de sete espíritos piores do que ele.

O leitor não deixou de ter oportunidade de ficar com a noção de que o demônio faz tudo para dissimular a sua presença. Já o dissemos e repetimos. Esta observação ajuda, (mas não o suficiente certamente) a distinguir a possessão de certas formas de doenças psíquicas em que o doente faz tudo para chamar a atenção. O comportamento do demônio é exatamente ao contrário.

OS EXORCIMOS

“Aqueles que acreditarem em Meu nome expulsarão os demônios...” (Mc 16,17): este poder que Jesus concedeu a todos os que crêem ainda permanece válido. É um poder geral baseado na Fé e na oração. Pode ser exercido individualmente ou na comunidade. É sempre possível e não requer nenhuma autorização. Fazemos aqui uma precisão de terminologia: neste caso trata-se de orações de libertação, não de exorcismos.



          A fim de reforçar a eficácia deste poder conferido por Cristo, e de proteger os fiéis contra os charlatões e os mágicos, a Igreja instituiu um sacramental – o exorcismo – que só pode ser ministrado pelos bispos, ou pelos sacerdotes que tenham recebido dos bispos uma licença específica (portanto nunca pelos leigos).



É o que estabelece o direito canônico (can.1172) lembrando-nos igualmente como os sacramentais são apoiados pela força das orações de impetração da Igreja, diferentes das orações privadas (can. 1166), e deve ser administrado respeitando escrupulosamente os ritos e as fórmulas aprovadas pela Igreja (can. 1167).

         A designação de exorcista só se aplica, portanto, aos sacerdotes autorizados e aos bispos exorcistas (se os houver!). É um nome inflacionado. Assiste-se atualmente a uma inflação neste domínio e fala-se de exorcistas a torto e a direito. Muitos sacerdotes e leigos, dizem-se exorcistas embora não sejam. E há muitas pessoas que afirmam fazer exorcismos, embora só façam orações de libertação, e até por vezes o que faz a magia... Só é exorcismo o sacramental instituído pela Igreja.



Esta denominação em qualquer outro caso é segundo o meu ponto de vista, muito equívoca e pode desorientar. É correto chamar exorcismo simples ao que está inserido no batismo e exorcismo solene ao Sacramental reservado aos exorcismos. É assim que se exprime o Novo Catecismo.

Parece-me incorreto qualificar de exorcismo privado ou vulgar uma oração que não é verdadeiramente um exorcismo, mas simplesmente uma oração de libertação, e que por isso, só deve ser denominado assim.



         O exorcista deve-se orientar pelas orações do Ritual. O exorcismo apresenta uma diferença em relação aos outros sacramentais: pode durar alguns minutos ou prolongar-se por algumas horas. Portanto, não é necessário rezar todas as orações do Ritual e podem-se acrescentar muitas outras, conforme o próprio Ritual sugere.

         O exorcismo visa um duplo objetivo. Propõe-se libertar os possessos; este aspecto é evidenciado em todos os livros dedicados a este assunto. Mas antes de tudo tem a finalidade de diagnosticar o mal; esta finalidade, no entanto, muitas vezes é ignorada.

É verdade que antes de atuar, o exorcista interroga a pessoa que sofre ou os seus familiares a fim de determinar se existem condições para administrar o exorcismo. Mas é igualmente verdadeiro que só mediante o exorcismo se pode saber com exatidão se existe uma intervenção diabólica ou não.



Todos os fenômenos que se produzem, ainda que sejam estranhos ou aparentemente inexplicáveis podem, com efeito, ter uma explicação natural. Mesmo a associação dos fenômenos psiquiátricos e parapsicológicos não é suficiente para estabelecer um diagnóstico. Só por meio do exorcismo é que se pode ter a certeza de estar perante uma intervenção diabólica ou não.

         Neste ponto é necessário aprofundar um pouco mais um assunto que, infelizmente, não é sequer mencionado no Ritual e que é desconhecido daqueles que escreveram sobre esta questão.



         Como já afirmamos, o exorcismo tem, sobretudo, um efeito de diagnóstico, quer dizer, permite verificar se os distúrbios de um individuo têm uma origem maléfica e se na verdade existe uma presença maléfica na pessoa.

Para seguir uma ordem, a primeira operação a fazer-se é esta, embora o principal objetivo do exorcismo consista em libertar a vítima duma presença maléfica ou de perturbações maléficas. No entanto, é essencial ter em conta esta sucessão lógica (primeiro o diagnóstico e em seguida a cura) a fim de avaliar corretamente os sinais com base nos quais os exorcista se deve fundamentar.

Podemos afirmar que os sinais verificados antes, durante e depois do exorcismo, assim como a evolução dos sinais no seguimento dos diferentes exorcismos, são dados muito importantes.



         Parece-me que o Ritual, ainda que o faça de formas indireta, concede uma certa importância a esta sucessão uma vez que dedica uma norma (nº3) a prevenir o exorcista de que uma presença demoníaca não se revela facilmente; dedica várias regras com vista a prevenir o exorcista dos diferentes truques empregues pelo demônio para esconder a sua presença.

Nós, os exorcistas, pensamos que é justo e importante ter o cuidado de não nos deixarmos levar pelas ciladas dos doentes mentais, dos maníacos e de todos os que não têm nenhuma presença diabólica nem têm nenhuma necessidade de exorcismos.

No entanto é necessário igualmente assinalar o perigo inverso, que é cada vez mais freqüente e que devemos temer: o perigo de não saber reconhecer a presença maléfica e, por conseqüência, não recorrer ao exorcismo quando ele é necessário.



Eu, assim como todos os outros exorcistas a mais, mesmo sem ser necessário nunca fez mal (todos procedemos, na primeira vez e em casos de dúvida, por meio de exorcismos bastante breves pronunciados em voz baixa e susceptíveis de se confundir com simples bênçãos).

Por isso nunca tivemos ocasião de lamentar o fato de ter utilizado o exorcismo. Pelo contrário, sentimo-nos culpados dos casos em que omitimos o exorcismo, por não termos sabido reconhecer a presença do demônio, vindo-se este a manifestar mais tarde, através de sinais evidentes, numa altura em que essa presença já está muito mais arraigada.

         Insisto, portanto, na importância e no valor dos sinais: não é necessário que sejam numerosos e indubitáveis para que se proceda a um exorcismo. Se durante o exorcismo novos sinais se manifestam, logicamente prolongar-se-á o tempo necessário, devendo contudo o primeiro exorcismo ser relativamente breve.



Pode acontecer que, durante o exorcismo não se manifeste nenhum sinal, mas que o paciente indique ao exorcista que sentiu efeitos notáveis (geralmente benéficos). Então o exorcista decide repetir o exorcismo; e, se estes efeitos persistem, acontece, seguramente, que mais tarde ou mais cedo também se manifestam sinais durante o exorcismo.

É muito útil observar a evolução dos sinais à medida que se efetuam os vários exorcismos. Uma baixa progressiva desses sinais corresponde a um início de cura, enquanto que, uma manifestação crescente, revestindo formas totalmente imprevisíveis, significa que está a aflorar o mal que estava escondido e que, só quando aflorar totalmente, é que começará a retroceder.



         Compreende-se então agora como é disparate pensar que um exorcismo não se pode fazer senão em presença de sinais evidentes de possessão; contudo, também é fruto da total inexperiência, pensar que estes sinais se manifestam antes do exorcismo uma vez que, a maior parte das vezes, eles não aparecem senão durante ou no fim dum exorcismo, ou até mesmo depois de uma série de exorcismos.

Tive casos em que foram necessários anos de exorcismos para que o mal se revelasse em toda a sua gravidade. É inútil querer classificar os diferentes casos segundo modelos standard. Todo aquele que tem uma grande experiência neste domínio sabe, certamente, que as manifestações demoníacas revestem formas muito variadas.



Por exemplo: eu e todos os exorcistas com quem falei compreendemos um fato significativo: os três sinais indicados no Ritual como sintomas da possessão – falar línguas desconhecidas, possuir uma força sobre-humana, conhecer coisas ocultas, são sempre manifestações durante os exorcismos e nunca antes. Teria sido completamente disparato esperar que estes sinais se manifestassem para poder proceder aos exorcismos.

         Acrescentemos que nem sempre é possível estabelecer um diagnóstico seguro. Há casos que nos deixam perplexos; os casos mais difíceis de resolver são aqueles em que nos encontramos confrontados com indivíduos com problemas psíquicos e influência maléfica ao mesmo tempo. Nestes casos é extremamente útil associar a ação do exorcista à do psiquiatra.



O Pe. Cândido chamou várias vezes o professor Mariani, médico chefe responsável de uma famosa clínica para doentes mentais em Roma, para assistir aos seus exorcismos; outras vezes, foi o professor Mariani que convidou o Pe. Cândido a ir à sua clínica para examinar e, eventualmente, colaborar na cura de certos pacientes.

         Faz-me rir certos pretensiosos teólogos modernos que afirmam como sendo uma grande novidade o fato de certas doenças se poderem confundir com a possessão diabólica. Certos psiquiatras ou parapsicológicos estão nas mesmas circunstâncias: pensam ter descoberto a América ao proferir tais afirmações. Se fossem um pouco mais instruídos saberiam que as autoridades eclesiásticas foram as primeiras a pôr os teólogos de sobreaviso contra esse possível erro.



Nos decretos do Sínodo de Reims de 1583, a Igreja já tinha chamado a atenção para este possível equívoco afirmando que, certas manifestações, consideradas como sinais de possessão diabólica, poderiam com efeito ser apenas sintomas de doenças mentais. Nessa época, porém, a psiquiatria ainda não tinha nascido e os teólogos acreditavam no Evangelho.



         Para além do diagnóstico, o exorcismo tem como objetivo curar e libertar os pacientes. É aí que se inicia um percurso muitas vezes difícil e longo. É indispensável que o sujeito colabore. E muitas vezes está impedido de o fazer; deve rezar muito e não consegue, tem de receber frequentemente os sacramentos e muitas vezes não é capaz; para chegar a um exorcista a fim de receber o sacramental tem por vezes que transportar obstáculos que parecem insuperáveis. Tem muita necessidade de ser ajudado e, ao contrário, na maior parte dos casos, não é compreendido por ninguém.



         Quanto tempo é necessário para libertar uma pessoa que está sob o jugo do demônio? Ninguém pode responder a esta questão. É o Senhor quem liberta que age com a Sua divina liberdade, tendo também com certeza em contas as orações, especialmente as que lhe são dirigidas por intercessão da Igreja.



Duma maneira geral pode-se dizer que o tempo necessário à libertação depende da força inicial da possessão diabólica e do tempo que passou entre esta e o exorcismo.

Tive o caso de uma jovem de 14 anos, sob o julgo do demônio apenas há alguns dias, que parecia furiosa: dava pontapés, mordia, arranhava. Um quarto de hora de exorcismo foi o suficiente para a libertar  completamente.

Numa primeira fase, caiu no chão, inanimada, de tal forma que me lembrei daquela passagem do Evangelho em que Jesus libertou aquele jovem que os Apóstolos não tinham conseguido libertar. Mas no fim de alguns minutos, a rapariga recuperou os sentidos e já corria no pátio brincando com o seu irmãozinho.



         Este gênero de casos são raríssimos ou então acontecem quando a intervenção maléfica é muito ligeira. A maior parte das vezes o exorcista enfrenta situações penosas porque, geralmente, nunca ninguém pensa em levar logo ao exorcista.

Vejamos um caso típico: uma criança manifesta sinais estranhos; os pais não se questionam nem dão nenhuma importância pensando que com a idade tudo entrará na ordem. É preciso dizer que de início os sintomas são muito ligeiros. Depois, quando os fenômenos se agravam, os pais dirigem-se aos médicos: experimentam um, depois outro, sempre sem resultado.



Visitou-me uma rapariga de 17 anos que já tinha estado na Clínica mais famosa da Europa. Por fim, aconselhada por um amigo ou por um esperto qualquer que suspeitou não se tratar de um mal de origem natural, foi-lhe sugerido recorrer a um bruxo. A partir desse momento, o mal inicial multiplicou-se por dez.

Só por acaso e aconselhada não se sabe por quem (quase nunca por um padre...) recorreu a um exorcista. Só que, entretanto, já tinham decorrido vários anos e o mal tinha-se enraizado cada vez mais.

É por isso que justamente o primeiro exorcismo fala de desenraizar e pôr em fuga o demônio. Quando chega a este ponto, são necessários muitos exorcismos durante vários anos, e nem sempre se chega à libertação.



         Entretanto repito: o tempo está nas mãos de Deus. A fé do exorcista e do exorcizado são um fator muito importante; ajudam também as orações do interessado, da sua família, de outras pessoas (religiosas de clausura, comunidades paroquiais, grupos de oração, especialmente aqueles grupos que fazem oração e libertação); ajuda muitíssimo o uso dos sacramentais previstos para este efeito, usados oportunamente para os fins indicados pelas orações de benção: água exorcizada, ou pelos menos benzida, óleo exorcizado, sal exorcizado.



Para exorcizar a água, o óleo, e o sal, não é indispensável a intervenção dum exorcista; qualquer sacerdote o pode fazer. Mas deve-se procurar um que acredite e que saiba que estas bênçãos específicas existem no Ritual. Os sacerdotes que estão ao corrente destas coisas contam-se pelos dedos; a maioria não as conhece e faz troça dos pedidos que lhes são feitos para este fim.



         A freqüência aos sacramentos e uma conduta de vida conforme ao Evangelho são de uma importância capital. Pode-se constatar o poder do terço e, em geral, o recurso à Santa Virgem; a intercessão dos anjos e dos santos é muito poderosa; as peregrinações aos santuários que muitas vezes são os locais que Deus escolheu para a libertação preparada nos exorcismos, também são de extrema utilidade.



Deus ofereceu-nos variadíssimos instrumentos de graça; está nas nossas mãos fazer uso deles. Quando o Evangelho narra as tentações de Cristo por parte de Satanás, específica que Jesus responde sempre ao demônio tomando uma frase da Bíblia. A Palavra de Deus é de grande eficácia, assim como a oração de louvor, quer seja espontânea, quer seja retirada da Bíblia: os Salmos e os cânticos de louvor a Deus.

         Apesar de tudo isto, a eficácia do exorcismo supõe sempre uma grande humildade da parte do exorcista, porque se apercebe do seu nada – quem opera é Deus. Além disso, o exorcista e o exorcizado são submetidos a rudes provas de desencorajamento; os resultados palpáveis são muitas vezes lentos e fatigantes.



Por outro lado observam-se grandes frutos espirituais que ajudam em parte a compreender porque é que o Senhor permite estas provas tão dolorosas. Caminha-se na obscuridade da fé, sabendo-se que vai em direção à verdadeira luz.

         Lembremos a importância protetora das imagens santas, tanto usadas pela pessoa, como nos locais onde habita: na porta da casa, nos quartos, na sala de jantar ou onde a família se reúne habitualmente. A imagem santa sugere não a idéia pagã duma coisa que dá sorte, mas o conceito de imitação da figura representada e a proteção que se invoca.

Acontece-me muitas vezes entrar em casas que apresentam à entrada da porta um enorme corno, e depois percorrer as diversas divisões para as benzer e encontrar pouquíssimas imagens de santos; é um erro grave.



Lembremo-nos do exemplo de S. Bernardinho de Sena que cada vez que ia a casa de alguém, persuadia as famílias a colocar sobre a porta um medalhão com a sigla do nome de Jesus (JHS, que quer dizer: Jesus Hominum Salvador, Jesus Salvador dos Homens).

         Constatei em várias ocasiões a eficácia das medalhas que as pessoas usam com fé. Bastaria falar da Medalha Milagrosa difundida em milhares de exemplares no mundo depois da aparição da Virgem a Sta. Catarina de Labouré (em Paris, 1830); se falássemos das graças prodigiosas recebidas através dessa simples medalha, nunca mais acabaríamos. Há vários livros que mencionam estes fatos em detalhe.



         Um dos episódios de possessão diabólica mais conhecido, relatado em várias obras, devido à documentação histórica exata que nos transmitiu esse fato, é a que se refere aos irmãos Burner, de Illfurt (Alsace) que foram libertados graças a uma série de exorcismos em 1869.

Um dia, entre as numerosas catástrofes ocasionadas pelo demônio, virou-se a carroça que transportava o exorcista, acompanhado por um monsenhor e uma religiosa. Mas o demônio não conseguiu levar o seu projeto até o fim porque, no momento da partida tinha sido dada ao cocheiro, para proteção, uma medalha de S. Bento que ele tinha guardado no bolso com grande devoção.



         Por fim lembro os quatro parágrafos que o Catecismo da Igreja Católica dedica aos exorcismos. Lidas em seqüência, oferecem um desenvolvimento bem ordenado.



         > No nº 517, falando de Cristo Redentor, recorda as Suas curas e os Seus exorcismos. O ponto de partida é o que Jesus fez.

         > No nº 550, afirma que a vinda do Reino de Deus assinala o fim do Reino de Satanás; vêm referidas as palavras de Jesus: Se Eu expulso os demônios por virtude do Espírito de Deus, é porque chegou à vós o Reino de Deus. É esta a finalidade dos exorcismos; com a libertação dos endemoninhados é demonstrada a vitória total de Cristo sobre o príncipe deste mundo.



         Os dois parágrafos seguintes especificam a dupla utilização seguida nos exorcismos: como uma componente no Batismo e como poder de libertação dos possessos.



         > No nº 1237, recorda-se que, uma vez que o Batismo liberta do pecado e da escravidão de Satanás, durante o ritual é pronunciado um ou mais exorcismos sobre o candidato que, explicitamente, renuncia a Satanás.

         > No nº 1673, afirma que, como o exorcismo, a Igreja pede publicamente e com autoridade, em nome de Jesus Cristo, que uma pessoa ou um objeto sejam protegidos contra a influência do Maligno e sejam subtraídos ao seu domínio. O exorcismo tem como objetivo expulsar os demônios ou libertar da influência demoníaca.



         Chamo a atenção para a importância deste parágrafo que preenche duas lacunas existentes no Ritual e no Direito Canônico. Na verdade não fala apenas em libertar as pessoas, mas também os objetos (termo genérico que pode abranger casas, animais, coisas, de acordo com a tradição). Por outro lado, aplica o exorcismo não só à possessão, mas também à influência demoníaca.

EXORCISMO Como o espiritismo explica este ritual que é praticado desde a Antigüidade até os dias de hoje.

Na concepção de algumas religiões, a atuação dos “demônios”, assim como a prática do exorcismo para expulsá-los da vida dos fiéis tem acompanhado a história da humanidade. Paralelamente, criou-se uma grande polêmica em torno do assunto que divide opiniões e crenças. O tema ultrapassou as barreiras da Igreja e invadiu o mercado literário, as produções cinematográficas e programas de TV. As evidências mostram que a existência e atuação dos espíritos (que recebem diversas nomenclaturas, de acordo com cada credo) sempre exerceram fascinação sobre as pessoas.

A palavra exorcismo significa oração e cerimônia religiosa com que se esconjura o demônio, os espíritos maus etc.

Nas culturas egípcia, babilônica e judaica, um grande número de doenças e calamidades eram atribuídas à ação dos demônios, sendo que o exorcismo era adotado como um dos meios de afastá-los.

Com o reconhecimento oficial do cristianismo pelo imperador Constantino, os exorcismos, realizados informalmente por qualquer cristão, foram institucionalizados. Segundo a Igreja Católica Apostólica Romana, os métodos para afastar o “diabo” do possesso teriam sido ensinados por Jesus Cristo aos seus discípulos. Os métodos adotados são vários, tais como a utilização da água benta, imposição das mãos, conjurações, sinais da cruz, orações, salmos, cânticos, entre outros.

A Idade Média é conhecida como um período de medo e perseguições a todos aqueles que contradiziam os princípios da Igreja. Os chamados feiticeiros e bruxos foram punidos e queimados nos Tribunais da Inquisição e qualquer traço que fosse considerado como paganismo era combatido rigorosamente, a fim de manter a todo custo o monopólio da cultura que lhe era ideal e que não violasse seu poder político e religioso. Aplicava-se, além dos métodos tradicionais de exorcismo, chicotadas e até a pena de morte na fogueira. O caso mais famoso é o da médium Joana D’Arc, considerada bruxa.

Embora a Igreja Católica sempre tenha afirmado a existência das possessões, para os mais ortodoxos, os exorcismos ordinários ainda são práticas raríssimas e só permitidas mediante permissão episcopal a sacerdotes muito experientes, pois acreditam que Jesus tenha confiado autoridade espiritual à Igreja para libertar as pessoas do domínio das forças malignas. Somente na ausência de um sacerdote é que uma pessoa leiga poderia realizar o exorcismo, claro que com a permissão do clero. Para tanto, crêem ser fundamental, antes de dar início ao ritual, certificar-se de que se trata mesmo da presença do demônio e não de uma doença, principalmente psíquica, cujo cuidado pertence à ciência médica.

Por outro lado, com o passar dos séculos, surgiram correntes mais liberais, como é o caso do movimento carismático, que permite o exorcismo como uma prática mais constante.



OS DEMÔNIOS

Na visão católica, os demônios representam anjos caídos por causa do pecado, providos de grande inteligência e poder, que utilizam a astúcia para desviar a humanidade do caminho de Deus.

A tentação e a expulsão de Adão do paraíso, narrada pelo Antigo Testamento, reconhece a atuação do demônio na figura sagaz da serpente. Mas é no Novo Testamento que se encontram as referências aos chamados exorcismos, praticados por Jesus e seus discípulos. As citações referem-se à expulsão maléfica do corpo de possessos, e da cura de enfermidades atribuídas à ação do demônio. Os exorcismos, realizados pelos evangelistas, aparecem como forma ilustrativa da vitória de Jesus sobre Satanás, ou seja, do bem contra o mal. Na verdade, a Igreja distorceu a idéia do demônio, cuja origem vem do termo grego daimon, que significa espírito, gênio. Ou seja, não tem nenhuma relação com um ser maligno.



NA ERA MODERNA

O racionalismo do século XVIII conseguiu explicar muitos mistérios supostamente sobrenaturais, o que se intensificou com a utilização do hipnotismo e da psicologia no século XIX. Felizmente, a liberdade de expressão evoluiu junto com a humanidade. Diversas correntes de pensamentos e religiões puderam manifestar-se com mais liberdade.

No novo século, tanto a Igreja Católica, quanto algumas denominações protestantes admitem exorcismos ordinários. Um dos padres exorcistas mais famosos da atualidade é Gabriele Amorth, com três livros publicados sobre o assunto, entre eles Um Exorcista conta-nos, escrito em 1990 e traduzido para 94 idiomas. O padre é considerado uma grande autoridade em exorcismo. Ele diz que os exorcistas fazem parte da história da humanidade e que a influência diabólica aparece em todas as religiões. Em entrevista à revista Catolicismo, em agosto de 2000, o padre relata que as pessoas podem libertar-se da possessão com o exorcismo, que é uma oração oficial da Igreja, mas reservada aos exorcistas, que são pouquíssimos. Outra maneira, que é permitida a todos, são as orações de libertação.

Além da visão católica sobre o exorcismo, existe a ciência, como é o caso da parapsicologia, que visa discernir os fenômenos naturais e paranaturais dos de origem espiritual.

Nos EUA e na Europa tem crescido o interesse da população pelo ocultismo ou pelas ciências sobrenaturais. O grande número de livros publicados, artigos, cursos e palestras provam que não só o exorcismo, mas a reencarnação, a vida após a morte e temas ligados à espiritualidade despertam, cada vez mais, a atenção de um número maior de pessoas em todo o mundo.



CINEMA E TV

O exorcismo também virou tema de programas de TV. Em horário nobre e em rede nacional são exibidas cenas de fiéis “possuídos” e que são submetidos a rituais de exorcismo. Se são casos verídicos ou momentos de encenação de pseudo-atores cabe a cada um usar seu bom senso e perceber a verdade.

Não somente na TV, mas também nas telas do cinema, o exorcismo tem sido ao longo do tempo tema de vários filmes de terror e suspense produzidos em Hollywood. O filme O Exorcista foi baseado no livro de William Peter Blatty, de 1971. Segundo o autor, o livro foi baseado em um caso real de exorcismo, ocorrido nos EUA em 1949. Em breve será lançado o quarto episódio da série, que tem por título Exorcista: O Começo. Na verdade, a problemática da obsessão tem sido relatada na mídia de forma aterrorizante e macabra, o que, ao invés de levar esclarecimento, causa mais distorção da realidade.



A VISÃO ESPÍRITA

Segundo o espiritismo, a possessão não é um fenômeno sobrenatural, devido à atuação do demônio, mas sim, um processo que obedece a uma lei natural: a da sintonia mediúnica. A comunicação entre encarnados e desencarnados se manifesta por intermédio da mediunidade, muitas vezes mal conduzida. A atuação do “demônio”, é compreendida na doutrina espírita como a influência de espíritos perversos ou simplesmente desequilibrados sobre os encarnados. E mediante a lei da sintonia, isso significa que as pessoas atraem os afins. Essa influência pode se tornar tão grande a ponto de gerar um processo obsessivo. Sabe-se, também, que a obsessão pode se apresentar em diversos graus, ou seja, de uma obsessão simples a uma fascinação ou uma subjugação, que pode acarretar conseqüências muito mais graves se não tratada adequadamente. O capítulo XXIII de O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec, traz explicações detalhadas e completas sobre os gêneros de obsessão e como identificá-las.

O capítulo XXVIII, de O Evangelho Segundo o Espiritismo, diz: “A obsessão é a ação persistente que um mau Espírito exerce sobre um indivíduo. Apresenta caracteres muito diferentes, desde a simples influência moral, sem sinais exteriores sensíveis, até a perturbação completa do organismo e das faculdades mentais”.

Os espíritos recomendam a prece, feita com sinceridade, como o mais poderoso antídoto contra os espíritos obsessores e, é claro, a reforma íntima. Transformando seus sentimentos e pensamentos, o obsediado deixará de ser perturbado por espíritos obsessores. Muitas vezes, para assegurar a libertação verdadeira, é preciso fazer brotar no espírito obsessor o arrependimento e o desejo de mudança. Este é o objetivo maior das sessões de desobsessão praticadas nos centros espíritas e umbandistas.

Diz a questão 477 de O Livro dos Espíritos: “As fórmulas de exorcismo não têm qualquer eficácia sobre os maus Espíritos?” “Não. Estes últimos riem e se obstinam, quando vêem alguém tomar isso a sério”.

Torna-se claro, por meio desses esclarecimentos contidos nas obras da codificação, de que nada adiantam os rituais de exorcismos se forem praticados de forma mecânica, sem fé e vontade sincera de libertação interior dos que procuram ajuda para os males do espírito.




UM CASO DE EXORCISMO

Por Hernani Guimarães Andrade
Boletim Médico-Espírita da AME-Brasil


Em agosto de 1973, foi comunicado ao Instituto Brasileiro de Pesquisas Psicobiofísicas - IBPP - um caso singular de poltergeist. O comunicante foi um sacerdote da Igreja Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em São Paulo. Conhecemos este sacerdote há muitos anos. Trata-se de pessoa culta, inteligente e idônea. Entre suas atividades, ele pratica o exorcismo, para o que possui excepcional dom inato, tendo dado inúmeras provas de suas faculdades. O relato a nós fornecido é o seguinte.

Certa noite, o referido sacerdote foi acordado pelo administrador da Irmandade. Este fora despertado por insistentes batidas na porta da igreja. Ao descer para atender a pessoa que o procurava, o sacerdote deparou-se com um cidadão transtornado, de pijama e descalço. Este agarrou-se ao sacerdote e solicitou-lhe que fosse à sua casa, sem demora, pois lá estava se manifestando um caso de assombração!

O sacerdote procurou acalmá-lo, visando primeiro inteirar-se a respeito do que se passava realmente. Pediu ao homem para contar-lhe mais detalhadamente o que estava acontecendo em sua casa. A resposta foi a seguinte: “Desde a meia-noite, estão atirando tijolos nas paredes da sala de visitas...”

Antes que ele concluísse a sua narração, o sacerdote recomendou-lhe que chamasse a polícia. Aí o homem completou aflito: “Não vai resolver, pois a sala está completamente fechada, as janelas e as portas da casa estão trancadas, mas os tijolos aparecem lá dentro, batem nas paredes e caem espatifados no chão, Eu apanhei alguns pedaços e são os mesmos tijolos. Ajude-me pelo amor de Deus!”

O homem falava sinceramente, manifestando grande pavor e aflição. O sacerdote ainda quis demovê-lo da idéia de exorcizar a sua casa àquelas horas (eram quatro da madrugada). Prometeu que iria a sua residência assim que raiasse o dia. Mas o homem insistiu, disse que não voltaria para a casa sem o sacerdote, afirmando ficar ali na igreja o resto da madrugada e ir, pela manhã, junto com o sacerdote para resolver o caso. Diante da insistência, ele resolveu vestir-se, e foi ver o que se passava realmente. O homem morava na Vila das Mercês, e viera de lá a pé.

O sacerdote conta que, ao chegarem, encontrou no portão da casa a esposa e a filha do cidadão, ambas de camisola e tiritando de frio. Entraram, e realmente ele viu inúmeros pedaços de tijolos espalhados pelo chão da sala. Nas paredes viam-se marcas do impacto dos tijolos. Sendo um sensitivo bem treinado, o sacerdote sentiu arrepios característicos da presença de forças sutis que perpassavam pelo ambiente. Então, imediatamente iniciou as orações exorcistas e aguardou os acontecimentos.

Passaram-se longos minutos de expectativa, sem que acontecesse qualquer fenômeno. Finalmente, os fenômenos se reiniciaram, e os tijolos começaram a surgir e a espatifar-se contra as paredes. Após três ou quatro impactos, o sacerdote aprofundou as orações e, de acordo com o ritual exorcista, ordenou que o causador dos distúrbios se manifestasse. Em menos de um minuto, as tijoladas cessaram, o próprio dono da casa entrou em transe e começou a falar: “Eu sou o espírito Maria Luiza. Não poderia descansar em paz se não voltasse para dizer-lhes que a minha verdadeira mãe, aquela que me gerou, não está morta como vocês pensam. Ela está internada em um sanatório psiquiátrico no Estado do Rio de Janeiro, cidade tal, e registrada sob número tal, qualificada como de origem ignorada. Não fiquem tristes, porque vocês sempre me amaram como uma verdadeira filha e ainda os estimo como meus verdadeiros pais. Agora posso descansar em paz. Adeus e que Jesus os recompense; cuide bem da minha irmã Maria Antônia”.

Logo após, o referido senhor saiu do transe e perguntou o que estava acontecendo. Nisso, ele viu sua outra filha abraçada à sua esposa, chorando e dizendo: “Não, não, vocês são os meus verdadeiros pais”.

O sacerdote, a essa altura, já não estava entendendo mais nada. Foi preciso que o dono da casa, após ter sido cientificado do ocorrido, esclarecesse aquele drama: “Padre, uma das minhas irmãs teve a infelicidade de ser seduzida por um mau indivíduo. Após engravidá-la, abandonou-a. Como resultado, ela se desequilibrou totalmente e teve de ser internada em um sanatório psiquiátrico. Nasceram-lhe duas gêmeas: Maria Luiza e Maria Antônia. Como não tínhamos filhos, resolvemos registrar as crianças como nossas filhas.”

“Maria Luiza faleceu há três meses atrás. Minha irmã permaneceu oito anos sendo internada periodicamente em vários hospitais. Do último em que se encontrava, ela fugiu. Foram empreendidos intensos esforços e enumeras buscas para encontrá-la. Finalmente, não conseguindo mais localizar o seu próprio paradeiro, concluímos que provavelmente ela teria morrido. Muito tempo já se passou, pois a Maria Luiza – que faleceu há três meses – e a Maria Antônia já fizeram 16 anos.”

Todos estavam comovidos e choravam diante do que acabava de ser revelado pelo espírito Maria Luiza: aquele senhor e sua esposa eram, na realidade, os tios das gêmeas, fato que as garotas ignoravam totalmente. A verdade só foi revelada após a morte de uma delas. Paralelamente, o casal também ignorava que a mãe das meninas ainda estivesse viva.

O referido senhor procurou investigar a exatidão das informações fornecidas pelo espírito. Foi à Baixada Fluminense e, na cidade indicada, encontrou o hospital mencionado na comunicação. Uma vez ali, deu o número fornecido pelo espírito, e na ficha do arquivo realmente constava: “Origem e qualificações ignoradas”. Após falar com o diretor, foi -lhe permitido avistar-se com a paciente. Para seu espanto, reconheceu a irmã que fora dada como falecida e que, no entanto, se achava internada há mais de sete anos! Infelizmente, ela estava totalmente alienada e sem esperança de cura mental.

Esse caso é um fato verídico, cujos elementos comprobatórios foram-nos comunicados pelo sacerdote, pessoa de absoluta idoneidade. Apenas ocultamos os nomes dos protagonistas e os das meninas são pseudônimos. Agora, vamos à análise do caso.

Trata-se de um fenômeno típico denominado popularmente poltergeist. Vocábulo, este, de origem alemã e que significa “Espírito barulhento, desordeiro etc...”

A parapsicologia ortodoxa não aceita a interpretação embutida na palavra poltergeist. A maioria dos parapsicólogos nega qualquer possibilidade da ação de espíritos sugerida na conotação espiritualista contida na denominação desse fenômeno. Prefere a sigla RSPK (do inglês: Recurrent Spontaneous Psychokinesis), ou seja: “psicocinesia espontânea recorrente”. Em outras palavras, eles adotam uma posição materialista reducionista, isto é, atribuem os fenômenos de poltergeist à ação psicocinética de uma pessoa viva presente no local dos fenômenos. Essa pessoa acionaria inconscientemente os objetos, devido às suas faculdades paranormais psicocinéticas. Não aceitam a intervenção de agentes incorpóreos espirituais. A essa pessoa assim dotada e inconscientemente causadora dos fenômenos de poltergeist, dão o nome de epicentro.

De acordo com o posicionamento reducionista dos parapsicólogos, no episódio que acabamos de relatar, o da casa teria sido epicentro do fenômeno, pois o arremesso dos tijolos havia cessado enquanto ele esteve fora à procura do sacerdote. O poltergeist voltou à atividade novamente quando ele retornou à sala. Além disso, o referido senhor caiu em transe quando o exorcista ordenou que o “causador” dos fenômenos se manifestasse.

O estranho de tudo isso é o fato de, em lugar do “inconsciente” do epicentro se manifestar dizendo: “quem está aqui sou eu, o inconsciente do sr. Fulano de tal (o dono da casa)”, ele disse que era a finada Maria Luiza, justamente a gêmea falecida! Além disso, o “suposto inconsciente”, que se identificou como sendo o espírito Maria Luiza, sabia que a irmã do dono da casa ainda estava viva, e indicou o local onde ela poderia ser encontrada, fornecendo o nome da cidade, do hospital psiquiátrico, número e qualificação da interna! Coisas que o “consciente” do epicentro ignorava totalmente.

É verdade que não falta imaginação aos parapsicólogos reducionistas para criar as mais engenhosas teorias e assim enquadrarem tais fatos dentro dos estreitos limites de suas “crenças racionais”. Todavia, diante dos fatos, preferimos aceitá-los como eles são. Desse modo, ousamos propor uma tese que, igual direito, inclui a existência do espírito imortal, a sobrevivência da personalidade após a morte do corpo físico, e a possibilidade da comunicação do morto com o vivo.


REFORMA ÍNTIMA

Como podemos ver, nem sempre um espírito que se utiliza de meios grosseiros para chamar a atenção é um espírito perverso. Neste caso, o espírito que se manifestou teve, provavelmente, o apoio de espíritos superiores, que dominam as leis que regem o mundo atômico, desagregando e tornando a agregar moléculas. Não podemos nos esquecer que matéria é energia em estado condensado. Para obter maiores informações, leia a matéria sobre Apport e Endoport publicada na Revista Cristã de Espiritismo edição especial 05. O que fica claro é que o maior exorcismo que podemos praticar é a nossa iluminação interior, equilibrando sentimentos e pensamentos, harmonizando nossos hábitos e conduta no dia-a-dia a fim de garantirmos nossa saúde e paz espiritual, imunes às ações deletérias dos espíritos perversos, os “demônios”.


OS TIPOS DE OBSESSÃO

O Livro dos Médiuns - Cap. XIII

Obsessão simples: “Dá-se a obsessão simples, quando um espírito malfazejo se impõe a um médium, se imiscui, a seu mau grado, nas comunicações que ele recebe, o impede de se comunicar com outros Espíritos e se apresenta em lugar dos que são evocados.

Ninguém está obsidiado pelo simples fato de ser enganado por um Espírito mentiroso. O melhor médium se acha exposto a isso, sobretudo, no começo, quando ainda lhe falta a experiência necessária, so mesmo modo que, entre nós homens, os mais honestos podem ser enganados por velhacos. Pode-se, pois, ser enganado, sem estar obsidiado. A obsessão consiste na tenacidade de um Espírito, do qual não consegue desembaraçar-se a pessoa sobre quem ele atua”.

Fascinação: “Tem conseqüências muito mais graves. É uma ilusão produzida pela ação direta do Espírito sobre o pensamento do médium e que, de certa maneira, lhe paralisa o raciocínio, relativamente às comunicações. O médium fascinado não acredita que o estejam enganado: o Espírito tem a arte de lhe inspirar confiança cega, que o impede de ver o embuste e de compreender o absurdo do que escreve, ainda quando esse absurdo salte aos olhos de toda gente...

Já dissemos que muito mais graves são as conseqüências da fascinação. Efetivamente, graças à ilusão que dela decorre, o Espírito conduz o individuo de quem ele chegou a apoderar-se, como faria com um cego, e pode levá-lo a aceitar as doutrinas mais estranhas, as teorias mais falsas, como se fossem a única expressão da verdade”.

Subjugação: “Pode ser moral ou corporal. No primeiro caso, o subjugado é constrangido a tomar resoluções muitas vezes absurdas e comprometedoras que, por uma espécie de ilusão, ele julga sensatas: é como uma fascinação. No segundo caso, o Espírito atua sobre os órgãos materiais e provoca movimentos involuntários. Traduz-se, no médium escrevente, por uma necessidade incessante de escrever, ainda nos momentos menos oportunos. Vimos alguns que, à falta de pena ou lápis, simulavam escrever como o dedo, onde quer se encontrassem, mesmo nas ruas, nas portas, nas paredes.

Vai, às vezes, mais longe a subjugação corporal; pode levar aos mais ridículos atos”.

Outro ponto importante na doutrina espírita que se distingue, é que ao invés dos exorcismos praticados por sacerdotes escolhidos pela igreja católica ou pastores das congregações evangélicas, nos centros espíritas quem desenvolve esse trabalho são os médiuns, que nada mais são que trabalhadores de boa vontade auxiliados e intuídos por espíritos superiores e amigos. O atendimento especifico específico no tratamento de obsessão chama-se desobsessão e pode ocorrer na presença do assistido, como realizada à distância, sem com isso ser menos eficiente.


A PRÁTICA DO EXORCISMO (DESOBSESSÃO) SEGUNDO O ESPIRITISMO

O Livro dos Médiuns – Cap. V


“[...] Assim, quando um objeto é posto em movimento, levantado ou atirado para o ar, não é que o Espírito o tome, empurre e suspenda, como o faríamos coma mão. O Espírito o satura, por assim dizer, do seu fluido, combinado com o do médium, e o objeto, momentaneamente vivificada desta maneira, obra como o faria um ser vivo, com a diferença apenas de que, não tendo vontade própria, segue o impulso que lhe dá a vontade do Espírito.

Pois que o fluido vital, que o Espírito, de certo modo, emite, dá vida factícia e momentânea aos corpos inertes; pois que o perispírito não é mais do que esse mesmo fluido vital, segue-se que, quando o Espírito está encarnado, é ele próprio quem dá vida ao seu corpo, por meio do seu corpo, por meio do seu perispírito, conversando-se unido a esse corpo, enquanto a organização deste o permite. Quando se retira, o corpo morre. Agora, se, em vez de uma mesa, teremos uma estatua de uma estátua de madeira e sobre ela atuarmos, como sobre a mesa, teremos uma estátua que se moverá, que baterá, que responderá com os seus movimentos e pancadas. Teremos, em suma, uma estatua animada momentaneamente de uma vida artificial. Em lugar de mesas falantes, ter-se-iam estátuas falantes. Quanta luz esta teoria não projeta sobre uma imensidade de fenômenos até agora sem solução!

Quantas alegorias e efeitos misteriosos ela não explica! [...]”

Em geral, é um erro ter-se medo. A presença desses Espíritos pode ser importuna, porém, não perigosa, aliás, que toda gente deseja ver-se livre deles; mas, geralmente, as que isso desejam fazem o contrário do que isso desejam fazem o contrário do que deveriam fazer para consegui-lo. Se se trata de Espíritos que se tomarem as coisas, tanto mais eles persistirão, como crianças travessas, que tanto mais molestam as pessoas, quanto mais estas se impacientam, e que metem medo aos poltrões. Se todos tomassem o alvitre sensato de rir das suas partidas, eles acabariam por se cansar e ficar quietos. Conhecemos alguém que, longe de se irritar, os excitava, desafinado-os a fazerem tal ou tal coisa, de modo que, ao cabo de poucos dias, não mais voltaram.

Porém, como dissemos acima, alguns há que assim procedem por motivo menos frívolo. Daí vem que é sempre bom saber-se o que querem. Se pedem qualquer coisa, pode-se estar certo de que, satisfeitos os seus desejos, não renovarão as visitas. O melhor meio de nos informarmos a tal respeito consiste em evocarmos o Espírito, por um bom médium escrevente. Pelas suas respostas, veremos imediatamente com quem estamos às voltas e obraremos de conformidade com o esclarecimento colhido.

Se se trata de um Espírito infeliz, manda a caridade que lhe dispensemos as atenções que mereça. Se é um engraçado de mau gosto, podemos proceder desembaraçadamente com ele. Se um malvado, devemos rogar a Deus que o torne melhor. Qualquer que seja o caso, a prece nunca deixa de dar bom resultado. As fórmulas graves de exorcismo, essas os fazem rir; nenhuma importância lhes ligam. Sendo possível entrar em comunicação com eles, deve-se sempre desconfiar dos qualificativos burlescos, ou apavorantes, que dão a si mesmos, para se divertirem com a credulidade dos que acolhem como verdadeiros tais qualificativos. [...]”

Famoso exorcista Amorth: O Estado Islâmico (ISIS) é Satanás.

ROMA, 13 Abr. 15 / 05:16 pm (ACI).- O famoso exorcista da diocese de Roma, o Pe. Gabriele Amorth, afirmou que o Estado Islâmico (ISIS) “é Satanás”.

Em uma publicação recente na rede social Facebook, o conhecido sacerdote com dezenas de milhares de exorcismos, afirmou que “O ISIS é Satanás. As coisas acontecem primeiro nas esferas espirituais, logo acontecem nesta terra”.

Desta forma o presbítero descreveu os terroristas muçulmanos que perseguem e assassinam cristãos no Iraque e na Síria, países onde centenas de milhares foram obrigados a fugir dos seus lares para não morrerem nas mãos deste grupo fundamentalista.

O Pe. Amorth afirma logo que “os reinos espirituais são apenas dois: O Espírito Santo e o espírito demoníaco”.

Satanás, disse, ingressa-se “porque o mal está disfarçado de vários modos: políticos, religiosos, culturais, e tem uma única fonte inspiradora: o demônio. Como cristão combato contra o demônio espiritualmente”.

“Também a política mundial que hoje parece sem resposta diante do massacre dos cristãos deverá combater ao ISIS e o fará de modo distinto. Se avança como parece nos perguntamos o que o Ocidente fez no transcurso dos últimos decênios”.

Satanás, explicou o sacerdote que fundou a Associação Internacional de Exorcistas, “repete que o mundo está em seu poder e o que diz é certo. Biblicamente falando estamos nos últimos tempos e o demônio trabalha freneticamente”.

O Estado Islâmico (ISIS) invadiu a maior cidade cristã de Iraque, Qaraqosh, no mês de agosto do ano passado, provocando a fuga de dezenas de milhares de pessoas.

Qaraqosh está localizado entre Mossul –cidade na qual já não há cristãos–, e Erbil, a capital do Curdistão iraquiano, uma zona onde ainda não chegaram os terroristas muçulmanos do ISIS.

Segundo a ONU, 200.000 pessoas fugiram pelas estradas.

O Estado Islâmico é um movimento jihadista que nasceu do Al Qaeda mas que agora trabalha de maneira independente. O último massacre hediondo perpetrado pelo ISIS foi o de 21 cristãos coptos decapitados na Líbia.

APARIÇÕES NO MOMENTO DA MORTE

Momentos antes de morrer, muitas pessoas alegam ver junto de si seres conhecidos, familiares e amigos, também já falecidos. Vamos hoje referir casos nos quais as aparições dos mortos são percebidas unicamente pelo moribundo e referem-se a pessoas cujo falecimento era por ele conhecido.


As pessoas mais distraídas facilmente dirão que se tratam de alucinações as descrições que os moribundos muitas vezes fazem, de seres conhecidos, já falecidos, que eles dizem estarem ali no momento da morte. No entanto, a investigação e uma análise mais cuidada do assunto, por parte de investigadores conceituados, mostra-nos o contrário. Diz Ernesto Bozzano , investigador e escritor ilustre, italiano, que «...se o pensamento, ardentemente voltado para as pessoas caras, fosse a causa determinante dos fenómenos, o moribundo, em lugar de experimentar exclusivamente formas alucinatórias representando defuntos – por vezes, mesmo, defuntos esquecidos pelo doente – deveria ser sujeito, as mais das vezes, a formas alucinatórias representando pessoas vivas às quais fosse vivamente ligado – o que não se produz... São bem conhecidos casos de agonizantes que têm tido visões de fantasmas que se crê sejam de pessoas vivas; mas, nesses casos, verifica-se invariavelmente, em seguida, que essas pessoas tinham morrido pouco antes, posto que nenhum dos assistentes nem o próprio doente o soubessem» (1)


São bem conhecidos casos de agonizantes que têm tido

visões de fantasmas que se crê sejam de pessoas vivas;

mas, nesses casos, verifica-se invariavelmente, em seguida,

que essas pessoas tinham morrido pouco antes, posto que

nenhum dos assistentes nem o próprio doente o soubessem


Refere ainda Ernesto Bozzano: «... Já citei um facto (VIII Caso), no qual o moribundo, percebendo aparições semelhantes, exclama:

-Como! Mas são pessoas como nós! – Sobre o que o narrador observa: “ Provavelmente ele sentia a imaginação cheia das imagens habituais dos anjos alados e das harpas angélicas; por consequência, nada mais provável que no último momento haja exprimido surpresa, vendo que os mortos que o vinham acolher tinham o aspecto de “pessoas como nós”. Contarei mais adiante (XXIV caso) um terceiro episódio concernente a uma menina de 10 anos, que, por seu turno, manifesta admiração vendo “anjos sem asas”. Ora, esses incidentes apresentam um valor probante real, pois que os fantasmas alucinatórios, como se sabe, tomam formas correspondentes às ideias que se têm figurado, anteriormente, na mentalidade do doente, e não podia ser de outra maneira. Resulta daí que, se a ideia dos anjos alados (de que temos ouvido falar por nossa mãe durante nossa infância e de que mais tarde lemos a descrição na Bíblia e vemos centenas de vezes representada nos quadros de assuntos religiosos), se tivesse gravado nas vias cerebrais do doente, este deveria supor estar vendo anjos com asas. Ora, como vimos nos casos narrados, os moribundos, dominados por essa ideia preconcebida, perceberam fantasmas cuja aparência era contrária á ideia em questão; devemos, pois, concluir que, nas circunstâncias descritas, se trata de aparições verídicas de fantasmas de defuntos e não de alucinações patológicas.»


(1) Caso do moribundo que vê fantasmas de defuntos desconhecidos mas conhecidos da família


Vamos ver um caso de um moribundo que vê fantasmas de defuntos que não conhece, se bem que fossem eles conhecidos dos de sua roda, o que elimina a hipótese da auto-sugestão. (extraído do “Journal of The American Society for Psychical Research, 1907, p-47)

«...Fui encontrar uma senhora, cujo filho, uma criança de 9 anos, morrera há 15 dias. Tinha sido operado de apendicite, dois ou três anos antes e a operação provocara uma peritonite, de que se tinha, no entanto, curado. Mas ficou de novo doente e foi preciso transportá-lo ao hospital para nova operação. Quando acordou da anestesia, estava perfeitamente consciente, reconheceu os seus pais, o médico e a enfermeira. Teve, no entanto, o pressentimento de morrer e pediu à sua mãe que lhe segurasse a mão até à hora de se ir embora...Olhando para o alto, disse:

-Mãe, não vês lá em cima a minha irmãzinha?

-Não, querido, onde a vês tu?

-Aqui; ela olha para mim.

Então a mãe para acalmá-lo, assegurou-lhe que a via também. Algum tempo depois, a criança sorriu de novo e disse:

-Quem está agora é a Sra. C...., que também vem ver-me. (Era uma senhora de quem ele gostava muito e que tinha morrido dois anos antes). Ela sorri e chama-me...

-Chega também Roy. Eu vou com eles, mas não te queria abandonar, mãe, e tu virás em breve ter comigo, não é? Abre a porta e pede-lhes para entrar. Eles estão à espera do lado de fora. E assim dizendo, expirou.

Ia esquecendo a mais importante visão: a da avó. Enquanto a mãe lhe segurava a mão, ele diz:

-Mãe, tu tornas-te cada vez menor; estás sempre com a minha mão presa? A avó está aqui comigo e é muito maior e mais forte que tu, não é?...» (in “Fenómenos Psíquicos no Momento da Morte”, Ernesto Bozzano, FEB, 3ª edição, 1982).

Neste caso foi confirmado que o pequeno de 9 anos, falecido, nunca tinha visto a avó, morta 4 anos antes do seu nascimento, e Roy era um seu amigo morto um ano antes.
Alguns Casos também  uma criança nos EUA que sofria de Problemas do Coração, ao fazer uma cirurgia, teve uma parada, fatal ficou morto por Duas Horas, Os médicos já estavam desistindo, Quando o Garoto sobrevive novamente. Os médicos Terminaram a Cirurgia do garoto, e Quando os seus Pais foram Ver seu filho no Quarto Tivera uma Surpresa, Ele Disse ao seu Pai, Que tinha Visto o Avo, tinha falado com Deus e Tinha Conhecido a sua Irmãzinha que tinha falecido ainda na Barriga de sua Mãe, Seu Pai acreditou, Pois sendo Um Pastor, E sabendo do Mundo Espiritual Tinha conhecimentos de Tal Fatos.

Fenômenos Sobrenaturais

O homem primitivo, vivendo em um mundo cheio de mistérios, imaginou seres invisíveis, poderosos, como os autores dos fenômenos da natureza. A esses seres imaginários chamou deuses. Não entendendo a si próprio, aventou a idéia de que ele próprio era constituído de duas partes, uma material e outra imaterial. Assim, o homem tornou-se religioso e permanece até hoje. Enumerei aqui dez dos principais fatores que levaram o homem a criar esse universo imaginário: O ECO, O TROVÃO, O RAIO, O VULCÃO, ENCHENTES DO NILO, A LOUCURA, MALDIÇÃO DAS MÚMIAS, O ARCO-ÍRIS, O SONHO, LEMBRANÇAS DA MORTE. 

O ECO
Naqueles tempos misteriosos, alguém gritava em determinados lugares e ouvia o eco do próprio grito. Não sabendo que era uma reflexão da onda sonora que ele mesmo produzia, imaginava ser a voz de um dos deuses que existiam em seu pensamento.


O TROVÃOQuando começava um temporal e as descargas elétricas da atmosfera produziam o trovão, para o homem primitivo eram os deuses que estavam furiosos com os homens. Até os monoteístas hebreus pensaram assim: “quão pequeno é o sussurro que dele, ouvimos! Mas o trovão do seu poder, quem o poderá entender?” (Jó, 26:14).


0 RAIO
Junto do trovão, o homem primevo via um raio partir uma árvore, alguma vez matar uma pessoa. Isso era para ele a ação divina contra o homem. E essa idéia prevaleceu até quase os nossos dias: “No século 18, a invenção do pára-raios, por Benjamin Franklin, foi condenada pela Igreja como invenção do diabo. Sendo o raio expressão da cólera do Senhor, só podia ser tentação do demo impedir que o castigo divino caísse sobre o mundo. Na França, a "excomunhão" foi levada a sério: em Saint-Omer, Vissery de Bois foi processado por heresia, por instalar um pára-raios em sua casa”. (AlmanaqueZAZ).


O VULCÃO
Os vulcões também eram manifestação da fúria dos deuses. Até na Idade Média, cria-se que os vulcões fossem fogo que os demônios lançavam do inferno, que acreditavam estar no centro da Terra.


ENCHENTES DO NILO
Os egípcios, não tendo conhecimento de que caíam grandes chuvas na cabeceira do Nilo, acreditavam que suas cheias se devessem às lágrimas de Ísis (a Lua), a deusa que chorava por Osíris (o Sol).


O SONHO
O fenômeno mental do sonho levou o homem pré-histórico a supor uma existência humana independente do próprio corpo. E, não obstante toda a evolução em conhecimento psíquico, após tantos milênios essa entidade imaginária ainda permanece viva na maioria dos cérebros, sendo chamada de alma ou espírito. Ao sentir-se em lugares distantes, realizando os mais diversos feitos enquanto permaneciam inertes durante o sono, esses humanos primevos, sem compreenderem o fenômeno onírico, acreditavam estarem realmente naqueles lugares. E como eram vistos dormindo em suas cavernas por seus familiares, a única explicação que encontraram foi a existência de um lado imaterial de cada pessoa. E esse pensamento ainda se encontra arraigado na mente humana até hoje.


A LOUCURA
Os distúrbios mentais sempre foram considerados atuação dos deuses malignos nos humanos. Para os monoteístas, eram possessão de demônios, anjos caídos. Na Bíblia, os evangelhos apresentam essa idéia. Os evangelista dizem que Jesus teria curado endemoninhados. Há registros de que na Idade Média, os loucos eram lançados em fogueiras para se libertarem dos demônios. E, até hoje, ainda há muitos que crêem assim.


MALDIÇÃO DAS MÚMIAS
No Egito era costume mumificar as pessoas importantes, e elas eram postas nos túmulos com objetos de valor. Algumas pessoas que tentavam furtar tais coisas morriam intoxicadas por um perigoso fungo que se forma no túmulo. Não tendo conhecimento da vida microscópica, os egípcios imaginavam ser maldição das múmias.


O ARCO-ÍRIS
Ninguém consegue se aproximar do arco-íris. Em um lugar montanhoso e mais próximo do por do sol, você pode ver o arco-íris chegando ao pé da montanha. Mas se você for àquele local, você verá o arco em outro lugar mais adiante. Isso era um mistério que só podia ser atribuído aos deuses. Para o escrito bíblico, ele é o sinal de um pacto divino: “E disse Deus: Este é o sinal do pacto que firmo entre mim e vós e todo ser vivente que está convosco, por gerações perpétuas: O meu arco tenho posto nas nuvens, e ele será por sinal de haver um pacto entre mim e a terra. E acontecerá que, quando eu trouxer nuvens sobre a terra, e aparecer o arco nas nuvens, então me lembrarei do meu pacto, que está entre mim e vós e todo ser vivente de toda a carne; e as águas não se tornarão mais em dilúvio para destruir toda a carne. O arco estará nas nuvens, e olharei para ele a fim de me lembrar do pacto perpétuo entre Deus e todo ser vivente de toda a carne que está sobre a terra. Disse Deus a Noé ainda: Esse é o sinal do pacto que tenho estabelecido entre mim e toda a carne que está sobre a terra.” (Gênesis, 9: 17).


LEMBRANÇAS DA MORTE
“A psicóloga Susan Blackmore explica que "em situações extremas, milhares de células do cérebro disparam uma seqüência aleatória de impulsos elétricos e luminosos. Como no córtex visual há uma concentração maior de células, daí pode vir o efeito de túnel que as pessoas descrevem. É uma luz muito, muito brilhante, que não fere os olhos; pois não é vista com os olhos; é um fenômeno interno. Os sentimentos de paz e alegria, ausência de dor, são, provavelmente, devido a endorfinas, semelhantes a morfina, que o cérebro produz. Todos os tipos de stress e as quedas de oxigênio e pressão podem provocar uma enchente de endorfinas; e elas produzem uma sensação maravilhosa". Charles McCreery, do Instituto de Pesquisas Psicofísicas em Oxford, conseguiu provocar, em laboratório, experiências fora do corpo. Com técnicas de relaxamento, ele obteve resultados impressionantes. Uma moça, perfeitamente saudável, contou ter viajado num túnel, com uma luz brilhante no fim; e um senhor disse ter flutuado a vinte mil metros de altitude, vendo Oxford lá de cima. "É mais comum do que se imagina", afirma o Dr. MacCreery, "uma em cada cinco pessoas já teve uma experiência fora do corpo". Ele chegou à conclusão de que há um tipo de personalidade predisposto ao fenômeno: Uma espécie de esquisofrenia branda.”

Quadro de Jesus Cristo 'sangra' em igreja na Índia

Em uma Igreja na cidade de Munbai, na Índia aconteceu um fenômeno que levou centenas de fiéis a visitarem o quadro da imagem de Jesus, que se encontra no interior daquela igreja. No quadro de Jesus começaram a aparecer supostas manchas de sangue (foto), abaixo do coração de Cristo.
Diversos fiéis ao visitarem a igreja, ficaram emocionados e de acordo com relato de vários deles, o sangue é verdadeiro.
"Jesus está nos dizendo que é o Deus vivo e único e que nós temos que crer nele. Temos que rezar pela Paz", disse uma devota.
Embora muitos devotos estejam convencidos de que as manchas são de sangue, os padres da igreja não atestam o milagre.
Para eles, o fenômeno é simplesmente conseqüência da humidade no local. 

Bem o mundo Sobrenatural tudo e possível, Os Demônios Por exemplo eles podem fazer com que apareça Imagens de Santos, Para que o ser Humano abra a sua mente, e nesse momento, que você fica desprotegido e que os Demônios começa a ter  Domínio sobre seu corpo.

A casa assombrada



A pequena Paróquia de Borley está em uma região desolada e pouco povoada perto da costa leste da Inglaterra. É um lugar de aparência sombria, cenário adequado para um dos casos mais bem documentados e controversos de assombração dos tempos modernos.
Todos os moradores da Paróquia de Borley foram perturbados por aparições fantasmagóricas desde sua inauguração em 1863. Até então, os fantasmas pareciam relativamente benignos. Isso mudou quando o reverendo Lionel Foyster e sua esposa Marianne Foyster se mudaram para lá, em Outubro de 1930. As batidas dentro das paredes ficaram mais fortes e mais insistentes, os móveis eram deslocados e as portas pareciam trancar-se sozinhas. E um novo fenômeno manifestou-se: misteriosas mensagens escritas começaram a aparecer nas paredes e em pedaços de papel espalhados pela habitação. Um dia Marianne encontrou um velho envelope com o nome dela, e escreveu: "O que quer?", colocando o envelope no mesmo lugar. A patética resposta ("descansar") apareceu debaixo da pergunta.






Mas Borley deve sua fama principalmente ao irrefreável Harry Price, o mais famoso caçador de fantasmas de sua época. Em 1937, dois anos após os Foyster terem se mudado, Price alugou a casa por um ano e instalou um rodízio de observadores para documentar os fenômenos. Escreveu mais tarde dois livros populares sobre o caso, dando também inúmeras palestras e entrevistas nas rádios sobre o assunto. A incansável publicidade promovida por Price fez com que Borley ficasse famosa e fosse alvo de pesquisadores rivais, que por décadas se debateram com o mistério. Os pesquisadores afirmaram que todo o caso era suspeito, zombando das técnicas de pesquisa de Price e, em particular de sua equipe de observadores amadores, recrutados por anúncios em jornais. Os críticos chegaram até a sugerir que Price houvesse orquestrado pelo menos alguns dos supostos fenômenos de poltergeist. No final, porém, o controvertido caçador de fantasmas acabou encontrando indícios de uma tragédia do passado longínquo que parecia explicar as assombrações convencendo muita gente de que as manifestações eram autênticas.
Em 1939, o novo proprietário, o capitão W. G. Gregson, estava desempacotando seus livros quando uma lamparina caiu no chão do saguão, dando ínicio a um incêndio. O fogo alastrou-se rapidamente e a antiga casa paroquial de Borley foi destruída, dando finalmente a Price uma oportunidade para procurar sob a terra alguma prova física que servisse para explicar a assombração.
Em seu primeiro livro publicado em 1940, um ano depois do incêndio, Price deixou implícito que desconfiava do uso de prestidigitação por Marianne Foyster para montar alguns dos distúrbios. Ao mesmo tempo, porém, afirmou categoricamente que pelo menos um dos espíritos que assombraram Borley por tantas décadas encontrou em Marianne uma alma solidária. Julgou que essa teoria era apoiada pelas arrepiantes mensagens escritas nas paredes, dirigidas a Marianne. As mensagens, pedidos queixosos de ajuda escritos com caligrafia infantil, pareciam ser de outra mulher jovem. Price acabou descobrindo uma história que explicaria o mistério de Borley.
Durante o ano em que alugou a antiga casa paroquial de Borley, Price e sua equipe não descobriram fenômenos novos, mas um acontecimento sensacional deu a Price informações para chegar a solução que ele estava procurando. A descoberta deu-se através do uso da planchette, instrumento equipado com um lápis que se move (supostamente guiado por espíritos) em uma prancheta, escrevendo mensagens pela mão de um assistente. Um suposto espírito que se identificou como Marie Lairre contou que havia sido freira na França do século XVII, mas deixou o habito para se casar com Henry Waldegrave, membro da abastada família cuja casa senhorial se erguerá um dia no ponto em que agora existia a Paróquia de Borley. Tempos depois, ela teria sido estrangulada pelo marido que esconderá seus restos mortais no porão.
Novamente de volta aos restos do incêndio da Paróquia de Borley, Price e sua equipe começam a procurar sob os escombros. "Procurem sob o chão de tijolos, no porão", implorava uma das mensagens dos espíritos; após um só dia de escavações, a equipe de Price descobriu alguns ossos frágeis que acabaram sendo identificados como pertencentes a uma mulher jovem, para Price, a evidência de que havia algo verdadeiro naquela história da freira assassinada.
Aparentemente, um enterro cristão para os ossos deu ao fantasma da casa paroquial de Borley o sossego que ele tanto buscava havia tempos. Nunca mais se ouviu falar de assombrações na casa em ruínas, que foi finalmente demolida em 1944

O Verdadeiro caso do filme O Exorcista

O filme O Exorcista foi inspirado em um caso real, não envolvendo uma garotinha de 12 anos, mas um menino de 13, conhecido por R. Seu comportamento estranho começou em 1949, após a morte de uma tia. Ele começou a ouvir arranhões na parede e objetos voavam pela casa. Cadeiras e camas se moviam quando o garoto estava nelas. A família desesperada pede ajuda a igreja católica. A primeira tentativa de exorcismo acabou em desastre. Ele rasgou o padre do ombro ao pulso com uma mola da cama. Foram necessários mais de 100 pontos o local. Palavras começaram a surgir em seu corpo e uma delas, Louis, fez a família mudar de volta para Saint Louis, acreditando haver algo lá. Entre em cena um estudioso jesuíta que na época tinha 27 anos, Walter Halloran.Ele estudou na Universidade de Saint Louis e tratou de R. Narrando o caso, ele diz que "o garoto cuspia com precisão e acertava seu corpo a 1,5 metros... Certa vez ví uma marca em seu ombro e parecia a caricatura do demônio. Eu podia ver suas mãos e não era ele que fazia... Ouvimos a voz e ela falou que não ia embora até que uma certa palavra fosse dita.". Na páscoa, uma outra voz tomou o garoto e disse a palavra Dominus vobiscum. Neste momento ouviu-se um tiro e o garoto ficou curado.
O filme O Exorcista arrecadou $ 260.000.000,00 dramatizando esta história. Até hoje a igreja católica faz exorcismos.

 Origem do Nome Dominus
Qual a origem do nome Dominus: LATIM Significado de Dominus
Qual o significado do nome Dominus: AQUELE QUE AMA A CASA Dominus vobiscum: O Senhor esteja convosco.
Alguns Demônios como Legião. precisam de apenas de Algumas palavras chaves, como meio de Libertação da casca a qual ele A Toma. 

   "Paulo VI queixa-se da fumaça de Satanás dentro do templo, quase a ocupar o espaço do incenso esquecido..."
Por Dom Manoel Pestana Filho*
O grande papa Leão XIII entrou no século XX ainda apavorado pela visão que tivera da formidável presença diabólica em Roma, “para a perdição das almas”. Desde 1886, mandara a todos os bispos rezar a oração a São Miguel Arcanjo, escrita por ele, de próprio punho, como também um exorcismo maior que recomendava a bispos e párocos para recitarem com frequência nas dioceses e paróquias.
“O século do homem sem Deus”, anunciado por Nietzsche, transforma-se no século de Satanás, que prepara o seu reino com a Primeira Guerra Mundial, implanta o comunismo ateu e tirânico, contra Deus e contra o homem, na revolução bolchevista de 1917, semeia a Europa inteira de ruínas e sangue com a Segunda Guerra Mundial, fruto dos poderes das trevas; invade toda a terra de ódio, terror, impiedade, heresia, blasfêmia e corrupção em guerras e revoluções sem trégua; insinua-se, de início, como fumaça, e, depois, implanta-se, poderoso, no seio da própria Igreja.
Tudo isto, Nossa Senhora confidenciara aos videntes de Fátima, exatamente no mesmo ano da tragédia russa; e o mesmo se diga do 3º capítulo do Gênesis, em que se pinta a vitória da serpente infernal e a presença de Maria, esmagando-lhe a cabeça.
A Cristandade continuou a rezar as orações de Leão XIII, estimulada pelos Papas. Pensadores cristãos como, por exemplo, Anton Böhm (Satã no Mundo Atual, Tavares Martins) e de La Bigne Villeneuve (Satan dans la Cité, Du Cèdre) denunciam a infiltração visível do demônio em todas as estruturas da sociedade. Bernanos surpreende-nos Sob o Sol de Satã.
De súbito, ao aproximar-se o último e temeroso quartel do século XX, contesta-se a existência dos anjos, desaparece a oração de São Miguel, suspendem-se os exorcismos, inclusive o do Batismo, mergulha no silêncio o ministério e a função do exorcista.
Paulo VI queixa-se da fumaça de Satanás dentro do templo, quase a ocupar o espaço do incenso esquecido, e amargura-se com a autodemolição da Igreja. Os seminários desaparecem, a teologia prostitui-se em cátedras de iniquidade, a liturgia reduz-se, com certa frequência, a uma feira irrelevante de banalidades folclóricas. A pretexto de inculturação, a vida religiosa desliza para o abismo.
“Os poderes do inferno não prevalecerão contra a Igreja”, é certo. Mas o próprio Senhor prediz o obscurecimento da fé, o esfriamento da caridade. A visão (do Inferno) de Fátima faz vacilar o otimismo ingênuo e irresponsável dos que apostam na salvação de todos, mesmo até dos que a recusam.
(…) Jesus começa a sua missão, tentado pelo demônio e a expulsão dos maus espíritos torna-se uma das notas mais relevantes da sua atividade messiânica. “Em meu nome expulsarão os demônios” (Mc 16,17), diz Jesus, ao despedir-se dos discípulos, notando que este será um sinal dos que crêem nele. E Satanás, pela ação dos Apóstolos, caía do céu como um raio… Quando os cristãos de todos os níveis, apesar dos Evangelhos e do Magistério, principiaram a duvidar da ação e, depois, da existência do espírito rebelde, aconteceu o que Jesus havia anunciado (Mt 14,44-45): expulso, ele volta para a casa “desocupada, varrida e arrumada”, mas indefesa, com sete espíritos piores do que ele, “e a condição final torna-se pior do que antes”, exatamente o que está a acontecer.
Hoje, não é só a fumaça de Satanás, penetrando por uma fenda oculta, mas o diabo, de corpo inteiro, que irrompe triunfalmente pelas portas centrais. Quem o vai exconjurar das nossas igrejas, das nossas residências episcopais e paroquiais, dos nossos centros comunitários, dos nossos seminários e universidades, dos Senados e das Câmaras Legislativas, dos Palácios do Governo e da Justiça, dos bancos e das bolsas, dos meios de comunicação, das escolas e hospitais, das consciências de todos nós?
E, não hesitemos: quem vai expulsar os demônios dos Palácios Pontifícios, das Congregações e Secretarias, das Nunciaturas, das Conferências Episcopais e Cúrias, dos Santuários e Basílicas, das ONU e dos Parlamentos, sem falar desse mundo “posto maligno”, que viceja “sob o sol de Satã”?
Nós precisamos, urgentemente, de exorcismo!

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