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Demonologia é o estudo sistemático dos demônios. Quando envolve os estudo de textos bíblicos, é considerada um ramo da Teologia. Por geralmente se referir aos demônios descritos no Cristianismo, pode ser considerada um estudo de parte da hierarquia bíblica. Também não está diretamente relacionada ao culto aos demônios.


segunda-feira, 10 de setembro de 2018

Panteão Nórdico

Estudo da Mitologia - Panteão Nórdico

De muita importância no mundo ocidental, essa mitologia relata as crenças dos povos germânicos e vikings. Uma religião voltada ao culto da natureza em sua maioria, apresentam deuses aventureiros, heróis, feiticeiros, anões e gigantes. Outra características dessa mitologia é que os deuses não são eternos, pois no Ragnarök haverá uma grande batalha em que todos eles morrerão e uma nova raça de deuses surgirão em um mundo sem crimes. 
A fonte de pesquisa é a obra de Tarsilo Orpheus Spalding, Dicionário de Mitologias Européias e Ocidentais, já que as fontes sobre essa mitologia em português são poucas.

ODIN 
O maior dos deuses, senhor das magias, da sabedoria, governante de Asgard. Odin para ter sabedoria fez alguns sacrifícios contra si mesmo: atirou um de seus olhos no poço de Mimir em troca de um gole de sabedoria, se enforcou ou dependurou-se na árvore cósmica Yggdrasil, para obter as Runas e foi revivido por magia em seguida. Ele se mantinha informado sobre os acontecimentos em toda a parte através de seus dois corvos, Hugin (Pensamento) e Munin (Memória), que vigiavam o mundo e contavam tudo o que se passa e o que já se passou. Odin tornou-se chefe do Panteão Nórdico devido ao seu gosto pelas batalhas e no salão de sua fortaleza reunia os vencidos em batalhas. Odin é a figura central entre os deuses nórdicos, pois era símbolo de bravura. Odin também era chamado Woden. Logo, Woden's Day (Dia de Woden) se tornou Wednesday (em inglês), que em português é o dia da semana Quarta-feira. Este dia é dedicado a Odin.

BURO 
Primeiro deus da mitologia nórdica, pai de Borr e avô de Odin. Foi criado pela vaca Audumla que lambia o gelo salgado e Ginnungagap.

BORR 
Filho de Buro, pai de Odin, Vili e Ve. Casou-se com Bestla, filha do gigante Bölthorn com a qual teve seus três filhos. 

THOR 
Deus dos trovões, considerado o mais forte entre os deuses e o mais adorado entre os povos germânicos, por isso teve a maioria dos templos em sua homenagem. Filho de Odin com Jord, Thor tinha em seu martelo Mjölnir (Significa aquilo que esmaga) sua principal arma, com a qual produzia raios. Considerado grande para um deus, de um apetite grande e extremamente forte, adorava disputa por poder e era o campeão entre os deuses contra os inimigos, os gigantes do gelo. Era casado com Sif, deusa da colheita, com quem teve uma filha chamada Thurd, além de mais 2 filhos com a gigante Jarnsaxa, Magni (força) e Modi (coragem). O dia da semana dedicado a Thor é a Quinta-feira, Thor's Day (Dia de Thor), se tornou Thursday em inglês.

LOKI 
Deus do fogo, símbolo da maldade, traiçoeiro e de pouca confiança, também estava ligado à magia, podendo assumir várias formas. Possui grande senso de estratégia e habilidades para seu interesse. Mantém boas relações com Odin e foi companheiro de Thor em inúmeras aventuras. Loki era pequeno, de olhos vivos e malignos, sedutor, dormiu com todas as deusas e depois gabava-se do feito perante os maridos traídos. Sua esposa era Sigyn, com quem teve os filhos Nari e Narfi. Também uniu-se a gigante Angrboda, com a qual teve 3 filhos monstruosos: o lobo Fenrir, a serpente Jormungand e a deusa Hel.

FREY 
Filho de Njord e irmão de Freya, casado com a gigante Gerda. Era um deus caracterizado pela beleza e força e comandava o tempo, a prosperidade, a fertilidade, alegria e a paz. Era também considerado o deus da agricultura. 

FREYA 
Deusa do amor e da fertilidade, também deusa da magia e da adivinhação. Teve vários deuses como amantes. Segundo seu mito sempre esteve à procura de Odur, seu marido perdido, enquanto chorava suas lágrimas se transformavam ouro e âmbar. Acompanhava Odin nas batalhas e compartilhava os mortos das guerras, onde metade dos guerreiros mortos iam para o seu palácio. O dia da semana dedicado a Freya é a Sexta-feira, Freya's Day (Dia de Freya), se tornou Friday em inglês.

TYR 
Deus do céu, da luz e dos juramentos. Filho de Hymir, passou a ser depois considerado filho de Odin devido à sua bravura em batalhas. Era representado como um homem sem a mão direita, decepada por Fenrir quando os deuses prenderam o monstro durante uma prova imposta pelos deuses ao monstro. Tinha como símbolo a lança, representado como símbolo de justiça.

VE 
Irmão de Odin, filho de Bor e Bestla. Ve era conhecido na mitologia nórdica por dar aos homens os dons da fala e da palavra. 

VILI 
Também irmão de Odin e Ve. Na mitologia Vili foi responsável por dar à humanidade os dons da emoção, sentimentos e pensamentos.

AEGIR 
Deus do Mar, da raça dos Vanir. Cultuado e temido pelos marinheiros, acreditava-se que Aegir aparecia para tomar a carga, homens e navios com ele para levá-los ao seu salão no fundo do oceano. Antes de começar alguma viagem os marinheiros faziam sacrifícios, especialmente de humanos, para apaziguar sua ira. Era casado com a deusa Ran com quem teve nove filhos. Aesir nem sempre é considerado um deus, mas sim um gigante amistoso dos deuses, sendo Njord considerado o deus do mar. Aegir seria o comandante das criaturas marinhas, conhecidas como Fjortun. Tinha dois serviçais, Eldir e Fimafeng, sendo este morto por Loki em um banquete no palácio de Aegir.

ALFADUR 
É considerado o deus supremo da mitologia nórdica. Será responsável pela criação do novo mundo após o Ragnarök. Confundido com Odin, Alfadur é representado como um deus incriado e infinito.

BALDER 
Filho de Odin e de Frigg, da raça dos Ases, divindade da justiça e da sabedoria. Seu episódio mais notável no mitologema está relacionado à sua morte: certa vez teve sonhos em que sua via estava ameaçada, situação que chegou a perturbar os deuses. Odin determinou o destino de Balder e tomou precauções para que nada acontecesse com ele. Frigg fez com que todas as coisas e todos os seres do mundo fizessem um juramento para que nunca ofendessem o bondoso Balder. Loki, um deus que praticava o mal, disfarçou-se de mulher e comentou com Frigg que todos os seres fizeram o juramento, menos um pequeno broto, o visco, que não jurou tal lealdade. Por ser um broto, Frigg não acreditava que tal planta faria algum mal a Balder.

Em uma festa promovida pelos deuses, os mesmos, para testar a fidelidade dos seres e coisas, começara a atirá-las em Balder e nada lhe acontecia. Apenas um dos deuses, Hord, não participava da brincadeira por ser cego. Loki perguntou a Hord porque ele não participava e o mesmo disse que por ser deficiente não podia participar, pois não sabia em que direção atiraria. Loki sugere que ele também tente e lhe entrega uma flecha feita pelo visco que não prometera lealdade a Balder. Hord, guiado por Loki, atira a flecha em Balder que o mata instantaneamente. Frigg então suplica para alguém ir até o reino de Hel, a deusa do submundo, para buscá-lo, missão que Hermond, outro filho de Odin, ficou de concretizar. Hel concordou que Balder voltasse, mas com uma condição: que todos os seres da terra chorassem por ele. Todos os seres choraram, com exceção de Loki, que não o fez. Segundo o mito, Balder retornaria depois do Ragnarök, construindo um novo mundo.

FRIGGA 
Principal deusa do panteão germânico, esposa de Odin, deusa da fertilidade e da união. Detentora de enorme sabedoria, tinha o poder da profecia e sabia do destino dos homens, mas não os revelavam. Seu principal mito está ligado ao de Balder. 

GERDA 
Deusa considerada a mais inteligente e a mais bela do panteão nórdico. Seu principal mito refere-se à sua relação com o mortal Mefym. Este a pediu em casamento e ambos foram viver em Asgard. A deusa, ao descobrir que seu amado matou sua irmã, Ninia, tentou matá-lo e ele, como castigo, selou a alma de Gerda no Nilfheim. Desde então Gerda tornou-se a deusa das almas perdidas. 

HEIMDALL 
Guardião do Bifrost, a ponte arco-íris que conduzia a Asgard. O mito caracterizava-o como um ser que tinha visão e audição extremamente apurada e nunca dormia. Munido de sua corneta Giallarhorn, avisava aos deuses quando os seus inimigos se aproximavam. No Ragnarök estava destinado a enfrentar Loki, e logo após morrer devido aos ferimentos. Era também considerado o deus das estratégias. 

HEL 
Deusa do submundo, filha de Loki com a gigante Angrboda. Tinha como irmãos o lobo Fenris e a serpente Jormungand, monstros inimigos dos deuses. O mundo inferior é chamado de Helheim. Segundo o mito Hel foi enviada para esse local por Odin. O mundo de Hel ficava às margens do rio Nastronol. Em seu reino iam as pessoas que morriam por doença ou velhice. Tinha como companheiros a Fome, a Inanição, o Atraso, a Vagareza, o Precipício e o Sofrimento. Era representada metade de seu corpo como de uma linda mulher, e a outra parte de um corpo terrível em decomposição. A palavra Inferno deriva de Hell (inferno em inglês) como referência ao submundo de sofrimentos da deusa Hel.

HODR 
Deus cego que matou Balder. Incentivado por Loki a participar da festividade dos deuses, Loki o fez atirar em Balder uma flecha feita pelo visco que não lhe prestara fidelidade. Hodr acabou sendo morto por Vali.

HOENIR 
Deus caracterizado por uma grande beleza. Foi entregue por Odin para viver com a outra família de deuses, os Vanir. Era companheiro de Odin e Loki nas corridas através do mundo e ajudava Odin nas transformações mágicas. Na criação o homem Hoenir deu a este a alma. 

IDUN 
Deusa da poesia, esposa de Bragi. Tinha uma grande beleza e era estimada dos deuses. Era a guardiã do pomar sagrado e servia aos deuses uma maçã por dia que mantinha a juventude e a força. Idun era a responsável pela imortalidade dos deuses. Seu principal mito gira em torno da acusação de adultério feira por Loki. O mesmo para especificar tal acusação faz a seguinte afirmação: "Idun aperta em seus braços o assassino de seu irmão". Também há o episódio com o gigante Thiasi que por ela se apaixonou e a sequestrou, transformando-se em águia.

JORD 
Deusa do Midgard (Terra), mãe de Thor e irmã de Njord. Devido à sua atribuição Jord não reside em Asgard com os outros deuses, mas sim na terra, cuidando-a. 

MIMIR 
Guardião da fonte da sabedoria que banhava uma das raízes da árvore Yggdrasil. A água da fonte era tão preciosa que Odin, para bebe-lá, teve que abandonar um dos seus olhos. Era considerado o mais sábio dos deuses, conhecimento obtido ao beber a água desta fonte. Teve sua cabeça decepada, mas Odin a manteve viva para consultá-la a fim de tornar-se onisciente. Seu nome se interpretava como “aquele que pensa”. 

NJORD 
Deus do mar dos Vanes, pai de Frey e Freya. Era considerado um deus pacífico, protetor dos pescadores e marinheiros. Estes em agradecimento depositavam oferendas em altares construídos próximos aos rios e mares. Njord casou-se com Skadi, deusa do inverno e da caça. Skadi o escolheu através de um critério que era observar os pés dos deuses, à procura dos pés mais limpos e bonitos. Njord foi o escolhido, mas a relação entre ambos logo desfez porque Skadi não conseguia viver nas encostas oceânicas e Njord não conseguia viver nas montanhas, devido as constantes mudanças, daí advindo a criação das estações do ano.

NANNA 
Esposa de Balder, filha de Nep. Quando Balder é assassinado, ela se desespera e joga-se na pira funerária com seu amado. 

NORNAS 
As três senhoras do destino dos humanos, chamavam-se Urd, Werdandi e Skuld. Conhecedoras dos preceitos ancestrais, dos costumes antigos e sabiam, assim, que destino de vida dar a cada um. Não só os humanos, mas os deuses estavam submetidos aos seus poderes. A cada uma delas era atribuído um conhecimento: a Urd o passado, a Werdandi o presente e a Skuld o futuro. 

SIF 
Esposa de Thor, mãe de Uller e Thurd. Deusa da excelência e da habilidade em combate, Sif apreciava os guerreiros leves e habilidosos. Tinha cabelos dourados feitos pelos Trolls (anões) depois que Loki os cortara.

SKADI 
Deusa do inverno e da caça, casou-se com Njord, relação desfeita por não conseguirem viver juntos em cada um dos seus habitats. Era filha do gigante Pjazi, assassinado por Loki, decide vingar-se da raça dos Aesir. Estes, não sendo capazes de se defenderem batendo em uma mulher, decidem que ela escolhesse um entre eles para casar-se, advindo desta escolha Njord. Desta relação nasceram Frey e Freya. Mais tarde casou-se com outro deus dos Aesir, Uller.

ULLER 
Deus da justiça e dos julgamentos, também considerado patrono da agricultura. Era filho de Thor e Sif. Casou-se com Skadi. 

VALI 
Filho de Odin, vivia obcecado pela dor que lhe causara a morte de Balder, de tal modo que não tinha sequer tempo para lavar as mãos ou pentear os cabelos.

VALQUÍRIAS 
Na mitologia nórdica são deusas secundárias a serviço de Odin. São descritas como belas jovens cavalgando em cavalos alados, armadas com elmos e escudos, sobrevoando os campos de batalha na escolha dos guerreiros abatidos em guerra que serão levados ao Valhala (lê-se vaurrála). Os poetas as representavam como virgens com plumagem de cisnes, com capacidade de voarem através dos céus. Comumente postavam-se às margens dos lagos e, segundo lendas, se um homem conseguisse apoderar-se de sua plumagem as teriam como escravas. A escolha desses guerreiros era ordenada por Odin, que precisa recolher os melhores guerreiros para a batalha do Ragnarök. Também eram mensageiras, e quando cavalgavam pelos céus, devido ao brilho de suas armaduras as reconhecia através do fenômeno da aurora boreal. O compositor Richard Wagner, inspirado no mito, compôs uma ópera chamada “As Valquírias”. 

VIDAR 
Filho de Odin, associado à vingança. Conhecido com valente e audaz, mas desprovido de inteligência. No Ragnarök será o responsável pela morte do lobo Fenrir, sobrevivendo ao crepúsculo dos deuses e sucedendo seu pai no novo mundo. 

BRAGI 
Filho de Odin, deus da poesia e da sabedoria, esposo de Idun. O episódio que lhe cabe na mitologia é a acusação de Loki de classificá-lo como um deus afeminado. Idun, ao defendê-lo, foi acusada de ser uma deusa lasciva.

FORSETI 
Deus da justiça e da meditação, filho de Balder e Nanna. Era responsável por julgar as disputas entre deuses e homens. Prometeu que em seu tribunal deuses e homens sempre chegariam a um acordo. Era conhecido como imparcial, porque só assim a justiça seria alcançada. 

MAGNI 
Filho de Thor, seu principal mito é ter salvado a vida de seu pai quando este abateu o gigante Hrungnir que acabou caindo por cima do deus. Todos tentaram libertá-lo, mas só Magni conseguiu o feito. Após o Ragnarök, Magni receberá o martelo mágico Mjölnir de seu pai, tornando-se o deus mais forte na nova era dos deuses. 

EIR 
Deusa conhecida por sua habilidade de cura e conhecedora da ressurreição, uma das deusas da montanha Lifia. Protetora dos trabalhos saudáveis, segundo a mitologia Eir entrega a todas as mulheres suas curas, ensinando os segredos das artes medicinais. 

FULLA 
Divindade menor da mitologia, irmã de Frigga. É a guardiã da caixa mágica de sua irmã.

GEFJUN 
Deusa associada à agricultura e à virgindade, à ilha dinamarquesa de Zelândia e ao rei sueco Gylfi. Segundo a mitologia a deusa desapareceu onde hoje é o lago Malarem, e nesse local foi formada a ilha Zelândia na Dinamarca. No Edda é descrito que todos os que morrem virgens tornam-se assistente da deusa. 

HLIN 
Uma das 3 serviçais de Frigg, junto com Fulla e Gná. Seu nome significa protetora.

RIND
Segundo a mitologia é descrita como uma giganta, uma deusa ou uma princesa humana, e teve com Odin o filho Váli. Sua maior fonte está no livro III do Gesta Danorum, de autoria de Saxo Grammaticus, onde é descrita como uma princesa dos rutenos. Após a morte de Balder, Odin consulta uma vidente para saber como poderia se vingar e esta lhe dá como sugestão dirigir-se ao país dos rutenos. Chegando lá, sob disfarce de guerreiro, o deus é recusado pela princesa por 2 vezes. Quando Rind adoece, Odin se disfarça de curandeira e a encontra para ajudá-la. Por sua sugestão pede para o rei amarrar a filha na cama e assim Odin a estuprou e dessa relação nasceu Bous, que vingaria Balder.

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