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Demonologia é o estudo sistemático dos demônios. Quando envolve os estudo de textos bíblicos, é considerada um ramo da Teologia. Por geralmente se referir aos demônios descritos no Cristianismo, pode ser considerada um estudo de parte da hierarquia bíblica. Também não está diretamente relacionada ao culto aos demônios.


quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Ars Goetia e os Pantáculos

 Ars Goetia e os  Pantáculos 



baseia-se na tradição judaico-cristã na qual o rei de Israel, Salomão fora agraciado pelos anjos com um sistema que lhe dava poder e controle sobre os principais demônios (daemon ) da Terra e consequentemente a todos os espíritos menores governados por eles, por meio de Selos e Palavras Mágickas. Desta forma, o rei Salomão dominando este conhecimento, e posteriormente passando a seus discipulos, teria toda espécie de poderes sobrenaturais, como invisibilidade, sabedoria sobre-humana e visões do passado e futuro.

Daimon ou daemon (grego δαίμων, transliteração dáimon, tradução "divindade", "espírito"), é um tipo de ser que em muito se assemelha aos gênios da mitologia árabe. A palavra daimon se originou com os gregos da Antiguidade; no entanto, ao longo da História, surgiram diversas descrições para esses seres. O nome em latim é dæmon, que veio a dar o vocábulo em português demônio.
São intermediários entre os deuses e os homens, segundo Xenócrates, que associava os deuses ao triângulo equilátero, os homens ao escaleno, e os daimons ao isósceles. 
Os gregos falavam de eudaimons (eu significando "certo", "bem") e kakodaimons (kakos significando "mau"): ser eudaimon significa viver de uma forma favorecida por um deus. Assim é a forma como Sócrates se refere a seu daimon.

Na maioria das religiões cristãs os demônios ou daimon são anjos caídos que foram expulsos do terceiro Céu (presença de Deus), conforme diz em (Apocalipse 12:7-9). Lúcifer era um Querubim da guarda ungido (Ezequiel 28 & Isaías 14:13-14) que, ao desejar ser igual ao Criador (Deus), foi lançado fora do Paraíso. Quando porém ele foi lançado fora do Céu sobre a Terra, a Bíblia nos relata que Lúcifer (que tem por nome diabo, serpente, dragão, príncipe da potestade do ar, etc…) trouxe com sua cauda um terço dos anjos de Deus (Ap 12:4) - lembrando que isto é uma linguagem figurativa, que significa apenas que junto de si levou os demônios. 

Para os Cristadelfianos os demônios na Bíblia são os deuses dos pagãos que não têm existência real pois existe um só Deus e uma fonte de poder sobrenatural que é Javé. Segundo os Cristadelfianos os antigos gregos acreditavam que os espíritos podiam possuir pessoas e que eram os espíritos dos falecidos que tinham subido ao nível de demônios (semi-deuses que traziam bem ou mal à humanidade). Quando alguém não entendia a causa de uma enfermidade por não ter causa aparente ou por ser uma doença do foro psicológico eram atribuídas a demônios. Os Cristadelfianos também não acreditam que os anjos possam pecar.

No espiritismo, esses "demônios" são espíritos em estado temporário de ignorância que precisam de amor fraterno para se libertarem dos sentimentos inferiores que os prendem à esta condição. Nem todos passamos por estas situações, o que é raro.

Conta a literatura ocultista que cada um dos 72 seres possíveis de serem lidados com o sistema goético possui personalidade própria e deve ser tratado diferentemente para ser convencido a ajudar.

A Arte Goética, (Latin, provavelmente: "A Arte de Uivar"), geralmente chamado simplesmente de Goetia, é ensinada na primeira parte das Clavículas de Salomão, um grimório do Século XVII. Este primeiro capítulo é conhecido como "Lemegeton Clavicula Salomonis" ou "A Chave Menor de Salomão" e nele são descritos todos os 72 Espíritos Infernais assim como todo o sistema que supostamente havia sido usado pelo rei Salomão. 

A Chave Menor de Salomão contém descrições detalhadas dos espíritos e as condições necessárias para invocá-los e obrigá-los a fazer a própria vontade. Ela detalha os sinais e rituais a serem realizados, as ações necessárias para prevenir os espíritos de terem controle, os preparativos que antecedem as invocações, e instruções sobre como fazer os instrumentos necessários para a execução destes rituais. Os vários exemplares existentes variam consideravelmente nas grafias dos nomes dos espíritos. Edições contemporâneas estão amplamente disponíveis na imprensa e na Internet.

A segunda parte, ou Theurgia Goetia, é partilha com os espíritos dos pontos cardeais e seus inferiores. Estas são as naturezas mistas, algumas boas e outras más. 

Um grimório é um livro de conhecimentos mágicos, com anotações de práticas pessoais, ou seja, um diário mágico, escrito entre o final da Idade Média e o século XVIII. Tais livros contêm correspondências astrológicas, listas de anjos e demônios, orientações sobre como efetuar magias ou misturar remédios, conjurar entidades sobrenaturais e confecção de talismãs, de acordo com o ponto-de-vista e com os estudos experimentais do autor.

Os Demônios Goéticos são os 72 espíritos apontados nos três versículos do Pentateuco. São entidades muitíssimo primitivas, e que foram adoradas durante os primórdios da humanidade. São deuses esquecidos que se tornaram demônios após a influência cristã, mas isto é uma hipótese, a experiência demonstrará a verdade. Coincidentemente 72 pode ser o resultado da soma 66+6. 

De qualquer forma estes são os 72 reis e príncipes poderosos que, conforme conta o mito, o Rei Shlomo (Rei Salomão) encerrou em uma arca do bronze junto com suas respectivas legiões. Sem grandes mistérios, basicamente trata-se de um sistema de invocação de 72 espiritos para multipropósito.

Dentre eles BELIAL, BILETH, ASMODAY e GAAPeram os principais. Sendo que estes quatro grandes reis são geralmente chamados de Oriens, ou Uriens, Paymon ou Paymonia, Ariton ou Egyn e Amaymon ou Amaimon. Pelos rabinos são conhecidos sob os nomes de: Samael, Azazel, Azael e Mahazael. 

Tendo-os aprisionado, Salomão coloca a arca numa gruta ou poço na antiga Babilônia. Passado algum tempo alguns babilônicos desavisados encontraram a Arca e quiseram abrí-la, imaginando que estivesse repleta de tesouros. Quando conseguiram, os espíritos principais imediatamente fugiram com suas respectivas legiões, exceto BELIAL, que entrou em uma imagem e proferiu oráculos, sendo a partir de então adorado com ritos e sacrifícios sangrentos, como uma divindade. 
O livro é dividido em três partes, a saber: 

- A descrição dos 72 Espíritos e seus respectivos selos, 
- Uma descrição dos principais materiais usados na evocação e por fim 
- As conjurações a serem usadas para chamar-se o espírito. 

O Testamento de Salomão é um antigo manuscrito pseudepigráfico, atribuído supostamente ao Rei Salomão, no qual ele discorre sobre os demônios que teria subjugado com o poder de um anél dado pelo arcanjo Miguel e colocado a serviço da construção do grande Templo dedicado a Jeová. A datação do texto é incerta, mas provavelmente foi escrito entre os séculos I e III d.C.

A palavra conjuração (do latim conjurare, "jurar junto") pode ser interpretado de vários modos: como se fosse uma prece ou evocação; como no exorcismo; ou como um ato de ilusionismo. A palara é geralmente usada para sinônimo de 'Evocação', ainda assim que as duas não sejam sinônimos. No passado, conjuradores eram suspeitos de usar magia para criar as suas ilusões e até mesmo para se divertir lançando feitiços. Assim, eles se tornaram "mágicos do mal" para o público em geral, os que eram supersticioso, ansiosos, mal informados e curiosos.

A pessoa que mantem a performance de conjurar é chamado de 'Conjurador', 'Evocador'. É geralmente ligada ao fato de afastar espíritos malignos, ou proteger um indivíduo, um espaço. 

O texto do encanto a ser dito para conjurar um espírito pode variar consideravelmente de uma simples sentença a parágrafos complexos repleto de palavras mágicas. O idioma normalmente é o do próprio conjurador, porém desde a Idade Média no lado Ocidental a língua latina é a mais comum (todavia muitos textos foram traduzidos para outros idiomas).

A edição revisada do Inglês Ars Goetia foi publicado em 1904 pelo mágico Aleister Crowley, como o livro da Goetia do Rei Salomão. Ele serve como um componente-chave do seu sistema popular e influente de magia.

Ars Theurgia Goetia: O Ars Goetia Theurgia ( "a arte da Teurgia Goética"), é a segunda seção da Chave Menor de Salomão. Ele explica os nomes, as características e os selos dos 31 espíritos aéreos (chamados de Chefes, Imperadores, Reis e Príncipes), que o Rei Salomão invocou e confinou. Ele também explica as proteções contra elas, os nomes dos espíritos e seus servos, a maneira de como invocá-los, e sua natureza, que é o bem e o mal.

Seu único objetivo é descobrir e mostrar coisas escondidas, os segredos de qualquer pessoa, obter, transportar e fazer qualquer coisa perguntando-lhes. No enquanto, eles estão contidos em qualquer um dos quatro elementos (terra, fogo, ar e água). Esses espíritos, são caracterizados em uma ordem complexa no livro, e alguns deles, a sua ortografia têm variações de acordo com as diferentes edições.

Ars Paulina: O Ars Paulina ("a arte de Paulo"), é a terceira parte da Chave Menor de Salomão. Segundo a lenda, esta arte foi descoberta pelo Apóstolo Paulo, mas no livro, é mencionado como a arte de Paulo do Rei Salomão. O Ars Paulina, já era conhecido desde a Idade Média e é dividido em dois capítulos deste livro.

O primeiro capítulo, refere-se sobre como lidar com os anjos das diversas horas do dia (ou seja, dia e noite), para os seus selos, sua natureza, os seus agentes (chamados de Duques), a relação desses anjos com os sete planetas conhecidos na naquela época, os aspetos astrológicos adequados para invocá-los, o seu nome (em alguns casos coincidindo com os dos setenta e dois demônios mencionados na Ars Goetia, a conjuração e a invocação de chamá-los, na Mesa da prática.

A segunda parte, refere-se aos anjos que governam sobre os signos do zodíaco e cada grau de cada signo, a sua relação com os quatro elementos, Fogo, Terra, Água e Ar, seus nomes e seus selos. Estes são chamados aqui como os anjos dos homens, porque todas as pessoas que nascem sob um signo zodiacal, com o Sol em um grau específico dele.

Ars Almadel: O Ars Almadel ("a arte de Almadel"), é a quarta parte da Chave Menor de Salomão. Ela nos diz como fazer a Almadel, que é um tablete de cera com símbolos de proteção nele traçadas. Nela, são colocadas quatro velas. Este capítulo tem as instruções sobre as cores, materiais e rituais necessários para a construção do Almadel e as velas.

O Ars Almadel, também fala sobre os anjos que estão a ser invocados e explica apenas as coisas que são necessárias e que devem ser feitas a eles, e como a conjuração tem que ser feito. Ele também menciona doze príncipes reinantes com eles. As datas e os aspectos astrológicos, tem que ser considerado mais convenientes para invocar os anjos, são detalhadas, mas resumidamente.O autor afirma ter experimentado o que é explicado neste capítulo.

Ars Notoria: O Ars Notoria ("a arte Notável"), é a quinta e última parte da Chave Menor de Salomão. Foi um grimório conhecido desde a Idade Média. O livro afirma que esta arte foi revelada pelo Criador para o Rei Salomão, por meio de um anjo.

Ele contém uma coleção de orações (alguns deles dividido em várias partes), misturado com palavras cabalísticas e mágicas em várias línguas (ou seja, hebraico, grego, etc), como a oração deve ser dito, e a relação que estes rituais têm a compreensão de todas as ciências. Menciona os aspectos da Lua em relação com as orações. Diz também, que o ato de orar, é como uma invocação aos anjos de Deus. 

Segundo o livro, a grafia correta das orações, dá o conhecimento da ciência relacionados com cada um e também, uma boa memória, a estabilidade da mente, e a eloquência. Este capítulo, previne sobre os preceitos que devem ser observados para obter um bom resultado.

Finalmente, ele conta como o Rei Salomão recebeu a revelação do anjo
Como vimos, os pantáculos são símbolos de grande poder, feitos e criados pelos magistas conforme seu grau de conhecimento, abrangendo nesse símbolo uma mescla de todo seu aprendizado. É a combinação das estrelas de cinco pontas com um círculo em torno delas. É o símbolo de toda criação mágica e as suas origens estão perdidas no tempo.


Triângulos, quadrados, estrelas de cinco ou seis pontas inscrevem-se nos círculos do selo; letras hebraicas, caracteres cabalísticos, palavras latinas se desenham sobre figuras geométricas. 


Considera-se que os selos têm relação com realidades invisíveis, cujos poderes eles permitem compartilhar. Eles podem servir para suscitar os tremores de terra, o amor, a morte e para lançar toda a espécie de sortilégios. Eles simbolizam, captam e mobilizam, ao mesmo tempo, os poderes ocultos. 


Basicamente o Pantáculo é um pedaço circular de madeira, que também pode ser feito de metal como cobre ou estanho e graficamente é representado como um círculo contendo símbolos, quaisquer que sejam: figuras geométricas , triângulos, quadrados, pentagramas, hexagramas, etc., onde, eventualmente, são aplicadas letras hebraicas, caracteres cabalísticos; palavras latinas; animais sagrados; e muitos outros; ou a conjugação deles.


Abaixo, um pantáculo cabalístico:

1. UTILIZAÇÃO:


Os Pantáculos possuem diversas formas de utilização e exercem as mais variadas funções. Quando utilizados na Magia Cerimonial, são feitos com o propósito de que os seres ou espíritos, invocados em seu nome, obedecerão aos comandos do magista durante o ritual/operação mágicka.


Os Pantáculos também são de grande utilidade contra todos os perigos da terra, do ar, da água e do fogo, contra venenos, contra todos os tipos de enfermidades, necessidades e medos, etc. Ou seja, onde quer que esteja, se estiver portando um pantáculo, estará sempre a salvo.


2. FORMAS E FUNÇÕES:


Existem diferentes Pantáculos, e suas funções variam conforme o Planeta regente do horário no qual o Pantáculo foi confeccionado. Então, vou colocar a seguir a função de cada pantáculo, conforme o planeta que o rege.


- Do Sol: Para obter sorte, saúde e felicidade;


- Da Lua: Para favorecer mudanças e assuntos familiares;


- De Marte: Para obter coragem, vigor, potência e vitória;


- De Mercúrio: Para ser bem-sucedido em negócios ou estudos;


- De Júpiter: Para obter honras e riquezas;


- De Vênus: Para obter amor, beleza e harmonia;


- De Saturno: Para proteger-se de perigos e afastar inimigos.




Como é difícil para a maioria encontrar o planeta regente de cada hora, isto não é uma regra, é apenas uma técnica que potencializa ainda mais o poder do pantáculo para determinada finalidade, mas nada impede a confecção de um pantáculo sem utilizar a hora correta. 


Abaixo pantáculo feito utilizando dois alfabetos misticos (alfabeto malaquim / alfabeto cabalistico).


Franz Bardon explica que mais importante que os sí¬mbolos é o entendimento do seu significado, logo de nada adianta um circulo mágico se o magista não entende o que ele representa. Por outro lado a cabala prática (judáica), por exemplo, ensina ao adepto a meditar sobre os símbolos (sobre os nomes de deus, dos anjos...) que esses símbolos por sí só têm poderes mágicos.


PANTÁCULOS DO SOL:

Figura 1: tem a face do Anjo Metatron e, de cada lado, o nome El Shadai; no enxergo, uma fórmula conjuratória. Obriga os espíritos solares à obediência.


Figura 2: tem caracteres místicos do Sol e, no enxergo, os nomes de quatro anjos (Shemeshiel, Paimoniah, Rekhodiah, Malkhiel). Serve para reprimir o orgulho e a arrogância dos espíritos solares.


Figura 3: tem o nome YHVH repetido doze vezes e, no enxergo, Dan 4,34. Serve para adquirir renome, glória e poder.


Figura 4: tem no centro os nomes YHVH e Adonai e, no exergo, Sal 13,3-4. Obriga os espíritos solares a se mostrarem quando invocados.


Figura 5: tem nomes de espí¬ritos em caracteres místicos e, no exergo, Sal 91,11-12. Serve para obter a ajuda desses espíritos para longas viagens.


Figura 6: tem no centro um triângulo com o Yod, as letras do nome Shaddai nos ângulos e palavras de Gen 1,1 em volta; no exergo, Sal 69,23 e 135,16. Serve para operações de invisibilidade.


Figura 7: tem, em uma cruz, os nomes dos anjos (Chasan, do ar; Arel, do fogo; Forlakh, da terra; e Taliahad, da água) e dos governantes (Ariel, Seraph, Tarsis e Cherub) dos elementos; no exergo, Sal 116,16-17. Protege contra o perigo de aprisionamento e ajuda a liberta-se.


Figura 8: tem a figura do espírito do sol. Serve para trazer todas as virtudes do sol.

Figuras 9, 10 e 11: O Kamea do planeta, o quadrado mágico do planeta em duas versões, uma em caracteres latinos e a outra em caracteres hebraicos, a outra figura é o selo do planeta.
Goetia (Latim da Idade Média), do Grego γοητεία (goēteia - "feitiçaria"). Refere-se à prática de Invocação de Anjos ou a Evocação de Demônios descritos no grimório do séc. 17, The Lesser Key of Solomon (A Chave Menor de Salomão) que retrata a Ars Goetia em sua primeira seção. O texto que se segue refere-se a algum espírito ou elemento deste sistema de magia, no entanto, é altamente recomendável que iniciantes leiam o artigo raiz, onde a definição de Goetia pode ser encontrada.A Goécia ou Ars Goetia (latim, provavelmente: "A Arte de Uivar"), geralmente chamado simplesmente de Goetia, é a primeira parte do grimório "Lemegeton Clavicula Salomonis", do século XVII, ou As Clavículas de Salomão. A maior parte do texto apareceu antes, alguns textos datam do século XIV ou antes. 
O Sistema
A Goetia basicamente trata-se de um sistema de evocação multipropósito. O livro é dividido em três partes, a saber: 
A descrição dos 72 Espíritos e seus respectivos selos,
uma descrição dos principais materiais usados na evocação e por fim
as conjurações a serem usadas para chamar-se o espírito.
Para maior entendimento do sistema, daremos aqui um breve resumo de seu funcionamento. 
Primeiros Passos
A primeira coisa a se fazer é escolher com qual espírito irá se trabalhar. Este momento é de suma importância e dele dependerá o sucesso ou não da envocação – uma forte motivação e um grande envolvimento emocional são de grande ajuda neste momento. Para uma escolha sensata, o melhor a se fazer é ler a descrição de cada um dos 72 espíritos para encontrar o que melhor se encaixa (em personalidade e poder) com suas necessidades. 
O sistema de evocação em si não guarda grandes segredos. Seus elementos poderiam ser reduzidos a um mínimo composto por: 
Baqueta – Ferramenta da vontade manifesta do magista
Círculo – Onde ficará o adepto protegido de qualquer influência externa.
Triângulo – É o local destinado a manifestação do espírito invocado, que lá estará contido e sob as ordens do mago.
Selo do Espírito – Cada um dos 72 espíritos possui seu próprio selo, que será disposto no triângulo para a conjuração.
Hexagrama de Salomão e Pentagrama de Salomão – Usados na proteção do mago.
Disco de Salomão - Usado em casos de emergência.
Segunda Parte
A segunda parte do livro contém descrições mais detalhadas sobre cada uma estas ferramentas, bem como a de acessórios opcionais que em sua maioria trarão maior eficiência ao rito. 
Inicia-se então os preparativos para a evocação. Certifique-se de que não será interrompido, tire o telefone do gancho, desligue a campainha. . Comece colocando o Selo do espírito no triângulo e entrando no círculo. O próximo passo é a realização de um ritual de banimento (como o Ritual Menor do Pentagrama) seguido da Conjuração Preliminar do Inascido. 
Chega-se a hora das Conjurações, começando pela Conjuração Preliminar do Não-Nascido. O uso das invocações tais como seguem na terceira parte do livro é geralmente usada simplesmente pela força que causa na psique do mago e pelo seu sucesso já provado em diversas ocasiões. No entanto, mais importante do que seguir um roteiro é envolver-se mental e emocionalmente com o texto. 
Algumas pessoas gostam de reescrever as conjurações de modo a torná-las mais pessoais. 
As Conjurações devem ser feitas até que se sinta a presença do espírito invocado, isto pode ser notado por uma sensação visual do quarto encher-se de neblina, queda súbita de temperatura, sensação de formigamento no corpo, simples premonição, etc... 
Com a chegada do espírito às ordens podem ser então dadas à eles. Se for de seu desejo ver o espírito, na maioria das vezes terá que ordenar que ele apareça. 
Quando digo “ver” quero dizer as diversas formas de manifestação sensória de um espírito: ele pode realmente se tornar visível, pode tremular em uma imagem, surgir e desaparecer como um vulto na área do triangulo, pode manifestar-se psiquicamente, aparecendo com detalhes na “tela mental”, entre outros... 
Os comandos para o espírito conjurado devem ser obrigatoriamente expressos nas próprias palavras do adepto. As ordens ao espírito deveriam ser claras, e talvez algumas restrições deveriam ser impostas, como não ferir amigos e familiares, e quem sabe um prazo para que seus pedidos sejam compridos. 
Existem duas formas basicamente de se barganhar com um espírito de Goétia. Pedindo, ameaçando-o ou recompensando-o. Na maioria das vezes o espírito pode aceitar ou negar um pedido seu e não exigir nada em troca. Alguns deles no entanto parecem ter uma certa tendência para a negociação. Se for necessário ameaçasse um espírito dizendo que seu selo será destruído. 
Recompensa-os com a criação de uma nova cópia do sigilo (seja ela um trabalho artístico, um grafite ou o que quer que seja.), embora em casos mais complicados sacrifícios mais ousados sejam pedidos. Será comum você “ouvir” o espírito lhe oferecer mais do que você realmente pediu tentando persuadi-lo a desejar outras coisas. Permaneça firme em sua vontade inicial ou acabará fechando contratos dos quais vai se arrepender depois. Na negociação não é necessário ser estúpido como os magos medievais, muitos dos espíritos são razoáveis e amigáveis, seja flexível, mas mantenha-se sempre no controle. 
Feito isso pode se dar a licença para o espírito partir. Use a versão fornecida pelo livro ou reescreva-a em uma forma mais pessoal. A licença deverá ser declarada até não se sentir mais a presença do espírito. Finalmente execute novamente o ritual de banimento. Recolha todos os acessórios e o selo que agora está “ativado”, deverá ser guardado em um lugar seguro, longe de mãos e olhos profanos. 
Agora simplesmente aguarde o espírito cumprir sua missão. Durante este período esteja pronto para manifestações como o aparecimento dos espíritos em sonhos, a visão de vultos, ouvir o seu próprio nome falado alto em uma hora perdida do dia, sensações de arrepio e formigamento e inclusive a sensação do toque além de casos raros de poltergaist. 
O sucesso é uma pratica freqüente neste sistema, mas em caso de falha temos duas alternativas. Podemos simplesmente esquecer o ocorrido e continuar nossas vidas, ou podemos dar um ultimato ao espírito. Para isso conjure o espírito mais uma vez e ordene que complete sua missão em um numero certo de dias sob a pena de ter seu selo torturado e/ou destruído. Na maioria das vezes isso bastará para fazer-lo cumprir seu dever. Esta é a base da prática Goetica. O sistema se revelará especialmente eficiente para aqueles que buscam poder, hedonismo e prazeres materiais. Na verdade asconseqüências podem ser similares a que se tem com o jogo ou com certas drogas no tocante de que tenderá cada vez com mais freqüências buscar poder e prazer com os espíritos. Se você acredita que corre o risco de perder o controle com a sensação de poder, este sistema não é para você. 


Demônios Goéticos
Os Demônios Goéticos são os 72 espíritos apontados nos três versículos do Pentateuco. 
Estes são espíritos Goéticos, de uma outra ordem; são entidades muitíssimo primitivas, e que foram adoradas durante os primórdios da humanidade. São deuses esquecidos que se tornaram demônios após a influencia cristã, mas isto é uma hipótese, a experiência demonstrará a verdade. Coincidentemente 72 pode ser o resultado da soma 66+6. 
De qualquer forma estes são os 72 reis e príncipes poderosos que, conforme conta o mito, o Rei Shlomo (Rei Salomão) encerrou em uma arca do bronze junto com suas respectivas legiões. Dentre eles BELIAL, BILETH, ASMODAY e GAAPeram os principais. Devemos notar que Shlomo parace ter feito isso por puro orgulho, uma vez que nunca declarou as razões de ser impelido a agir assim. 
Sendo que estes quatro grandes reis são geralmente chamados de Oriens, ou Uriens, Paymon ou Paymonia, Ariton ou Egyn e Amaymon ou Amaimon. Pelos rabinos são conhecidos sob os nomes de: Samael, Azazel, Azael e Mahazael. 
Tendo-os aprisionado selou a sua Arca, que através da potencia divina foi encerrada numa gruta ou poço na antiga Babilônia. Passado algum tempo alguns babilônicos desavisados encontraram a Arca e quiseram abrí-la, imaginando que esta estivesse repleta de tesouros. Quando conseguiram os espíritos principais imediatamente fugiram com suas respectivas legiões, exceto BELIAL, que entrou em uma imagem e proferiu oráculos, sendo a partir de então adorado com ritos e sacrifícios sangrentos, como uma divindade.

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