Chernobyl, Ucrânia
Em
26 de abril de 1986, ocorre o acidente nuclear considerado o maior do
mundo. Na época, a Ucrânia ainda pertencia a União Soviética, e
acredita-se que o acidente liberou cerca de 200 vezes, ou mais,
radiação do que a bomba de Hiroshima, atingindo as regiões da União
Soviética, Europa Oriental, Escandinávia e Reino Unido, resultando na
evacuação e reassentamento de aproximadamente 200 mil pessoas.
Existem algumas teorias para explicar o acidente, uma delas é referente a uma falha durante um teste elétrico, em que técnicos queriam simular um apagão na rede elétrica principal da usina e o acionamento de uma rede de energia de emergência, entretanto uma falha no sistema de resfriamento do núcleo do reator – onde acontecem as fissões atômicas – parou de funcionar quando a rede elétrica foi desligada, gerando um superaquecimento do núcleo que levou a uma explosão de vapor tão violenta que destruiu o teto do reator, que pesava mais de mil toneladas! O incêndio após a explosão lançou grandes quantidades de material na atmosfera, e um derretimento nuclear. A outra teoria diz respeito a um problema no reator que em conjunto com a falha de técnicos da usina levaram a falha no resfriamento do núcleo e em seguida ao desastre.
• aproximadamente 1800 helicópteros jogaram cerca de 5000 toneladas de material extintor, como areia e chumbo, sobre o reator.
• 29 de abril de 1986 - o acidente nuclear de Chernobil foi divulgado como notícia pela primeira vez, na Alemanha.
• Construção do "sarcófago" que abriga o reator. Ele destina-se a absorver a radiação e conter o combustível remanescente. Considerado uma medida provisória e construído para durar de 20 a 30 anos, seu maior problema é a possível falta de estabilidade.
• 12 de dezembro de 2000 - depois de várias negociações internacionais, a usina de Chernobil foi desativada.
No dia 26/04/2011 terão passados 25 anos da tragédia. Atualmente são realizados diversos estudos para avaliar os níveis de radioatividade do local, dentre eles, um estudo realizado pela Agência de Segurança Alimentar da Finlândia (Evira) avisa que peixes e cogumelos de algumas regiões ainda estão contaminados, a concentração média de césio 137 encontrada foi 20% em peixes do sudoeste do país. Já nos cogumelos, cerca de metade apresentavam nível de toxidade prejudicial ao consumo humano.
Em 2008, surgiu uma reportagem na revista Super Interessante, que revela a existência de organismos com mutação vivendo em Chernobyl, um fungo, por exemplo, desenvolveu a capacidade de se alimentar da radiação liberada.
Vários cientistas tem estudado o local, seja para analisar os efeitos em longo prazo dessa radiação, algo impossível de recriar em ensaios, seja para analisar quais organismos ainda vivem no local.
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