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Demonologia é o estudo sistemático dos demônios. Quando envolve os estudo de textos bíblicos, é considerada um ramo da Teologia. Por geralmente se referir aos demônios descritos no Cristianismo, pode ser considerada um estudo de parte da hierarquia bíblica. Também não está diretamente relacionada ao culto aos demônios.


segunda-feira, 10 de setembro de 2018

Panteão Brasileiro

Estudo da Mitologia - Panteão Brasileiro

Diferente dos gregos e nórdicos, os nossos deuses tem aspectos mais animistas.
Jaci vive em cada lua, Guaraci vive em cada sol, Iara em cada rio, o poderoso Tupã em cada raio.

Eles vivem em cada manifestação da natureza em cada centelha de vida, interligados pelo princípio cósmico do universo. Mas alguns alegam que eles podem ter lar fixo como o Monte Iiapaba no Ceará, onde para os Tupis, era sinônimo de céu, onde os deuses julgavam a alma dos mortos.

Outros dizem que eles vivem em três cidades lendárias no meio da floresta amazônica Akahim, Akakor e Akanis. Dizem que em Akahim existiria um objeto grande e muito antigo, entregue há milhares de anos aos sacerdotes moldadas por “deuses vindos do céu”. Tal artefato, de acordo com as tradições, começaria a “cantar quando os deuses retornassem à terra”.

A mitologia dos povos que viviam em nossas terras antes da chegada europeia é a Tupi-Guarani.
Os Deuses que a compõem são:


AÇUTÍ
Deusa da escrita.

ALAMOA
Duende feminino da Ilha de Fernando de Noronha. Mora no Pico (elevação rochosa quase inacessível) e vaga pelas suas redondezas, observando tudo que acontece na ilha. Segundo o mito, às sextas-feiras a pedra do Pico se fende e ela aparece na forma de uma forte luz ou um fogo-fátuo.
Protetora da vida silvestre, ela aparece para os pescadores exagerados e os caçadores por esporte na forma de uma mulher linda e nua, mas quando eles se aproximam, transforma-se em um esqueleto, enlouquecendo-os.

AMANA-MANHA
Deusa-Mãe da Chuva e protetora das nascentes. Tem a forma de uma rã e pode-se ouvi-la cantar quando chove. Mora na cabeceira do Rio Negro.

AMAO
Espírito do Rio Negro. Ensinou os indígenas Camanaos o processo de fazer beiju, farinha de mandioca, farinha de tapioca e várias outras coisas.

ANHANGÁ
Deus das trevas, deidade suprema dos Infernos.

ANHUM
Deus da música, o deus melodioso que tocava divinamente o sacro Taré.

ARAPÉ
Deusa da dança.

ANGOERA
Espírito dos Pampas (RS). Tem a forma de uma língua de fogo e vagueia pelos pampas protegendo a vida silvestre.

ANHANGA
Deus da Caça no campo. Protege os animais terrestres contra os caçadores que querem abusar da caça, matando desnecessariamente. Pode assumir formas diversas e, por isso, também tem vários nomes:
Mira-nhanga = espírito de humano. Tatu-anhanga = espírito de tatú. Suaçu-anhanga = espírito de veado. Tapira-anhanga = espírito de boi.
Segundo os mitos tupis, a visão de um anhanga é prenúncio de alguma desgraça para os caçadores, no mínimo, um aviso de que estão exagerando e devem sair da mata.
Também protege as plantas, das quais os animais dependem.

ARACI
Deusa-Mãe do dia. Tem a forma de uma cigarra. Também chamada de Aramanha ou Daridari.
Deusa da aurora e das madrugadas. Foi ela que fez nascer o lendário Juazeiro.

ARU
Filho de Amana-Manha, também tem a forma de um sapo, que vive em clareiras do mato e em roçados. Em noites de chuva, Aru transforma-se em um rapaz e, pegando uma canoa, vai buscar sua Mãe na cabeceira do Rio Negro para visitar as roças e fazer com que elas prosperem.

ARUANÃ
Deus da alegria e protetor dos Carajás.

BIAÇA
Deusa da astronomia.

BIATATÁ
Deusa do Mar, com forma de uma cobra-de-fogo, aparece sobre a água apenas de noite.

BOITATÁ
Deus das águas doces, na forma de uma cobra-de-fogo. Vive nas praias de mar e de rio. Protege os campos contra incêndios. Às vezes se transforma num madeiro grosso em brasa (chamado méuan) para atacar aqueles que põem fogo nos campos inutilmente.

BOIÚNA
Deus das Matas (AM), com a forma de uma grande cobra preta, de olhos luminosos. Às vezes assume a forma de um vapor para vagar sobre as águas dos rios, lagos e igarapés.

CAAPORA
Deus guardião dos animais.

CARAMURU
Deus dragão, que podia ser tanto bom quanto cruel, era o deus que presidia as ondas revoltas dos grandes oceanos.

CATÚ
Deus do outono.

CAUPÉ
Deusa da beleza (Afrodite-indígena).

CAAMANHA
Deusa-Mãe da Mata. Protetora dos vegetais e animais. Coloca gravetos envenenados na cama ou rede dos lenhadores para que fiquem entorpecidos e sejam comidos pelos animais.

CAAPORA
Espírito da Floresta, também chamado de Caipora ou Curupira. Tem os pés virados para trás para que ninguém possa seguir seu rastro. Mora em troncos de velhas árvores. Protetor da mata e dos animais. Tem cabelos arrepiados e verdes, olhos em brasa e, às vezes, cavalga um caititu (porco-do-mato) agitando um galho de japecanga. Tem o poder de ressuscitar os animais mortos sem sua permissão, apavorando os caçadores.

CAPELOBO
Animal fantástico, com corpo humano, focinho de anta ou de tamanduá e pé em forma de um fundo de garrafa. Sai à noite para rondar os acampamentos e barracões, com gritos.

CARUANAS
Espíritos das Águas, protetores da saúde dos que os invocam.

CARUARA
Duende amazônico, com forma de bicho-de-pau. Protege seus invocadores contra feitiços, mau-olhado, quebranto e reumatismo, mas também pode causar tudo isso, se aborrecido.

CAVALO DO RIO
Protetor do Rio São Francisco, persegue os pescadores predatórios, afundando suas barcas. Quando anda pelas margens do rio, ninguém o vê mas ouvem seus passos. Em noite de Lua Cheia, reflete sua luz, tornando sua silueta mais visível (porém, só na forma de um vulto).

CEUCI
Deusa-Mãe das Estrelas, mãe virgem de Jurupari.

CHIBAMBA
Espírito das Bananeiras (ES), ronca como um porco e gosta de dançar.

COARACI
Deus-Sol (Tupi, Nheengatu e Guarani), criador de todos os viventes e deuses. É casado com Jaci, sua irmã, a Deusa-Lua.

COROACANGA
Espírito das Palmeiras. Tem a forma de uma bola de fogo azul faiscante.

GANHAMBORA
Espírito das Matas, também conhecido como Pai-do-Mato, com aparência semelhante ao Pã grego. É grande e peludo, com uma barbicha preta, andando sempre acompanhado por um bando de queixadas. Normalmente está enlameado. Sua urina é azul.

GUAJARA
Duende dos manguezais (CE). Imita vozes de animais, ruídos de caçador, pescador, colhedor de mel de abelhas, fingindo cortar árvores. às vezes assume a forma de um pato para poder entrar nas casas e fazer suas brincadeiras.

GUANDIRÔ
Deus da noite, que bebia o sangue dos homens.

GUNOCÔ
Espírito Guardião das Florestas. Se torna visível uma vez por ano, num bambuzal.

GUAIPIRA
Deusa da história.

GUARACI
Deus do Sol, é a representação ou deidade do Sol, às vezes compreendido como aquele que dá a vida e criador de todos os seres vivos, tal qual o sol é importante nos processos biológicos.

GRAÇAÍ
Deusa da eloquência.

IARA
Senhora das Águas Doces.

IPUPIARA
Deusa das Águas e das Fontes, inimiga dos pescadores, mariscadores e lavadeiras.

JACI
Deusa-Lua, irmã-esposa do Sol, Rainha da Noite e dos homens, foi esposa de Tupã. Protetora da vida vegetal, é mãe de todos os frutos. Tem duas formas: Iaci Omunhã (Lua Nova) e Iaci Icaua (Lua Cheia).

JURURÁ-AÇÚ
Conta uma lenda, que por ter libertado o deus infernal, tornou-se a única deusa que podia entrar e sair livremente dos infernos. Tupã castigou esta linda deusa transformando-a em uma tartaruga.

JURUPARI
Senhor das Leis, é filho virginal de Ceuci. Não podia ser visto por nenhuma mulher. Aquela que o visse, morria.

KERPIMANHA
Deusa-Anciã, Senhora dos Sonhos, que desce do céu, pelo caminho do Arco-Íris (durante o dia) ou pelos raios das estrelas (durante a noite) e entra no coração das pessoas enquanto dormem e só sai de lá depois que elas acordam. Assim, quando uma pessoa acorda, encontra em seu coração o recado de Tupana, que a Velha deixou.

KILAINO
Duende dos bacaeris, variante do Caipora.

MACUNAÍMA
Deus-Criador (Macuxis, Acavai, Arecunas, Taulipangues e Caraíbas). Seu nome significa "O que trabalha de noite".

MANI
Espírito da Mandioca. Às vezes assume a forma de uma menina e passeia pelas plantações. O termo mandioca significa Casa (oca) de Mani (man).

MAPINGUARI
Gênio em forma de homem, mas todo cabeludo. Seus grandes pêlos o tornam invulnerável à bala, exceto na região do umbigo.

MARAJIGOANA
Espírito da Morte, aparece à pessoa anunciando sua morte.

MBAECÁIA
Espírito dos Caminhos, guia os viajantes que levam boas notícias. Também conhecido como Macaxera.

MBOIA-AÇÚ
Espírito do Rio Solimões (AM), tem a forma de uma cobra gigante com olhos de fogo.

MBUÁ
Deus da Caça, protetor dos filhotes e das fêmeas. Antes de começar uma caçada, deve-se oferecer um beiju para Mbuá em troca do animal.

MOTUCU
Espírito da Floresta, variante do Curupira.

MUTIN
Deus da primavera.

NHARÁ
Que preside o inverno.

NIBETAD
Herói mitológico que vive nas Plêiades. Um dia desceu e casou-se com uma mulher da tribo dos Cadiuéu. Dessa união nasceram dois filhos: Gawé-txéheg e Nõmileka, grandes pajés.

PARAJÁS
Deusas da honra, do bem e da justiça.

PEURÊ
Senhor do verão.

PICÊ
Deusa da poesia.

PINÁ
Deusa da simpatia.

POLO
Deus dos ventos e mensageiro de Tupã.

PORONOMINARE
Herói mitológico da Bacia do Rio Negro. O primeiro humano criado, fundador das civilizações.

PIRARUCU
Deus do mal que mora no fundo das águas. Conta-se que ele casou com Iara e dessa união nasceram vários monstros.

RUDÁ
Deus do Amor (Tupi), encarregado de promover a reprodução de todos os seres vivos. Tem a aparência de um guerreiro e vive nas nuvens, com duas ajudantes: Cairé (a Lua Cheia) e Catiti (a Lua Nova). Essas duas tinham a missão de despertar saudades nos amantes ausentes.

SUMÁ
Foi ela quem ensinou a arte da agricultura aos tupis.

TAINACAM
Deusa das Constelações.

TAMBATAJÁ
Deus de amor e protetor de todos os perigos.

TATÁ-MANHA
Deusa do Fogo.

TICÊ
Esposa de Anhangá.

TIRIRICAS
Deusas do ódio.

TUPÃ
Deus do trovão, Deus supremo do panteão Tupi-Guarani. Ente Supremo, cuja voz se fazia ouvir nas tempestades. Tupã-cinunga, ou "o trovão", cujo reflexo luminoso era Tupãberaba, ou relâmpago. Os índios acreditavam ser o deus da criação, o deus da luz. Sua morada seria o sol.

TXUNÔ
Deusa Caxinauá (Acre) com forma de andorinha. Leva os mortos para junto de seus antepassados.

UAUIARÁ
Deus das Águas (AM), protetor dos peixes. Tem a forma de um boto e, às vezes, se transforma num lindo rapaz, no início das noites de Lua Cheia, para seduzir as moças ribeirinhas. Tem que voltar para a água antes do nascer do sol. Também pode assumir a forma de uma bela mulher, com os cabelos até os joelhos, para atrair os rapazes. Às vezes assume a forma de um cão robusto. Seu nome significa "o que chega de repente".

URUTAU
Deusa-Lua, às vezes assume a forma de uma ave noturna, cujo canto melancólico e estranho lembra uma gargalhada de dor.

XUNDARAUA
Espírito protetor do Peixe-Boi. Mata aqueles que pesca mais de um peixe-boi.

XANDORÉ
Deus do ódio, lançador de raios, relâmpagos e trovões.

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