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Demonologia é o estudo sistemático dos demônios. Quando envolve os estudo de textos bíblicos, é considerada um ramo da Teologia. Por geralmente se referir aos demônios descritos no Cristianismo, pode ser considerada um estudo de parte da hierarquia bíblica. Também não está diretamente relacionada ao culto aos demônios.


sábado, 14 de março de 2015

Os Gnósticos Templários e a Adoração à Baphomet

Nos difíceis anos da Idade Média, um grupo de monges fervorosos e soldados habilidosos conhecidos como os Cavaleiros Templários se tornou uma das organizações mais poderosas de toda a Europa. Enquanto muitos ainda buscam pela fonte de poder que teria transformado aqueles cavaleiros que vestiam mantos brancos ornamentados por cruzes vermelhas nos homens mais poderosos da Europa, as ligações destes guerreiros santos com a figura incompreendida de Baphomet parece oferecer respostas reveladoras.

Em 1129, a ordem dos Cavaleiros Templários foi reconhecida e apoiada oficialmente pela Igreja Católica, o que a fez crescer em número de membros e também em influência. Como aquela era uma época de conflitos e batalhas muito importantes para o Catolicismo e os reis da França, os poderosos soldados Templários eram muito valorizados.

Por outro lado, havia também os Templários que não iam para os campos de batalha, mas se dedicavam primeiramente aos seus trabalhos de caridade e à sua prática religiosa. Mesmo assim, eles também tinham seu valor reconhecido, pois dominavam técnicas de administração financeira e de construção de fortificações, dois aspectos estrategicamente vitais para as ambições das Cruzadas.

Mas, com a perda da Terra Santa para as forças de Saladino, a Ordem dos Templários perdeu força. Em seguida, os Templários passaram a ser perseguidos pela própria Igreja Católica que os apoiava, bem como pelas forças do rei da França, que era um dos maiores devedores da Ordem.

Para justificar a captura, o julgamento e a morte na fogueira dos Cavaleiros Templários, foram espalhados rumores de que os membros da Ordem cometiam uma série de heresias, apostasias e idolatrias, como a realização de cerimônias secretas e iniciáticas e o ato de cuspir na cruz.

No entanto, certamente nenhum destes comportamentos causou tanto espanto, tanto escândalo e tanta curiosidade como a adoração à figura de Baphomet, uma criatura considerada demoníaca pelos católicos supersticiosos, com cabeça e pés de bode, asas de anjo, corpo andrógino, ostentando uma tocha no alto da cabeça e apontando com uma das mãos para cima e outra para baixo.
Os intelectos mais frágeis, sustentados por uma inclinação emocional fervorosa à aceitação de dogmas e à intolerância religiosa, vêm considerando o Baphomet como uma representação do próprio diabo. Na verdade, Baphomet representa a harmonia entre os grandes contrastes do universo, ou seja, entre as grandes dualidades da existência, seja por combinar os traços físicos femininos e masculinos, ou ao apontar tanto para o Céu como para o Inferno.

Mesmo que as dualidades universais existam desde o princípio do universo, o nome Baphomet apareceu pela primeira vez no século XI como uma forma equivocada de escrever a palavra Mahomet, forma latina de Maomé, o profeta do Islã. Somente mais tarde aparece como nome do ídolo pagão adorado pelos Templários no século XIV. O termo voltou a ser conhecido no século XIX com o retorno dos debates acerca dos motivos que levaram à supressão dos Templários, mas também com a imagem popularizada nos meios ocultistas por Eliphas Lévi.

É de extrema importância frisar que esta explicação do erro gráfico para a origem do nome Baphomet não é uma unanimidade, mas infelizmente acaba sendo apresentada desta maneira. Muitos são os que combateram esta perspectiva demasiado suspeita, e há versões mais esclarecedoras desde o ponto de vista esotérico, e que serão consideradas mais adiante.

Fato é que a equivalência do termo Baphomet e do nome latinizado de Maomé serviu perfeitamente aos interesses do catolicismo decadente da época, que usou os Templários como bode expiatório (sem trocadilhos!) para a derrota nas Cruzadas, e da realeza falida, que se livrava de seus maiores credores e da vergonha por tantas lambanças militares. Contudo, diversas interpretações posteriores oferecem simbolismos muito úteis que são derivados da palavra Baphomet, indicando que a prática espiritual dos Templários estava fundamentada no pensamento dos antigos gnósticos.

Já no século XVIII, a primeira destas interpretações foi proposta pelo maçom e iluminista Friedrich Nicolai, o primeiro a relacionar os Templários com os antigos gnósticos. De acordo com ele, a palavra Baphomet era formada pelas palavras gregas βαφη μητȢς, baphe metous, que significam Batismo da Sabedoria. Nicolai afirma que os Templários tinham uma doutrina secreta (gnóstica), a qual era acessada mediante graus iniciáticos.

Tanto a doutrina gnóstica como as iniciações que conduziam aos seus princípios teriam sido comunicadas aos Templários diretamente pelos muçulmanos. Em nossos estudos sobre o desenvolvimento do gnosticismo através da história e a transmissão dos princípios herméticos desde as civilizações antigas até os dias atuais, já comprovamos que o mundo islâmico foi o herdeiro das gemas preciosas do esoterismo antigo, recebendo-as diretamente das mãos dos gnósticos e transmitindo-as séculos depois aos europeus, ajudando-os a sair das espessas trevas em que tinham se metido.

No século seguinte, o filósofo e lexicógrafo parisiense Emile Littré publicou em seu Dictionnaire de la Langue Francaise (Dicionário da Língua Francesa) que a palavra baphomet era cabalisticamente formada pela escrita reversa temohopab (tem. o. h. p. ab), uma abreviação da expressão latina templi omnium hominum pacis abbas, que significa “pai do templo da paz de toda a humanidade”. A fonte para esta afirmação seriam os escritos de um certo Abade Constant, que não é outro senão o grande mago e ocultista Eliphas Lévi.

Mais tarde, o professor sufi Idries Shah, proponente da ideia de um sufismo universalista, à maneira do gnosticismo universalista de Samael Aun Weor e do perenialismo que antecede a ambos, propõem que a palavra Baphomet deriva do termo ábare أبو فهمة, abu fihama(t), que significa “pai do entendimento”. A conexão entre a interpretação de Littré e a de Shah permite a compreensão de que o paz da humanidade estaria apoiada na sabedoria, e não na crença que tantos sofrimentos e tribulações trazia e ainda traz ao mundo.

Corroboram com esta linha de pensamento as afirmações Hugh J. Schonfield, um dos estudiosos que trabalhou na tradução dos Manuscritos do mar Morto. Para Schonfield, a palavra Baphomet foi criada intencionalmente através do uso de um dos métodos específicos da Numerologia Cabalística, conhecido como Atbash substitution cipher

Este método de criptografia substitutiva consiste na troca da primeira letra do alfabeto hebraico pela última, da segunda letra pela penúltima, da terceira pela antepenúltima, e assim por diante, até que todas as letras que compõem uma palavra sejam substituídas e uma palavra completamente nova seja formada. Contudo, segundo os princípios da Numerologia Cabalística, mesmo que a forma das palavras sejam diferentes, seu significado é o mesmo.

Assim sendo, Baphomet escrito em caracteres hebraicos corresponde à בפומת. Após a aplicação do método numerológico Atbash, ela se torna שופיא. Convertida para o grego, encontramos a palavra Sophia, que além de significar Sabedoria, também é um dos principais elementos mitológicos reverenciados e aplicados na prática pelos antigos gnósticos. Mesmo distanciados pelo tempo, os Templários e os Gnósticos compartilham da mesma raiz religiosa, que é o emprego da Sabedoria como importante instrumento de redenção da alma.

Todas estas interpretações posteriores são muito mais interessantes, enriquecedoras e esclarecedoras desde o ponto de vista esotérico do que a suposta equivalência entre Baphomet e Maomé, que pelos motivos já explicados era muito conveniente para os católicos que sempre se dedicaram a perseguir os hereges para garantir a manutenção de seu poder e de seus tesouros mais queridos.

Através da comparação destas análises, fica evidente como a superficialidade do intelecto pode ser usada com facilidade para justificar as atrocidades como a perseguição religiosa e a supressão das diferenças. Melhor mesmo é adorar Baphomet, não cegamente como alguns adoram os nomes de Jesus ou as imagens de santos, mas sim como o faziam os Gnósticos e os Templários de ontem e como fazem os Gnósticos atuais, cultivando a gnosis que não conduz à idolatria separatista, mas ao respeito unificador, colocando-nos em contato com os Mistérios do Criador e de sua Criação.

Os 7 Assassinatos Mais Famosos Cometidos pelos Papas

Realmente não foram poucas as pessoas que foram assassinadas por ordens diretas dos Papas. Desde cidadãos mais comuns até pensadores e nobres, milhares de pessoas que tiveram a audácia ou a inocência de desafiar os interesses escusos dos Papas foram condenadas aos mais terríveis suplícios, entre os quais estavam a fogueira, a marreta, a forca e a guilhotina.
Uma das lendas conta que, no ano de 1585, o Papa Sisto V deu início à uma política de tolerância zero, o que acabou resultando num número de cabeças cortadas amontoadas na ponte do Castelo de Santo Ângelo maior do que o de melões nos mercados de Roma.

Os lugares mais comuns onde aconteciam as execuções eram, além da Ponte Santo Ângelo, a Praça do Povo e a Via dei Cerchi, próxima à Praça da Boca da Verdade.

Os registros das mortes foram encontrados em diversos documentos, mas especialmente nos cadernos de Giovanni Battista Bugatti, o carrasco do Papa, que marcava 516 “justiças” realizadas em nome dos Papas.

Mas a lista de Bugatti termina: “Aqui termina a lista de Bugatti. Que a do seu sucessor possa ser menor”. A lei papal prescrevia o pagamento de 3 centavos de lira romana ao carrasco, um salário propositalmente baixo, para que marcasse a repugnância de seu trabalho.

Esta lista inclui apenas as pessoas que foram executadas diretamente pela Santa Sé. Ela não inclui as numerosas execuções realizadas por outras autoridades da Igreja Católica Apostólica Romana, nem as incontáveis execuções das Inquisições que não a Inquisição Romana, nem as inúmeras mortes registradas nas guerras que envolviam os Estados Papais, e nem mesmo as vítimas que foram executadas extrajudicialmente.
Beatrice Cenci

Beatrice Cenci era uma nobre italiana que protagonizou um dos mais tétricos julgamentos de Roma. Ela era filha do aristocrata Francesco Cenci, um sujeito que estava sempre tendo problemas com as autoridades papais. Eles viviam no Palácio Cenci, junto com Giacomo, o irmão mais velho de Beatrice , com Lucrezia Petroni, a esposa de Francesco, e Bernardo o filho mais jovem.

De acordo com a lenda, Francesco maltratava sua esposa e seus filhos, e abusava sexualmente de Beatrice. Todos conheciam a reputação de Francesco, mas ninguém fazia nada a respeito. Beatrice tentou informar às autoridades sobre os abusos que sofria do pai, e quando Francesco ficou sabendo, enviou a família para viver em um castelo afastado de Roma.

Então, os quatro Cenci decidiram que não havia outra alternativa senão livrar-se de Francesco. Com a ajuda de dois vassalos, a família matou Francesco e atirou seu corpo do desfiladeiro para que a morte parecesse acidental. Mas, ninguém acreditou nisso.

A polícia do Papa investigou a morte e descobriu como ela acontecera. Os quatro membros da família Cenci foram presos, condenados e sentenciados à morte. O povo, sabendo dos motivos da morte, protestou contra a sentença. Contudo, o Papa Clemente VIII, temendo a pressão dos nobres, ordenou a execução imediata na ponte de Santo Ângelo.

Antes de morrer, Giacomo foi torturado. Então, sua cabeça foi amassada com uma marreta e seu corpo esquartejado. Lucrezia e Beatrice foram decapitadas com uma espada. O pequeno Bernardino teve sua vida poupada, mas foi obrigado a assistir o assassinato de seus familiares, antes de voltar à prisão e ter seus bens transferidos para a família do Papa. Ainda hoje existem relatos misteriosos de que, todos os anos, na noite que antecede a data de sua execução, Beatrice perambula pela ponte em busca de sua cabeça perdida.

6. Pomponio Algerio

Pomponio Algerio era um estudante de Direito Civil na Universidade de Pádua, e suas crenças teológicas radicais acabaram chamando a atenção da Inquisição Romana. Em seu julgamento, Algerio fez questão de utilizar seu chapéu acadêmico para lembrar ao tribunal que, como ainda era estudante, tinha o direito de expressar com liberdade suas ideias.

Em seu julgamento, Pomponio Algerio condena a suposta dependência da bondade do ser humano em relação à vontade e à intervenção de Deus. Ele diz: “A Igreja se desvia demasiadamente da verdade quando afirma que o homem não pode fazer nada de bom por sua própria conta e por seu próprio juízo, já que nada louvável pode proceder de nossa natureza corrupta e infectada, exceto no caso de Deus ter nos concedido alguma graça.”

Mais que isso, Algerio se refere ao caráter sectário da Igreja Católica, quando diz: “A Igreja Católica Romana é apenas uma entre tantas outras Igrejas, e nenhum cristão deveria restringir suas conduta e suas crenças àqueas ditadas por uma Igreja em particular. Além do mais, esta Igreja se desvia em muitas coisas da verdade.”

Depois de ter se recusado à se conformar com a doutrina da Igreja, ele foi sentenciado à prisão, quando foi pedido que ele reconsiderasse suas crenças. Mais de um ano passado detrás das grades, ele novamente recusou mudar de opinião. Naquela ápoca, as autoridades de Veneza não consentiriam com uma ordem de execução em virtude de discordância teológica.

Então, o Papa Paulo IV decidiu enviar seus representantes para solicitar a extradição de Pomponio para Roma., o que acabou acontecendo. Jogado numa cela por mais um longo período, Pomponio recebeu um monge da irmandade de São João que insistiu em seu arrependimento, oferecendo em troca um misericordioso estrangulamento seguido da fogueira. Que opção tinha o estudante senão recusar a oferta? Um ano mais tarde ele foi executado. Mantendo a compostura ele foi queimado em óleo fervente, e permaneceu lúcido por 15 minutos antes de morrer.

5. Girolamo Savonarola

Girolamo Savonarola foi um padre dominicano que, por um curto período, governou a cidade italiana de Florença. Era um intelectual muito talentoso, especialmente em filosofia e medicina. Quando esteve em Faenza, ouviu um forte sermão de um padre agostiniano, e resolveu renunciar ao mundo ingressando na ordem dominicana sem o conhecimento de seus pais.

Sentindo profundamente a perda de valores trazida pelo ideário do Renascimento, começou a escrever tratados filosóficos baseados em Aristóteles e Tomás de Aquino. Foi designado por seu superior para pregar em Florença, o centro do Renascimento, e lá se opôs com grande energia à vida pagã e à imoralidade que prevalecia em muitas classes da sociedade, em especial na corte de Lourenço de Médici.

Savonarola começou seus sermões no púlpito da igreja de São Marcos, e toda a cidade de Florença ia ouvi-lo. Ele criticava a imoralidade, a vida de prazeres dos florentinos, enquanto pregava que a população voltasse à vida da virtude cristã. Também intensificou suas críticas contra os abusos na vida eclesiástica, a imoralidade de grande parte do clero, especialmente de muitos membros da Cúria romana, de príncipes e cortesãos.

O pregador dominicano falava cada vez mais com violência crescente contra o Papa e a Cúria, atacando os crimes do Vaticano. Um cisma começou a se prefigurar e o Papa se viu forçado a agir. Em 1497 foi excomungado. Savonarola terminou preso por ordem papal e condenado à morte em 1498. Foi torturado e enforcado, e o seu corpo queimado em praça pública.

4. Matteuccia di Francesco

Matteuccia di Francesco foi uma suposta freira e bruxa italiana, conhecida como a “Bruxa de Ripabianca”. O julgamento contra Matteuccia é um dos primeiros a terem sido documentados na Úmbria, onde um Tribunal da Bruxaria pronunciou a sentença de morte.

Os juízes decretaram que Matteuccia estava sendo influenciada pelo próprio diabo, e por este motivo vinha repetidamente praticando atos sacrílegos e feitiços contra os habitantes de Ripabianca. Os acusadores afirmaram que o comportamento da suposta bruxa vinha sendo praticado por muitos anos, até que foi definitivamente capturada e condenada pela corte de Lorenzo de Surdis, segundo ordens diretas do Papa.

Abaixo segue um trecho da acusação formal apresentada pela Igreja Católica contra Matteuccia di Francesco, que a condenava à ser queimada na fogueira sob a acusação de bruxaria:

“Esta é a punição corporal e a sentença corporal ratificada pelo Magnífico e Poderoso Senhor Lorenzo di Surdis, honrado Mantenedor da Paz para a Santa Igreja Romana e o Santo Padre, no nome de Jesus Cristo e de nosso Pai Sagrado pela Divina Providência, o Papa Martinho V. Nós acusamos Matteuccia di Francesco, universalmente reconhecida como uma mulher de hábitos maléficos e de prostituição, feiticeira e bruxa, contra quem formalmente oferecemos acusação.”

Mattiuccia teria confessado ter vendido poções medicinais e ter voado através das árvores na forma de uma mosca e nas costas de um demônio depois de ter aplicado sobre seu corpo um unguento preparado com o sangue de uma criança recém-nascida. Ela foi julgada culpada de bruxaria e sentenciada à ser queimada na fogueira.

3. Arnaldo de Brescia

Arnaldo de Brescia foi um padre italiano da região da Lombardia que exigiu da Igreja Católica a renúncia sobre suas propriedades, e que participou da fracassada Comuna de Roma. Arnaldo foi preso e seu enforcamento foi ordenado pelo Papa. Não fosse isso suficiente, seu corpo ainda foi queimado postumamente, e suas cinzas atiradas ao rio Tibre.

Mesmo tendo fracassado como um reformista religioso e líder político, seu pensamento e seus ensinamentos sobre a pobreza apostólica ganharam valor após a sua morte entre os Arnoldistas, os Valdenses e os Franciscanos, ainda que nada escrito por ele tenha sobrevivido à sua condenação. Para os protestantes, Arnaldo é um dos precursores da Reforma Protestante.

Um de seus principais ensinamentos era a renúncia das coisas terrenas, especialmente pela Igreja Católica e seus oficiais, e por isso foi condenado pelo Concílio de 1139 e forçado a sair da Itália. Em Paris, estudou com o filósofo Pierre Abélard. No Sínodo de 1141, tanto Arnaldo como seu professor Abélard tiveram seus posicionamentos derrotados por Bernardo de Claraval, o perseguidor dos Cátaros.

Condenado ao silêncio e ao exílio pelo Papa Inocêncio II, ele se refugiou em Zurique. Seus escritos foram queimados, mas Arnaldo continuou a pregar seu ideal de pobreza apostólica. Para ele, o clero que possuísse propriedade privada não tinha direito nem poder para ministrar os Sacramentos. Quando foi encaminhado à fogueira, recusou-se a renunciar às suas ideias. Foi enforcado, seu corpo queimado e suas cinzas jogadas às águas do rio para que seu túmulo não se convertesse em um santuário.

2. Pietro Carnesecchi

Pietro Carnesecchi foi um humanista italiano, nascido em Florença, filho de um mercador influente na corte papal em virtude de suas ligações com os Médici. Ao 25 anos já tinha se tornado secretário do Papa. Em virtude da habilidade com que expressava suas ideias, ganhou a admiração de Catarina de Médici e outros personagens influentes da corte francesa.

Logo se tornou também uma figura proeminente nos círculos literários e religiosos em Nápoles, nos quais eram discutidos elementos de uma necessária reforma espiritual da Igreja. Pietro não demorou a aceitar a doutrina de Lutero, mas manteve seu repúdio à política de cismas.

Quando a repressão ao movimento reformista começou, Carnesecchi se viu envolvido nas acusações. Por algum tempo ele encontrou abrigo com seus amigos parisienses. Acabou sendo citado uma segunda vez por um tribunal de Roma, mas se recusou a aparecer diante das autoridades para oferecer explicações. Logo, a Inquisição tomou novo fôlego, renovando suas atividades com muito mais afinco que antes.

Carnesecchi estava em Veneza quando soube desta nova postura dos tribunais, e imediatamente partiu para Florença, onde julgava que estaria à salvo. Contudo, lá foi traído por Cosmo I, Grão-Duque da Toscana, que desejava ganhar favores do Papa. Então, permaneceu por mais de um ano encarcerado, até sair sua sentença de degradação e morte. De nada adiantou ter se ajoelhado diante do Papa implorando por misericórdia. Ele e outras dezesseis pessoas foram decapitadas e queimadas em praça pública.

1. Giordano Bruno

Giordano Bruno foi um teólogo, filósofo, escritor e frade dominicano italiano condenado à morte na fogueira pela Inquisição Romana, acusado de heresia. Quando ainda estava no seminário, Bruno estudou Aristóteles e Tomás de Aquino, predominantes na doutrina Católica da época, doutorando-se em Teologia. Contudo, logo suas ideias avançadas atraíram inúmeras perseguições.

Acusado de heresia, foi levado à Roma para ser julgado. Poucos meses depois, abandonou o hábito e deixou a Itália, iniciando um período de peregrinação de sua vida. Viajou por Gênova, Toulouse, Paris, Suíça, Inglaterra, Marburg, Wittenberg, Praga, Helmstedt e Frankfurt. Nesta última cidade conseguiu publicar vários de seus escritos. Em suas viagens, recebeu influências de culturas diversas.

Bruno era culto e dotado de grande sagacidade. Independente, desenvolveu ideias inovadoras e muito avançadas para sua época, que misturavam neoplatonismo místico e panteísmo. Adepto do humanismo, corrente socióloga renascentista, defendia o infinito cósmico e uma nova visão do homem.

Agora em Florença, num ambiente que julgava ser amigo de foragidos como ele, Bruno foi traído por um comerciante traiçoeiro e católico fervoroso, que denunciou ao Santo Ofício a presença de Giordano. Nunca renunciou às suas ideias, e por isso foi condenado à morte na fogueira. Foi obrigado a ouvir a sentença ajoelhado, e durante seu martírio pelas chamas teve a voz calada por um objeto de madeira posto em sua boca.

O Significado do 666, o Número da Besta

As escrituras bíblicas possuem muitas passagens enigmáticas, que podem inspirar sentimentos como admiração, descrença e até mesmo terror em seus leitores. Uma das passagens mais intrigantes é aquela em que é revelado o Número da Besta, identificado como 666, o qual de acordo com o livro do Apocalipse seria o número do homem e conteria uma sabedoria a ser decifrada.

Não há dúvida que o fascínio exercido pelo Número da Besta ganhou força fora dos círculos católicos e evangélicos graças à sua popularização por filmes de terror, bandas de heavy metal e autores ocultistas. Mesmo em atitude revolta, quem antes jamais abriria uma Bíblia para ler suas passagens acaba dando uma espiada no Apocalipse para entender melhor o que significa o 666.

No filme Laranja Mecânica, o delinquente sociopata Alex é sutilmente associado à Besta quando é abordado por dois policiais identificados com os números 665 e 667.

Mais clara é a referência feita no filme A Profecia, onde o número 666 é revelado no couro cabeludo do diabólico Damien. Como se isso não bastasse, ainda programaram a data de lançamento do filme para o dia 6 de junho de 1976.

Contudo, em alto e bom som o Número da Besta foi espalhado pelas mentes adolescentes através de um dos maiores clássicos do heavy metal de todos os tempos, a música The Number of the Beast, da banda britânica Iron Maiden.

A música foi feita pelo baixista Steven Harris, inspirado pelos pesadelos que teve depois de assistir a sequência de A Profecia. Durante a turnê da banda no ano de lançamento de The Number of the Beast, diversos grupos religiosos fundamentalistas queimaram os discos da banda em público, como uma forma de protesto contra o que consideravam ser um grupo satânico.

Algumas décadas antes de tudo isso, o difamado ocultista Aleister Crowley usou intencionalmente o 666 como mais um de seus famosos instrumentos de promoção pessoal através de provocações e controvérsias. Ele afirmou ser a Besta profetizada no Apocalipse e adotou para si o nome To Mega Therion, a forma grega para A Grande Besta, que através da numerologia soma 666.
Para entender o que significam a Marca da Besta e o número 666, é preciso antes recapitular brevemente o livro do Apocalipse. Em síntese, o livro conta os eventos que acontecerão antes, durante e depois do retorno de Jesus. Estes eventos são narrados por João, quem os viu através de uma revelação divina entregue pelo próprio Jesus.

Durante este período do fim dos tempos ocorrem três grandes aflições para a humanidade, as quais são iniciadas quando são tocadas a quinta, a sexta e a sétima trombetas do Apocalipse. Durante o segundo período de aflição, o livro do Apocalipse afirma que a Terra será governada pela Besta, uma criatura horrenda que força a humanidade a usar a sua marca, que é o número 666.

Este número identificaria as pessoas que seguem a Besta, e estão portanto em clara oposição à Deus e à Cristo, não fazendo parte de suas Igreja e de seus planos de salvação. Não existe consenso entre os cristãos se estes acontecimentos previstos no livro já estariam em andamento, mas muitos identificam certos sinais de que o período apocalíptico começou pra valer.

Assim, no contexto apocalíptico, o Número da Besta é revelado no momento em que a Besta, também conhecida como o Falso Profeta, está governando a humanidade, realizando grandes prodígios e fazendo com que todos adorem a sua imagem. Então, o número 666 é gravado na mão direita ou na testa daqueles que estariam sob o seu poder.

Existem duas formas principais de interpretação do significado do Número da Besta. A primeira é através do emprego da numerologia, usada geralmente para calcular o número de um líder mundial ou de alguma personalidade para poder associá-lo com o 666. Manipulações desinformadas deste sistema já deram origem à hipótese que a internet seja a Besta.

De acordo com esta visão distorcida da numerologia judaica, a sigla www possui valor numérico 666 quando a letra w é igualada ao caractere hebraico vav, de valor 6, sendo convertida em 666. Contudo, isto está tão equivocado quanto dizer que o número romano III possa ser entendido como 111, e não como 3.

Mediante a numerologia, muitos tentam identificar a Besta através de seu Número. Alguns a buscam no passado, como é o caso daqueles que a identificam com imperador romano Nero. Para estes, a Marca da Besta seriam as imagens dos bustos dos imperadores gravadas nas moedas romanas, sem as quais ninguém podia comprar ou vender, tal como está escrito a respeito da Marca da Besta no Apocalipse.

Outros buscam a Marca da Besta no futuro, quando surgiria uma nova moeda global que cumpriria o mesmo papel que o Euro desempenha para os países europeus, e que seria o veículo econômico de uma suposta Nova Ordem Mundial. De acordo com este pensamento, toda e qualquer iniciativa de superação das diferenças globais seria parte de uma tentativa sinistra de dominação mundial por parte do Anticristo.

Para tais intérpretes do Apocalipse, em breve a humanidade seria forçada pelo Anticristo a aceitar uma única religião sincrética, que em tese acabaria com o fundamentalismo e com as dificuldades de implantação da Nova Ordem Mundial e da moeda supranacional, considerada por eles como sendo a Marca da Besta. Nada mais fundamentalista que isso.

Por este motivo vemos tantas vertentes fanáticas que relutam em aceitar a universalidade do espírito religioso que é inerente à alma humana. Não existe uma religião melhor ou mais verdadeira que a outra. Como já disse Helena Blavatsky, nenhuma religião está acima da verdade, ou como disse Samael Aun Weor, todas as religiões são pérolas preciosas que enfeitam o colar da divindade.

Outra forma de interpretação do Número da Besta é a chamada Idealista ou Esotérica, a qual abre mão da numerologia para esta análise. Não que esta visão despreze a numerologia, mas antes prefira ver o 666 como uma alegoria ou um símbolo. De acordo com esta perspectiva, o Número da Besta não é um código a ser decifrado, mas um símbolo a ser compreendido.

Afinal, na própria passagem do Apocalipse onde somos apresentados ao Número, é dito que nele existe sabedoria, e que aquele que tenha entendimento pode calcular o Número da Besta, que o próprio Número do Homem e que é 666. E isso não está somente escrito no livro do Apocalipse isso está escrito, mas também está recitado de modo soturno pelo ator britânico Barry Clayton na música que é cantada pela voz potente do ocultista Bruce Dickinson.

Em toda a Bíblia, os números são empregados de maneira figurativa, e isso não deveria ser diferente em relação ao Número da Besta. Com base nos ensinamentos básicos da numerologia, uma vez que o número 7 é o número da divindade, da completude e da plenitude, o número 6 representaria o que é incompleto, imperfeito e inadequado.

Ainda assim, para estudar a numerologia de forma um pouco mais profunda, não seria imprudente empregar o Tarô, a grande ferramenta simbólica dos ocultistas. A lâmina número 6 do Tarô é chamada de Os Amantes, e mostra geralmente um casal de namorados diante da decisão de se casar, ou um rapaz entre duas moças, tendo que escolher com qual delas vai ficar.

Portanto, para o Tarô, o número 6 representa essencialmente o momento que antecede a tomada de uma decisão e a chamada da responsabilidade. O número 666, de acordo com esta ótica, seria aquele que representa uma tripla hesitação, interpretadas como sendo a ausência de controle sobre o cérebro, o coração e o sexo, os três núcleos de poder do ser humano.

É através do controle da mente, do sentimento e da sexualidade (corpo) que o ser humano é capaz de permitir a expressão de seus valores espirituais e de sua vontade consciente. Sem este triplo controle, ou seja, com esta tripla hesitação, a divindade é incapaz de manifestar sua sabedoria, seu poder e seu amor, e o ser humano se converte em um escravo da Besta, o termo apocalíptico para a ilusão.

Outra lâmina do Tarô que auxilia na compreensão do Número da Besta é o Arcano 18, já que o número 18 é a soma dos três dígitos do 666. Este Arcano é conhecido como A Lua, e representa a ilusão provocada pela luz do luar em oposição à claridade provocada pela luz solar. Esta carta ainda alerta para os perigos de se caminhar em meio à luz da lua, que são as ilusões, pois estamos nos arriscando a topar com algum animal peçonhento escondido em sua toca, o que nos provocará sofrimento.

Indo um pouco mais adiante, o próprio número 18 pode ser reduzido a um novo número, desta vez o 9, e o Tarô novamente pode ser útil para elucidar a simbologia do Número da Besta. O Arcano 9 é conhecido como o Eremita, e mostra um sujeito maduro que caminha pelo deserto, trazendo consigo um cajado e uma lamparina. Este é um símbolo muito claro de todo Iniciado, de todo buscador dos Mistérios da Luz.

São estes Mistérios que permitem ao ser humano, seja homem ou mulher, adquirir o tríplice domínio sobre si mesmo, o que corresponde a conquistar definitivamente seu cérebro, seu coração e seu sexo, transformando-os em instrumentos de expressão dos valores existenciais do Espírito, o qual é a fonte de toda a felicidade.

Não é à toa que as grandes religiões universais apresentam tríades de deuses, como no caso egípcio de Osíris, Ísis e Hórus, ou no caso hindu de Brahma, Vishnu e Shiva, ou ainda nos casos das Deuses Tríplices presentes nas religiões gregas, romanas, celtas e demais cultos pagãos. De alguma forma, o cristianismo também conta com esta tríade, que é formada por Pai, Filho e Espírito Santo.

Também não é por acaso que o número de escolhidos do Cordeiro que vai enfrentar a Besta e seus escravos na mitologia apocalíptica cristã é 144.000, cuja soma final também é 9, o número dos Iniciados. Isso mostra claramente a oposição que existe entre aqueles que desejam manter escravos das circunstâncias, das ilusões e dos sofrimentos, e aqueles que exercem a vontade consciente sobre si mesmos, desfrutando da sabedoria e da felicidade representadas pela Nova Jerusalém.

Como Vender sua Alma ao Diabo

Existe sempre alguém procurando por uma forma fácil de obter mais prazer, riqueza, fama ou poder. E isto parece que a cada dia se torna cada vez mais comum, especialmente numa sociedade onde existem tantos prazeres para serem desfrutados e tão pouco tempo para fazê-lo.

Mas esta forma fácil invariavelmente implica em uma conduta que extrapola os limites da ética e da moral, e mais ainda, dos valores espirituais mínimos que se espera de um ser humano decente e capaz de conviver de maneira harmônica em sociedade.
Todos conhecem inúmeros relatos de as pessoas que foram capazes de fazer coisas repugnantes e desprezíveis para alcançar rapidamente aquilo que mais desejavam.

Aparentemente desde os tempos da Idade Média, é dito que as pessoas que adotam este tipo de conduta realizam, de forma real ou simbólica, um Pacto com o Diabo, onde um sujeito vende sua alma a Satanás em troca de algum benefício.

Dizemos que um pacto pode ser real ou simbólico porque existem muitos relatos em livros de Magia sobre a realização efetiva de tais acordos, que podem acontecer não somente com entidades das sombras, mas também com seres de luz, como Anjos, Mestres e Deuses.

Os gnósticos não rejeitam a possibilidade de realizar esta classe de contratos, mas geralmente enfatizam que os pactos simbólicos com o demônio são mais comuns, inclusive sendo realizados por pessoas que desconhecem as artes mágicas, em situações ordinárias da vida comum.

Para os gnósticos, os demônios correspondem às forças negativas da alma de todo ser humano. Assim, sempre que um indivíduo cede à uma tentação qualquer, está “entregando” sua alma a tais forças, em troca de prazeres e sensações efêmeras, que o privam de sua consciência e o afastam de sua verdadeira identidade espiritual.
Mesmo assim, não é possível ignorar a grande quantidade de relatos a respeito de acordos tidos como reais, os quais são realizados mediante certos procedimentos quase uniformes, cujas características principais e desdobramentos lendários apresentamos a seguir.

Como Acontecem os Pactos?

Em geral, o pacto com o diabo acontece entre a pessoa e o próprio Satã, ou algum outro demônio que seja poderoso o suficiente para satisfazer seus desejos. Por um lado, a pessoa oferece sua alma, enquanto o diabo promete realizar os favores solicitados.

Tais favores costumam ser muito variados, e os relatos e lendas mencionam juventude, conhecimento, riqueza, poder e prazeres eróticos. Contudo, há também o caso de pessoas que fazem este tipo de pacto e em troca apenas reconhecem que Satã é o seu senhor, o que para muitos é o mesmo que vender a alma.

Algumas vezes o diabo exige que a pessoa mate crianças, ou as consagre às forças do mal no momento de seu nascimento. Além disso, pode ser exigida a participação em rituais maléficos, a realização de relações sexuais com espíritos demoníacos, de modo a gerar crianças demoníacas.

Os pactos podem ser orais ou escritos. Os pactos orais são realizados mediante invocações, conjurações ou rituais para atrair o demônio. Uma vez que a criatura abismal se faz presente, o invocador verbalmente solicita o favor desejado e oferece em troca a sua alma.

Os pactos escritos começam da mesma forma que os orais, ou seja, com invocações, conjurações e rituais, mas incluem uma etapa onde o invocador escreve o que deseja e assina com sangue em um contrato ou no próprio Livro Vermelho de Satã.

Durante a Idade Média foram desenvolvidos tratados de demonologia, que apresentam listas de demônios com suas atribuições, de modo a ajudar a pessoa a escolher o demônio que melhor poderia satisfazer seus desejos.

Estes tratados também traziam as assinaturas ou os selos dos demônios, além de tabelas contendo os meses do ano, os dias da semana e as horas do dia em que seria mais conveniente invocar a criatura das trevas.

Pessoas que Contrataram os Serviços do Demônio

O pacto com o demônio é algo tão comum na mentalidade popular e na literatura, que já foi catalogado como um motivo temático a ser explorado por escritores de toda espécie, inclusive roteiristas de cinema nos tempos modernos.

Um dos relatos que podem ser encontrados com mais frequência é o do sujeito que perde toda a sua fortuna e, completamente desesperado, está disposto a fazer qualquer coisa para reaver a fortuna, inclusive negociar com o capeta.

Gilles de Rais era um nobre britânico considerado muito inteligente, corajoso e atraente, que ganhou considerável fortuna e poder com a morte de seu pai, quando Gilles ainda tinha apenas 20 anos de idade.

De modo a manter seu status e conviver com os iguais de sua classe social e econômica, Gilles acabou depredando uma considerável soma de riquezas. Isso o levou ao desespero, já que sua fortuna era herdada, e ele não tinha meios de reaver seu patrimônio.

Contas as lendas que, em absoluto desespero, Gilles começou a realizar experimentos com as ciências ocultas, sob a orientação do florentino Francesco Prelati, que prometeu ao rapaz ser possível reaver suas riquezas se ele sacrificasse crianças a um demônio chamado Barão.

Gilles fez o pacto com Barão e, no curso de sua matança desenfreada, acabou estuprando, torturando e matando cerca de 200 crianças inocentes. Era o século XV, e depois de ser julgado e condenado, Gilles foi executado por enforcamento e queimado em uma fogueira.

Ao contrário do supostamente ocorrido com Gilles de Rais, há relatos de pactos feitos por pessoas simples, que desejavam enriquecer e, de forma misteriosa, conseguiram, fazendo com que as pessoas próximas creditassem a fortuna acumulada de maneira desconhecida a um acordo com o diabo.

Enriquecer misteriosamente pode fazer com que uma pessoa vire alvo de especulações e protagonize lendas demoníacas. Este é o caso de Jonathan Moulton, que de simples marceneiro, pai de 11 filhos, tornou-se uma das pessoas mais ricas de Nova Hampshire.

No ano de 1769, a mansão que Moulton construiu em um pequeno povoado pobre e de mentalidade conservadora, sofreu um incêndio misterioso e queimou por completo. Para os fanáticos locais, o diabo tinha vindo punir Moulton por uma trapaça.

Segundo a lenda, o diabo, em troca da alma de Moulton, enchia suas botas de de ouro até a borda todos os meses. Mas Moulton tinha bolado um plano para enganar Satanás. Ele colocou sua bota sem sola sobre um buraco muito fundo, e o diabo desconfiou que a quantidade de ouro exigida para encher o calçado era grande demais.

Então, el resolveu se vingar incendiando e matando o trapaceiro. Correram boatos que o corpo de Moulton desapareceu do caixão e foi substituído por moedas de ouro, nas quais estava gravada a figura do diabo. De qualquer forma, Moulton foi enterrado sem identificação, e o paradeiro do caixão ainda é desconhecido.

Muito parecidas com este caso de enriquecimento às custas da ajuda demoníaca são as histórias de sujeitos que, em virtude de sua excelência em algum tipo de atividade, são vistos como pessoas trocaram suas almas por poderes mágicos e habilidades sobre-humanas.

Como o caso do violinista Niccolò Paganini já muito conhecido, vamos conhecer a história de Robert Johnson, um dos maiores músicos da história do blues, considerado o 5º melhor guitarrista de todos os tempos pela conceituada revista Rolling Stone.

A lenda que se construiu em torno da habilidade técnica e musical de Johnson conta que ele queria ser um dos melhores guitarristas de sua época. Alguém o teria instruído a ir com sua guitarra a uma encruzilhada próxima a uma plantação de algodão.

Lá, Johnson encontrou o Diabo em pessoa. O ser das trevas pegou sua guitarra e a afinou, o que imediatamente conferiu a Johnson a maestria do instrumento. Alguns afirmam que somente assim era possível explicar naquela época como um negro dominava tão bem a guitarra.

O próprio Robert Johnson, ao tomar conhecimento destes rumores, nada fez para desmenti-los, chegando até a encorajar a sua difusão, afirmando que tinha mesmo feito um pacto com o príncipe das trevas.

Ele gravou 6 discos antes de morrer muito jovem, aos 27 anos de idade. Sua morte é bastante controversa, e a versão principal é que Johnson foi pego flertando com uma mulher casada, que ofereceu a ele um copo de uísque que tinha sido envenenado pelo marido traído. Ainda assim, muitos acreditam que esta foi apenas a forma sedutora que o diabo encontrou para cobrar a dívida.

Finalmente, para que não fique a impressão que, assim como os bancos, o diabo sempre acaba levando a melhor sobre suas vítimas, é oportuno conhecer a história de São Teófilo, também chamado de Teófilo o Penitente, em referência a forma como ele se livrou de uma dívida quase tão cruel como aquela dos cartões de crédito.

Teófilo de Adana era um clérigo católico que viveu no século VI, e que teria feito um pacto com o diabo para conseguir uma posição dentro da Igreja. Esta é a mais antiga história conhecida a respeito de pactos com Satanás.
Sua história começa quando ele ainda era um diácono de Adana e foi eleito de forma unânime para ser Bispo. Contudo, para exercitar sua humildade, Teófilo resolveu não aceitar o cargo, o que fez com que outra pessoa fosse eleita em seu lugar.

Como se fosse um castigo pelo excesso de virtude, o novo Bispo tirou Teófilo de sua posição de diácono, o que o fez se arrepender amargamente de sua humildade e, em seguida, procurar por um mago que pudesse colocá-lo em contato com Satã.

O encontro aconteceu, e quando Teófilo pediu para si o cargo de Bispo que tinha há pouco renunciado, o Diabo exigiu em troca que ele renunciasse ao Cristo e à Virgem Maria, em um contrato escrito com seu próprio sangue. Teófilo aceitou e o Diabo fez sua parte.

Anos mais tarde, o Bispo temia por sua alma. Um dia, resolver se arrepender e orar à Virgem pedindo perdão. Após quarenta dias de jejum, a própria Virgem apareceu para dar uma bronca no arrependido. Teófilo implorou por perdão e a Virgem prometeu interceder junto à Deus.

Como qualquer menino arteiro que teme as consequências de uma travessura, Teófilo aproveitou para jejuar mais trinta dias, ao fim dos quais a Virgem apareceu novamente, desta vez com a garantia de sua absolvição.

No entanto, Satanás não queria abrir mão de uma alma tão valiosa e, para assustá-lo, depositou o contrato em seu peito para que visse assim que acordasse pela manhã. Teófilo pegou o contrato e levou ao Bispo legítimo, confessando o que tinha feito. O Bispo queimou o documento, ao que imediatamente Teófilo morreu com um sorriso no rosto, contente por ter se livrado do peso daquele sombrio compromisso.

PREPARANDO-SE PARA EXPULSAR DEMÔNIOS

O propósito do assunto que apresentamos aqui, é sem dúvida alguma, oferecer-lhe melhores esclarecimentos as seguintes perguntas e ensina-los que a verdadeira possessão Demoníaca, só pode ser derrotado, com o verdadeiro Estudo de Exorcismo Demoníaco:
 

Ø O que e quem são os demônios
Ø Como reconhecer uma opressão demoníaca
Ø Que poder possuem os demônios
Ø O que os demônios fazem as pessoas
Ø Como reconhecer uma pessoa endemoniada
Ø Como expulsar os demônios

O cristão pode imediatamente tornar-se um dominador de demônios, recebendo um entendimento claro sobre a obra dos demônios e da sua derrota total no calvário. Uma vez que o cristão compreenda que os demônios estão totalmente sem poder sobre os crentes, ele nunca mais terá medo dos demônios nem do diabo.
Todos os cristãos podem ter autoridades sobre o diabo e seus demônios. Portanto, reconheça a autoridade que você como cristão tem, e exercite-a na fé da palavra de Deus.


TEXTO BÍBLICO BÁSICO PARA NOSSO ESTUDO
Lucas 10.17-20


Lendo o versículo 20, entendemos claramente que o fato de estarmos salvos, é a causa maior para alegrarmos do que os demônios serem expulsos. Assim, o objetivo primordial do nosso ministério não é o de expulsar demônios e sim, o de pregarmos o Evangelho aos perdidos e o nosso nome estar escrito no céu Lc 10.20. Dois grandes poderes estão engajados numa luta de vida ou morte sobre os seres humanos. Pedro e João os descrevem assim: Pedro, "O vosso adversário, o diabo, como um leão que ruge, anda em derredor, buscando a quem possa tragar I Pd 5.8" e João disse: "O Filho de Deus se manifestou para que pudesse destruir as obras do diabo I Jo 3.8".

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Antes de descrevermos sobre os demônios, será muito importante compreendermos um pouco sobre satanás.

I- QUEM É SATANÁS?
Satanás é o deus deste século (mundo) II Co 4.4. Ele era o príncipe das nações Mt 4.8,9. Lamentavelmente também o autor de todas as nossas aflições, angústias, enfermidades, dores e da própria morte. Ele é o rei e governador de todos os espíritos demoníacos. Seu principal desejo, é de destruir as vidas humanas, para aborrecer a Deus tentando frustrar seu plano para com a humanidade. Veremos a seguir, os nomes que são conferidos à satanás pela própria Bíblia.

1- DIABO Em Mateus 13.19, ele é chamado "maligno".
No verso 39 ele é chamado "inimigo e diabo". A palavra diabo significa "acusador, difamador ou caluniador".

2- ACUSADOR Em apocalipse 12.10, ele é chamado "acusador dos crentes".

3- ADVERSÁRIO Em I Pedro 5.8, ele é chamado de "adversário" e é comparado a um "leão que ruge, buscando a quem possa tragar".

4- DRAGÃO Em apocalipse 20.2, ele é descrito por um grupo de nomes abomináveis, como: o de "dragão" aquela antiga serpente que é o diabo e satanás.

5- PAI DA MENTIRA Em Jo 8.44, Jesus o chamou de "assassino, mentiroso e pai da mentira".

6- TENTADOR Em Mateus 4.3, ele é chamado de "tentador".

7- PRINCIPE DOS DEMÔNIOS Em Mateus 12.24, lá ele é chamado de "príncipe dos demônios".

8- PRINCÍPE DAS POTESTADES DO AR Em Efésios 2.2, seu nome é "príncipe das potestades do ar".

9- PRÍNCIPE DESTE MUNDO Em Jo 14.30, é o "príncipe deste mundo".

10- CORRUPTOR DE MENTES Finalmente em II Co 11.3, conhecido como "corruptor de mentes".

II- QUEM SÃO OS ESPÍRITOS DEMONÍACOS?
A Bíblia é tão clara em seus ensinamentos sobre os demônios, quanto o é em
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relação os anjos.

Ambos são verdadeiros e reais e deverão serem compreendidos corretamente. Os demônios são malignos, odiosos e destrutivos. Os espíritos demoníacos são personalidades, como os espíritos humanos os são. Os demônios são espíritos que não possui corpos palpáveis como o nosso corpo. Nós somos espíritos que possuímos corpos. O nosso espírito veio de Deus e vivemos para servi-lo. Os espíritos demoníacos servem à satanás e são enviados por ele.

1) A quem eles pertencem?
Os demônios pertencem ao diabo e satanás, o qual é o governador
dos mesmos. Jesus assim se pronunciou em Mt 25.41: "o diabo e seus anjos".
A palavra grega diábolos (diabo) significa: "acusador ou caluniador". E as palavras daimon e daimonion são usadas tanto no singular como no plural as quais não são intercambiáveis com diábolos, uma vez que há somente um diábolos.

2) Eles são anjos caídos
Os demônios são anjos que pecaram ( que caíram) veja em Jd 6.
Quando foram criados por Deus, eram perfeitos porém, tinham o poder de escolha (o livre arbítrio). Portanto, são anjos que acharam melhor desobedecer à Deus e obedecer à satanás ? que péssima escolha!

2.1) Alguns deles estão aprisionados
Existem alguns demônios que pecaram e que se encontram agóra aprisionados em "cadeias de escuridão", como se leia em II Pd 2.4. Eles estão esperando pelo julgamento dos anjos feito pela Igreja. Confira I Co 6.3.

2.2) Alguns deles estão livres (entre aspas)
Existem os anjos que caíram (pecaram), os quais Deus
determinou que continuassem no domínio e governo de satanás. Estes estão por toda parte do mundo a serviço de satanás. Satanás, por não ser Onipresente isto é: não pode estar presente em toda parte ao mesmo tempo, então ele tem uma multidão de demônios ou espíritos demoníacos desencarnados procurando corpos para se encarnarem.

III- DIFERENCIANDO CORPO / ESPÍRITO

1) Os espíritos nos corpos
Eu tenho um corpo, más sou um espírito. Então o meu espírito
habita no meu corpo. Quando eu me expresso, é o meu espírito quem fala com as faculdades do meu corpo. Você consegue ver e palpar o meu corpo, más não
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conseguirá ver o meu espírito, porque o verdadeiro eu é um espírito que mora dentro do meu corpo. O meu corpo é simplesmente a casa onde habita o meu espírito. Um dia o meu corpo morrerá e voltará ao pó. Más eu, o espírito nunca morrerei pois, voltarei à Deus de onde vim. Confira Ec 12.7.
Eu, (meu espírito) sou uma personalidade. Eu (meu espírito), me expresso através do meu corpo. Se meu corpo (matéria) fosse tirado de mim (que sou espírito, o que fala e pensa) não poderia expressar o corpo. Então, corte fora a minha língua, e o meu corpo não poderá expressar. Destrua os meus ouvidos, e eu (espírito) não poderei ouvir. Cegue os meus olhos e eu (espírito) não poderei ver; Muito embora os meus olhos estivessem cegos, os meu ouvidos surdos, a minha língua removida, ainda assim eu o (espírito) estarei presente ou consciente por causa da mente. Ampute minhas pernas e braços, destrua meu olfato e as minhas cordas vocais, e ainda assim você não teria destruído-me (meu espírito que é imortal).
Eu poderia expressar-me, sem sair algum som através do corpo que é perecível. Assim, eu (o espírito) teria um corpo (matéria), más suas faculdades de expressão teriam sido destruídas. Agóra você pode compreender o que quero dizer ao falar sobre a diferença entre eu o (espírito), e o meu corpo (matéria).

2) Espíritos sem corpos
Os demônios são espíritos malignos desprovidos de corpos com
os quais poderiam expressarem neste mundo. Já que não possuem corpos próprios, eles precisam vaguearem pela terra, procurando um (corpo-matéria) afim de que possam entrar no corpo e encontrar meios de expressão, afim de poder levar a cabo suas missões e vontades malígnas Mt 12.43.
Já que os espíritos demoníacos são verdadeiras personalidades, eles manifestam as suas próprias personalidades pessoais, nos corpos que eles entram. Há várias classes ou tipos de espíritos demoníacos, assim como há diferentes tipos de pessoas, o que passaremos a examinar a seguir, pois cada tipo de pessoa, reflete cada tipo de espírito demoníaco.

IV- COMO SÃO OS DEMÔNIOS?

1) Os demônios falam
Eles falam através das faculdades mentais e da fala de uma
Pessoa, da mesma maneira que o meu espírito (o verdadeiro eu), fala através da minha própria língua e cordas vocais. Em Mc 3.11;1.22-25 e Lc 4.41, estes versículos mostram como os demônios falavam com as pessoas ao expulsá-los.

2) Os demônios conhecem o futuro deles
Certa vez, Jesus deparou com dois homens endemoninhados que
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saiam dos sepulcros. E, quando Jesus os expulsavam, os demônios clamaram:
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"Que temos nós contigo, Jesus filho de Deus? Vieste atormentar-nos ante do tempo?" Mt 8.29. O que os demônios quiseram dizer com a pergunta: "Vieste para nos atormentar antes do tempo?" De qual tempo estavam falando? De certo, falavam do tempo de tormento que virá sobre eles conforme Apoc. 20.10,15 e 21.8. Os demônios sabem muito bem, que o inferno foi preparado para o diabo e para eles e que chegará o dia em que serão atormentados dia e noite, e o será para todo o sempre. Eles sabem que não mais poderão atormentar a ninguém, porque o tempo deles já terá chegado. Por isto, sabedores destas verdades, eles tremeram diante de Jesus e clamaram como já vimos.

3) Os demônios resistem a rendição
No capítulo oito de Mateus, o quinto capítulo de Marcos e o
oitavo de capítulo de Lucas, descrevem o relato de Jesus expulsando uma legião de demônios de um homem. Estes versículos revelam-nos o seguinte:
a) Os demônios na verdade professaram adorarem a Cristo, buscando impedir que o Senhor fosse severo demais para com eles Mc 5.6
b) Jesus ordenou-lhes que saíssem do homem Lc 8.29 e Mc 5.8
c) Os demônios lhe imploraram para que Jesus não lhes atormentassem, más quando Jesus falou-lhes ordenando que saíssem, os demônios ficam com medo e prontamente saíram Lc 8.28
d) Jesus lhes perguntou: "Qual é o teu nome?" Lc 8.30
e) Os demônios responderam: "O meu nome é legião, pois somos muitos" Mc 5.9
f) Jesus insistiu que eles fossem embora, os demônios chocados com a expulsão do corpo daquele homem, rogaram-lhe que não os enviassem para fora daquela província Mc 5.10.
Primeiro: Embora terem, sido expulsos daquele homem, queriam terem nova oportunidade de se apossarem de outra pessoa por ser uma província onde as pessoas sem dúvida os facilitavam;
Segundo: Em cada cidade ou província, possivelmente existe um demônio comandante, com seus comandados a agir em cada cidade com o propósito de fazerem as desgraças e, penso eu que por essa razão, eles não queriam sair daquela província. É importante analisarmos: Porque pediram para não saírem daquela província? O que haveria de importante para eles na naquela província, uma vez que estavam sendo expulsos do corpo daquele homem? Já parou você para analisar isto? Deixo aquí o penso:
g) Pediram ainda mais: caso fossem expulsos daquela habitação
humana, o segundo lugar que fossem permitidos, seria entrarem nos porcos que ali estavam dizendo: "Envia ?nos para os porcos para que possamos entrar neles" Mc 5.12
g) Imediatamente Jesus lhes deu permissão para entrarem na manada de porcos Mc 5.13. É maravilhoso saber que Jesus nos deu poder sobre os demônios conforme lemos em Mc 16.17; Lc 9.1 e 10.19 ? Aleluia...

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4) Os demônios podem pedir reforços
Jesus ensinou uma lição muito reveladora sobre os demônios pedirem reforços mais precisamente encontramos isto em Mt 12.43-45 leia. Como vemos, é possível que os demônios que foram expulsos, chamem outros demônios como um reforço para entrarem novamente nas pessoas das quais foram expulsos. Isto acontece quando a pessoa que fora libertada deixa de consagrar a vida ao Senhor. Diz a Bíblia que o último estado daquela pessoa, será pior do que o primeiro Mt 12.45. Lendo também Lc 13.11,12,16 vemos Jesus tratando de um caso de enfermidades demoníacas.

5) Os demônios reconhecem e obedecem aos que tem poder sobre eles
Quando Jesus se deparava com os que estavam endemoninhados,
os demônios geralmente clamavam: "Sabemos quem tu és. Tu és o Filho de Deus".
Os demônios nunca mudaram suas atitudes e ações. Sempre foram as mesmas. Incidentes ou fatos como estes, aconteceram no ministério de Paulo como lemos em At 19.13-16
Os demônios sabem quem tem poder sobre eles. Eles conheciam a Jesus e a Paulo. Porém, veja o que aconteceu com os sete filhos de Ceva que não tinham o poder para expulsá-los At 19.13-16. É Jesus quem dá o poder e, eles não tinham este poder que Jesus dá em Mc 16.17. Maria Madalena estava possuída por 7 demônios, contudo um homem ungido de Deus, expulsou todos os 7 demônios. Por outro lado, havia 7 homens, como nenhum deles eram ungidos de Deus, e todos estes 7 homens não conseguiram expulsarem nem ao menos um só demônio porém aquele único demônio, saltando ou arremessando-se nos 7 homens, os mesmos fugiram nus e feridos. Que contraste!

V - QUAIS SÃO OS SINTOMAS DE UMA PESSOA ENDEMONINHADA?

1- No sentido físico
a) Olhar vago: A pessoa que está sob o poder de um espírito maligno, geralmente tem um aspecto vitrificado e seu olhar vago.
b) Estado de transe: Quer dizer momento de aflição ou crise. As pessoas entram em crises. Seus olhos se fecham e ao abrirmos as suas pálpebras seus globos oculares viram-se para trás, mostrando a parte branca dos olhos.
c) Força extrema: Como aconteceu com o endemoninhado gadareno

Mc 5.3,4 até mesmo uma pessoa mais tímida e inofensiva, poderá tornar-se tão forte como um boi e agir violentamente, se um poder demoníaco estiver em sua vida.
d) Sexualidade intensificada: Os demônios muitas vezes levam as pessoas uma vez escravizadas por eles a experimentarem uma sensualidade

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intensificada.
e) Sensação de sufocação: Quando um espírito imundo está em ação, muitas vezes a vítima sente-se como sufocada, estrangulada, e até mesmo em enorme aperto ao redor do seu peito. Lembro-me de uma certa vez, que ao expulsar um demônio de uma pessoa (homem), o demônio fez com que ele, pegasse um cinto e colocasse no pescoço e com as próprias mãos cruzando-as pegando as pontas do cinto, foi se enforcando e, quando vi aquilo, repreendi aquele demônio no Nome de Jesus, e na mesma hora o Senhor o libertou ficando liberto instantaneamente, passando a servir o Senhor Jesus, dando glória ao seu Santo Nome.
f) Sons vocais: Os espíritos malignos podem tossir, espirrar, falar, rir, ameaçar e lutar (lembrar uma experiência), chorar, implorar, mentir etc. Leia Marcos 5.5,7,9 e 10
g) Resistência ativa ou passiva: O espírito maligno poderá fazer com que a pessoa caia ou se jogue no chão e dar a impressão de ficar morta. O espírito maligno poderá também: xingar, gritar, esturrar, correr e zombar do crente. Veja At 19.13-16. Notemos que, esta é uma tentativa de satanás em desanimar o crente, fazendo com que ele duvide de sua autoridade em Cristo sobre ele. Leia os textos de Lc 4.35; 9.39 e Mc 9.18,20,26
h) Ações violentas: Eles podem também tentar morder, amarrar (lembrar uma experiência), chutar ou ferir. Cuidados que se deve ter: Não expulsar nenhum demônio com os olhos fechados como que estivesse orando e evitar o máximo de segurá-lo. Use a força e o poder do Senhor Veja: Ef 6.10-12.
Certa pessoa ao expulsar um demônio de olhos fechados, sem perceber, levou um tremendo soco no rosto.
i) Odores fétidos: As vezes um odor fétido (fedido), semelhante a enxofre se percebe da pessoa que está sob uma escravidão demoníaca.

2- No sentido emocional
a) Depressão: Uma pessoa que se encontra sob o domínio de um espírito maligno, geralmente fica deprimida e é seduzida por pensamentos de suicídios I Sm 16.14 e 31.4 e Mt 27.3-5
b) Culpa: Normalmente também estas pessoas estão repletas de pensamentos de culpa, falta de perdão e amargura. Mt 27.3,4.
c) Temperamento violento: Algumas pessoas possuem um temperamento violento e se transtornam facilmente como já vimos no ítem um, letra h. Veja: I Sm 19.9,10
3- Conflitos e confusões intelectuais
As pessoas escravizadas por demônios, geralmente sofrem conflitos e confusões mentais. O deus deste século segou (grego = poroo, embrutecer) II Co 4.4
4- Nos sentidos espirituais
No geral há uma forte resistência na pessoa contra a Palavra de Deus e a
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oração. (lembrar uma experiência).

V- AJUDA PRÁTICA E ESPIRITUAL
Os apóstolos Paulo e João nos fornecem algumas dicas de como podemos reconhecer as influencias ou espíritos demoníacos como:
Primeiro: Prestando atenção a linguagem e o tom de voz.
Geralmente a linguagem usada e o tom de voz da pessoa que está endemoninhada, é suficiente para sabermos se é ou não um demônio veja: I Co 12.3 e At 16.16-18
Segundo: Testando a confissão deles.
Quando uma pessoa estiver sob o controle e influência de determinado espírito maligno, teste-o de acordo com I Jo 4.1-3

VI- PORQUE OS DEMÔNIOS TÊM PODER ? Mc 5.1-20
1o ? Os demônios dão grande força física aos homens Mc 5.2-4
Note bem: Este endemoninhado (leia v. 2), tinha a força física de muitos homens. Vejamos que quando Jesus perguntou: "Qual é o teu nome?", ele respondeu, dizendo: "Legião é o meu nome, porque somos muitos"(leia v. 9). Você sabe quanto é uma legião? Se não, então fique sabendo: Uma legião é seis mil. Uma legião romana consistia de seis mil soldados. Note que este homem possesso, tinha a força de seis mil demônios juntos. Quando Jesus foi preso, Simão Pedro (Jo 18.10) puxou a espada e cortou a orelha de um dos soldados do sumo sacerdote e Jesus o repreendeu e disse: "Ou pensas tu que eu não poderia agora, orar a meu Pai, e que Ele não me daria mais de doze legiões de anjos?" Veja que se uma legião é seis mil, imagine então doze legiões. O Pai (Deus) enviaria então mais de setenta e dois mil anjos em favor de Jesus. Porém Ele disse: como cumpriria então as Escrituras? (leia Mt 26.53 e 54).
2o ? Os demônios podem fazer milagres
De acordo com a Bíblia, satanás e seus demônios é possível enganarem aqueles que buscam sinais. Leia II Ts 2.9 e Ap 16.13,14.
Aqui está aquele que correm atrás dos sinais, ao invés dos sinais correrem (acompanharem), os que crerem Mc 16.17.
3o ? Eles são prodígios de mentira
Mais do que nunca, precisamos ser como Moisés e Arão. Quando os poderes das trevas estiverem sendo exibidos, devemos demonstrar o poder de Deus que é muito maior. Leia Ex 7.11,12 e I Jo 4.4
4o ? Os demônios podem inspirar e controlar as pessoas
Não devemos ficar intimidados pelas seitas de ocultismo, falsos religiões, ou até mesmo por aqueles que somente professam serem cristãos. Todos eles têm uma coisa em comum: negam a divindade de Jesus Cristo. Para se saber o verdadeiro, teste-o com base em I Jo 4.2
Você poderá identificar os falsos mestres. Tudo o que você precisa fazer, é perguntar-lhes se crêem que Jesus é Deus Jo 1.1,14. Se responderem não,
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significa que são falsos mestres ou profetas. Não obstante serem grandes líderes ou ensinadores se, negarem a divindade de Jesus, não são de Deus.
5o ? Os demônios podem dar um poder sobrenatural as pessoas
Muito cuidado com os serviços de feiticeiros, macumbeiros e cartomantes, que são poderes sobrenaturais sim, porém o Senhor nos convoca a sairmos do meio deles e nem tocá-los II Co 6.14-18.
Portanto devemos ter cuidado com:
a) Adivinhação: são os que afirmam possuir um conhecimento do futuro (os cartomantes). Esta prática não tem respaldo da palavra de Deus. Veja isto em Ez 13.6-8 e ainda o pior: O Senhor diz que é contra eles.
b) Feitiçaria: foi o que aconteceu com Saul. Uma feiticeira, teve a capacidade por intermédio de um outro espírito, identificar um morto no mundo dos vivos. Veja I Sm 28.7-20.
c) Médiuns: Os que afirmam possuírem espíritos familiares. Isto é uma abominação ao Senhor Dt 18.12. Israel ao entrar na terra prometida, Deus os advertiu contra os médiuns (espíritas) assim dizendo: "Não aprendereis a seguir as abominações destas nações" Dt 18.9-14.
d) Idolatria: Não deveriam adorar o deus moloque, que exigia sacrifícios humanos (de criancinhas). Deus os avisou sujeitos a terríveis castigos. Veja Lv 18.21; 20.2-5. Infelizmente o Rei Salomão ofereceu sacrifícios a estes deuses. Pecou é claro. Veja
o que Deus disse: I Re 11.4-13

VII- O QUE OS DEMÔNIOS FAZEM AS PESSOAS?
A palavra grega "daimonizomai", é traduzida em nossas Bíblias por ser afligido por um demônio, ou ter um demônio. Ser perturbado ou possuído por um ou mais demônios.
1o ? Eles atormentam e importunam
Estar endemoninhado significa estar perturbado ou atormentado emocionalmente, mentalmente e moralmente.
a) Perturbação mental: "Senhor tem misericórdia do meu filho, pois ele é lunático e severamente perturbado. ( no grego = pascho, sensação dolorosa) e muitas vezes cai no fogo e também na água..." E, Jesus repreendeu o demônio, que saiu dele Mt 17.15-18
b) Perturbação moral: "E veio uma multidão das cidades...trazendo os que eram atormentados por espíritos imundos (no grego = akathartos,quer dizer: impuro, abominável) e todos eram curados At 5.16
c) Tormento emocional: "E os que eram atormentados (no grego = é ochleo quer dizer: atormentar), por espíritos imundos... eram curados Lc 6.18. Ainda: "... a minha filha está horrivelmente endemoninhada ( no grego = daimonizomai) Mt 15.2
2o ? Eles causam enfermidades e sofrimentos
Aqui queremos mostrar que, nem todas as enfermidades são resultantes da
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pessoa estar endemoninhada. Daremos aqui um exemplo: Um ministro do evangelho que estava presente numa certa noite enquanto alguém pregava sobre a relação dos demônios com as enfermidades, disse: "Sabedor que as enfermidades são um ataque de satanás em nossos corpos, ao invés de uma benção de Deus, estou pronto para resistir as obras de satanás, repreendê-lo, e passar a ter domínio sobre ele".
Todas as enfermidades têm uma forma de vida. Exemplo: Um micróbio ou um vírus faz, com que as enfermidades se desenvolvam. Esta vida maligna existente no micróbio, não é procedente de Deus, porque ela mata e destrói a vida humana. Ela é procedente de satanás, uma vida maligna ou espírito de enfermidade, que dá vida a enfermidade, para o seu desenvolvimento a ponto de proliferar. Quando o espírito de enfermidade sai do corpo, a enfermidade ( o micróbio ou vírus) morre ou desaparece Tg 2.26.
Um outro exemplo: Um câncer é causado por células "traidoras" as vezes na forma de tumores, as quais se reproduzem mais rapidamente do que as células "amigas" que podem matá-las. A vida neste câncer pode ser maligna. Todos os médicos concordam que se pudéssemos remover a vida do câncer, os efeitos deste câncer desapareceriam do corpo. Porém, há duas fontes de vida guerreando entre sí: a maligna do câncer e a benigna que é do corpo. Qualquer método médico de destruição do câncer mata muitas células saudáveis e benignas do corpo e prevalecendo assim as do câncer, levando a pessoa a morte.
Jesus disse: Em meu Nome expulsarão os demônios. Então, através do poder do Nome de Jesus, possuímos a autoridade para expelirmos ou expulsarmos o espírito de enfermidade (células do câncer). Conta um certo evangelista que, orando assim pelas pessoas, muitos instantaneamente foram curados.

IX - QUAIS OS RESULTADOS, AO SEREM EXPULSOS OS DEMÔNIOS?
1. As pessoas são curadas
Leia Mt 8.16 e observe que as enfermidades que Jesus curou, eram causadas por demônios. Ele expulsava o demônio e curava o doente.
1.1) Uma mulher curvada Lc 13.11
A Bíblia diz que a mulher tinha um espírito de enfermidade. Jesus disse que foi satanás que a aprisionou Lc 13.16.
Se alguém solicitasse que um médico diagnosticasse a doença daquela mulher, ele não iria dizer: "que um espírito de satanás a havia aprisionada". Ele chamaria isto de: "artrite da espinha, vértebras deslocadas ou um outro termo médico". Sem dúvida que quanto a ciência médica, ele estaria correto. Porém, a causa verdadeira do problema era que: "um espírito de enfermidade de satanás a havia aprisionada". Expulse o espírito, repreenda a opressão de satanás em nome de Jesus, e a pessoa será curada. Ele disse: "...em meu nome expulsarão os demônios...".
1.2) Um homem cego e mudo Lc 11.14 e Mt 12.22
Notemos que, após o demônio ser expulso por Jesus, ele pode ver e falar.
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1.3) Um menino surdo e mudo Mc 9.25
Naquela época e, talvez também agóra, os que são surdos e mudos as vezes são enfermidades causadas por satanás.
2. Medicinal x Espiritual
Como já vimos antes, os médicos podem chamar de artrite aquilo que na verdade é um espírito de enfermidade. O termo científico pode ser cordas vocais não desenvolvidas ou nervos mortos nos ouvidos porém, o problema em determinados casos, é um espírito surdo e mudo que está na vida da pessoa. Ainda, o especialista pode dizer que é glaucoma ou catarata, más estas enfermidades podem ter sido causadas por um espírito de cegueira. Em todos os casos em as enfermidades são oriundas de um espírito (um tipo de demônio), as soluções é expulsá-lo da pessoa em nome do Senhor Jesus.

X - PREPARANDO-SE, PARA EXPULSAR OS DEMÔNIOS
É claro que quando se fala de preparo para expulsar demônios, indubitavelmente se faz necessário de que a pessoa seja seguidora de Jesus conforme Mc 16.17 tendo uma vida de fé At 16.16-18; usar a palavra de Deus Ef 6.17; e ter uma vida de oração e jejuns Mt 17.21.
1. Selecionando uma equipe de libertação
Vemos pela Bíblia, que os demônios eram expulsos por Jesus, por seus discípulos escolhidos e capacitados por Ele para ajudarem no seu ministério.
No Antigo Testamento, vemos que Daví após ser ungido rei pelo profeta Samuel, a sua música afugentava o espírito maligno que atormentava o rei Daví. Veja: I Sm 16.14,23
No Novo Testamento, nos quatro evangelhos Jesus, os doze apóstolos, os setenta discípulos e uma outra pessoa conforme Lc 9.1; 9.49; e 10.17, expulsaram muitos demônios.
No livro de Atos, vemos Pedro, Paulo e o evangelista Filipe envolvido em trabalhos de libertações das pessoas, que resultou na saída dos demônios. At5.16; 8.7;16.18 e 19.12.
Pedro era um pescador, Paulo um teólogo e Filipe começaram servindo as mesas. Isto, nos faz concluir que: - Já que a maioria dos líderes da Igreja primitiva eram leigos, este ministério é para todos os que crêem Mc 16.17. Porém, é muito prudente seguirmos o bom exemplo de Jesus em Mc 6.7. Há poder na concordância espiritual Mt 18.19. De acordo com nossa orientação aqui, as equipes de libertações de 2 (duas) a 6 (seis) pessoas, podem serem mais bem sucedidas do que uma pessoa somente. Quando o Senhor está conosco, "um persegue mil, e dois rechaçam a dez mil" Dt 32.30. Isto quer dizer, que dois são dez vezes mais poderosos do que um. Assim, recomendamos que preparem equipe de libertações.

1.1) Selecione um líder da equipe
O líder da equipe é um dos mais importantes aspectos de um bem sucedido ministério de libertação de uma igreja.
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1.2) Selecione um casal
Selecione no mínimo dois casais treinados para cada equipe de libertação. Isto porque em muitos casos, é prudente usarmos mulheres, para acolherem ou lidarem com problemas de mulheres, e vice-versa. Esta prevenção é porque, freqüentemente os espíritos imundos compelem os endemoninhados a um comportamento sexual pervertido ou anormal e, dependendo da pessoa, ficaria um tanto constrangedor.
1.3) Selecione os membros da equipe
A tarefa mais importante do líder da equipe, é encontrar homens e mulheres voluntários e que satisfaçam as qualificações necessárias, tais como baseadas em I Tm 3.1-12.
1.4) Todos os membros da equipe precisam ser irrepreensíveis
O líder da equipe e seus membros precisam ser de maneira irrepreensível. O líder nem seus membros devem ser polígamos, deve ser sóbrio i.é, - sem o uso exagerado de luxo, controlado, respeitável, hospitaleiro, não dado a embriaguez, não violento e nem amante do dinheiro.
Principalmente o líder, precisa governar bem sua família e, que tenha seus filhos sob obediência. Também não deva ser neófito nem um recém convertido, pois poderá de modo inconveniente. Deva ter boa reputação para com os de fora, não usufruindo de ganhos desonestos e ilícitos, afim de que não caia na armadilha do diabo. Lí algo dizendo que, certa vez uma equipe de libertação, que estava expulsando um espírito imundo de um homem que estava envolvido em homossexualismo e fornicação, e certo jovem que estava alí observando a equipe, resolveu unir a equipe sem ser convidado. Ele começou a ordenar em voz alta dizendo: "Eu exijo que você saia dele seu espírito imundo". Aquele espírito imundo imediatamente falou através daquele endemoninhado dizendo: "Porque você está tentando me expulsar daqui, se você faz também as mesmas coisas que eu induzo este homem a fazer?" Diz a história que o rosto daquele jovem ficou pálido e envergonhado pressurosamente saiu daquela sala. Então, esta autoridade espiritual, somente deverá ser exercitada por aquela pessoa, homem ou mulher, que estiver vivendo uma vida moralmente limpa e reta. Portanto, os membros da equipe, deva ser escolhidos cuidadosamente.
1.5) Os membros da equipe precisam ter fé
Escolha somente aqueles que já demonstraram terem fé. Uma prova d fé, é evidenciada por aqueles que vivem uma vida de oração Hb 11.6. Se houver falta de fé, da pessoa que está expulsando, é possível não ser liberta. Veja estes textos: Mc 9.18b,19,23,24; Mt 17.19,20
1.6) Os membros da equipe precisam ter unção do Espírito Santo
Para que a palavra de ordem dada ao demônio seja obedecida e que tenha o efeito necessário, a pessoa precisa ter a unção do Espírito Santo. Leia Lc 4.18,19; Mt 12.28 ainda At 10.38. Veja que é a unção que despedaça o jugo de satanás Is 10.27. A unção do Espírito Santo opera em nós a medida que usamos o nome de
Jesus como autoridade.
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XI ? PREPARANDO AS PESSOAS A SEREM LIBERTAS
As pessoas que estarão precisando de libertação, deverão ser convidadas a participarem de reuniões preparativas. Estas reuniões, farão com que as pessoas se preparem para suas libertações obedecendo as seguintes orientações:
1. Freqüentar ensinos bíblicos
Se a pessoa a ser liberta estiver disposta a freqüentar as
Reuniões de ensinos bíblicos, isto ajudará e demonstrará no seu desejo de libertação. Expulsar espíritos demoníacos de pessoas que não desejam libertação, as vezes resultará em situações piores.
Certifique-se primeiro de que a pessoa a ser liberta, deseja se libertar.
2. Quebrar os contatos com os médiuns
Se a pessoa estiver envolvida com médiuns, é necessário que
todo contato seja interrompido. Veja Lv 19.31 e Zc 10.2. Observe também, se a pessoa está envolvida com mágicas de amor, ódio etc. Se ela está usando algum tipo de anel, colar ou amuleto. (Amuleto: é um tipo de objeto usado contra o azar por pessoas supersticiosas).
(Talismã: Um tipo de objeto que se julga proporcionar boa sorte). Em caso positivo, remova e desfaça tudo em Nome do Senhor Jesus com uma oração juntamente com a pessoa.
3. Destruir artigos de feitiçarias
Com a pessoa devidamente consciente e decidida, oriente-a, para
que ela mesma destrua todos os artigos de feitiçarias como por exemplo: pulseiras, anéis dos pés (como os africanos) feitos de borracha fina, cinzas, cordões nos pulsos, braços, tornozelos, pernas e o diafragma, e também ídolos.
4. Renunciar tudo o que for pecaminoso
Peça para a pessoa a ser libertada, fazer uma oração de renúncio a tudo o que for pecaminoso II Co 4.2.
5. Receber a Salvação
É necessário que a pessoa durante o processo de libertação, seja
levada a Cristo para garantia da libertação. Caso ela não queira, mostre para ela o risco que está ocorrendo conforme Lc 11.24-26.
6. Memorizar versículos bíblicos
Na primeira reunião de preparação com as pessoas a serem
libertas, procederá a identificação com preenchimento de dados, orientações necessárias, e a distribuição dos seguintes versículos bíblicos, para memorização durante o período de libertação. Nm 23.21-24; Hb 2.14,15; Lc 10.17-19; Mc 16.17 e Tg 2.19


7. Das reuniões de libertações
O primeiro período para a libertação, compreenderá de 7 (sete)
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reuniões subsequentes. Veja: Gn 2.2,3. Nesta passagem que lemos, encontramos o termo "DESCANSOU", dizendo-nos que Deus descansou no sétimo dia de toda sua obra que fez. Assim, o verbo hebraico se acha no estado "perfeito". Concluímos então que, com 7 (sete) reuniões seguidas, haverá uma libertação perfeita. Caso com 7 (sete) reuniões a pessoa não ficar liberta, fazer uma nova entrevista para averiguar os motivos de impedimentos e, repetir novamente o processo o que se completará então, 14 (quatorze). dias. Ainda se porventura com 14 (quatorze) dias, a pessoa não ficar liberta, não deva desistir pois pode ser que ainda exista alguma barreira impedindo a libertação como foi com Daniel. Dn 10.2,3,12-14,19, más a vitória virá em Nome do Senhor Jesus.


CONCLUSÃO:


Finalizamos aqui nosso estudo preparativo para libertações. Entendemos ser a natureza do assunto horripilante, porém para enfrentarmos os principados e potestades das trevas neste mundo. Temos que nos prepararmos melhor, além de estarmos revestido do poder do Senhor. Veja Ef 6.11. Finalmente, o meu desejo é que este assunto contribua de forma profícua a todos aqueles que o lerem.

O “cair no espírito” do demônio

Samuel 19:20-24, texto que apresenta Saul em transe profético e que supostamente apoia o “cair no Espírito” nos cultos públicos. Leiamos os versículos na Nova Versão Internacional:

“Então Saul enviou alguns homens para capturá-lo. Todavia, quando viram um grupo de profetas profetizando, dirigidos por Samuel, o Espírito de Deus apoderou-se dos mensageiros de Saul, e eles também entraram em transe. Contaram isso a Saul, e ele enviou mais mensageiros, e estes também entraram em transe. Depois mandou um terceiro grupo e eles também entraram em transe. Finalmente, ele mesmo foi para Ramá. Chegando à grande cisterna do lugar chamado Seco, perguntou onde estavam Samuel e Davi. E lhe responderam: “Em Naiote de Ramá” Então Saul foi para lá. Entretanto, o Espírito de Deus apoderou-se dele, e ele foi andando pelo caminho em transe, até chegar a Naiote. Despindo-se de suas roupas, também profetizou na presença de Samuel, e, despido, ficou deitado todo aquele dia e toda aquela noite. Por isso, o povo diz: “Está Saul também entre os profetas?” (1Sm 19:20-24)

Alguns irmãos tentam justificar o “cair no Espírito” com essa experiência de Saul. Todavia, o contexto do evento e outros textos bíblicos paralelos nos provam que o “cair no Espírito” não é um fenômeno de origem divina e, portanto, deve ser abandonado, antes que a vida espiritual do cristão seja ainda mais comprometida.

A seguir, veja algumas das razões para duvidarmos que 1 Samuel 19:20-24 esteja dando apoio ao “cair” sobre a influência do Espírito Santo.
Provas de que o Espírito Santo não joga as pessoas no chão

1º: O contexto nos mostra que Saul não estava participando de nenhum culto de adoração, mas, sendo impressionado por Deus para mudar de vida.

Saul queria matar Davi por causa da inveja e por receio de perder o seu “cargo” de rei (1Sm 19:1-17). O então rei de Israel estava indo longe demais e, através da capacidade de profetizar (dada também aos mensageiros que ele enviou – 1Sm 19:20, 21), “recebeu uma evidência clara de que Deus estava protegendo Davi”. É bem provável que “[...] ali o Espírito Santo tenha insistido com Saul pessoalmente pela última vez” (Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, vol. 2. Tatuí, São Paulo: Casa Publicadora Brasileira, 2012, p. 589. Ver 1Sm 19:24).

O referido comentário também explica que “é possível que tenha saído de seus lábios [de Saul, enquanto profetizava sob a influência do Espírito] não só uma confissão da justiça da causa de Davi, mas também a condenação de seus atos [...]”.

2º: Ao Espírito Santo apoderar-se de Saul, ele prosseguiu caminhando até chegar a Ramá (cidade localizada na região montanhosa de Efraim, a cerca de 8km de Jerusalém), onde estavam os demais mensageiros que também profetizavam (1Sm 19:23). Essa capacidade de caminhar e chegar a um local específico nos mostra que, apesar de Saul estar em “transe”, detinha capacidade autônoma, de modo que a presença do Espírito não tirou a individualidade do rei.

3º: O verso 24 do capítulo 19 diz apenas que ele “ficou deitado todo aquele dia e toda aquela noite” e não dá a entender que, para isso, ele tenha “sido jogado no chão” ou tido atitudes excêntricas, do mesmo modo que vários irmãos que alegam estar sobre a influência do Espírito sobre tais circunstâncias.

4º: O Novo Testamento, que mostra a atuação do Espírito de maneira ainda mais clara, nos ensina que a Terceira Pessoa da Trindade não gosta das manifestações pentecostais pós-modernas que envolvem (muitas delas) gritos, barulho, desordem e ações excêntricas. Veja:

a) Efésios 4:30, 31 afirma que o Espírito é entristecido com a gritaria;

b) 1 Coríntios 14:33 ensina que “Deus não é Deus de desordem, mas de paz. Como em todas as congregações dos santos”, ou seja: até mesmo nas igrejas pentecostais Ele quer ser um Deus de ordem e de paz.

c) 1 Coríntios 14:40 mostra que o culto que agrada ao Senhor “deve ser feito com decência e ordem”.

d) Gálatas 5:22, 23 deixa claro que, no momento em que uma pessoa é tomada pelo Espírito, ela revela em sua vida nove qualidades de caráter, entre elas: paz (v. 22), mansidão e domínio próprio (v. 23).

Essas características do caráter do Espírito Santo nos impedem de aceitar que as manifestações em muitos (não todos!) meios pentecostais sejam realmente de origem divina. Se em um culto, mesmo que o nome de Deus seja pronunciado (Conferir Mateus 7:21-23), as pessoas manifestam atitudes e comportamentos diferentes daqueles que o Espírito divino possui, conforme vimos nos textos acima, isso é suficiente para provar-nos que “outro espírito” é quem está por trás de tais fenômenos.

5º: Marcos 9:17 e 18 diz que o espírito que faz as pessoas caírem é o espírito do demônio. Veja que texto forte e, ao mesmo tempo, esclarecedor:

“Um homem, no meio da multidão, respondeu: ‘Mestre, eu te trouxe o meu filho, que está com um espírito que o impede de falar. Onde quer que o apanhe, joga-o no chão. Ele espuma pela boca, range os dentes e fica rígido. Pedi aos teus discípulos que expulsassem o espírito, mas eles não conseguiram’’

13/08/2012
O “cair no espírito” do demônio

Introdução

A irmã batista Eliane Faria, telespectadora do programa “Na Mira da Verdade”, enviou-me um questionamento que creio ser a dúvida de muitos internautas. Ela pediu auxílio para compreender 1 Samuel 19:20-24, texto que apresenta Saul em transe profético e que supostamente apoia o “cair no Espírito” nos cultos públicos. Leiamos os versículos na Nova Versão Internacional:

“Então Saul enviou alguns homens para capturá-lo. Todavia, quando viram um grupo de profetas profetizando, dirigidos por Samuel, o Espírito de Deus apoderou-se dos mensageiros de Saul, e eles também entraram em transe. Contaram isso a Saul, e ele enviou mais mensageiros, e estes também entraram em transe. Depois mandou um terceiro grupo e eles também entraram em transe. Finalmente, ele mesmo foi para Ramá. Chegando à grande cisterna do lugar chamado Seco, perguntou onde estavam Samuel e Davi. E lhe responderam: “Em Naiote de Ramá” Então Saul foi para lá. Entretanto, o Espírito de Deus apoderou-se dele, e ele foi andando pelo caminho em transe, até chegar a Naiote. Despindo-se de suas roupas, também profetizou na presença de Samuel, e, despido, ficou deitado todo aquele dia e toda aquela noite. Por isso, o povo diz: “Está Saul também entre os profetas?” (1Sm 19:20-24)

Alguns irmãos tentam justificar o “cair no Espírito” com essa experiência de Saul. Todavia, o contexto do evento e outros textos bíblicos paralelos nos provam que o “cair no Espírito” não é um fenômeno de origem divina e, portanto, deve ser abandonado, antes que a vida espiritual do cristão seja ainda mais comprometida.

A seguir, veja algumas das razões para duvidarmos que 1 Samuel 19:20-24 esteja dando apoio ao “cair” sobre a influência do Espírito Santo.



Provas de que o Espírito Santo não joga as pessoas no chão

1º: O contexto nos mostra que Saul não estava participando de nenhum culto de adoração, mas, sendo impressionado por Deus para mudar de vida.

Saul queria matar Davi por causa da inveja e por receio de perder o seu “cargo” de rei (1Sm 19:1-17). O então rei de Israel estava indo longe demais e, através da capacidade de profetizar (dada também aos mensageiros que ele enviou – 1Sm 19:20, 21), “recebeu uma evidência clara de que Deus estava protegendo Davi”. É bem provável que “[...] ali o Espírito Santo tenha insistido com Saul pessoalmente pela última vez” (Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, vol. 2. Tatuí, São Paulo: Casa Publicadora Brasileira, 2012, p. 589. Ver 1Sm 19:24).

O referido comentário também explica que “é possível que tenha saído de seus lábios [de Saul, enquanto profetizava sob a influência do Espírito] não só uma confissão da justiça da causa de Davi, mas também a condenação de seus atos [...]”.

2º: Ao Espírito Santo apoderar-se de Saul, ele prosseguiu caminhando até chegar a Ramá (cidade localizada na região montanhosa de Efraim, a cerca de 8km de Jerusalém), onde estavam os demais mensageiros que também profetizavam (1Sm 19:23). Essa capacidade de caminhar e chegar a um local específico nos mostra que, apesar de Saul estar em “transe”, detinha capacidade autônoma, de modo que a presença do Espírito não tirou a individualidade do rei.

3º: O verso 24 do capítulo 19 diz apenas que ele “ficou deitado todo aquele dia e toda aquela noite” e não dá a entender que, para isso, ele tenha “sido jogado no chão” ou tido atitudes excêntricas, do mesmo modo que vários irmãos que alegam estar sobre a influência do Espírito sobre tais circunstâncias.

4º: O Novo Testamento, que mostra a atuação do Espírito de maneira ainda mais clara, nos ensina que a Terceira Pessoa da Trindade não gosta das manifestações pentecostais pós-modernas que envolvem (muitas delas) gritos, barulho, desordem e ações excêntricas. Veja:

a) Efésios 4:30, 31 afirma que o Espírito é entristecido com a gritaria;

b) 1 Coríntios 14:33 ensina que “Deus não é Deus de desordem, mas de paz. Como em todas as congregações dos santos”, ou seja: até mesmo nas igrejas pentecostais Ele quer ser um Deus de ordem e de paz.

c) 1 Coríntios 14:40 mostra que o culto que agrada ao Senhor “deve ser feito com decência e ordem”.

d) Gálatas 5:22, 23 deixa claro que, no momento em que uma pessoa é tomada pelo Espírito, ela revela em sua vida nove qualidades de caráter, entre elas: paz (v. 22), mansidão e domínio próprio (v. 23).

Essas características do caráter do Espírito Santo nos impedem de aceitar que as manifestações em muitos (não todos!) meios pentecostais sejam realmente de origem divina. Se em um culto, mesmo que o nome de Deus seja pronunciado (Conferir Mateus 7:21-23), as pessoas manifestam atitudes e comportamentos diferentes daqueles que o Espírito divino possui, conforme vimos nos textos acima, isso é suficiente para provar-nos que “outro espírito” é quem está por trás de tais fenômenos.

5º: Marcos 9:17 e 18 diz que o espírito que faz as pessoas caírem é o espírito do demônio. Veja que texto forte e, ao mesmo tempo, esclarecedor:

“Um homem, no meio da multidão, respondeu: ‘Mestre, eu te trouxe o meu filho, que está com um espírito que o impede de falar. Onde quer que o apanhe, joga-o no chão. Ele espuma pela boca, range os dentes e fica rígido. Pedi aos teus discípulos que expulsassem o espírito, mas eles não conseguiram’’

"Mas o fruto do Espírito é... mansidão e domínio próprio" (Gl 5:22, 23)

O Espírito Santo sempre quer erguer o crente e nunca jogá-lo no chão. Veja que, ao Cristo expulsar o demônio do menino (leia Marcos 9:14-29), o Salvador “tomou-o pela mão e o levantou, e ele ficou em pé”(v. 27).

Portanto, não há dúvidas: o “cair no Espírito”, mesmo fazendo parte da vida de muitos cristãos sinceros e verdadeiros filhos de Deus, é uma manifestação demoníaca, com o objetivo de confundir as pessoas e apresentá-las uma imagem distorcida do divino e manso Espírito Santo.



O inimigo conhece o grande potencial dos irmãos pentecostais

O inimigo de Deus sabe que muitos amigos pentecostais são candidatos à vida eterna e salvos em Cristo. Tem ciência do quanto o Espírito Santo os usa para relembrar aos demais cristãos sobre a importância dos dons espirituais para a edificação da igreja e conclusão da obra de evangelização mundial.

Por isso, através de manifestações sobrenaturais que dão uma sensação aparentemente agradável aos que são possuídos por tal espírito, o Diabo quer impedi-los de terem uma experiência verdadeira com o Espírito. O inimigo, através de tal contrafação do Espírito, quer impedir que os irmãos aprendam a apreciar um culto tranquilo, racional (Rm 12:1, 2) e que tenha a emoção na medida certa (Fp 4:4), do jeito certo (1Co 14:33, 40).

Muito cuidado, irmãos. Uma das principais obras satânicas nesses últimos dias é contrafazer a obra do Espírito Santo. Ele sabe que o Espírito é o “outro consolador” divino (Jo 14:16), que glorifica a Jesus Cristo e o plano de salvação (Jo 16:14), nos convence “do pecado, da justiça e do juízo” (Jo 16:8), guia-nos a “toda a verdade” (Jo 16:13) e santifica a nossa vida (Rm 6:23). O Diabo sabe que nesse processo de santificação o Espírito nos torna parecidos com Jesus através do novo nascimento (Jo 3:1-8) e “escreve” os princípios morais da Lei de Deus em nosso coração (Hb 8:10).

Por isso, não é do interesse do demônio que as pessoas tenham um conhecimento pleno (e correto) da Pessoa e da Obra do Espírito Santo. Afinal, através de um falso espírito santo, ele pode desencaminhar muitos e levá-los a seguir pelo caminho largo, que leva à perdição (Mt 7:13, 14).

O inimigo não vai atrás de quem já é dele. Por isso, meu irmão pentecostal, se você “cai no espírito”, peça a Deus discernimento e coloque a Revelação bíblica acima dos seus sentimentos. Leia esse artigo com oração e mente disposta (Jr 15:16) a conhecer cada vez mais esse Deus que tanto lhe ama (Jr 31:3). Submeta-se a Ele (Tg 4:7) e preste-Lhe um culto alegre (Fp 4:4) e racional ao mesmo tempo (Rm 12:1, 2), para que sua mente receba todas as verdades que o Espírito Santo quer lhe comunicar para sua felicidade presente e eterna:

“Quer você se volte para a direita quer para a esquerda, uma voz atrás de você lhe dirá: ‘Este é o caminho; siga-o’” (Is 30:21).

A Guerra nos Céus e os Anjos Caídos

Segundo as escrituras de antigas tradições judaicas e cristãs, existe um momento na história do universo em que acontece uma guerra nos céus, travada por dois grupos opostos de anjos. O primeiro grupo é liderado pelo Arcanjo Miguel e o segundo grupo pelo Dragão, também identificado como sendo o Diabo ou Satanás. No fim da disputa, o último grupo é derrotado e seu líder lançado à Terra.

Entender o significado da batalha entre as potestades da Luz e das Trevas é importante para a compreensão do que as religiões abraâmicas e as correntes espiritualistas delas derivadas propõem para a alma humana. Esta proposta parte do princípio de que o mundo em que vivemos é a arena de uma batalha de proporções divinas, onde a alma humana é a recompensa principal do vencedor.
No entanto, existem muitas formas diferentes de interpretar a Guerra nos Céus e a Queda dos Anjos, não sendo a interpretação literal a única possível. Há uma simbologia muito interessante velada sob as figuras angélicas beligerantes.

Para muitos estudiosos bíblicos, não existe consenso a respeito de quando esta guerra acontece. Boa parte deles afirma que ela já teria acontecido nos primórdios da Criação, como pode ser lido no livro do Gênesis e confirmado nos livros de Isaías e Ezequiel.

Houve um momento, segundo o capítulo 6 do livro do Gênesis, em que a raça humana tinha se multiplicado de tal forma que havia um grande número de mulheres muito belas, as quais atraíram a atenção dos anjos, que acabaram descendo à Terra e casando com elas.

Outra referência à queda angélica pode ser encontrada no capítulo 14 do livro de Isaías, na menção à Estrela da Manhã que caiu dos céus e foi lançada à Terra. A palavra hebraica heylel, equivalente à estrela da manhã, foi traduzida para o grego como heosphoros e para o latim lucem ferre.

Foi assim que este anjo caído passou a ser conhecido como Lúcifer, personagem que representa, para a mentalidade cristã convencional, a soberba e a desobediência à Deus. Ele também foi identificado no livro de Ezequiel, num discurso dirigido ao rei de Tiro, em virtude das correspondências com a ideia de um ser que perdeu sua condição divina pela presunção.
Quando tomamos o Novo Testamento, a ideia apresentada pela tradição judaica é mantida em várias passagens. Mesmo assim, no livro do Apocalipse a Guerra dos Anjos é retratada como sendo um dos eventos mais importantes do futuro da humanidade. Ela acontece logo após o nascimento do Messias, e seu desfecho possibilitará o reinado de Cristo durante o período de mil anos.


O livro do Apocalipse é todo formado por visões escatológicas. A escatologia é uma parte da teologia, da filosofia e da futurologia preocupada com o que se acredita serem os eventos finais da história e o derradeiro destino da humanidade, os quais são geralmente conhecidos como o Fim do Mundo ou o Mundo Vindouro.

Entre as visões das coisas que estariam para acontecer no futuro, há dois sinais interessantes. O primeiro sinal consiste na aparição de uma mulher vestida de sol, com a lua sob seus pés e em sua cabeça uma coroa de doze estrelas. Ela está grávida e grita por causa das dores que sente, já que está dando à luz.

O segundo sinal consiste na aparição de um grande dragão vermelho, com sete cabeças e dez chifres, ostentando sete diademas sobre suas sete cabeças. Sua cauda havia varrido um terço das estrelas do céu e para lançá-las à Terra. O dragão permanecia diante da mulher que estava parindo, esperando para devorar seu filho. Contudo, assim que a criança nasceu foi levada para junto de Deus.

O dragão é o próprio Lúcifer, a estrela da manhã, e a terça parte das estrelas do céu são os anjos que aderiram às fileiras do personagem rebelde. Ele retorna nesta etapa para tentar prejudicar os planos divinos de restauração definitiva do Reino e Deus através de Cristo, mas terá seus planos frustrados pelo anjo que logo adiante aparecerá para prendê-lo nas trevas durante os mil anos de reinado do Messias.

Em seguida, começa a guerra nos céus, esta descrita em breves palavras. O livro do Apocalipse narra aquilo que já se sabe, a luta travada entre Miguel e o Dragão, cada um acompanhado por sua hoste de anjos. E quando o Dragão foi derrotado, não havia mais lugar para ele e seus anjos no céu. Por isso, eles todos foram lançados, mais uma vez, em direção à Terra.

A primeira queda do derrotado Lúcifer e seu bando de Anjos Caídos é retratada na obra poética Paraíso Perdido, escrita por John Milton com o objetivo de justificar as ações de Deus em relação à humanidade. O poema narra a história bíblica da Queda do Homem, composta pela tentação de Adão e Eva, pela queda do anjo Satanás e sua expulsão do Éden.

Contudo, os modernos comentaristas bíblicos rejeitam a ideia de que a narrativa trata de uma rebelião angélica contra Deus nos tempos primevos. Ao contrário, interpretam o conteúdo do livro como uma visão futurística dos eventos finais do mundo, bem como uma guerra espiritual ocorrida no seio da Igreja Católica, ou mesmo entre a Igreja Católica e seus inimigos.

De acordo com esta perspectiva simbólica, a mulher descrita no primeiro sinal é a Igreja, pois as vestes solares que usa indicam seu esplendor, seus pés pisando a lua representa seu domínio e sua coroa formada por doze estrelas corresponde à sua glória.

Aqueles que conhecem a perspectiva esotérica gnóstica do Apocalipse, fundamentada na obra Mensagem de Aquário escrita por Samael Aun Weor, a mulher é realmente, e em sentido geral, a Igreja, mas não exclusivamente a Igreja Católica. Em seu sentido primitivo, Igreja vem do grego ekklēsia, que significa lugar de encontro.

Esotericamente, esta ekklēsia é a própria alma humana, o lugar onde ocorre o encontro com a divindade, realizando o sentido também esotérico da palavra Religião, o famoso religare. No Apocalipse, a alma está vestida de sol, ou seja, com suas vestimentas solares ou corpos solares, os quais constituem o elemento necessário para que haja o parto do Cristo Íntimo.

Ela pisa sobre a lua, o corpo celeste que ilusoriamente emana luz própria, pois apenas reflete a luz solar. Por isso, a lua é a representação alquímica da ilusão, ou da própria fonte das ilusões, o que em um primeiro nível de interpretação corresponde ao Ego. Sua coroa formada por doze estrelas representa a realização das doze virtudes divinas, ao modo das emanações aeônicas descritas pela mitologia gnóstica e ecoada na mitologia cristã, quando os doze apóstolos são enviados por Cristo para o mundo.

O nascimento do Cristo Íntimo de entre o ventre da alma humana é espreitado pelo terrível Dragão, quem cumpre um papel fundamental para o cumprimento da missão do Messias. Não fosse a sua presença ameaçadora, o Cristo não se afastaria da alma, que é sua mãe, e não seria colocado junto de Deus para aprender sua sabedoria.

Simbolicamente, é por isso que o Dragão, o temido Lúcifer é considerado pelos gnósticos como sendo o Reflexo de Cristo, sua contraparte essencial, que com sua presença aparentemente nociva, serve de sustentação para o nascimento do Cristo e seu ulterior desenvolvimento, até que possa retornar ao mundo e governá-lo definitivamente.

Todos estes personagens são elementos arquetípicos reais inerentes a todo ser humano. O mundo onde ocorre a Guerra dos Anjos é a própria alma humana, e os Anjos Caídos são estas mesmas almas que cedem aos apelos do mundo sensorial, incapazes de compreendê-lo e dominá-lo, usufruindo inteligentemente de tudo o que ele pode oferecer.

À maneira dos Anjos Caídos, a alma aprisionada neste mundo precisa realizar um trabalho para conquistar o esplendor de sua veste solar, o domínio sobre a lua e o triunfo que lhe conferem as doze estrelas. Este trabalho é apresentado no próprio livro do Apocalipse, através da simbologia das Sete Igrejas, dos Sete Selos e das Sete Trombetas, temática a ser explorada num texto futuro.

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