Samuel 19:20-24, texto que apresenta Saul em transe profético e que supostamente apoia o “cair no Espírito” nos cultos públicos. Leiamos os versículos na Nova Versão Internacional:
“Então Saul enviou alguns homens para capturá-lo. Todavia, quando viram um grupo de profetas profetizando, dirigidos por Samuel, o Espírito de Deus apoderou-se dos mensageiros de Saul, e eles também entraram em transe. Contaram isso a Saul, e ele enviou mais mensageiros, e estes também entraram em transe. Depois mandou um terceiro grupo e eles também entraram em transe. Finalmente, ele mesmo foi para Ramá. Chegando à grande cisterna do lugar chamado Seco, perguntou onde estavam Samuel e Davi. E lhe responderam: “Em Naiote de Ramá” Então Saul foi para lá. Entretanto, o Espírito de Deus apoderou-se dele, e ele foi andando pelo caminho em transe, até chegar a Naiote. Despindo-se de suas roupas, também profetizou na presença de Samuel, e, despido, ficou deitado todo aquele dia e toda aquela noite. Por isso, o povo diz: “Está Saul também entre os profetas?” (1Sm 19:20-24)
Alguns irmãos tentam justificar o “cair no Espírito” com essa experiência de Saul. Todavia, o contexto do evento e outros textos bíblicos paralelos nos provam que o “cair no Espírito” não é um fenômeno de origem divina e, portanto, deve ser abandonado, antes que a vida espiritual do cristão seja ainda mais comprometida.
A seguir, veja algumas das razões para duvidarmos que 1 Samuel 19:20-24 esteja dando apoio ao “cair” sobre a influência do Espírito Santo.
Provas de que o Espírito Santo não joga as pessoas no chão
1º: O contexto nos mostra que Saul não estava participando de nenhum culto de adoração, mas, sendo impressionado por Deus para mudar de vida.
Saul queria matar Davi por causa da inveja e por receio de perder o seu “cargo” de rei (1Sm 19:1-17). O então rei de Israel estava indo longe demais e, através da capacidade de profetizar (dada também aos mensageiros que ele enviou – 1Sm 19:20, 21), “recebeu uma evidência clara de que Deus estava protegendo Davi”. É bem provável que “[...] ali o Espírito Santo tenha insistido com Saul pessoalmente pela última vez” (Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, vol. 2. Tatuí, São Paulo: Casa Publicadora Brasileira, 2012, p. 589. Ver 1Sm 19:24).
O referido comentário também explica que “é possível que tenha saído de seus lábios [de Saul, enquanto profetizava sob a influência do Espírito] não só uma confissão da justiça da causa de Davi, mas também a condenação de seus atos [...]”.
2º: Ao Espírito Santo apoderar-se de Saul, ele prosseguiu caminhando até chegar a Ramá (cidade localizada na região montanhosa de Efraim, a cerca de 8km de Jerusalém), onde estavam os demais mensageiros que também profetizavam (1Sm 19:23). Essa capacidade de caminhar e chegar a um local específico nos mostra que, apesar de Saul estar em “transe”, detinha capacidade autônoma, de modo que a presença do Espírito não tirou a individualidade do rei.
3º: O verso 24 do capítulo 19 diz apenas que ele “ficou deitado todo aquele dia e toda aquela noite” e não dá a entender que, para isso, ele tenha “sido jogado no chão” ou tido atitudes excêntricas, do mesmo modo que vários irmãos que alegam estar sobre a influência do Espírito sobre tais circunstâncias.
4º: O Novo Testamento, que mostra a atuação do Espírito de maneira ainda mais clara, nos ensina que a Terceira Pessoa da Trindade não gosta das manifestações pentecostais pós-modernas que envolvem (muitas delas) gritos, barulho, desordem e ações excêntricas. Veja:
a) Efésios 4:30, 31 afirma que o Espírito é entristecido com a gritaria;
b) 1 Coríntios 14:33 ensina que “Deus não é Deus de desordem, mas de paz. Como em todas as congregações dos santos”, ou seja: até mesmo nas igrejas pentecostais Ele quer ser um Deus de ordem e de paz.
c) 1 Coríntios 14:40 mostra que o culto que agrada ao Senhor “deve ser feito com decência e ordem”.
d) Gálatas 5:22, 23 deixa claro que, no momento em que uma pessoa é tomada pelo Espírito, ela revela em sua vida nove qualidades de caráter, entre elas: paz (v. 22), mansidão e domínio próprio (v. 23).
Essas características do caráter do Espírito Santo nos impedem de aceitar que as manifestações em muitos (não todos!) meios pentecostais sejam realmente de origem divina. Se em um culto, mesmo que o nome de Deus seja pronunciado (Conferir Mateus 7:21-23), as pessoas manifestam atitudes e comportamentos diferentes daqueles que o Espírito divino possui, conforme vimos nos textos acima, isso é suficiente para provar-nos que “outro espírito” é quem está por trás de tais fenômenos.
5º: Marcos 9:17 e 18 diz que o espírito que faz as pessoas caírem é o espírito do demônio. Veja que texto forte e, ao mesmo tempo, esclarecedor:
“Um homem, no meio da multidão, respondeu: ‘Mestre, eu te trouxe o meu filho, que está com um espírito que o impede de falar. Onde quer que o apanhe, joga-o no chão. Ele espuma pela boca, range os dentes e fica rígido. Pedi aos teus discípulos que expulsassem o espírito, mas eles não conseguiram’’
13/08/2012
O “cair no espírito” do demônio
Introdução
A irmã batista Eliane Faria, telespectadora do programa “Na Mira da Verdade”, enviou-me um questionamento que creio ser a dúvida de muitos internautas. Ela pediu auxílio para compreender 1 Samuel 19:20-24, texto que apresenta Saul em transe profético e que supostamente apoia o “cair no Espírito” nos cultos públicos. Leiamos os versículos na Nova Versão Internacional:
“Então Saul enviou alguns homens para capturá-lo. Todavia, quando viram um grupo de profetas profetizando, dirigidos por Samuel, o Espírito de Deus apoderou-se dos mensageiros de Saul, e eles também entraram em transe. Contaram isso a Saul, e ele enviou mais mensageiros, e estes também entraram em transe. Depois mandou um terceiro grupo e eles também entraram em transe. Finalmente, ele mesmo foi para Ramá. Chegando à grande cisterna do lugar chamado Seco, perguntou onde estavam Samuel e Davi. E lhe responderam: “Em Naiote de Ramá” Então Saul foi para lá. Entretanto, o Espírito de Deus apoderou-se dele, e ele foi andando pelo caminho em transe, até chegar a Naiote. Despindo-se de suas roupas, também profetizou na presença de Samuel, e, despido, ficou deitado todo aquele dia e toda aquela noite. Por isso, o povo diz: “Está Saul também entre os profetas?” (1Sm 19:20-24)
Alguns irmãos tentam justificar o “cair no Espírito” com essa experiência de Saul. Todavia, o contexto do evento e outros textos bíblicos paralelos nos provam que o “cair no Espírito” não é um fenômeno de origem divina e, portanto, deve ser abandonado, antes que a vida espiritual do cristão seja ainda mais comprometida.
A seguir, veja algumas das razões para duvidarmos que 1 Samuel 19:20-24 esteja dando apoio ao “cair” sobre a influência do Espírito Santo.
Provas de que o Espírito Santo não joga as pessoas no chão
1º: O contexto nos mostra que Saul não estava participando de nenhum culto de adoração, mas, sendo impressionado por Deus para mudar de vida.
Saul queria matar Davi por causa da inveja e por receio de perder o seu “cargo” de rei (1Sm 19:1-17). O então rei de Israel estava indo longe demais e, através da capacidade de profetizar (dada também aos mensageiros que ele enviou – 1Sm 19:20, 21), “recebeu uma evidência clara de que Deus estava protegendo Davi”. É bem provável que “[...] ali o Espírito Santo tenha insistido com Saul pessoalmente pela última vez” (Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, vol. 2. Tatuí, São Paulo: Casa Publicadora Brasileira, 2012, p. 589. Ver 1Sm 19:24).
O referido comentário também explica que “é possível que tenha saído de seus lábios [de Saul, enquanto profetizava sob a influência do Espírito] não só uma confissão da justiça da causa de Davi, mas também a condenação de seus atos [...]”.
2º: Ao Espírito Santo apoderar-se de Saul, ele prosseguiu caminhando até chegar a Ramá (cidade localizada na região montanhosa de Efraim, a cerca de 8km de Jerusalém), onde estavam os demais mensageiros que também profetizavam (1Sm 19:23). Essa capacidade de caminhar e chegar a um local específico nos mostra que, apesar de Saul estar em “transe”, detinha capacidade autônoma, de modo que a presença do Espírito não tirou a individualidade do rei.
3º: O verso 24 do capítulo 19 diz apenas que ele “ficou deitado todo aquele dia e toda aquela noite” e não dá a entender que, para isso, ele tenha “sido jogado no chão” ou tido atitudes excêntricas, do mesmo modo que vários irmãos que alegam estar sobre a influência do Espírito sobre tais circunstâncias.
4º: O Novo Testamento, que mostra a atuação do Espírito de maneira ainda mais clara, nos ensina que a Terceira Pessoa da Trindade não gosta das manifestações pentecostais pós-modernas que envolvem (muitas delas) gritos, barulho, desordem e ações excêntricas. Veja:
a) Efésios 4:30, 31 afirma que o Espírito é entristecido com a gritaria;
b) 1 Coríntios 14:33 ensina que “Deus não é Deus de desordem, mas de paz. Como em todas as congregações dos santos”, ou seja: até mesmo nas igrejas pentecostais Ele quer ser um Deus de ordem e de paz.
c) 1 Coríntios 14:40 mostra que o culto que agrada ao Senhor “deve ser feito com decência e ordem”.
d) Gálatas 5:22, 23 deixa claro que, no momento em que uma pessoa é tomada pelo Espírito, ela revela em sua vida nove qualidades de caráter, entre elas: paz (v. 22), mansidão e domínio próprio (v. 23).
Essas características do caráter do Espírito Santo nos impedem de aceitar que as manifestações em muitos (não todos!) meios pentecostais sejam realmente de origem divina. Se em um culto, mesmo que o nome de Deus seja pronunciado (Conferir Mateus 7:21-23), as pessoas manifestam atitudes e comportamentos diferentes daqueles que o Espírito divino possui, conforme vimos nos textos acima, isso é suficiente para provar-nos que “outro espírito” é quem está por trás de tais fenômenos.
5º: Marcos 9:17 e 18 diz que o espírito que faz as pessoas caírem é o espírito do demônio. Veja que texto forte e, ao mesmo tempo, esclarecedor:
“Um homem, no meio da multidão, respondeu: ‘Mestre, eu te trouxe o meu filho, que está com um espírito que o impede de falar. Onde quer que o apanhe, joga-o no chão. Ele espuma pela boca, range os dentes e fica rígido. Pedi aos teus discípulos que expulsassem o espírito, mas eles não conseguiram’’
"Mas o fruto do Espírito é... mansidão e domínio próprio" (Gl 5:22, 23)
O Espírito Santo sempre quer erguer o crente e nunca jogá-lo no chão. Veja que, ao Cristo expulsar o demônio do menino (leia Marcos 9:14-29), o Salvador “tomou-o pela mão e o levantou, e ele ficou em pé”(v. 27).
Portanto, não há dúvidas: o “cair no Espírito”, mesmo fazendo parte da vida de muitos cristãos sinceros e verdadeiros filhos de Deus, é uma manifestação demoníaca, com o objetivo de confundir as pessoas e apresentá-las uma imagem distorcida do divino e manso Espírito Santo.
O inimigo conhece o grande potencial dos irmãos pentecostais
O inimigo de Deus sabe que muitos amigos pentecostais são candidatos à vida eterna e salvos em Cristo. Tem ciência do quanto o Espírito Santo os usa para relembrar aos demais cristãos sobre a importância dos dons espirituais para a edificação da igreja e conclusão da obra de evangelização mundial.
Por isso, através de manifestações sobrenaturais que dão uma sensação aparentemente agradável aos que são possuídos por tal espírito, o Diabo quer impedi-los de terem uma experiência verdadeira com o Espírito. O inimigo, através de tal contrafação do Espírito, quer impedir que os irmãos aprendam a apreciar um culto tranquilo, racional (Rm 12:1, 2) e que tenha a emoção na medida certa (Fp 4:4), do jeito certo (1Co 14:33, 40).
Muito cuidado, irmãos. Uma das principais obras satânicas nesses últimos dias é contrafazer a obra do Espírito Santo. Ele sabe que o Espírito é o “outro consolador” divino (Jo 14:16), que glorifica a Jesus Cristo e o plano de salvação (Jo 16:14), nos convence “do pecado, da justiça e do juízo” (Jo 16:8), guia-nos a “toda a verdade” (Jo 16:13) e santifica a nossa vida (Rm 6:23). O Diabo sabe que nesse processo de santificação o Espírito nos torna parecidos com Jesus através do novo nascimento (Jo 3:1-8) e “escreve” os princípios morais da Lei de Deus em nosso coração (Hb 8:10).
Por isso, não é do interesse do demônio que as pessoas tenham um conhecimento pleno (e correto) da Pessoa e da Obra do Espírito Santo. Afinal, através de um falso espírito santo, ele pode desencaminhar muitos e levá-los a seguir pelo caminho largo, que leva à perdição (Mt 7:13, 14).
O inimigo não vai atrás de quem já é dele. Por isso, meu irmão pentecostal, se você “cai no espírito”, peça a Deus discernimento e coloque a Revelação bíblica acima dos seus sentimentos. Leia esse artigo com oração e mente disposta (Jr 15:16) a conhecer cada vez mais esse Deus que tanto lhe ama (Jr 31:3). Submeta-se a Ele (Tg 4:7) e preste-Lhe um culto alegre (Fp 4:4) e racional ao mesmo tempo (Rm 12:1, 2), para que sua mente receba todas as verdades que o Espírito Santo quer lhe comunicar para sua felicidade presente e eterna:
“Quer você se volte para a direita quer para a esquerda, uma voz atrás de você lhe dirá: ‘Este é o caminho; siga-o’” (Is 30:21).
“Então Saul enviou alguns homens para capturá-lo. Todavia, quando viram um grupo de profetas profetizando, dirigidos por Samuel, o Espírito de Deus apoderou-se dos mensageiros de Saul, e eles também entraram em transe. Contaram isso a Saul, e ele enviou mais mensageiros, e estes também entraram em transe. Depois mandou um terceiro grupo e eles também entraram em transe. Finalmente, ele mesmo foi para Ramá. Chegando à grande cisterna do lugar chamado Seco, perguntou onde estavam Samuel e Davi. E lhe responderam: “Em Naiote de Ramá” Então Saul foi para lá. Entretanto, o Espírito de Deus apoderou-se dele, e ele foi andando pelo caminho em transe, até chegar a Naiote. Despindo-se de suas roupas, também profetizou na presença de Samuel, e, despido, ficou deitado todo aquele dia e toda aquela noite. Por isso, o povo diz: “Está Saul também entre os profetas?” (1Sm 19:20-24)
Alguns irmãos tentam justificar o “cair no Espírito” com essa experiência de Saul. Todavia, o contexto do evento e outros textos bíblicos paralelos nos provam que o “cair no Espírito” não é um fenômeno de origem divina e, portanto, deve ser abandonado, antes que a vida espiritual do cristão seja ainda mais comprometida.
A seguir, veja algumas das razões para duvidarmos que 1 Samuel 19:20-24 esteja dando apoio ao “cair” sobre a influência do Espírito Santo.
Provas de que o Espírito Santo não joga as pessoas no chão
1º: O contexto nos mostra que Saul não estava participando de nenhum culto de adoração, mas, sendo impressionado por Deus para mudar de vida.
Saul queria matar Davi por causa da inveja e por receio de perder o seu “cargo” de rei (1Sm 19:1-17). O então rei de Israel estava indo longe demais e, através da capacidade de profetizar (dada também aos mensageiros que ele enviou – 1Sm 19:20, 21), “recebeu uma evidência clara de que Deus estava protegendo Davi”. É bem provável que “[...] ali o Espírito Santo tenha insistido com Saul pessoalmente pela última vez” (Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, vol. 2. Tatuí, São Paulo: Casa Publicadora Brasileira, 2012, p. 589. Ver 1Sm 19:24).
O referido comentário também explica que “é possível que tenha saído de seus lábios [de Saul, enquanto profetizava sob a influência do Espírito] não só uma confissão da justiça da causa de Davi, mas também a condenação de seus atos [...]”.
2º: Ao Espírito Santo apoderar-se de Saul, ele prosseguiu caminhando até chegar a Ramá (cidade localizada na região montanhosa de Efraim, a cerca de 8km de Jerusalém), onde estavam os demais mensageiros que também profetizavam (1Sm 19:23). Essa capacidade de caminhar e chegar a um local específico nos mostra que, apesar de Saul estar em “transe”, detinha capacidade autônoma, de modo que a presença do Espírito não tirou a individualidade do rei.
3º: O verso 24 do capítulo 19 diz apenas que ele “ficou deitado todo aquele dia e toda aquela noite” e não dá a entender que, para isso, ele tenha “sido jogado no chão” ou tido atitudes excêntricas, do mesmo modo que vários irmãos que alegam estar sobre a influência do Espírito sobre tais circunstâncias.
4º: O Novo Testamento, que mostra a atuação do Espírito de maneira ainda mais clara, nos ensina que a Terceira Pessoa da Trindade não gosta das manifestações pentecostais pós-modernas que envolvem (muitas delas) gritos, barulho, desordem e ações excêntricas. Veja:
a) Efésios 4:30, 31 afirma que o Espírito é entristecido com a gritaria;
b) 1 Coríntios 14:33 ensina que “Deus não é Deus de desordem, mas de paz. Como em todas as congregações dos santos”, ou seja: até mesmo nas igrejas pentecostais Ele quer ser um Deus de ordem e de paz.
c) 1 Coríntios 14:40 mostra que o culto que agrada ao Senhor “deve ser feito com decência e ordem”.
d) Gálatas 5:22, 23 deixa claro que, no momento em que uma pessoa é tomada pelo Espírito, ela revela em sua vida nove qualidades de caráter, entre elas: paz (v. 22), mansidão e domínio próprio (v. 23).
Essas características do caráter do Espírito Santo nos impedem de aceitar que as manifestações em muitos (não todos!) meios pentecostais sejam realmente de origem divina. Se em um culto, mesmo que o nome de Deus seja pronunciado (Conferir Mateus 7:21-23), as pessoas manifestam atitudes e comportamentos diferentes daqueles que o Espírito divino possui, conforme vimos nos textos acima, isso é suficiente para provar-nos que “outro espírito” é quem está por trás de tais fenômenos.
5º: Marcos 9:17 e 18 diz que o espírito que faz as pessoas caírem é o espírito do demônio. Veja que texto forte e, ao mesmo tempo, esclarecedor:
“Um homem, no meio da multidão, respondeu: ‘Mestre, eu te trouxe o meu filho, que está com um espírito que o impede de falar. Onde quer que o apanhe, joga-o no chão. Ele espuma pela boca, range os dentes e fica rígido. Pedi aos teus discípulos que expulsassem o espírito, mas eles não conseguiram’’
13/08/2012
O “cair no espírito” do demônio
Introdução
A irmã batista Eliane Faria, telespectadora do programa “Na Mira da Verdade”, enviou-me um questionamento que creio ser a dúvida de muitos internautas. Ela pediu auxílio para compreender 1 Samuel 19:20-24, texto que apresenta Saul em transe profético e que supostamente apoia o “cair no Espírito” nos cultos públicos. Leiamos os versículos na Nova Versão Internacional:
“Então Saul enviou alguns homens para capturá-lo. Todavia, quando viram um grupo de profetas profetizando, dirigidos por Samuel, o Espírito de Deus apoderou-se dos mensageiros de Saul, e eles também entraram em transe. Contaram isso a Saul, e ele enviou mais mensageiros, e estes também entraram em transe. Depois mandou um terceiro grupo e eles também entraram em transe. Finalmente, ele mesmo foi para Ramá. Chegando à grande cisterna do lugar chamado Seco, perguntou onde estavam Samuel e Davi. E lhe responderam: “Em Naiote de Ramá” Então Saul foi para lá. Entretanto, o Espírito de Deus apoderou-se dele, e ele foi andando pelo caminho em transe, até chegar a Naiote. Despindo-se de suas roupas, também profetizou na presença de Samuel, e, despido, ficou deitado todo aquele dia e toda aquela noite. Por isso, o povo diz: “Está Saul também entre os profetas?” (1Sm 19:20-24)
Alguns irmãos tentam justificar o “cair no Espírito” com essa experiência de Saul. Todavia, o contexto do evento e outros textos bíblicos paralelos nos provam que o “cair no Espírito” não é um fenômeno de origem divina e, portanto, deve ser abandonado, antes que a vida espiritual do cristão seja ainda mais comprometida.
A seguir, veja algumas das razões para duvidarmos que 1 Samuel 19:20-24 esteja dando apoio ao “cair” sobre a influência do Espírito Santo.
Provas de que o Espírito Santo não joga as pessoas no chão
1º: O contexto nos mostra que Saul não estava participando de nenhum culto de adoração, mas, sendo impressionado por Deus para mudar de vida.
Saul queria matar Davi por causa da inveja e por receio de perder o seu “cargo” de rei (1Sm 19:1-17). O então rei de Israel estava indo longe demais e, através da capacidade de profetizar (dada também aos mensageiros que ele enviou – 1Sm 19:20, 21), “recebeu uma evidência clara de que Deus estava protegendo Davi”. É bem provável que “[...] ali o Espírito Santo tenha insistido com Saul pessoalmente pela última vez” (Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, vol. 2. Tatuí, São Paulo: Casa Publicadora Brasileira, 2012, p. 589. Ver 1Sm 19:24).
O referido comentário também explica que “é possível que tenha saído de seus lábios [de Saul, enquanto profetizava sob a influência do Espírito] não só uma confissão da justiça da causa de Davi, mas também a condenação de seus atos [...]”.
2º: Ao Espírito Santo apoderar-se de Saul, ele prosseguiu caminhando até chegar a Ramá (cidade localizada na região montanhosa de Efraim, a cerca de 8km de Jerusalém), onde estavam os demais mensageiros que também profetizavam (1Sm 19:23). Essa capacidade de caminhar e chegar a um local específico nos mostra que, apesar de Saul estar em “transe”, detinha capacidade autônoma, de modo que a presença do Espírito não tirou a individualidade do rei.
3º: O verso 24 do capítulo 19 diz apenas que ele “ficou deitado todo aquele dia e toda aquela noite” e não dá a entender que, para isso, ele tenha “sido jogado no chão” ou tido atitudes excêntricas, do mesmo modo que vários irmãos que alegam estar sobre a influência do Espírito sobre tais circunstâncias.
4º: O Novo Testamento, que mostra a atuação do Espírito de maneira ainda mais clara, nos ensina que a Terceira Pessoa da Trindade não gosta das manifestações pentecostais pós-modernas que envolvem (muitas delas) gritos, barulho, desordem e ações excêntricas. Veja:
a) Efésios 4:30, 31 afirma que o Espírito é entristecido com a gritaria;
b) 1 Coríntios 14:33 ensina que “Deus não é Deus de desordem, mas de paz. Como em todas as congregações dos santos”, ou seja: até mesmo nas igrejas pentecostais Ele quer ser um Deus de ordem e de paz.
c) 1 Coríntios 14:40 mostra que o culto que agrada ao Senhor “deve ser feito com decência e ordem”.
d) Gálatas 5:22, 23 deixa claro que, no momento em que uma pessoa é tomada pelo Espírito, ela revela em sua vida nove qualidades de caráter, entre elas: paz (v. 22), mansidão e domínio próprio (v. 23).
Essas características do caráter do Espírito Santo nos impedem de aceitar que as manifestações em muitos (não todos!) meios pentecostais sejam realmente de origem divina. Se em um culto, mesmo que o nome de Deus seja pronunciado (Conferir Mateus 7:21-23), as pessoas manifestam atitudes e comportamentos diferentes daqueles que o Espírito divino possui, conforme vimos nos textos acima, isso é suficiente para provar-nos que “outro espírito” é quem está por trás de tais fenômenos.
5º: Marcos 9:17 e 18 diz que o espírito que faz as pessoas caírem é o espírito do demônio. Veja que texto forte e, ao mesmo tempo, esclarecedor:
“Um homem, no meio da multidão, respondeu: ‘Mestre, eu te trouxe o meu filho, que está com um espírito que o impede de falar. Onde quer que o apanhe, joga-o no chão. Ele espuma pela boca, range os dentes e fica rígido. Pedi aos teus discípulos que expulsassem o espírito, mas eles não conseguiram’’
"Mas o fruto do Espírito é... mansidão e domínio próprio" (Gl 5:22, 23)
O Espírito Santo sempre quer erguer o crente e nunca jogá-lo no chão. Veja que, ao Cristo expulsar o demônio do menino (leia Marcos 9:14-29), o Salvador “tomou-o pela mão e o levantou, e ele ficou em pé”(v. 27).
Portanto, não há dúvidas: o “cair no Espírito”, mesmo fazendo parte da vida de muitos cristãos sinceros e verdadeiros filhos de Deus, é uma manifestação demoníaca, com o objetivo de confundir as pessoas e apresentá-las uma imagem distorcida do divino e manso Espírito Santo.
O inimigo conhece o grande potencial dos irmãos pentecostais
O inimigo de Deus sabe que muitos amigos pentecostais são candidatos à vida eterna e salvos em Cristo. Tem ciência do quanto o Espírito Santo os usa para relembrar aos demais cristãos sobre a importância dos dons espirituais para a edificação da igreja e conclusão da obra de evangelização mundial.
Por isso, através de manifestações sobrenaturais que dão uma sensação aparentemente agradável aos que são possuídos por tal espírito, o Diabo quer impedi-los de terem uma experiência verdadeira com o Espírito. O inimigo, através de tal contrafação do Espírito, quer impedir que os irmãos aprendam a apreciar um culto tranquilo, racional (Rm 12:1, 2) e que tenha a emoção na medida certa (Fp 4:4), do jeito certo (1Co 14:33, 40).
Muito cuidado, irmãos. Uma das principais obras satânicas nesses últimos dias é contrafazer a obra do Espírito Santo. Ele sabe que o Espírito é o “outro consolador” divino (Jo 14:16), que glorifica a Jesus Cristo e o plano de salvação (Jo 16:14), nos convence “do pecado, da justiça e do juízo” (Jo 16:8), guia-nos a “toda a verdade” (Jo 16:13) e santifica a nossa vida (Rm 6:23). O Diabo sabe que nesse processo de santificação o Espírito nos torna parecidos com Jesus através do novo nascimento (Jo 3:1-8) e “escreve” os princípios morais da Lei de Deus em nosso coração (Hb 8:10).
Por isso, não é do interesse do demônio que as pessoas tenham um conhecimento pleno (e correto) da Pessoa e da Obra do Espírito Santo. Afinal, através de um falso espírito santo, ele pode desencaminhar muitos e levá-los a seguir pelo caminho largo, que leva à perdição (Mt 7:13, 14).
O inimigo não vai atrás de quem já é dele. Por isso, meu irmão pentecostal, se você “cai no espírito”, peça a Deus discernimento e coloque a Revelação bíblica acima dos seus sentimentos. Leia esse artigo com oração e mente disposta (Jr 15:16) a conhecer cada vez mais esse Deus que tanto lhe ama (Jr 31:3). Submeta-se a Ele (Tg 4:7) e preste-Lhe um culto alegre (Fp 4:4) e racional ao mesmo tempo (Rm 12:1, 2), para que sua mente receba todas as verdades que o Espírito Santo quer lhe comunicar para sua felicidade presente e eterna:
“Quer você se volte para a direita quer para a esquerda, uma voz atrás de você lhe dirá: ‘Este é o caminho; siga-o’” (Is 30:21).
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