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Demonologia é o estudo sistemático dos demônios. Quando envolve os estudo de textos bíblicos, é considerada um ramo da Teologia. Por geralmente se referir aos demônios descritos no Cristianismo, pode ser considerada um estudo de parte da hierarquia bíblica. Também não está diretamente relacionada ao culto aos demônios.


quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

O mistério de Maria Madalena

Maria Madalena. Maria Madalena, foi provavelmente um dos mais famosos e controversos seguidores de Jesus, encontra-se actualmente atirada para o esquecimento, entregue a um segundo plano da vida e obra de Jesus. Saiba tudo sobre o segredo que Maria Madalena esconde, e o motivo do seu desaparecimento. Leia

Maria Madalena, chamava-se na verdade e em hebraico: «Mariamne».

Maria Madalena, foi provavelmente um dos mais famosos e controversos seguidores de Jesus, encontra-se actualmente atirada para o esquecimento, entregue a um segundo plano da vida e obra de Jesus.

No entanto, nem sempre assim foi.

No início do Cristianismo, quando se falava de «Maria», estava-se na verdade falando de «Maria Magdalena», e não de «Maria mãe de Jesus».

Contudo, o papel crescentemente influente que a figura de Maria Magdalena foi assumindo no seio do movimento cristão, ameaçava a hegemonia dos grupos cristãos primitivos que defendiam o primado do apóstolo Pedro.

Supostamente, a autoridade da Igreja assenta na figura do apóstolo Pedro, porquanto é afirmado que foi a ele que Jesus entregou o «governo» e os destinos do movimento religioso por si iniciado.

Por assim ser, o apostolo Pedro e todos os seus sucessores ( os Papas), são reconhecidos como aqueles a quem Jesus delegou a missão de guiar e chefiar a evangelização no mundo.

Contudo, nos tempos do cristianismo primitivo, esta noção não era assim tão clara, e muito menos assim tão pacífica.

Muitas outras correntes de pensamento cristão, ( nomeadamente os gnósticos), defendiam que o papel de líder espiritual na herança religiosa que Jesus deixou no mundo, pertencia na verdade a Maria Magdalena e não a Pedro.

Escusado será dizer que a disputa entre estes dois ramos do cristianismo foi grande, e que a historia demonstra que claramente os defensores da tese de Pedro venceram.

Maria Madalena foi por isso atirada para as trevas de um quase esquecimento, e a sua figura, ( a figura de «Maria»), foi substituída pela mãe de Jesus.

Mais que isso: verificou-se que ao longo dos séculos, as mulheres, que foram um dos mais importantes pilares da divulgação da fé crista no início do movimento de evangelização, passaram a ser excluídas da Igreja.

Se antes, quando decorria a obra de Maria Madalena e dos seus seguidores, as mulheres faziam parte activa do culto religioso, depois da vitoria clara dos defensores do primado do apostolo Pedro, as mulheres foram totalmente silenciadas e excluídas de qualquer papel relevante nos destinos da igreja.

No entanto, vários são os exemplos históricos do reconhecimento deste apóstolo de Jesus.

Hipólito, Bispo de Roma ( 170-235 d.C), afirmou que «Maria Madalena é o apostolo dos apóstolos».

Santo Agostinho, afirmou que «os apóstolos receberam das mulheres o anúncio do evangelho» 

Pois na verdade, em todos os evangelhos, Maria é descrita como aquela por quem Jesus primeiro procurou logo após a sua ressurreição, ( não o terá feito certamente por mera coincidência); como  aquela que trouxe aos seguidores de Jesus a boa nova dessa mesma ressurreição; e por ultimo como aquela que trouxe aos apostolo as instruções que Jesus tinha deixado neste mundo.

Jesus apareceu primeiro a Maria Madalena (…) Ela foi anuncia-lo aos seguidores de Jesus, que estavam de luto e chorosos. Quando ouviram que ele estava vivo, (…) não quiseram acreditar

Marcos 16,9-11


Muito se tem debatido sobre se Maria Madalena seria a companheira de Jesus. Pois muitos teólogos defendem que num pequeno verso dos evangelhos, parece residir um minúsculo facto que ameaça lançar alguma luz sobre o assunto. Assim está escrito no Evangelho de João:

Maria virou-se e viu Jesus de pé (…) então Jesus disse: «Maria». Ela virou-se e exclamou em hebraico:«Rabuni!» (…) Jesus disse: «Não me segures, porque ainda não voltei para o meu pai. Mas vai e dizer aos meus irmãos (….) Então, Maria Madalena foi e anunciou aos discípulos:«Eu vi o Senhor». E contou o que Jesus tinha dito.

João 20,14-18

Nestes versos, não só é claro que Jesus escolheu Maria para que fosse a primeira pessoa a vê-lo e a testemunhar o milagre, como é evidente que Maria foi a escolhida para transmitir a mensagem da ressurreição.

Apenas esses 2 factos, fazem dela o «apóstolo dos apóstolos», tal como afirmou o Bispo Hipólito.

Mas algo mais surpreendente encontra-se desenhado por debaixo destes versos:

Jesus diz a Maria: «Não me segures», que em hebraico significa basicamente: «não me toques», ou melhor:«Não me abraces».

Isso significa que Maria agiu de forma a abraçar Jesus, e isso em si é altamente revelador de uma possível verdade oculta. 

Maria «abraça», (ou tenta abraçar) Jesus; ora, defendem alguns historiadores, que nos tempos de Jesus, na sociedade e cultura hebraicas do tempo em que Jesus viveu, uma mulher apenas tocaria, ou abraçaria, o seu próprio marido, pois nunca lhe seria permitido tocar noutro homem senão o seu companheiro.

Apenas este pequeno verso, perdido nos 4 evangelhos, parece possuir um segredo que poucos conhecem mas que muitos suspeitam: Maria terá sido a companheira de Jesus, aquela a quem Jesus deixou a herança espiritual da sua obra.

Foi esta a tese que muitos crentes gnósticos defenderam, e por isso mesmo alguns historiadores argumentam que foi este o motivo que levou os defensores do apostolado de Pedro a erradicar o gnosticismo, bem como a silenciar as mulheres na igreja; defendem essas teses históricas, que no fundo tratou-se de uma manobra de preservação do poder por parte do grupo cristão que a seu tempo, viria a constituir o núcleo duro de poder da igreja católica: o papado, e o Vaticano.

As mais recentes descobertas de textos apócrifos ocorridas no Mar Morto, em Qumran e Nag Hamadi, deram a conhecer com muito acerto histórico, todas as correntes de pensamento gnóstico dos primeiros séculos do cristianismo.

Nesses textos, encontramos sem quaisquer pudores Maria Madalena vista como a companheira de Jesus.

Jesus e Maria, eram tidos como um casal, um casal que incorporou a essência do masculino e do feminino, um casal celestial que incorpora o próprio conceito da criação.

Jesus foi visto como um ser humano dentro do qual habitava um espírito celestial superior, ( o de Cristo), e Maria Madalena foi tida também como um ser humano no qual habitava um outro ser celestial , a Sophia, ou a sabedoria.

No texto Pitis Sophia, podemos ler que Jesus assim disse sobre Maria Madalena:

Maria, tu procuras a verdade (…) e, com o teu zelo, levas luz a tudo
V, 10-13

Isto revela claramente como Maria é um espírito sedento de sabedoria, e que procurando a sabedoria, encontra a salvação e a luz. Este é o ideal dos cristãos gnósticos na sua mais fundamental essência.

Nestes textos, Maria lamenta-se frequentemente de Pedro, dizendo a Jesus que Pedro detesta a «raça feminina». Pois a verdade histórica veio, de facto, a revelar que os sentimentos expressos por Maria Madalena em vida, tinham algum fundamento: as mulheres foram de facto silenciadas pelo movimento apostólico de Pedro.

Nas crenças gnósticas, Maria Madalena não foi apenas uma mulher: ela foi a companheira de Jesus, ela foi a encarnação de uma essência espiritual,ela caregava em seu ventre o Santo Graal ( tal como Jesus), e ela foi a mulher que teve acesso directo, ( através de Jesus), á sabedoria, ( a gnose), e que por isso evoluiu para a iluminação.

COMPARTILHANDO UM SEGREDO

Eles tinham um segredo, e vós também tendes um provavelmente, porém quando se diz a verdade o segredo já não existe. Foi revelado no evangelho de Jesus Cristo. Esteve oculto durante muito tempo, disse Paulo (Rom.16:25), todavia exactamente no momento certo deu-se a conhecer ao mundo.
           O evangelho é “a revelação dum mistério oculto durante muitos séculos, porém agora revelado por meio dos escritos proféticos, segundo o Seu próprio mandato, para que todas as nações obedeçam à fé”.
           Deus tinha um mistério, um plano secreto, um plano para dar vida eterna em Jesus Cristo a todas as nações. Os profetas do Antigo Testamento escreveram acerca do plano de Deus, porém muito poucas pessoas parecem tê-lo entendido.
           Deus revelou o segredo a Abraão quando o chamou para sair da Mesopotâmia: “vai para a terra que te mostrarei” disse Deus, “e te abençoarei…por meio de ti serão abençoadas todas as famílias da terra”.
           A bênção de Abraão estende-se não só ao povo judeu, mas também a todos os povos em qualquer lugar à volta do planeta. Mas o Génesis diz muito pouco sobre isso. Nem sequer diz que a bênção englobaria a vida eterna. Isso era na realidade um segredo.
           Séculos mais tarde, quando Deus retirou Israel do Egipto, revelou outra vez que o seu plano era maior do que as tribos de Israel. As pragas do Egipto não foram só para castigar o Egipto ou para impressionar Israel, também foram destinadas para que “os egípcios saibam que Eu sou o Senhor”.
           O plano também foi mais além do Egipto. Deus disse ao faraó que Ele mostraria o seu poder sobre o Egipto para que “o meu nome seja proclamado por toda a terra”.
            Aparentemente alguns egípcios conheceram o segredo, porque “muitas outras pessoas” saíram com os israelitas.
             Quando Israel estava no Monte Sinai, Deus ofereceu-lhes o poder de se converterem “num reino de sacerdotes”. Eles ajudariam as outras nações a aproximarem-se de Deus. Não obstante parece que Israel abandonou o oferecimento e não ouvimos mais falar disso outra vez até ao Novo Testamento. Porém o plano de Deus permaneceu e estava determinado que todas as nações aprenderiam o que Ele podia fazer por elas.
             Quando Josué conduziu o povo através do rio Jordão, foi só para Israel ? Não ! Josué disse que o plano de Deus era para que “todas as nações da terra saibam que o Senhor é Poderoso”. O jovem pastor David, também teve uma visão do que Deus estava  a fazer. Ele disse a Golias que “todo o mundo saberá que existe um Deus em Israel”.
              Muitos dos Salmos cantam o plano de Deus para todas as nações. O Salmo 2 fala do Filho de Deus: “Pede-me, e eu te darei a posse de todas as nações; teus serão os confins da terra”.
Felizes aqueles que nele confiam ! “Que toda a terra respeite o Senhor”, diz o Salmo 33:8”. Honrem-no todos os povos do mundo”.
 Na verdade, a missão da igreja não se baseia numa só escritura de Mateus, mas sim no que Deus prometeu desde o princípio. Ainda que o Antigo Testamento se centre em Israel, várias passagens aqui e ali recordam-nos que Deus tem muito mais em mente além de Israel.
               Deus enviou o Seu próprio Filho a outra cultura para poder encontrar-se com as pessoas.
Quando estamos envolvidos numa missão, ou quando estamos compartilhando a bênção que Ele nos deu, estamos a tomar parte no plano de Deus para abençoar todas as nações através da semente de Abraão.
             “Cantem ao Senhor, habitantes de toda a terra…anunciem dia atrás dia a Sua vitória. Proclamem a Sua glória entre as nações”. “O Senhor fez gala do Seu triunfo, pois mostrou a sua justiça às nações…todos os confins da terra são testemunhas da salvação do nosso Deus. Aclamem alegres ao Senhor, habitantes de toda a terra !”.
               Deus quer que todos venham ao conhecimento da salvação e que ouçam o evangelho. Se os nossos corações forem como o coração de Deus, também queremos ver a salvação de todas as pessoas e faremos a nossa parte espalhando a Sua boa nova até aos outros. Alguns de nós iremos à nossa própria cidade compartilhar o evangelho. Outros viajarão dentro de uma nação, e outros irão a outras nações. Outros os apoiarão com orações, finanças e hospitalidade.
               Desde já vos animo a compartilhar o evangelho e a orar por aqueles que o compartilham com outros. Também animo cada congregação a treinar pessoas no evangelismo e a dedicar parte do seu orçamento para o treino no evangelismo.
               A Grande Comissão é a nossa missão, e essa é a razão pela qual a estrutura financeira da Igreja de Deus Mundial inclui o apoio para o desenvolvimento da missão noutras nações. Através desta iniciativa, toda a congregação tem pelo menos um papel indirecto no apoio às missões no estrangeiro.
                Alguns também escolhem um compromisso mais directo, através de coordenação com uma “igreja irmã” ou outras sociedades que possam ajudar as igrejas locais a compartilhar as boas novas da salvação.
                 Podemos ajudar de diferentes maneiras, porém para cada um de nós o chamado está presente: Fazei discípulos em todas as nações !... Continuai a pregar o evangelho e ensinai-os a fazer o mesmo. O segredo é na realidade muito simples e demasiado bom.
No Antigo Testamento encontramos muitas mulheres exercendo forte liderança. Elas envolviam-se com a defesa, permanência e a formação da consciência do povo hebreu. As mulheres estão presentes onde a vida está fragilizada e ameaçada. O riso de Sara, no livro do Gênesis nos revela sua participação na constituição do povo ao gerar um filho. Os cânticos de Míriam, Débora e Ana revelam a alegria da mulher, fazendo sua parte na história da salvação. Rute é o exemplo de solidariedade da mulher oprimida. As parteiras no Egito, com coragem e astúcia tramam um novo projeto de sociedade. Nesta nova sociedade a vida deve ser defendida e preservada. Jael e Judite são exemplo de firmeza na luta de resistência. Ester com determinação expõe a própria vida pela salvação de seu povo. A mãe dos macabeus dá testemunho de fé e foi fiel ao Projeto de Javé. Outras grandes profetizas como Débora e Hulda não podemos esquecer. A tradição de fé em Israel tem marcas da atuação feminina. Lá onde a capacidade de resistência do povo parecia se esgotar, sempre aparece uma mulher forte.
O Novo Testamento, não é diferente do Antigo Testamento, quanto a participação feminina na caminhada do Povo de Deus. Encontramos Maria a mãe de Jesus e as outras mulheres, as discípulas que permaneceram com Jesus ao pé da Cruz.
Jesus interfere na ordem da sociedade patriarcal, desperta a potencialidade da mulher, a chama para ser também suas discípulas e isto aconteceu.
Jesus tem outra visão sobre a mulher do seu tempo. Ele altera o relacionamento homem - mulher. Numa sociedade que dava privilégios ao homem Ele procura tirar estes privilégios. Um exemplo podemos citar em Mt.19,7-12, que trata a questão do divórcio.
Jesus apresenta uma outra atitude em relação ao Homem e Mulher, para ele deve existir igualdade entre ambos, nem mais e nem menos.
Nos evangelhos encontramos muitas mulheres que seguiam Jesus desde a Galiléia, e tornaram-se suas discípulas (Mc.15,41; Lc.8,1-13; Lc 8,43-49).
Para Jesus não havia distinção no revelar os seus segredos, ele falava tanto para os homens e mulheres que o seguiam e aceitavam a sua proposta.

A SITUAÇÃO DA MULHER NO JUDAÍSMO NO TEMPO DE JESUS


O Judaísmo segundo suas tradições encara a mulher de uma forma bem diferente do homem.
A constituição familiar no Judaísmo foi sempre patriarcal. Tudo girava em torno das decisões masculinas e ao homem se voltava. A religião judaica tem como rito de iniciação à circuncisão. Este rito é essencialmente masculino.
Existem dentro do Judaísmo alguns princípios que tentam segurar a consistência do ser Judeu. Assim Judeu é aquele que nasce de mãe judia (chamada por eles a “lei do ventre”), não existe outra possibilidade. É portanto, a mãe, não o pai, que determina a identidade judaica do filho; é a mãe a principal responsável pela educação dos filhos, pela manutenção do espírito judaico, da cultura e das tradições familiares. No âmbito da formação do lar judaico a Mãe representa uma peça fundamental.
Esta forma de pensar vem embasada na tradição bíblica, Deus se revela na pessoa humana. Mulher e Homem como pessoas distintas, iguais, livres em comunhão recíproca, desde a criação, representam igualmente a imagem de Deus sobre a terra.
Apesar deste pensamento divino de igualdade entre homem e a mulher no Antigo Testamento já se observa a discriminação da mulher:
- geralmente sem nome, pertencente ao pai;
- depois do casamento propriedade do marido, ele governava como senhor absoluto;
- sem autonomia, não era nem contada entre os habitantes;
- se estéril, era relegada ou substituída, pela escrava;
- sua participação era passiva somente para procriação;
- convivia com a poligamia do marido, sem poder reclamar, pois a poligamia era aceita.
No tempo de Jesus a situação da mulher era desprezível e não foi muito diferente das épocas anteriores.
Vejamos a mulher no judaísmo no contexto: social, político, econômico e religioso.

A participação da mulher na sociedade judaica


A mulher era marginalizada pelo simples fato de ser mulher. Vivia no silêncio e na obscuridade. Não era elencada como partícipe da sociedade. Ela só estava sujeita aos mandamentos da Lei.

O lugar da mulher é na sua própria casa

A mulher devia permanecer em casa, no gineceu (a parte destinada às mulheres).
Às jovens solteiras cabia ainda o pior: “A filha era para o pai uma preocupação secreta, e o cuidado por ela tirava o sono dele..”(Eclo 42,9-14).
A esposa, e as filhas tinham o dever de lavar o rosto, as mãos e os pés do pai.
O homem podia ter várias mulheres, mas a esposa tinha que conviver com as concubinas em sua própria casa. (privilégio dos ricos).
A noiva que tivesse relações com outro homem era considerada como adúltera, podendo ser castigada com a morte e pedradas; se fosse casada, o castigo era de estrangulamento. Para o homem não tinha castigo.

A mulher fora de casa.

Só podiam mostrar-se em público com o rosto velado, coberto com dois véus que não se pudesse distinguir os traços de seu rosto.
Se a mulher saía à rua sem cobrir a cabeça e o rosto ofendia os bons costumes. Por esse motivo o marido tinha o direito e o dever (religioso) de expulsá-la de casa e divorciar-se dela, sem estar obrigado a pagar-lhe o valor contratado no matrimônio;
Se a mulher perdesse seu tempo na rua, falando com outras pessoas, ou mesmo se ficasse na porta de sua casa, podia o marido repudiá-la sem qualquer compensação econômica;
Uma mulher não podia estar sozinha no campo, e um homem não devia conversar com uma estranha (Jo.4,27).
A mulher era vista como superficialidade, sexo, perigo e tratavam de cuidar-se dela.

A participação da mulher na política da sociedade judaica


As leis não protegiam em nada a mulher, ao contrário faziam elas dependerem das leis e estas as escravizavam. Desde o nascimento eram “mal acolhidas”. Passavam a contar apenas como objeto e propriedade de outros. Vejamos: É propriedade do marido, se casada; propriedade do pai, se solteira, propriedade do cunhado solteiro, se viúva sem filhos. Assim pertencendo ao seu dono, não podia dispor dos salários do seu trabalho.
As filhas mulheres só aumentavam o patrimônio do dono, uma vez que podiam ser vendidas, não eram herdeiras. Vendidas por dinheiro, ou por contrato. A mulher pertencia ao seu senhor - marido e tem que assumir todas as tarefas; não pode aproveitar-se nem dos rendimentos do seu trabalho.
Essa pobreza da mulher aparece no relato da viúva que “depositou tudo o que tinha para viver” no tesouro do templo, e eram “duas pequenas moedas”( Mc. 12,41-44).
A mulher também não podia votar. Não participava na vida pública.
A mulher judaica, no tempo de Jesus era em tudo, considerada inferior ao homem.

A participação da mulher na economia da sociedade judaica.


A mulher judaica trabalhava duramente em casa e no campo. Plantava, colhia, moía o trigo, a cevada e outros cereais. Preparava o pão, cozinhava, buscava água nas fontes e poços. Fiava e tecia o linho e a lã para fazer as roupas. Cuidava da família e educava os filhos.

A participação da mulher na religião judaica


Também para a religião oficial a mulher pouco contava.
A mulher judaica não tinha direito ao culto religioso. Tanto no Templo como na Sinagoga a mulher não participava, ficava atrás dos homens ou em lugares separados, em segundo plano, isto é, em lugares inferiores e secundários. Se não houvesse ao menos dez homens judeus, o culto não era celebrado, mesmo que estivessem presentes mais de cem mulheres, pois elas não contavam, por mais numerosas que fossem, pois, eram julgadas impuras, pecadoras, adúlteras enquanto o homem não.
Não tinha obrigações com a lei nem com as rezas diárias. Não eram aptas a pronunciar a ação de graças à mesa, nas refeições, nem qualquer outras orações ou oferecer sacrifícios.
Não precisava participar das festas em Jerusalém. Não precisava rezar três vezes ao dia como todo judeu homem. Todo judeu piedoso elevava a Deus três vezes por dia esta prece: “Eu te bendigo, Senhor nosso Deus, porque não me fizeste mulher”.
A mulher era obrigada a cumprir todas as proibições da lei religiosa e submetida ao rigor da legislação civil e penal, inclusive a pena de morte (Jo 8,1-5).
A mulher sofria discriminação fisiológica, pois era considerada impura nos dias da menstruação. Nesse período , a mulher não só ficava impura, mas tornava impuro tudo o que tocasse. Depois do parto permanecia impura por quarenta dias se a criança fosse varão e o dobro do tempo se fosse mulher. Depois de dar à luz, tinha de oferecer em sacrifício no Templo para serem “purificadas”(Lc. 2,22; Lv. 12,1-8). Não era impureza moral (com um pecado), era uma espécie de tabu.
Quando uma mulher casada perguntava alguma coisa, a resposta deveria ser o mais breve possível. Na presença de hospedes em casa, a mulher não pode participar do banquete. Não pode servir a comida (apenas toma parte no sábado e no banquete da Páscoa). Isso, por que temiam que a mulher ouvisse as conversas e não fosse discreta.

JESUS E AS MULHERES DO SEU TEMPO


Jesus inaugura uma experiência do Reino que recupera as pessoas, restituindo-lhe sua integridade e sua dignidade.
Por atitudes, Jesus estabelece novas características à comunidade: igualdade e participação de homens e mulheres juntos, pois o amor de Deus é para ambos. Jesus se posicionou contrário a opressão e a marginalização da mulher bem como dos outros excluídos (cegos, mudos, leprosos, pecadoras públicas, coxos, paralíticos).
Ele não apenas convive, mas acolhe e promove os desprezados pela religião e pelo governo. Jesus oferece um lugar na convivência humana, acolhe como irmã e irmão aos que eram rotulados e relegados:
- imorais: prostitutas e pecadoras (Mt.21,31-32; Mc.2,15; Lc.7,37-50);
- hereges: pagãos e samaritanos (Lc.7,2-10; 17,16; Mc.7,24-30);
- marginalizados: mulheres, crianças e doentes (Mc.1,32; Mt.8,17; 19,13-15; Lc.8,2);
- colaboradores: publicanos e soldados (Lc.18,9-14; 19,1-10);
- pobres: o povo da terra e os pobres sem poder (Mt.5,3; Lc.6,20-24; Mt.11,25-26).
Olhando o Evangelho encontramos muitos textos expressivos que falam da mulher. Na atividade evangelizadora de Jesus a mulher adquire outro patamar, muito diferente do Judaísmo e do Império Romano. Para Jesus a mulher ganha o seu devido valor e toma seu lugar na sociedade. Dois textos nos ajudarão a ver como Jesus recebe a mulher do seu tempo e tenta salvá-la: o caso da mulher pecadora e da viúva:

- A Mulher Pecadora – A gratidão demonstra o perdão (Lc.7,36-50) :

O texto de Lucas Lc 7,36-50, a mulher pecadora, mostra a atitude de Jesus em relação as mulheres de seu tempo.
A mulher pecadora é recebida por Jesus que de maneira humilde suplica e confia na misericórdia de Cristo. Aqui se confirma a fidelidade do serviço, visto a mulher passar à frente do anfitrião (um fariseu) omisso ou que pretenciosamente esqueceu os gestos orientais de boas vindas e cumpre, no lugar dele, os ritos de hospitalidade.
No seu gesto de molhar os pés de Jesus com as lágrimas, secar com os cabelos, cobri-los de beijos e os ungir com o perfume, os presentes, vêem a pecadora (certamente uma prostituta bem conhecida) praticar atos de arrependimento. Mas, dá testemunho, de Jesus, com esse seu gesto de maneira profética. Anuncia a Morte e Ressurreição. As imagens que a narrativa nos apresenta lembram os últimos momentos de Jesus. A dor estampada em suas lágrimas; os cuidados do corpo nos cabelos que enxugam e o envolvem como num sudário; os beijos com que o cobre prefiguram as mulheres que na ressurreição, lançar-se-ão aos pés de Jesus; a unção do perfume evocando tanto o rito fúnebre de sepultamento, quanto a difusão da boa - nova, propagado através do mundo.
Em contrapartida, a cena mostra que o fariseu somente o convida a comer com ele. Mas, a presença de Jesus não altera o seu modo de ser: pouco observa em Jesus; homenageia-o pouco; recebe-o mal, da boca para fora. A pecadora se distingue pela capacidade de comunicação, mesmo sem ser convidada: lágrimas, cabelos, perfume, beijos.
O fariseu é mesquinhez e isolamento. A mulher é o espírito do mundo reconciliado, a fé num Deus de amor.
Conforme os evangelhos podemos constatar a atitude sempre amistosa de Jesus para com todos, especialmente à Mulher. Muitos outros exemplos nos evangelhos mostram o respeito, a consideração e a misericórdia de Jesus para com as mulheres. Elas foram os primeiros não - judeus se tornarem membros do Movimento de Jesus. Foram responsáveis pela extensão deste movimento a não - israelitas.
O texto mostra que para Jesus as mulheres eram as suas seguidoras, como o eram os homens. Para o Reinado de Deus, anunciado por Jesus, todos são convidados: as mulheres e os homens, as prostitutas, os samaritanos e os piedosos fariseus. Ninguém é excluído. A mulher tem a mesma dignidade, categoria e direitos que o homem. Pela participação da mulher no seu grupo Jesus rejeita as leis e costumes discriminatórios que menosprezam essa dignidade, categoria e direitos e, arrisca o seu prestígio e a sua vida em favor da mulher. Esta atitude de Jesus gera uma nova comunidade sobre um novo mandamento: a igualdade, a participação de mulheres e homens juntos, pois Deus ama a todos igualmente.
Jesus afirma: “Muitos que agora são os primeiros, serão os últimos, e muitos que agora são os últimos, serão os primeiros”(Mc.10,31; Mt.19,30; 20,16), aplica-se também às mulheres e à sua situação de inferioridade nas estruturas dominadas pelos homens, nas estruturas da sociedade patriarcal.
Fazendo a proclamação do Reino para os pobres e fracos, Jesus queria abranger as pobres mulheres judias, e todas as outras, proclamando os direitos dos pobres e a justiça de Deus.
Jesus tem uma proposta em relação a mulher: Ele acaba com as exigências da família patriarcal e constitui uma nova comunidade familiar, comunidade que não inclui os “pais” enquanto se conservassem na estrutura de uma sociedade patriarcal. Na família cristã, marido e mulher, pais e mães, filhos e filhas, irmãos e irmãs são essencialmente filhos de Deus, irmãos em Cristo, próximos.
Essa promoção das mulheres, é um aspecto particular do Evangelho no que tem de mais essencial: a Boa Nova anunciada aos pobres, libertados com prioridade, por Jesus.
Quando Jesus “salva” uma mulher, muitas vezes assim o faz como desafio lançado à grupo dirigente. A inocência que defende, com o apoio do milagre, contesta a legitimidade dos poderes estabelecidos, protesta contra o arbitrário das reprovações coletivas.

- A Viúva de Naim – Deus veio visitar o seu povo (Lc.7,11-17):

Podemos imaginar a cena que aconteceu na época: Jesus com os discípulos e a multidão que o acompanhava estavam se aproximando da porta de entrada da cidade de Naim. Na porta da cidade encontram um grupo de pessoas que vão enterrar um defunto.
A descrição do episódio é rápida: era filho único, e sua mãe era viúva”(7,12). Jesus olhando a cena fica movido de compaixão.
A mulher viúva segundo o Antigo Testamento situava-se em um dos três estados de carência total. Somente uma mulher, talvez, poderia carregar este peso de dor e solidão. A viúva do relato era Judia e mulher: sua vida era a família e a família agora com a perda de seu filho desaparece. O filho da viúva se foi. Esta imagem da viúva destituída de filho é o arquétipo do infortúnio levado ao extremo.
Diante desta imagem do nada Jesus comove-se até as entranhas, conforme diz o texto.   Em meio a tanta gente, Jesus apenas enxerga a solidão: a mãe. Entre todas as mulheres que encontrou, esta é a mais distanciada da esperança, da fé e da oração. E Jesus comove-se, com aquela piedade que a cananéia implorava em vão. Ela precisava da fé e Jesus dá a ordem: “Não chores!” E entregou o filho que se levantou à sua mãe. Hei-la de novo, de fato mãe, e com este filho ao qual lhe é entregue uma infinidade de bens que são a paz, o futuro, o amor, o relacionamento, a dignidade do ser, sua perseverança e o sentido da vida. A mãe ressuscita com o filho.
A mulher é apenas citada, mas permanece o pivô do relato, sóbrio combate em que a fé viva supera a incredulidade do luto.
Vimos o relato de duas figuras de mulheres, emblemáticas do desespero humano. Uma, rejeitada pela lei dos homens: a mulher pecadora, Lc 7,36-50; a segunda, pela perda do marido e do filho: a viúva de Naim.
Estas mulheres não agem por si mesmas. O Evangelho apresenta-as em sua solidão tormentosa, mas o tríplice destino da condenação, da enfermidade e da morte inflama a misericórdia de Cristo.
No Novo Testamento encontramos muitos outros texto que ilustram a nova proposta que Jesus em relação a mulher, lembramos outros:

- A Mulher Encurvada - Lc.13,10-17:
- A Mulher Sírio - Fenícia - Mc.7,24-30; Mt. 15,21-28 :
- A filha de Jairo e a A Mulher Hemorroíssa - Mt.9,18-26; Lc.8,40-56; Mc.5,21-43.

MINISTÉRIO DAS MULHERES


- As discípulas de Jesus:

Jesus criou um movimento novo, rompeu uma série de preconceitos culturais e entre suas inovações está o discipulado feminino. No seu discipulado, eram admitidas mulheres, em igualdade de condições com os homens. Jesus convive com elas, conversa, quer em particular, quer em público, procura escutá-las. elas participam ativamente e são beneficiadas com milagres e curas. Quebra os preconceitos da impureza, deixa-se tocar pela hemorroíssa. Ele mesmo toca o cadáver da filha de Jairo conforme (Mc.5,25-43).
Jesus não se esquiva de ser tachado de imoral e escandaloso, pelos fariseus, enquanto desafia os preceitos legais e entra em casa de mulheres sozinhas, como a de Marta e Maria (Lc.10,38-42).
Outra prática inconcebível para um rabino da época seria ter um grupo de mulheres que abandonassem seus lares para seguí-lo, viajando com Ele (Lc.8,1-3). Mas, a atitude de Jesus, com relação às mulheres é em muitos sentidos inovadora, até mesmo revolucionária.
Para ser discípulo de Jesus precisava: chamado, seguimento, serviço, visão, escuta e missão. As mulheres preenchem esses requisitos e se inserem nessa missão, desde a Galiléia até Jerusalém (Mc. 15,40-41).
Quando Jesus foi preso e condenado, os discípulos fogem. As mulheres arriscaram suas próprias vidas, permaneceram ao pé da cruz, foram ao sepulcro, creram e difundiram a ressurreição. Elas participam, portanto, de todos os fatos e acontecimentos.
Jesus chama as mulheres: no caso do seu discipulado, há um chamado por parte dele, isto é, o mestre toma a iniciativa, costume diferente de outros filósofos e rabinos. Jesus rompe as discriminações e chama os “impuros”, como o publicano Levi, zelotes, como Simeão e mulheres como Maria Madalena, Maria mãe de Tiago e Salomé.
As mulheres com gratuidade e prontidão dão resposta e tem presença marcante no discipulado de Jesus. As mulheres seguiam e serviam Jesus, conforme Mc.15,41. O mesmo Evangelista em 14,3-9 diz que uma mulher anônima unge a cabeça de Jesus com perfume de nardo puro (óleo perfumado, muito caro por causa de sua escassez). Essa era uma prática típica dos profetas, quando ungiam os reis: sinal de que as discípulas perceberam, na convivência com Jesus, o seu messianismo.
Essa mulher é Maria Madalena que foi a primeira a ser enviada para anunciar a Ressurreição, foi a primeira a ser “ordenada” para o serviço da evangelização. Portanto houve mulheres discípulas e apóstolas que exerceram seus ministérios.
Maria Madalena se destacou entre os homens e mulheres que seguiam Jesus rompendo preconceitos, superou barreiras para chegar até Jesus ungido-lhe os pés. Assim, Jesus aprova esse gesto de amor e confirma “em verdade vos digo que, onde quer que venha a ser proclamado o evangelho, a todo mundo, também o que ela fez será contado em sua memória”(Mc.14,9). Ela que padeceu aos pés da Cruz, foi compensada com a Boa Nova da Ressurreição e a anunciou aos onze e a todos os outros (Lc.24,9).
Marta e Maria  foram amigas e discípulas de Jesus, cada uma ao seu modo.
Maria é elogiada pelo próprio Cristo dizendo: “ela escolheu a melhor parte, que não lhe será tirada” (Lc.10,42), isto é, porque ficou sentada aos pés do Senhor escutando-lhe a Palavra (Lc.10,39). Era assim que um rabino formava os seus discípulos, sentados aos seus pés, escutando sua palavra. Aqui Jesus aplica essa prática a uma discípula mulher.
Marta, sua irmã, não fica para trás em termos de discipulado. Na morte de Lázaro, ao chegar Jesus, ela corre ao seu encontro e confessa a sua fé e aguarda a atitude de Jesus. O milagre consumado ela sai proclamando para todos. Foi considerada diaconisa.
Marta e Maria representam a acolhida da mulher para com os seus hóspedes onde o próprio Jesus era recebido com alegria e amizade após suas peregrinações e exaustivas pregações.
- MARIA DE NAZARÉ, a Mulher -Quando falamos da mulher, sob o ponto de vista bíblico, temos que falar em Maria: a mulher Maria de Nazaré. Ela viveu num tempo e num espaço, num contexto determinado, inserida em estruturas familiares, sociais, econômicas, políticas e religiosas.
Maria é apresentada como modelo para a mulher cristã. Vive na passagem do Antigo e o Novo Testamento, experimenta o que quer dizer ser mulher no judaísmo patriarcal, ao mesmo tempo que participa e saboreia o gosto da Boa Nova trazida por Jesus. Ela toca na vivência a nova experiência comunitária libertadora que seu Filho inaugura, tratando as mulheres como iguais e integrando-as no projeto salvador do Reino de Deus. Sem deixar de viver, portanto, toda a imensa riqueza do judaísmo e da reflexão de fé de seu povo, Maria é portadora, de uma nova esperança e um novo modo de ser mulher.
Maria é para a mulher uma nova perspectiva de crer, de falar, de esperança e caminhos. Ela não é apresentada como estilo de mulher alienada, passiva e submissa, mas alguém que foi plenamente mulher de seu tempo, integrada na esperança e na luta de seu povo, participando com o melhor de sua força no projeto histórico do Reino de Deus.
Deus criou homem e mulher para a igualdade entre eles. Na pessoa de Maria de Nazaré, Deus fez a plenitude de suas maravilhas. É na carne e na pessoa de uma mulher que a humanidade pode ver, então, sua vocação e seu destino levados a bom termo, a criação chegada à sua meta.  Maria com seu SIM a Deus, disse NÃO a tudo que se opunha ao plano de Deus, deixando assim, às mulheres um exemplo de luta para essa igualdade da criação. Em Maria, as mulheres encontram um reforço e uma ajuda na sua caminhada e na sua dura luta em direção à igualdade e à libertação.

A Mulher na época de Jesus e hoje:

A participação da mulher na sociedade vem sofrendo profundas transformações. A mulher está mais consciente, busca igualdade sem perder o que é próprio seu. Hoje, mais do que nunca, a mulher vai à luta, está se encontrando como agente social, não é mais anônima, dá opinião e age com segurança frente as mais diversas situações. Acredita no que faz, se sente importante. Não age por que alguém está cobrando ou por modismo. Na luta pela igualdade a mulher deve conhecer seus limites, pois não basta ser somente igual em seus direitos ou deveres, não basta mudar a linguagem, é preciso mudar, transformar as relações, as atitudes, a consciência, a mentalidade.
A participação da mulher na sociedade não deve ser encarada como complemento na vida. É preciso ter equilíbrio entre o espaço “público”(trabalho) e o espaço “privado”(o lar, a família).
Hoje é comum, moderno, o uso da linguagem integradora porém, isso não é sinônimo de transformação, pois na realidade, no dia a dia a mulher se depara com os gestos e atitudes opressivas, patriarcais, excludentes.

Quem é Maria Madalena ?



Quem é Maria Madalena? A ligação errônea das passagens evangélicas que falam dela levou à identificá-la com a pecadora (prostituta?) que ungiu os pés de Jesus (Lc 7,36-50). E esse erro virou verdade de fé. O inconsciente coletivo guardou na memória a figura de Maria Madalena como mito de pecadora redimida. Fato considerado normal nas sociedades patriarcais antigas. A mulher era identificada com o sexo e ocasião de pecado por excelência.

Daí não ser nenhuma novidade a pecadora de Lucas ser prostituta e a prostituta ser Maria Madalena. Lc 8,2 cita nominalmente Maria Madalena e diz que dela “haviam saído sete demônios”. Ter demônios é o mesmo que ser acometido de uma doença grave, segundo o pensamento judaico. No cristianismo, o demônio foi associado ao pecado. No caso da mulher, o pecado era sempre o sexual. Nesse sentido, a confusão parece lógica.

Mas não o é, se levarmos em consideração o valor da liderança exercida por Maria Madalena entre os primeiros cristãos, bem como a predileção de Jesus por ela. Entre os discípulos judeus considerar Maria Madalena como prostituta significava também subestimar o valor da mulher enquanto liderança. Os padres da Igreja seguiram essa linha de pensamento.

 A liderança de Maria Madalena incomodava os apóstolos

Entre os primeiros cristãos havia disputas pela liderança. Havia o grupo de Pedro, o de Paulo, o de Tiago, e também o de Maria Madalena. O evangelho de Maria Madalena diz que ela recebe os ensinamentos do Mestre e os transmite, causando a irritação de Pedro, que diz: “Será possível que o Mestre tenha conversado assim com uma mulher?

Devemos mudar nossos hábitos e escutarmos todos essa mulher? Mas Levi repreende a Pedro dizendo: “Se o Mestre tornou-a digna, quem és tu para rejeitá-la? Arrependamo-nos!”, o que significa, unamos o masculino e o feminino dentro de nós e saiamos a anunciar o Evangelho segundo Maria Madalena. E assim termina o Evangelho de Maria Madalena.

Há também um tratado gnóstico chamado Pistis Sophia que nos mostra o quanto a liderança de Maria incomodava aos discípulos. Assim diz o texto: “Pedro precipitou-se adiante e disse a Jesus: “Meu Senhor, nós não podemos mais suportar esta mulher, pois nos tira a oportunidade; ela não deixou falar ninguém de nós, mas sempre ela a falar. Meu Senhor que as mulheres cessem afinal de perguntar, de modo que nós possamos também perguntar”.

E Maria Madalena também disse a Jesus: “Por isso, eu tenho medo de Pedro: ele costuma ameaçar-me e odeia o nosso sexo”. A opinião de Pedro em relação a Maria Madalena revela o quanto lhe incomodava o protagonismo de Maria Madalena, mulher, discípula e apóstola de Cristo.

Maria Madalena era a amada de Jesus e o beijava freqüentemente

O evangelho de Filipe nos traz uma informação não muito conhecida entre nós. Ele diz: “A companheira de Cristo é Maria Madalena. O Senhor amava Maria mais do que todos os discípulos e a beijava freqüentemente na boca. Os discípulos viram-no amando Maria e lhe disseram: Por que a amas mais que a todos nós?

O Salvador respondeu dizendo: ‘Como é possível que eu não vos ame tanto quanto a ela?” (Filipe 63, 34-64,5). E noutra parte diz: “Eram três que acompanhavam o Senhor: sua mãe Maria, a irmã dela, e Madalena, que é chamada de sua companheira. Com efeito, era “Maria” sua irmã, sua mãe e a sua esposa” (Filipe 32).

Com entender o beijo entre Jesus e Maria Madalena? É fácil! Basta remontarmos à cultura daquela época. O beijo em hebraico significa comunicar o espírito. Por isso é que dizemos que o beijo é, por excelência, o sacramento do amor. Maria Madalena recebia os ensinamentos do mestre.

Eles eram espíritos unidos pelo amor ao Reino de Deus. Podemos também compreender isso olhando a vida dos grandes místicos. Francisco e Clara de Assis viveram essa mesma experiência sublime de amor, na consagração de suas vidas.

Chamar Maria Madalena de mãe, amada e irmã significa dizer a mesma coisa em três modos diferentes. Eles representam a mulher (feminino) nos seus três estágios de vida: infância, procriação e menopausa. E todas essas dimensões, na relação com o homem (Jesus), revelam a união profunda entre os seres humanos. União sem divisão, sem dualidade. Por isso, Maria Madalena só poderia ter sido de Jesus mãe, irmã e esposa.

No evangelho de João encontramos a expressão “discípulo amado”. Esse evangelho tem parentesco próximo em sua teologia com o evangelho de Maria Madalena. João quase não entrou na lista dos canônicos. Não seria o evangelho de João fruto da comunidade de Maria Madalena? O discípulo amado do evangelho de João não seria Maria Madalena?

Ela, sim, recebe esse título nos apócrifos. E para que o seu evangelho fosse considerado canônico, o evangelho de Maria Madalena virou de João e, João, por conseguinte, o discípulo amado. Bom, há de se considerar também que o discípulo amado nem seja João.

 Para Maria Madalena, o “pecado não existe

O evangelho de Madalena afirma: “não há pecado, somos nós que fazemos existir o pecado quando agimos conforme os hábitos de nossa natureza adúltera” (pagina 7, 14-19). O ser humano nasce em estado de graça, sem pecado. São os condicionamentos da vida que criam situações de pecado. O pecado então passa a existir.

E vale lembrar que o pecado não é só moral, mas social e comunitário. Infelizmente a Igreja católica, no decorrer da sua história, enfocou muito o pecado moral, chegando a criar até listas de pecados, e muita gente viveu atrelada a essa idéia, sem conseguir se libertar. A confissão dos pecados fez e faz um bem para todos nós, mas a idéia que tudo é pecado, não.

A liberdade é já um estado de graça. Nem tudo é pecado, sobretudo no campo da moral. O evangelho de Maria Madalena nos ensina a buscar a harmonia interior e sem absolutismos. (texto do Frei Jacir de Freitas Faria, OFM )



 


 

O EVANGELHO DE MARIA MADALENA
Este Evangelho foi escrito provavelmente no século II. Foi através de um fragmento copta, que ele chegou até nós. O destaque fica para a estranha parábola que Jesus conta para Maria Madalena. Esta passagem ocorreu após sua crucificação.
FRAGMENTO DO EVANGELHO SEGUNDO MARIA MADALENA
Salvador disse: "Todas as espécies, todas as formações, todas as criaturas estão unidas, elas dependem umas das outras, e se separarão novamente em sua própria origem. Pois a essência da matéria somente se separará de novo em sua própria essência. Quem tem ouvidos para ouvir que ouça".
Pedro lhe disse: "Já que nos explicaste tudo, dize-nos isso também: o que é o pecado do mundo?" Jesus disse: "Não há pecado ; sois vós que os criais, quando fazeis coisas da mesma espécie que o adultério, que é chamado 'pecado'. Por isso Deus Pai veio para o meio de vós, para a essência de cada espécie, para conduzi-la a sua origem." Em seguida disse: "Por isso adoeceis e morreis [...]. Aquele que compreende minhas palavras, que as coloque-as em prática. A matéria produziu uma paixão sem igual, que se originou de algo contrário à Natureza Divina. A partir daí, todo o corpo se desequilibra. Essa é a razão por que vos digo: tende coragem, e se estiverdes desanimados, procurais força das diferentes manifestações da natureza. Quem tem ouvidos para ouvir que ouça."
Quando o Filho de Deus assim falou, saudou a todos dizendo: "A Paz esteja convosco. Recebei minha paz. Tomai cuidado para ninguém vos afaste do caminho, dizendo: 'Por aqui' ou 'Por lá', Pois o Filho do Homem está dentro de vós. Segui-o. Quem o procurar, o encontrará. Prossegui agora, então, pregai o Evangelho do Reino. Não estabeleçais outras regras, além das que vos mostrei, e não instituais como legislador, senão sereis cerceados por elas".Após dizer tudo isto partiu.
Mas eles estavam profundamente tristes. E falavam: "Como vamos pregar aos gentios o Evangelho ao Reino do Filho do Homem? Se eles não o procuraram, vão poupar a nós?" Maria Madalena se levantou, cumprimentou a todos e disse a seus irmãos: "Não vos lamentais nem sofrais, nem hesiteis, pois sua graça estará inteiramente convosco e vos protegerá. Antes, louvemos sua grandeza, pois Ele nos preparou e nos fez homens". Após Maria ter dito isso, eles entregaram seus corações a Deus e começaram a conversar sobre as palavras do Salvador.
Pedro disse a Maria:"Irmã, sabemos que o Salvador te amava mais do que qualquer outra mulher. Conta-nos as palavras do Salvador, as de que te lembras, aquelas que só tu sabes e nós nem ouvimos."
Maria Madalena respondeu dizendo: " Esclarecerei a vós o que está oculto". E ela começou a falar essas palavras: "Eu", disse ela, "eu tive uma visão do Senhor e contei a Ele: 'Mestre, apareceste-me hoje numa visão'. Ele respondeu e me disse: 'Bem aventurada sejas, por não teres fraquejado ao me ver. Pois, onde está a mente há um tesouro'. Eu lhe disse: 'Mestre, aquele que tem uma visão vê com a alma ou como espírito?' Jesus respondeu e disse: "Não vê nem com a alma nem com o espírito, mas com a consciência, que está entre ambos - assim é que tem a visão [...]".
E o desejo disse à alma: 'Não te vi descer, mas agora te vejo subir. Por que falas mentira, já que pertences a mim?' A alma respondeu e disse:'Eu te vi. Não me viste, nem me reconheceste. Usaste-me como acessório e não me reconheceste.' Depois de dizer isso, a alma foi embora, exultante de alegria. "De novo alcançou a terceira potência , chamada ignorância. A potência, inquiriu a alma dizendo: 'Onde vais? Estás aprisionada à maldade. Estás aprisionada, não julgues!' E a alma disse: ' Por que me julgaste apesar de eu não haver julgado? Eu estava aprisionada; no entanto, não aprisionei. Não fui reconhecida que o Todo se está desfazendo, tanto as coisas terrenas quanto as celestiais.' "Quando a alma venceu a terceira potência, subiu e viu a quarta potência, que assumiu sete formas. A primeira forma, trevas,; a segunda , desejo; a terceira, ignorância,; a quarta, é a comoção da morte; a quinta, é o reino da carne; a sexta, é a vã sabedoria da carne; a sétima, a sabedoria irada. Essas são as sete potências da ira. Elas perguntaram à alma: ´De onde vens, devoradoras de homens, ou onde vais, conquistadora do espaço?' A alma respondeu dizendo: ' O que me subjugava foi eliminado e o que me fazia voltar foi derrotado..., e meu desejo foi consumido e a ignorância morreu. Num mundo fui libertada de outro mundo; num tipo fui libertada de um tipo celestial e também dos grilhões do esquecimento, que são transitórios. Daqui em diante, alcançarei em silêncio o final do tempo propício, do reino eterno'." Depois de ter dito isso, Maria Madalena se calou, pois até aqui o Salvador lhe tinha falado.
Mas André respondeu e disse aos irmãos:"Dizei o que tendes para dizer sobre o que ela falou. Eu, de minha parte, não acredito que o Salvador tenha dito isso. Pois esses ensinamentos carregam idéias estranhas". Pedro respondeu e falou sobre as mesmas coisas. Ele os inquiriu sobre o Salvador:"Será que ele realmente conversou em particular com uma mulher e não abertamente conosco? Devemos mudar de opinião e ouvirmos ela? Ele a preferiu a nós?" Então Maria Madalena se lamentou e disse a Pedro: "Pedro, meu irmão, o que estás pensando? Achas que inventei tudo isso no mau coração ou que estou mentindo sobre o Salvador?" Levi respondeu a Pedro: "Pedro, sempre fostes exaltado. Agora te vejo competindo com uma mulher como adversário. Mas, se o Salvador a fez merecedora, quem és tu para rejeitá-la? Certamente o Salvador a conhece bem. Daí a ter amado mais do que a nós. É antes, o caso de nos envergonharmos e assumirmos o homem perfeito e nos separaremos, como Ele nos mandou, e pregarmos o Evangelho, não criando nenhuma regra ou lei, além das que o Salvador nos legou."
Depois que Levi disse essas palavras, eles começaram a sair para anunciar e pregar.

"Não minha, Senhor. Não é minha, mas sim TODA TUA a Glória"

Maria Madalena, por sinal, foi a PRIMEIRA pessoa a testemunhar a Ressureição de Cristo. E é, por outro lado, realmente muito estranho que Pilatos tenha entregue o corpo de Jesus, supostamente morto na cruz, a José de Arimatéia. De acordo com as leis romanas da época um crucificado JAMAIS teria direito a uma sepultura. E para que isso fosse cumprido, guardas romanos eram postados nos locais dessas execuções de modo a impedir a remoção dos corpos dos condenados, os quais desprezivelmente deveriam apodrecer nas intempéries e serem devorados pelas aves de rapina!




A Bíblia nos diz que Madalena, nesse episódio, tentou tocá-lo, ocasião em que o Mestre teria respondido: - "Não me toques!" - talvez devido a uma alta radiação ou à gravidade dos seus ferimentos. Aí nesse ponto, temos uma outra adulteração dos originais. Na verdade, segundo os antigos registros, Jesus disse: - NÃO ME ABRACES!". E naqueles tempos, segundo a Lei, uma mulher não podia tocar um homem. O ABRAÇO era reservado e, portanto, somente permitido..... AOS ESPOSOS! 
 !

E há também uma outra fortíssima evidência: Jesus tinha o título de RABI, ou RABINO. Segundo as Leis Judaicas, um Rabino tem que ser obrigatoriamente CASADO. É exatamente o que esses antigos Preceitos dizem: - "Um homem não casado não pode ser um Professor das Leis"!

Nos Evangelhos, por sinal, existe a citação de um episódio, as chamadas "Bodas de Canaã", que bem poderia ter sido o próprio casamento de Jesus com Maria Madalena! Os textos são bem claros quando Jesus assumiu a si a responsabilidade de servir aos convidados, uma responsabilidade que, segundo os costumes da época, era unicamente reservada AO ANFITRIÃO - ou seja, AO PRÓPRIO NOIVO!

Pois é, Prezado Visitante. Existem mesmo muitas e muitas coisas que escondem de você. Onde estão os Verdadeiros Evangelhos? E por que muitos deles foram suprimidos através dos tempos? Embaraçosos, "indigestos", comprometedores! Quer um pequeno exemplo? Acima, você vê um raro e muito antigo exemplar da Bíblia Canônica, dita "Vulgata". Quer saber o quê ela tem de mais interessante? Os Dez Mandamentos.... ERAM 15 - cinco, portanto, aqueles mais "indigestos", foram literalmente suprimidos! E quer saber quais eram originariamente os 15? Então vamos lá: 1 - Não tereis nenhum deus estrangeiro; 2 - Não fareis nenhuma imagem (ótimo); 3 - NÃO ADORAREIS IMAGENS (este, o "melhor" de todos) ; 4 - Não pronunciareis em vão o nome do Senhor; 5 - Santificareis o dia do Sabá; 6 - Honrareis vosso pai e vossa mãe; 7 - Não matareis; 8 - Não fornicareis (muito importante e bem "atual"); 9 - Não furtareis; 10 - Não testemunhareis o falso (pois é!); 11 - Não desejareis a casa do vosso próximo, nem sua mulher e nem os bens dele (sutil); 12 - Não fareis deuses de prata e nem de ouro (em outras palavras, não façais de Minha adoração um comércio); 13 - Levantareis para mim um altar na Terra; 14 - Se fizerdes um altar de pedra, não o construireis com pedras talhadas, pois se tornará impuro se usardes o buril; 15 - Não subireis até meu altar por degraus (em outras palavras, não ostentareis e tampouco façais discriminações dentre aqueles que Me seguem e Me buscam)! Pois é, muito lamentavelmente tem gente que sozinha e através dos tempos conseguiu (e ainda consegue) a espantosa façanha de violar 15 dos Dez Mandamentos!

E Leonardo da Vinci, conforme já vimos um Grão-mestre do Priorato do Sião, teria nos deixado uma outra sutil mensagem: na sua obra conhecida como "A Virgem nas Rochas", o que aparece na cena seria MARIA MADALENA tendo ao seu lado a filha SARA, brincando com as demais crianças!

A Ordem do Priorato do Sião, também conhecida como "O Monastério do Sião", em 1118 adotou o subtítulo de "Rosacruz Veritas", a qual na qualidade de suprema guardiã desses imensos segredos, deu origem à Sagrada Ordem dos Templários, os Cavaleiros de Cristo. Segundo dizem os velhos registros, eles teriam tomado a si a guarda do SANTO GRAAL e a proteção dos descendentes e da linhagem de Cristo, as quais naturalmente correriam sério perigo através dos tempos se acaso fossem conhecidos ou revelados.

Logo, os Cavaleiros Templários se tornaram uma forte e poderosa organização. E pelo fato de guardarem consigo um muito perigoso e extremamente proibido segredo que a Igreja Católica logicamente conhecia e abafava, passaram a sofrer fortes perseguições militares que visavam à sua extinção e que duraram dos anos 1307 a 1314.

Jacques de Molay, teoricamente o último dos Grãos-mestres Templários, foi condenado à morte na fogueira, enquanto que vários outros membros da Ordem foram capturados e mortos sob cruéis torturas nas masmorras, por ordens do ambicioso rei Felipe, cognominado "O Belo" e do sinistro Papa Clemente V. Contudo, os sediciosos e os inimigos da verdade podiam matar os corpos porém jamais suprimir a Alma. Assim, os segredos velados pelos Cavaleiros de Cristo continuavam guardados - muito mais bem guardados do que os seus algozes e perseguidores pensavam.....!

Acima, vemos a imagem de Santa Maria Madalena, situada em uma igreja na localidade francesa de Rennes-Les-Chateaux - uma imagem repleta de um alto simbolismo inciático, místico e esotérico. (FOTO: © Alan Scott)

E essa é a pequena e aprazível localidade francesa de Rennes-Les-Chateaux, situada no topo de uma colina a Leste dos Pirineus. Bem perto de lá, há muito tempo, existira uma moradia dos Cavaleiros Templários, tendo sido a residência de Bertrand de Rochefort, o quarto Grão-mestre da Ordem, e sabe-se que esse local fizera parte de uma rota sagrada de peregrinação até Santiago de Compostela, já na Espanha. No dia primeiro de julho de 1885, porém, a sempre aparente tranqüilidade dessa cidade iria radicalmente mudar:

Precisamente naquela data, assumiu um novo pároco em Renens-Les-Chateaux, o Padre Berenger Saunière, o qual, não se sabe bem porque, como uma espécie de castigo do Vaticano foi "exilado" naquelas lonjuras. Recebendo da Igreja um parco salário, umas poucas libras ao ano, Saunière aproveitou-se do exílio forçado para se aperfeiçoar em línguas extintas, tais como o Latim, o Grego e também o Hebraico. Não foi, contudo, uma vida sofrida. Bem ao contrário, tinha certas vantagens: caçava, pescava e desfrutava, enfim, de uma "boa vida", calma e muito tranqüila. Dizem também as "boas línguas" que, para completar a sua "desdita" e assim contrariando um dos cinco Mandamentos suprimidos, até se tornou o ardoroso amante de uma camponesa da região, a qual fielmente o acompanhou até o fim dos seus dias.

Saunière tinha consigo uma ambição: reformar a velha Igreja da região (foto), originária do ano 1059 e cujo nome era MAGDALA - um nome que obviamente significa MADALENA. Em 1891, de fato e munido de alguns pequenos recursos municipais, deu início a esses trabalhos.

E essa é a imponente torre de Magdala, onde fenômenos muito estranhos ainda hoje se manifestam.

E foi preisamente lá que um estranho fenômeno luminoso, talvez propositadamente gerado pelos reflexos dos vitrais (e que se repete até os dias de hoje na Igreja de Magdala, podendo até mesmo ser fotografado e chamado de Blue Apples - foto) se manifestou diante de Saunière durante os trabalhos de restauração daquele templo! Saunière que era um homem bastante arguto logo deduziu que isso certamente não se tratava de um mero acaso e que certamente apontaria para alguma coisa muito importante, talvez um segredo muito antigo e, por sua vez, muito bem guardado!

De fato, durante a remoção do altar-mor, Saunière encontrou uma pedra que encimava duas colunas visigóticas. Uma dessas colunas era oca. Dentro dela, dois pergaminhos datados de 1244 e 1644! Eram relativos ao Novo Testamento e continham inúmeras palavras e textos muito bem codificados e cifrados, os quais Saunière mediante a sua erudição deve certamente ter traduzido. Compreendendo a importância de tal achado, Saunière levou tais pergaminhos ao seu superior e logo depois foi encaminhado a Paris (onde, aliás, arranjou uma nova amante) com todas as despesas pagas, onde manteve reuniões secretíssimas com altas autoridades da Igreja. Retornando a Rennes-Les-Chateuax, subitamente a vida daquele ex-modesto padre começou a mudar: recebia imensos depósitos bancários, gastava dinheiro perdulariamente (o que hoje equivaleria a vários milhões de Dólares!), a ponto mesmo de financiar obras públicas na cidade. Colecionava tecidos, porcelanas e obras de arte raras, criou um jardim, um zoológico e até mesmo uma biblioteca suntuosa. Dizem novamente as "boas línguas" que Saunière estaria CHANTAGEANDO O PRÓPRIO VATICANO, recebendo assim altíssimas somas para vender o seu silêncio diante das revelações que descobrira naqueles documentos e que, se viessem à tona, poderiam literalmente acabar com a Igreja Católica. Documentos esses que diziam respeito à vida de Jesus, Maria Madalena e a sua descendência!!! Saunière, algum tempo depois, morreu repentinamente e sem qualquer explicação. Novamente as "boas línguas" dizem que ele fora convenientemente envenenado, pois sua "gula" por mais dinheiro estaria ficando bastante incômoda, sem contar o perigo que ele verdadeiramente representava pelo fato de saber em demasia. Sua imensa fortuna? Misteriosamente desapareceu, ou então teria ficado com a fiel amante. Trata-se apenas de mais um outro intrigante mistério dentro desse intrigante contexto.

Mas, precisamos entender o porquê de tais documentos terem sido tão cuidadosamente guardados . Acima vemos uma outra localidade francesa denominada Languedoc. Aqui, lamentavelmente, foi o palco de um enorme genocídio, perpetrado no Século XII, precisamente em 1209, por 30 mil soldados do rei a mando do Papa da época, ocasião em que todo o território foi pilhado e a população local, mais de 15 mil pessoas incluindo-se aí mulheres, idosos e crianças, foram impiedosamente massacrados.

Foi a chamada Cruzada Albigense, destinada a eliminar os "hereges" Cátaros, aqueles que guardavam esses documentos muito "indigestos". Nessa ocasião, quando um oficial militar perguntou ao representante do Papa como distinguir os hereges dos crentes verdadeiros, a resposta foi exatamente essa: - "Mate-os todos. Deus reconhecerá os seus". Este mesmo representante da Igreja, mais tarde, escrevera orgulhosamente ao Papa Inocêncio III que - "nem idade, nem sexo, nem posição foram poupados" (na foto, antigas estátuas de Cavaleiros Cátaros).

Aqui vemos as ruínas da Fortaleza Montesegur - um outro sagrado refúgio Templário, igualmente vítima dos ataques militares e papais contra aquilo que eles chamavam de a "heresia cátara", sitiada por durante dez meses e finalmente capitulando no ano 1244 mediante outro grande e cruento massacre. É muito possível que inúmeros segredos ainda se encontrem encerrados nas suas velhas paredes.

Principalmente pelo fato de tais documentos, ditos "hereges", também confirmarem amplamente que Jesus Cristo não morreu na cruz! Pelo contrário, através de um édito do Imperador Tibério, chegado às pressas diretamente de Roma, sua vida fora poupada e ele descido da cruz em deplorável estado físico, porém ainda VIVO. Sua família, como já vimos por medida de segurança, partiu para outras terras e Ele - juntamente com sua mãe Maria, e uns poucos fiéis apóstolos - prosseguiu sua peregrinação através do mundo, vindo a morrer já bastante idoso na Índia, precisamente em Kashemir, no ano 74 - onde hoje, por sinal, está situada a sua tumba! Aliás, nos documentos Templários encontrados por Saunière em Rennes-Les-Chateaux, era estabelecido de maneira muito clara e direta, sem contudo especificar onde, que Jesus estava VIVO e em outras terras no ano 45!

E quem retirou Jesus do cruel suplício da Cruz e tratou dos seus severos ferimentos foram os membros da Sociedade Essênia - uma Ordem austera, incorruptível, de fundamentos iniciáticos e de origem EGÍPCIA, da qual, aliás, inclusive o próprio Jesus fez parte como Elevado Mestre!

Por sua vez, nas altas cavernas das montanhas de Qumram (foto), situadas às margens do mar Morto, um pequeno pastor descobriu importantes documentos dessa Fraternidade Essênia, contendo outros exemplares de verdadeiros Evangelhos, conhecidos como "Os Manuscritos do Mar Morto", os quais não só confirmavam tudo isso, como também revelavam outras passagens desconhecidas da vida e da obra Daquele que foi o seu membro Maior e mais importante: Jesus, O Nazareno!

Na foto acima, um fragmento dos Manuscritos do Mar Morto, obviamente também considerados "apócrifos" pela Igreja Católica. E foi também, por sua vez no Egito, que um camponês encontrou em 1945 nas proximidades da cidade de Nag Hammadi, um jarro de cerâmica vermelha profundamente enterrado. No seu interior, antigos manuscritos dos quais ele, ignorando o seu imenso valor usou muitos deles para aquecer a sua casa. Essa coleção - que faz parte dos Evangelhos Gnósticos e conhecida como os "Manuscritos de Nag Hammadi" - foi posteriormente contrabandeada para fora do Egito e adquirida pela Fundação Carl G. Jung, sendo finalmente traduzida em 1961 por um grupo internacional de especialistas.....

..... Para surpresa de todos, ali estavam documentos muito mais velhos do que os constantes do Novo Testamento geralmente aceitos. E, o melhor de tudo, documentos que escaparam ilesos da violenta censura! Em um desses manuscritos, intitulado "O Segundo Tratado do Grande Seth", está explicitamente revelado que Jesus escapou da morte na cruz através de uma engenhosa "substituição", dessa forma dando a entender que o episódio da sua crucificação teria sido uma farsa! Além disso, em uma passagem de um outro texto, Pedro dirige-se a Maria Madalena com as seguintes palavras: - "Irmã, nós sabemos que o Salvador te amou mais do que as outras mulheres". E nesses documentos estava também contido o Evangelho de Felipe, no qual uma passagem muito interessante e reveladora diz textualmente (grifos nossos): - "O Senhor fez tudo misteriosamente, um batismo e uma crisma e uma Eucaristia e UMA REDENÇÃO EM UMA CÂMARA NUPCIAL"! E mais: - "Existem três que sempre caminharam com o Senhor: "Maria sua mãe, e sua irmã, e MADALENA, CHAMADA SUA COMPANHEIRA"..... E a companheira do Salvador é Maria Madalena. Mas Cristo a amava mais que a todos os seus discípulos e A BEIJAVA NA BOCA FREQÜENTEMENTE. O restante dos discípulos ficavam ofendidos com isso e expressavam sua desaprovação...... Grande é o mistério do CASAMENTO! Pois sem ele o mundo não teria existido.... Existe o Filho do Homem e E O FILHO DO FILHO DO HOMEM. O Senhor é o Filho do Homem, e o FILHO DO FILHO DO HOMEM é aquele CRIADO ATRAVÉS DO FILHO DO HOMEM". Sem dúvida alguma, dá plenamente para entender porquê exatamente a Igreja Católica suprimiu o muito embaraçoso (e sobretudo extremamente "indigesto") Evangelho de Felipe.....!


E esse foi o Papa João XXIII, supostamente um Cavaleiro Templário R+C no seio da própria Igreja Católica! Ele pode ser considerado como o reorientador da Igreja, através do Concílio do Vaticano II, quebrando toda uma antiga tradição e estabelecendo que um católico poderia pertencer à Maçonaria. Em 1960 produziu uma Carta Apostólica muito sutil e especial, na qual enfatizava o sofrimento de Jesus como SER HUMANO, sustentando que a redenção da humanidade ocorreu com o derramamento do seu sangue, estabelecendo ainda que esse derramamento de sangue ASSUMIU UMA CONSEQÜÊNCIA MAIOR DO QUE A RESSURREIÇÃO E A CRUCIFICAÇÃO e que, portanto, A MORTE DE JESUS NA CRUZ NÃO É MAIS UM DOGMA NECESSÁRIO À FÉ CATÓLICA. Em suma: Não é mais necessário que Jesus tenha morrido na cruz para que a fé católica seja válida!!! Sutilíssimo.

E a descendência de Jesus? Os velhos registros Templários afirmam que ela prosseguiu a partir da França com a chegada de Maria Madalena e da filha Sara. Segundo esses registros, a Dinastia Merovíngia foi a primeira a ter nas suas veias o Sangue de Jesus, tendo posteriormente passado ao ramo familiar SAINT-CLAIR e até mesmo a uma numerosa família composta por inúmeros ramos colaterais, todos espalhados pelo mundo e que até mesmo desconheceriam essa preciosa identidade!

E desde aqueles recuados tempos - sempre sob a proteção dos Cavaleiros Templários - essa descendência predestinada SE MANTÉM ATÉ OS DIAS DE HOJE, porém secretamente. Muito secretamente assim como até hoje o são os VERDADEIROS TEMPLÁRIOS, os eternos Cavaleiros de Cristo que já não mais usam as suas pesadas armaduras físicas, mas as poderosas e invencíveis armaduras da ALMA - aqueles que nunca se revelam, não vendem seus ensinamentos e jamais fazem quaisquer propagandas ou ostentações - e os quais ninguém jamais poderá encontrar, por mais que tente e por mais que possa vir a procurar! (IMAGEM: Mysticrealms,UK)

Chegamos verdadeiramente a um tempo em que nada mais pode permanecer oculto. Nessa imagem da Discovery Channel, vemos o notável e altamente abalizado professor Tony Burroughs, genealogista e especialista em línguas extintas que percorreu nada menos que três continentes examinando antiqüíssimos documentos que permaneciam ocultos ou desprezados, levantando dados importantes sobre a real família e a real história de Jesus. Suas pesquisas concluíram que: Maria, a Mãe de Jesus, JÁ FORA CASADA ANTERIORMENTE tendo, dessa anterior união, dois filhos, cujos nomes eram Thiago e José. Jesus teria sido um filho gerado por intermédio de uma outra união desconhecida, ANTES do seu casamento com o carpinteiro José, tido nos Evangelhos como o pai adotivo de Jesus. E da união de José com Maria nasceram dois outros filhos, cujos nomes eram Simão e JUDAS. Portanto, Jesus teve quatro meio-irmãos.

Simão, Judas e Thiago, SEUS MEIO-IRMÃOS, aliás, foram apóstolos de Jesus. Portanto JUDAS, seu irmão, não poderia JAMAIS Tê-lo traído assim como tradicionalmente nos ensinam! Seria absurdamente ilógico.

Burroughs descobriu também que Jesus, pelos fatos de ter tido um pai desconhecido e ter sido gerado através de uma união fora das Leis vigentes na época, teve uma infância atribulada e por isso fora rejeitado pelas demais crianças da sua comunidade. E justamente por isso - isto é, pelas dúvidas quanto à Sua paternidade - quando Ele tinha 12 anos de idade ao morrer José, o Seu pai adotivo, chegou mesmo a ser impedido de comparecer ao funeral! E mais: de modo a esconder esses fatos, o episódio da visita do Anjo que anunciou a Maria a sua divina concepção, FOI "PLANTADO" NA BÍBLIA pelos seus "revisores" cerca de 100 anos depois da crucificação, tudo de modo a esconder essas muito chocantes verdades!

Pois Jesus, O Cristo, O Maior de Todos os Mestres, foi um homem, um ser humano assim como eu ou você, revestido de uma matéria densa, o corpo físico, e como tal era dotado das mesmas necessidades. Comia, bebia, ria, chorava, tinha necessidades fisiológicas assim como qualquer um de nós. E o fato de ter sido casado e ter gerado uma descendência não invalida de maneira alguma a Santidade da Sua Sublime Alma, ou sequer desmerece a sua Grande e Imorredoura Obra - ainda hoje lamentavelmente incompreendida e situada para muito adiante até mesmo do nosso próprio tempo.

E Maria Madalena, a esquecida pela História e pela fé, foi citada no Evangelho de Lucas como "A mulher da qual vieram Sete Véus", o que em outras palavras significa mistério, segredo velado - ou então OS SETE VÉUS DE ÍSIS, significando que ela era (assim como O próprio Cristo o foi), uma ALTA INICIADA! Segundo as Tradições ela levou o Cálice Sagrado - O Sangue Real - para o Sul da França, o maior de todos os segredos que a Igreja proibiu! O Cálice que é estritamente ligado àquela que foi a mais sublime alma que tocou este planeta - Jesus, O Nazareno. Enfim, o SANTO GRAAL, O Cálice Sagrado que levava o Sangue de Jesus, uma metáfora sublime que esconde um enorme e terrível segredo: o Recipiente simbólico que levou consigo o Sangue Imaculado de Jesus, o Graal, tão buscado pelos aventureiros através dos tempos, não se tratava de um mero objeto mas, sim, de algo muito mais elevado - muito maior e muito mais sublime, que realmente preservou e deu continuidade ao Sangue Daquele que foi o Maior de Todos os Mestres: O ÚTERO DE MARIA MADALENA!!!!

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