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Demonologia é o estudo sistemático dos demônios. Quando envolve os estudo de textos bíblicos, é considerada um ramo da Teologia. Por geralmente se referir aos demônios descritos no Cristianismo, pode ser considerada um estudo de parte da hierarquia bíblica. Também não está diretamente relacionada ao culto aos demônios.


quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

O Demônio

Tal como conhecemos, os demônios já eram objeto de estudo e de especulações desde os povos Sumérios e Acádios, que influenciaram por sua vez a Mesopotâmia , os povos Hebreus, os caldeus e o mundo helênico. Na Mesopotâmia, os males que não constituíam grandes catástrofes naturais eram atribuídos a influência dos demônios. Os demônios, acreditavam os mesopotâmicos, eram numerosos, divididos em legiões encarregados de espalhar o mal aos homens e à natureza, segundo cada espécie. Havia o grupo que cuidava de espalhar as doenças contagiosas (lepra e malária), o grupo que influenciava na natureza (vendavais, maremotos) e o grupo que influenciava o comportamento do homem (raiva, ódio, fúria, epilepsia, distúrbios) . Para cada grupo específico havia os “sacerdotes”, homens estudados e preparados para enfrentá-los e exorcizá-los com rituais, magias,sacrifícios e chás preparados com ervas próprias. Havia, entretanto, o maior de todos, que nenhum sacerdote conseguia derrotar: o demônio da morte que atemorizava principalmente as gestantes e crianças recém nascidas. O índice de mortalidade infantil era muito elevado nesta região e época, e isto era atribuído a um ser espiritual horrível que não poupava as crianças de viverem. Este demônio era concebido sob a forma de uma serpente.
Satanismo, Possessão, Infestação
Satanismo, Possessão, Infestação…

Um inimigo que nos vigia continuamente. Como um chacal, ronda suas vítimas à espreita do momento para devorá-las.
“Sua tática principal: fazer-nos crer que ele não existe.”

Vade retro Satana!
Um inimigo que nos vigia continuamente. Como um chacal, ronda suas vítimas à espreita do momento para devorá-las.*
Sua tática principal: fazer-nos crer que ele não existe.**   Edson Neves

“Uma jovem professora de Avignon (França), que dava sinais de possessão demoníaca, foi conduzida, por ordem do Bispo, ao Cura d’Ars. Ia acompanhada de um vigário e da Superiora das Franciscanas de Orange. Chegaram a Ars em 27 de dezembro de 1857. No dia seguinte, fizeram-na entrar na sacristia, no momento em que o santo Cura revestia-se para celebrar a Missa. Em seguida a possessa se pôs a gritar, procurando fugir:
“- Tem gente demais aqui! – exclamava.
“- Tem gente demais, – acrescentou o Cura – pois bem, saiam todos!
“E, a um sinal de sua mão, ficou só, frente a frente com Satanás. No início, apenas ouviu-se dentro da igreja um ruído confuso e violento. Logo o tom se elevou ainda mais. O vigário de Avignon, vigilante junto à porta, pôde captar o seguinte diálogo:
“- Queres sair a todo custo? — dizia o Padre Vianney.
“- Sim!
“- E por quê?
“- Porque estou com um homem que não quero!
“- Não me queres então? — perguntou o Cura com tom irônico.
“- Não! – gritou o espírito infernal. E este não! foi proferido em tom estridente e furioso.
“Quase em seguida, a porta tornou a abrir-se. Todos puderam ver a jovem professora chorando de alegria …. E voltando-se para o Padre Vianney, disse-lhe:
“- Tenho medo que ele volte!
“- Não, minha filha — respondeu-lhe o santo homem –, ou não tão breve.
“A jovem pôde retomar suas funções de educadora na cidade de Orange. E ele não retornou”.
Eis aí um, dentre tantos fatos históricos que comprovam experimentalmente a existência do demônio e sua ação característica na alma e no corpo de uma possessa, descrito por Mons. Cristiani, conhecido autor francês, em sua obra Presença de Satan no mundo moderno (1).
O renomado teólogo francês Ad Tanquerey, em sua conhecida obraCompêndio de Teologia Ascética e Mística assim descreve a ação do demônio sobre os homens: “Cioso de imitar a ação divina na alma dos Santos, esforça-se o demônio por exercer também o seu império ou antes a sua tirania sobre os homens. Às vezes assedia, por assim dizer, a alma por fora, suscitando-lhe horríveis tentações; outras vezes instala-se no corpo e move-o a seu talante, como se fosse senhor dele, a fim de lançar a perturbação na alma. No primeiro caso temos a obsessão, no segundo a possessão” (2).
Assim, enquanto mediante a obsessão (ver quadro ao final) o demônio atua externamente suscitando no homem tentações, grandes ou pequenas, mas sempre perigosas, pela possessão ele instala-se no corpo deste para perturbar a alma
Eis a explicação, apresentada por Mons. Cristiani em sua referida obra, sobre a natureza e a causa da possessão:
“Não existe talvez fato mais extraordinário que o da possessão diabólica.Que tal fato existe é o que demonstram muitíssimas experiências. Sem dúvida, houve possessos desde muito tempo antes da vinda de Jesus Cristo à Terra. Houve possessos em torno dEle, como o Evangelho no-lo mostra. Na Igreja primitiva, foram inúmeros os casos, e a instituição daordem dos exorcistas, entre os membros do clero, é uma boa prova disso. ….
“A teologia católica, baseada sobre os fatos de possessão demoníaca, tomou posição tão decidida a respeito deste problema, que chegou a elaborar uma teoria completa sobre o assunto. Assim, o Ritual Romano, livro oficial do cerimonial eclesiástico, explica os sinais pelos quais se conhece a autêntica possessão e dá os remédios necessários para combatê-la: os exorcismos” (3).
O mesmo autor afirma, no que concerne à possessão e suas causas, que não podemos escolher guia mais seguro e mais preciso que a obra de Mons. Saudreau, L’état mystique… et les faits extraordinaires de la vie spirituel (Paris, Amat, 2ª ed., 1921).

Natureza de um fenômeno estranho: a possessão

“Segundo Mons. Saudreau, a possessão nunca chega até a animação. Isto quer dizer que o demônio não substitui a alma do possesso, não dá vida ao corpo, mas, sem que saibamos como, apodera-se desse corpo, faz sua morada nele, quer seja no cérebro, quer nas entranhas, porém, em todo caso, no sistema nervoso. Não tira à alma, portanto, seu domínio normal sobre o corpo e sobre os membros; imprime às faces do rosto uma expressão desconhecida e que corresponde à ação do demônio.
“O demônio não está sempre presente no possesso. Entra nele quando quer. Provoca nele ataques. Um possesso poderá até ser liberado momentaneamente pelos exorcismos, e depois torna-se novamente presa do demônio. Em seu estado normal, o possesso é como todo mundo…
“Por outro lado, os demônios não atuam todos da mesma maneira, porque estão longe de ser totalmente iguais. Acreditava-se, não sem razão, que todos os deuses do paganismo eram demônios” (4). “Omnes dii gentium, daemonia”, diz a Escritura(Salmos 95, 5).

Múltiplas causas da possessão: o sortilégio ou bruxaria

“O bom senso popular colocaria na primeira fila das causas da possessão as faltas cometidas pelo possesso. Não é assim em absoluto. As causas de possessão são, na verdade, muito variáveis. ….
“Se os demônios fizessem livremente seus estragos entre os homens, a humanidade estaria transtornada, não seríamos mais donos de nossos destinos, a obra de Deus entre nós estaria desviada de seu objetivo. O fato é, em si, inconcebível e, por mais poderosos que sejam os demônios, a verdade é que ‘esses cães estão acorrentados’….“Os demônios não atuam entre nós senão na medida em que obtêm — como está escrito no Livro de Jó — a permissão de Deus, soberano Senhor. O caso do mesmo Jó, submetido às infestações de Satanás, é uma boa prova de que não são as faltas da vítima que explicam suas penas.
“Por vezes, pode haver culpa do possesso, como reconhece Mons. Saudreau: ‘Uma pessoa ficou possessa em conseqüência de uma oração a Mercúrio, feita por ela, a conselho de uma velha curandeira’ 

“Em muitos casos pareceria que a origem da possessão teria sido ummalefício. É o que o público denomina mais correntemente umabruxaria. Mons. Saudreau é categórico neste ponto: ‘uma das causas mais freqüentes das vexações diabólicas é o malefício’. E esclarece: ‘os malefícios são os sacramentos do demônio’”.“Pareceria que o demônio, depois de ter estabelecido seu ritual próprio para o lançamento de sortilégios, se vê obrigado a atuar quando o bruxo observa as formas que ele prescreveu…. Porém os malefícios não têm todos a mesma eficácia.
“No século XVII, em processo célebre, descobriu-se que os malefícios tinham por base assassinatos de crianças, pecados contra a natureza e missas sacrílegas” (6).
“A possessão pode ser e é seguramente, às vezes, uma prova permitida por Deus, como no caso do santo homem Jó ou no do Cura d’Ars; sem que tenha havido falta por parte do infestado ou do possesso e sem que haja ocorrido malefício.
“Em suma, os casos de possessão são casos extremos de um fato imenso que se estende por todo o universo espiritual: a luta do bem contra o mal, da Cidade de Deus contra a Cidade de Satanás” 

Como combater a possessão

O autor francês refere-se a seguir ao exorcismo como o meio de combater a possessão:
Como dissemos, o remédio que Deus quis para a possessão é o que chamamos exorcismo, que significa conjuro. Porém, existem regras muito precisas para praticar o exorcismo.
“Se a pessoa manifesta em si a presença de uma inteligência diferente da sua, existe possessão e não enfermidade. O Ritual Romano traz precisões sobre este ponto essencial. E acrescenta: ‘Os demônios suscitam todos os obstáculos que podem impedir que o paciente seja submetido a exorcismos’” (8).
O cânon 1172 do Código de Direito Canônico contém disposições concernentes aos exorcismos.

O demônio no Antigo e no Novo Testamento

O demônio é mencionado freqüentemente no Antigo Testamento, por exemplo, no Livro de Isaías: “Como caíste do céu, ó astro brilhante, que, ao nascer do dia, brilhavas?” (Is 14, 12).O Apocalipse — o último livro do Novo Testamento, escrito pelo Apóstolo São João Evangelista — assim descreve a queda de Lúcifer e dos anjos rebeldes:
“E houve no Céu uma grande batalha: Miguel e os seus anjos pelejavam contra o dragão, e o dragão com os seus anjos pelejavam contra ele; porém, estes não prevaleceram; e o seu lugar não se achou mais no Céu. E foi precipitado aquele grande dragão, aquela antiga serpente, que se chama o Demônio e Satanás, que seduz todo o mundo; e foi precipitado na terra, e foram precipitados com ele os seus anjos” (Apoc. 12, 7-9).
Incapazes de amor, os demônios encontram-se ligados pelo ódio mútuo e ódio a todas as coisas. Por isso, tramaram também a perdição do gênero humano.
“Satanás, invisível agente pessoal, inimigo do homem, que o conduz à perdição, afastando-o de Deus” (9).

Adão e Eva cederam à tentação diabólica

“Sereis como deuses conhecendo o bem e o mal”(Gn 3, 5). Esta foi a frase que a astuta serpente disse a Eva. E, assim, Adão e Eva se deixaram seduzir.
A propósito, observa o renomado escritor e polemista francês Mons. Henri Delassus: “Desde a criação do gênero humano, o homem se extraviou. Em vez de crer na palavra de Deus, e de obedecer à sua ordem, Adão escutou a voz sedutora que lhe dizia para colocar o seu fim em si mesmo, na satisfação de sua sensualidade, nas ambições do seu orgulho” (10).
Diz piedosa tradição que Adão e Eva fizeram penitência numa caverna do monte Calvário, que tem esse nome porque ali foi descoberta a caveira do primeiro homem (cfr. Lc 23, 33). Realmente, debaixo do Calvário e ocupando o mesmo espaço do Gólgota, hoje encontra-se a capela de Adão, na qual estiveram também, até 1808, os sepulcros de Godofredo de Bouillon, que conquistou a Cidade Santa, e de seu irmão Balduíno, primeiro rei católico de Jerusalém.
“Por sua vida penitente, Adão e Eva são considerados santos e sua festa celebra-se a 19 de dezembro. Dois de seus filhos, Caim e Abel, constituem o primeiro exemplo de divisão do gênero humano: Abel é o exemplo dos fiéis que caminham para o Bem, e Caim, dos que caminham para o Mal” (11).
Os demônios conspiram contra o homem porque não podem tolerar que ele tenha sido redimido pelo Verbo Divino que se encarnou no seio puríssimo de Maria, unindo-se à natureza humana.
O pecado original foi uma vitória de Satanás sobre o homem. Mas a Redenção foi a vitória de Jesus Cristo sobre Satanás. Assim, Deus não consentiu que o demônio arrastasse todos os homens para o seu reino.
Pode-se falar num Império de Satanás?Não se pode pôr em dúvida, entretanto, que Satanás tenha o seuImpério, considerando-se o termo latino imperium no seu significado político-jurídico: “Imperium é o vocábulo empregado, em amplo sentido, para significar o supremo poder, ou a suprema autoridade, conferida a certas instituições ou a certas pessoas. Indica, assim, o próprio poder conferido ao imperador, em virtude do qual exerce sua autoridade soberana em todo território onde se situam ou limitam os domínios imperiais, em relação a todas as coisas ou a todas as pessoas” (12).
Ora, Satanás manda nos diabos e nos homens que a ele se entregam pelo pecado. Ensina Nosso Senhor que “todo o que comete pecado é escravo do pecado” (Jo 8, 34). E o Império de Satanás possui seu território, seu âmbito de competência e sua área de jurisdição. Tem sua metrópole e suas colônias. A metrópole é o Inferno, mas, pelo menos em potência, seu área de expansão colonial abarca toda a Terra habitável.
Em geral, fora do Inferno, à primeira vista não parece que Satanás exerça verdadeiro império sobre um território, mas apenas sobre pessoas. No entanto, se atentarmos bem ao que acontece, verificaremos que, embora de forma temporária e não permanente, há nações que se comportam, durante longos períodos de tempo, como verdadeiras colônias doImpério infernal, tal é a dominação que ele exerce sobre o povo no seu conjunto. Em outros lugares, não possui Satanás debaixo de suas ordens senão minorias nacionais dispersas, mais numerosas ou menos; mas há nações em que as maiorias e os governos vivem como que subjugados por ele.Exemplo frisante disso foi a extinta e desditosa U.R.S.S. A respeito do regime que nela imperava, Mons. André Sheptyskyj, Arcebispo de Lvov e líder da Igreja Católica na Ucrânia durante as perseguições de Lênin e Stalin, escreveu à Santa Sé uma carta, na qual figura uma frase bastante significativa: “Este regime só pode se explicar como um caso de possessão diabólica coletiva”. E pediu ao Papa Pio XI que sugerisse a todos os sacerdotes e religiosos do mundo que “exorcizassem a Rússia soviética”. O Prelado ucraniano faleceu em 1944, estando atualmente em andamento seu processo de beatificação(cfr. Catolicismo, no 590, fevereiro 2000, p.19).

A questão levantada pelo Arcebispo ucraniano não se colocaria hoje, talvez até com mais razão, em alguns lugares do mundo, uma vez que o processo revolucionário multissecular de destruição da civilização cristã não fez senão acentuar-se intensamente desde então? Assim, não estaríamos assistindo, em escala crescente, a um fenômeno de possessão coletiva, ao menos em largas esferas do mundo atual?
Questão ainda mais delicada: pode o demônio insinuar-se dentro da própria Igreja de Jesus Cristo, em certos períodos de grande provação e pecado? Para responder com segurança a tal pergunta seria preciso que teólogos – autênticos teólogos de ortodoxia ilibada – o estudassem com cuidado e se pronunciassem a respeito. Mas a pergunta não pode deixar de ser levantada tendo em vista o memorável pronunciamento de Paulo VI sobre as calamidades na fase pós-conciliar da Igreja, feito em 29 de junho de 1972, na Alocução “Resistite fortes in fide”, que citamos aqui na versão da Poliglotta Vaticana (maiúsculas nossas):
O Pontífice, “referindo-se à situação da Igreja de hoje, afirmou ter a sensação de que `por alguma fissura tenha entrado a fumaça de Satanás no templo de Deus’. Há a dúvida, a incerteza, o complexo dos problemas, a inquietação, a insatisfação, a confrontação. Não se confia mais na Igreja; confia-se no primeiro profeta profano que nos venha falar, por meio de algum jornal ou movimento social, a fim de correr atrás dele e perguntar-lhe se tem a fórmula da verdadeira vida. E não nos damos conta de que já a possuímos e somos mestres dela. Entrou a dúvida em nossas consciências, e entrou por janelas que deviam estar abertas à luz. …. Também na Igreja reina este estado de incerteza. Acreditava-se que, depois do Concílio, viria um dia ensolarado para a História da Igreja. Veio, pelo contrário, um dia cheio de nuvens, de tempestade, de escuridão, de indagação, de incerteza. Pregamos o ecumenismo, e nos afastamos sempre mais uns dos outros. Procuramos cavar abismos em vez de enchê-los. Como sucedeu isto? O Papa confia aos presentes um pensamento seu: o de que tenha havido a intervenção de um poder adverso. Seu nome é o diabo, este misterioso ser ao qual também alude São Pedro em sua Epístola” (Cfr. Insegnamenti di Paolo VI, Tipografia Poliglotta Vaticana, vol. X, pp. 707-709).

O Império de Satanás possui os seus cidadãos

Entre os homens, ao Império de Satanás pertence aquele que o deseje: é suficiente um pecado mortal para adquirir cidadania nesse Império; e para nele permanecer, basta a falta de contrição, que se torna muito fácil pela preguiça ou má vontade em encarar de frente o próprio pecado, reconhecê-lo e humildemente acusá-lo no tribunal da Confissão.
A cidadania infernal concede o “direito” de satisfazer todos os apetites da concupiscência, e de praticar todos os pecados mortais correspondentes, enquanto houver saúde e dinheiro. Em troca, osdeveres impostos por esse Império cumprem-se geralmente depois da morte, e consistem em suportar o insuportável fogo eterno… Por outro lado, basta o verdadeiro arrependimento dos pecados e o sacramento da Confissão para livrar-se da tirania desse Império.
Quanto à principal tática do demônio para atuar internamente na Igreja, desde que Ela foi instituída por Nosso Senhor Jesus Cristo, é a disseminação das heresias.O conhecido historiador francês do início do século XX, Pe. Emmanuel Barbier, comenta a esse respeito: “O flagelo da heresia decorre de duas fontes. As primeiras conquistas da Igreja haviam sido feitas sobre o elemento judeu e sobre o elemento pagão. Aqueles que aceitaram o Evangelho, nele não reconheceram toda a divina salvação, que é preciso receber simplesmente, sem acréscimo e sem atenuação. Muitos misturaram à doutrina cristã outros ensinamentos e deram assim nascimento às heresias. Estes ensinamentos estranhos estavam incrustados quer no judaísmo, quer no paganismo” (13).
“O número dos tolos é infinito”: o gosto de ser enganadoDiz antigo provérbio que o mundo quer ser enganado, e por isso, em todas as idades houve embusteiros que trataram de satisfazer esse desejo das massas. E o demônio pode utilizar-se desses embusteiros para afastar as pessoas da verdadeira Fé.
A essa má inclinação, as Sagradas Escrituras acrescentam que “os perversos dificultosamente se corrigem e o número dos tolos é infinito” (Ecl 1, 15).
Quando o embuste se vela sob formas religiosas ou misteriosas e atua por meio de agentes de mistificação com poderes desconhecidos ou preternaturais, então ele pode arraigar-se de tal modo no coração, que a luz claríssima da verdade dificilmente consegue arrancá-lo da imaginação popular.
Exemplo frisante de estultice popular o leitor encontrará nos episódios vividos pelo Profeta Daniel (Dn 14, 1-42). Depois dele desmascarar o falso deus Baal dos babilônios, estes o quiseram matar!.

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