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Demonologia é o estudo sistemático dos demônios. Quando envolve os estudo de textos bíblicos, é considerada um ramo da Teologia. Por geralmente se referir aos demônios descritos no Cristianismo, pode ser considerada um estudo de parte da hierarquia bíblica. Também não está diretamente relacionada ao culto aos demônios.


segunda-feira, 10 de setembro de 2018

Panteão Grego

Estudo da Mitologia - Panteão Grego 


O panteão Grego é constituído de deuses que se originaram na antiga Grécia, na Europa. É um dos panteões mais conhecidos. O império grego se estendeu por grande parte da Europa, parte da Ásia e África, e foi um dos impérios que mais durou na história, até a queda, que o levou a ser tomado pelo império Romano.

Na Grécia Antiga, as pessoas seguiam uma religião politeísta, ou seja, acreditavam em vários deuses. Estes, apesar de serem imortais, possuíam características de comportamentos e atitudes semelhantes aos seres humanos. Maldade, bondade, egoísmo, fraqueza, força, vingança e outras características estavam presentes nos deuses, segundo os gregos antigos. De acordo com este povo, as divindades habitavam o topo do Monte Olimpo, de onde decidiam a vida dos mortais. Zeus era o de maior importância, considerado a divindade suprema do panteão grego. Acreditavam também que, muitas vezes, os deuses desciam do monte sagrado para relacionarem-se com as pessoas. Neste sentido, os heróis eram os filhos das divindades com os seres humanos comuns. Cada cidade da Grécia Antiga possuía um deus protetor.

Cada entidade divina representava forças da natureza ou sentimentos humanos. Poseidon, por exemplo, era o representante dos mares e Afrodite a deusa da beleza corporal e do amor. A mitologia grega era passada de forma oral de pai para filho e, muitas vezes, servia para explicar fenômenos da natureza ou passar conselhos de vida. Ao invadir e dominar a Grécia, os romanos absorveram o panteão grego, modificando apenas os nomes dos deuses. 

PRINCIPAIS DIVINDADES GREGAS:

APOLO
Filho de Zeus e de Leto, também chamado Febo, irmão gêmeo de Ártemis, nasceu às fraldas do monte Cinto, na ilha de Delos. É o deus radiante, o deus da luz benéfica. A lenda mostra-nos Apolo, ainda garoto, combatendo contra o gigante Títio e matando-o, e contra a serpente Píton, monstro saído da terra, que assolava os campos, matando-a também. Na lenda de Homero ele era considerado, principalmente, como o deus da profecia. Seu oráculo mais importante estava em Delfos. Às vezes ele concedia o dom da profecia aos mortais que ele amava, tal como a princesa Cassandra, de Tróia. Apolo era músico e encantava os deuses com seu desempenho com a lira.

Era também um arqueiro-mestre e excelente corredor, sendo creditada a ele a primeira vitória nos Jogos Olímpicos. Sua irmã gêmea, Ártemis, era a guardiã das virgens e das mulheres jovens, e Apolo era o protetor especial dos rapazes. Era também o deus da agricultura, do gado, da luz e da verdade. Ensinou aos humanos a arte da cura. Alguns contos retratam Apolo como severo e cruel. De acordo com a Ilíada de Homero, Apolo atendeu às orações do sacerdote Crísias para obter a libertação de sua filha das mãos do general grego Agamenon, atirando flechas envenenadas contra o exército grego. Ele também raptou e possuiu a jovem Creusa, princesa ateniense, e abandonou-a com seu filho que nascera da união. Talvez por causa de sua beleza, Apolo era representado com mais frequência na arte antiga que qualquer outra divindade.

ARES 
Deus da guerra e filho de Zeus, rei dos deuses, e sua esposa, Hera. Os romanos o identificaram como Marte, também um deus da guerra. Ares, sanguinário e agressivo, personificava a natureza brutal da guerra. Era impopular tanto com os deuses quanto com os humanos. Entre as divindades associadas com Ares estavam sua mulher Afrodite, deusa do amor, e divindades menos importantes, como Deimos (o Temor) e Fobos (o Tumulto), que o acompanhavam em batalha. Embora Ares fosse bélico e feroz, não era invencível, mesmo contra os mortais. Ares era uma divindade ancestral de Tebas e tinha um templo em Atenas, aos pés do Areopago, ou Colina de Ares.

ARISTEU 
Filho de Apolo e da ninfa Cirene. Era adorado como o protetor dos caçadores, pastores e rebanhos, e como o inventor da apicultura e da arte de cultivar azeitonas. Quando Aristeu tentou seduzir Eurídice, a esposa do célebre músico Orfeu, ela fugiu dele e acabou sendo mortalmente ferida com a picada de uma cobra. As ninfas o puniram fazendo todas as suas abelhas morrerem. Mas ele amenizou as ninfas com um sacrifício de seu gado, de cujas carcaças emergiram novas colméias de abelhas. Aristeu era conhecido nas artes da cura e da profecia, e vagou por muitas terras para compartilhar seu conhecimento e curar doentes. Era largamente venerado como um deus beneficente e frequentemente era representado como um pastor juvenil carregando um cordeiro.

ASCLÉPIO 
O deus da medicina. Era filho de Apolo e da virgem Coronis, da Tessália. Zangado porque Coronis era infiel a ele, Apolo matou-a e arrancou o nascituro Asclépio de seu ventre. Mais tarde ele enviou Asclépio ao centauro Quíron para ser educado. Asclépio aprendeu com Quíron a arte da cura e logo se tornou um grande médico. Por Asclépio ameaçar a ordem natural das coisas e por ressuscitar os mortos, Zeus o matou com um trovão. O culto à Asclépio centralizou-se em Epidauro, mas era popular por todo o mundo Greco-Romano. Os santuários de Asclépio funcionavam como refúgios para restabelecer a saúde, onde regimes terapêuticos tais como exercícios e dietas eram prescritos. A prática mais importante associada com as curas era o ritual da incubação, em que as pessoas aflitas eram adormecidas dentro de um templo ou cerco sagrado na esperança de que o deus viesse ter com eles em seus sonhos e prescrevesse a cura para suas doenças.

ATHENA
Athena era a Deusa grega da sabedoria e das artes conhecida como Minerva pelos romanos. Athena era uma Deusa virgem, dedicada a castidade e celibato. Era majestosa e uma linda Deusa guerreira, protetora de seus heróis escolhidos e de sua cidade homônima Athenas. Única Deusa retrata usando couraça, com pala de seu capacete voltada para trás para deixar a vista sua beleza, um escudo no braço e uma lança na mão.

As habilidades bélicas e domésticas associadas com Athena envolvem planejamento e execução, atividades que requerem pensamento intencional e inteligente. Era a filha predileta de Zeus, tinha o dom da profecia e tudo que autorizava com um simples sinal de cabeça era irrevogável. Ora conduz Ulisses em suas viagens, ora ensina às mulheres a arte de tapeçaria. Foi ela que faz construir o navio dos Argonautas, segundo seu desenho e coloca à polpa o pau falante, cortado na floresta de Dodona, o qual dirigia a rota, advertindo perigos e indicando os meios de os evitar. 


Assim como Cronos, Zeus ingere sua primeira esposa, Métis (que estava grávida), uma Titã, na esperança de prevenir o nascimento de um futuro rival. Mas esse ato de integração tem uma consequência imprevista: um dia, Zeus tem uma dor de cabeça lancinante e logo dá à luz, pela cabeça, o feto que estava no útero de sua primeira esposa. A criança que nasce já madura da cabeça do pai é Athena, a filha consumada do pai. 

Era na cidade de Athenas que seu culto foi perpetuamente honrado: tinha seus altares, as suas mais belas estátuas, as suas festas solenes e um templo de notável arquitetura, o Partenon. Esse templo foi reconstruído no período de Péricles.

BOREAS 
Filho de Astreu e de Éos, deus dos ventos do norte, morava na Trácia. Pertencia à raça dos Titãs e era irmão de Zéfiro, Euro e Noto. Raptou Orítia, com a qual casou e que lhe deu os filhos Cálais e Zetes.

DIONÍSIO (BACO) 
De todas as divindades, era a que mais aproximava dos homens. Teve um nascimento milagroso, com efeito, morrendo-lhe a mãe antes que tivesse o necessário desenvolvimento, foi recolhido pelo pai (Zeus) que o costurou numa de suas coxas e aí o conservou até que o garoto pudesse enfrentar a vida.

ÉOLO 
Rei dos ventos, às vezes identificado com o filho de Poseidon e Arne. Vivia em Eólia, uma ilha flutuante, com seus seis filhos e seis filhas. Zeus tinha lhe dado o poder de acalmar e despertar os ventos. Quando o herói grego Odisseu (Ulisses) visitou Éolo, ele foi recebido como um convidado de honra. Como presente de Éolo, ao partir, Odisseu (Ulisses) recebeu dele um vento favorável e uma sacola de couro repleta com todos os ventos. Os marinheiros de Odisseu (Ulisses), pensando se tratar de uma sacola com ouro, abriram-na e a costa foi imediatamente varrida pelos ventos. Depois disso, Éolo se recusou a ajudá-los novamente. Outro Éolo na mitologia grega foi o rei da Tessália. Era o filho de Heleno, antepassado dos Helenos, os primeiros habitantes da Grécia. Éolo era o antepassado dos gregos Eólios.

EROS (AMOR) 
O deus do amor e relativo do Cupido romano. Na mitologia antiga, era representado como uma das forças primitivas da natureza, o filho do Caos, e a encarnação da harmonia e do poder criativo do universo. Logo, entretanto, passou a ser visto como um rapaz intenso e bonito, assistido por Pótos (ânsia) ou Hímero (desejo). Mais tarde a mitologia transformou-o no auxiliar constante de sua mãe, Afrodite, a deusa do amor. Na arte grega, Eros era retratado como um jovem alado, ligeiro e bonito, frequentemente com olhos cobertos para simbolizar a cegueira do amor. Às vezes ele carregava uma flor, mas mais comumente um arco de prata e flechas, com o qual ele atirava dardos de desejo contra o peito de deuses e homens. Nas lendas e na arte romana, Eros degenerou numa criança maligna e frequentemente era retratado como um bebê arqueiro.

EURO 
Vento que sopra do Oriente, dependente de Éolo.

HADES (PLUTÃO) 
Deus dos mortos. Seu nome significa "o invisível". Era também conhecido por Plutão, que significa "rico". Era filho dos Titãs Cronos e Réia, e irmão de Zeus e Poseidon. Quando os três irmãos dividiram o universo depois de terem deposto seu pai, Cronos, do trono, à Hades foi concedido o mundo subterrâneo. Acreditava-se que, com seu carro, viesse ao mundo para buscar as almas dos mortos. Possuía um capacete que o tornava invisível. Com sua rainha, Perséfone, que ele havia raptado do mundo superior, determinou o reino dos mortos. Somente Hades tinha o poder de restituir a vida de um homem, porém, utilizou-se desse poder pouquíssimas vezes e, assim mesmo, a pedido da esposa. Embora fosse um deus impiedoso e severo, o qual não atendia à nenhuma oração ou sacrifício, não era mau. Aliás, era conhecido também como Pluto, senhor dos ricos, porque tanto colheitas como metais preciosos acreditava-se provirem de seu reino inferior.

O mundo subterrâneo frequentemente era chamado de Hades. Foi dividido em duas regiões: o Érebo, por onde os mortos passavam imediatamente após a morte, e Tártaro, a região mais profunda, onde os Titãs haviam sido aprisionados. Era um lugar infeliz e sombrio, habitado por formas vagas e sombrias, além de ser cuidadosamente guardado por Cérbero, o cão de três cabeças e cauda de dragão. Rios sinistros separavam o mundo subterrâneo do mundo superior, e o velho barqueiro Caronte transportava as almas dos mortos através destas águas. Em algum lugar na escuridão do mundo subterrâneo estava localizado o palácio de Hades. Era representado como um lugar lúgubre, escuro e repleto de portões, repleto de convidados do deus e colocado no meio de campos sombrios uma paisagem assombrosa. Em lendas posteriores o mundo inferior é descrito como o lugar onde os bons são recompensados e os maus são punidos.

HEFESTO (VULCANO) 
Deus do fogo, filho de Zeus e Hera. Trabalhava admiravelmente os metais e construiu inúmeros palácios de bronze, além da esplêndida armadura de Aquiles e o cetro e a égide de Zeus. Segundo uma tradição, nasceu coxo, pelo que sua mãe lançou-o do alto do monte Olimpo, foi recolhido por Tétis e Eurínome, com as quais permaneceu durante nove anos. Voltando ao Olimpo, ao defender Hera contra Zeus, este atirou-o do céu e, precipitando durante um dia inteiro, caiu na ilha de Lemos. Suas forjas, com vinte foles, foram depois do Olimpo colocadas no Etna, onde tinha os Ciclopes como companheiros de trabalho. Hefaístos frequentemente é identificado com o deus do fogo romano, Vulcano.

HÉLIO 
Antigo deus sol, filho dos Titãs Hiperião e Téia, e irmão de Selene, deusa da lua, e Eos, deusa da alvorada. Acreditava-se que Hélio andava diariamente em sua carruagem dourada através dos céus, dando luz aos deuses e aos mortais. À noite ele mergulhava no oceano ocidental, do qual ele era carregado numa taça dourada para seu palácio no leste. Hélio sozinho podia controlar os cavalos ferozes que puxavam sua carruagem ardente. Quando seu filho Faetonte convenceu Hélio a deixá-lo guiar a carruagem através do céu, Faetonte morreu. Como é o único deus que pode ver toda a Terra do alto do céu, é o único que tudo sabe, e informa aos outros sobre certos segredos; e foi justamente por ter revelado a Hefaístos que Afrodite o traía com Ares que a deusa vingou-se dele, inspirando paixões funestas em seus descendentes: em sua filha Pasifaé e suas netas Ariadne e Fedra. Hélio foi largamente adorado por todo o mundo grego, mas seu principal culto estava em Rodes. Uma das Sete Maravilhas do Mundo, o Colosso de Rodes, era uma representação de Hélio.

HERMAFRODITO 
Filho de Hermes e Afrodite, cujos nomes compõe o seu. De uma enorme beleza, inspirou forte paixão à ninfa Salmácis, que pediu aos deuses para nunca mais se separarem; estes juntaram os dois amantes em um só corpo, criando um andrógino, isto é, um ser dotado de dois sexos.

HERMES (MERCÚRIO) 
Filho de Zeus e de Maia, o arauto dos deuses e fiel mensageiro de seu pai, nasceu numa gruta do monte Ciline, na Arcádia. Lodo que nasceu, fugiu do berço e roubou cinquenta novilhas do rebanho de Apolo, em seguida, com a casca de uma tartaruga, construiu a primeira lira e com o som deste instrumento aplacou Apolo, enfurecido pelo furto; esse deus acabou por deixar-lhe as novilhas e deu-lhe o caduceu, a vara de ouro, símbolo da paz, em troca da lira. Zeus deu-lhe o encargo de levar os mortos a Hades e acreditava-se possuir poderes mágicos sobre o sono e os sonhos. Inventou, além da lira, as letras e os algarismos, fundou os ritos religiosos e introduziu a cultura da oliveira. Deus dos Sonhos, eram-lhe oferecidos sacrifícios de porcos, cordeiros, cabritos, etc. 

Seus atributos eram a prudência e a esperteza. Livrou Ares das correntes dos Aloídas, levou Príamo à tenda de Aquiles e matou Argos, guarda de Io. Hermes era também o deus do comércio e o protetor dos comerciantes e dos rebanhos. Como a divindade dos atletas, ele protegia os ginásios e estádios e atribuía-se a ele a responsabilidade pela fortuna e a riqueza. Era representado como um jovem ágil e vigoroso, com duas pequenas asas nos pés, um chapéu de abas largas na cabeça e o caduceu nas mãos.

HIMENEU 
Deus do casamento, filho de Apolo. Personificação do cantos nupciais.

HIPNOS 
Deus do sono, filho de Érebo e da Noite e irmão gêmeo de Thanatos, a Morte.

MORFEU 
Deus dos sonhos, filho de Hipnos, deus do sono. Morfeu formava os sonhos que vinham para aqueles que adormeciam. Ele também representava seres humanos em sonhos.

NEREU 
Deus do mar, filho do deus do mar Ponto e Géia, conhecido como o velho homem do mar. Foi casado com Dóris, uma das filhas do Titã Oceano, com quem teve 50 lindas filhas, as ninfas do mar, conhecidas como Nereidas. Tinha o dom da profecia e a faculdade de tomar várias formas. 
Era representado com os cabelos, sobrancelhas, queixo e peito cobertos por juncos marinhos e por folhas de plantas similares. Nereu vivia no fundo do mar.

NOTO 
O vento do Sul. Oceano, mais velho dos Titãs, marido de Tétis, pai de todos os rios e das Oceânides. Era a personificação da água que envolve o mundo.

ORFEU 
Poeta e músico filho da musa Calíope e Apolo, deus da música, ou Eagro, rei da Trácia. Recebeu a lira de Apolo e tornou-se um músico tão perfeito que não havia nenhum mortal capaz de ser melhor do que ele. Quando Orfeu tocava e cantava, movia todos os seres animados e inanimados. Sua música encantava árvores e pedras, domesticava animais selvagens, e até mesmo os rios mudavam o seu curso na direção da música do jovem. Orfeu é mais conhecido pelo seu casamento com a adorável ninfa Eurídice. Logo depois do casamento a noiva foi picada por uma vespa e morreu. Triste com a perda, Orfeu resolveu ir ao mundo subterrâneo e tentar trazê-la de volta, algo que nenhum mortal jamais havia feito.

Hades, o soberano do mundo subterrâneo, ficou tão satisfeito com sua música que devolveu Eurídice a Orfeu com a condição de que ele não olharia para trás até que alcançassem a superfície. Orfeu não conseguiu controlar sua avidez, e assim que alcançou a luz do dia, ele olhou para trás muito rapidamente, e Eurídice, que vinha logo atrás, desapareceu. Em desespero, Orfeu abandonou a companhia humana e vagou pelas selvas, tocando para pedras, árvores e rios.
Finalmente, um bando de violentas mulheres da Trácia, que eram seguidoras de Dionísio, atacou o músico e o matou. Quando jogaram sua cabeça decepada no rio Hebrus, ele continuou a chamar por Eurídice, e finalmente foi carregado à orla de Lesbos, onde as Musas o enterraram. Depois da morte de Orfeu, sua representação tornou-se a constelação de Lira.

PAN 
Deus dos bosques, dos campos e da fertilidade, filho de Hermes, mensageiro dos deuses, e da ninfa Dríope. Era metade animal, metade homem, com chifres, membros inferiores, cascos e orelhas de bode. Era uma divindade travessa, o deus dos pastores e rebanhos. Um músico maravilhoso, acompanhava com sua flauta, as ninfas da floresta quando elas dançavam. O deus era galanteador, mas sempre rejeitado por causa de sua feiura. Pan assombrava as montanhas e cavernas e todos os lugares selvagens, mas seu local predileto era a Arcádia, onde nasceu. A palavra "pânico" se supõe derivar dos temores de viajantes que ouviam o som de sua flauta durante a solidão noturna.

POSEIDON (NETUNO) 
Depois que os Titãs foram derrotados por Zeus, na divisão do mundo coube-lhe a senhoria do mar e de todas as divindades marinhas. Tinha um palácio nas profundezas do mar, onde morava com sua esposa Anfitrite e seu filho Tritão. Entretanto, Poseidon teve inúmeros outros casos de amor, especialmente com ninfas de riachos e fontes, e teve filhos conhecidos pela sua selvageria e crueldade, entre eles o gigante Orion e o Ciclope Polífemo. Poseidon e Górgona Medusa eram os pais de Pégaso, o famoso cavalo alado. Sua arma era o tridente, com o qual levantava as ondas fragorosas, que engoliam as naus, e fazia estremecer o solo ou desperdiçar os recifes.

Odiava Ulisses, por ele ter cegado o Ciclope Polifemo, seu filho. Foi inimigo de Tróia, depois que seu rei Laomendonte lhe negou a compensação pela construção das muralhas da cidade, ocasião em que mandou um monstro marinho para devorar Hesíon, filha do rei, que Héracles matou. 
Disputou sem sucesso com Atena, deusa da sabedoria, pelo controle de Atenas. Quando ele e Apolo, deus da música, foram enganados de receber suas recompensas depois de terem ajudado Laomedonte, rei de Tróia, a construir os muros da cidade, a vingança de Posêidon contra Tróia não teve limites. Na arte, Poseidon é representado como uma figura majestosa e barbada, segurando um tridente e frequentemente acompanhado por um golfinho. Os Romanos identificaram Poseidon com seu deus do mar, Netuno.

PROMETEU 
Prometeu era um dos titãs, uma raça gigantesca, que habitou a terra antes do homem. Ele e seu irmão Epimeteu foram incumbidos de fazer o homem e assegurar-lhe, e aos outros animais, todas as faculdades necessárias à sua preservação. Epimeteu encarregou-se da obra e Prometeu de examiná-la, depois de pronta. Assim, Epimeteu tratou de atribuir a cada animal seus dons variados, de coragem, força, rapidez, sagacidade; asas a um, garras a outro, uma carapaça protegendo um terceiro, etc. Quando, porém, chegou a vez do homem, que tinha de ser superior a todos os outros animais, Epimeteu gastara seus recursos com tanta prodigalidade, que nada mais restava.

PROTEU 
Pastor das focas de Poseidon. Morava numa ilha próxima ao Egito e tinha o poder de metamorfosear-se em todas as formas que desejasse, não só de animais, mas também de plantas e de elementos, com a água e o fogo. Segundo Eurípedes, Proteu foi rei da ilha de Faros e, casando-se com Psâmate, teve os filhos Idoteu e Teoclímenes.

PRÍAPO 
Deus da fertilidade, protetor dos jardins e dos rebanhos. Era filho de Afrodite, deusa do amor, e de Dionísio, deus do vinho, ou, de acordo com algumas lendas, de Hermes, mensageiro dos deuses. Foi deformado, ao nascer, por Hera, que tinha ciúmes de sua mãe. Era comumente representado como um indivíduo grotesco com um falo enorme.

ZEFIRO 
Vento que sobra do Poente, anunciador da primavera e venerado como deus benéfico.

ZEUS (JUPITER) 
O deus supremo do mundo e regente dos deuses do Olimpo. Zeus foi considerado, de acordo com Homero, o pai dos deuses e dos mortais. Era o senhor do céu, o deus da chuva, e o ceifeiro das nuvens. Presidia aos fenômenos atmosféricos, recolhia e dispersava as nuvens, comandava as tempestades, criava os relâmpagos e o trovão e lançava a chuva com sua poderosa mão direita, à sua vontade, o raio destruidor; por outro lado mandava chuva benéfica para fecundar a terra e amadurecer os frutos. Zeus presidia sobre os deuses no Monte Olimpo, na Tessália. Chamado de o pai dos deuses, por que, apesar de ser o caçula de sua divina família, tinha autoridade sobre todos os deuses, dos quais era o chefe reconhecido por todos.

Tinha o supremo governo do mundo e zelava pela ordem e da harmonia que reinava nas coisas. Zeus era o filho mais jovem do Titã Cronos e Réia, e o irmão das divindades Poseidon, Hades, Héstia, Deméter e Hera. De acordo com um dos mitos antigos do nascimento de Zeus, Cronos, temendo que ele talvez fosse destronado por um de seus filhos, engolia-os assim que nasciam. 
Quando do nascimento de Zeus, Réia embrulhou uma pedra com os cueiros de criança e deu-a a Cronos para que engolisse pensando que fosse seu filhos, e ocultou o deus infante em Creta, onde foi alimentado com o leite da cabra Amaltéia e criado por ninfas. Quando Zeus chegou à maturidade, ele forçou Cronos a vomitar as outras crianças, que estavam ávidas para se vingar de seu pai. Na guerra que se seguiu, os Titãs lutaram ao lado de Cronos, mas Zeus e os outros deuses foram bem sucedidos, e os Titãs foram confinados no abismo do Tártaro.


Zeus, a partir de então, dominou o céu, e a seus irmãos Poseidon e Hades foi conferido o poder para dominar o mar e o mundo subterrâneo, respectivamente. A terra seria governada em comum por todos os três. É representado como o deus da justiça e da misericórdia, o protetor dos fracos e quem pune o mau. Como marido de sua irmã Hera, ele é o pai de Ares, o deus da guerra; Hebe, a deusa da juventude; Hefaístos, o deus do fogo; e Ilíthia, deusa do parto. Ao mesmo tempo, Zeus é descrito como um deus que se apaixona por uma mulher a cada instante e usando de todos os artifícios para esconder sua infidelidade da esposa. A imagem de Zeus era representada na escultura como a figura de um rei barbado. A mais célebre de todas as estátuas de Zeus era a colossal em ouro e marfim feita por Fídias, em Olímpia.

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