Nos artigos anteriores ficou estabelecido que todos os tipos de fenômenos parafísicos, não só no aspecto material, mas também no aspecto diretor, devem-se aos vivos (“animismo”). Poderia haver alguma exceção? (“espiritismo”, demonologia etc.?)
No Congresso Internacional de Varsóvia, René Sudre enumerou quinze fatos ou condições, apresentados pelos “mestres” espíritas mais prestigiados, entre os espíritas para defender a intervenção espíritos dos mortos no mundo dos vivos. Poder-se-iam acrescentar mais dois ou três tipos de fenômenos. Entre estas “provas”, quatro ou três são tipos ou condições de fenômenos parafísicos: materializações completas, algumas aparições, certas moldagens e impressões digitais (a fogo!: pirogênese).
Corpo inteiro
Albert de Rochas reconhece acertadamente que é o inconsciente do vivo – e até aventura-se a aceitar que poderia alguma vez ser o consciente – quem molda o seu ectoplasma em forma de mãos, rostos etc. (ecto-colo-plasmia; de cólon = membro) e mesmo de fantasmas tênues (fantasmogênes)
Mas – acrescenta – há “fatos que só podem ser explicados por meio da possessão temporária (…) por uma entidade inteligente de origem desconhecida. Tais são as materializações de corpos humanos inteiros (…) Na materialização de um corpo completo, este corpo é quase sempre animado por uma inteligência diversa da do médium. Qual a natureza dessas inteligências? Em que fase da materialização intervêm elas para dirigir a matéria física exteriorizada? São questões do mais alto interesse, que ainda não puderam ser respondidas por meus colaboradores nem por mim”.
Se podem ser respondidas é precisamente o que estes artigo pretende elucidar…
Os espíritas passam por cima… da circunspecção de Rochas
Segundo muitos “mestres” espíritas, a inteligência desconhecida não poderia ser o inconsciente do vivo. Para eles, trata-se de “materialização completa, identificação perfeita”, prova incontroversa da intervenção dos espíritos dos mortos. A materialização, isto é, a formação completa do ser humano com peso, respiração, circulação sangüínea, todo tipo de detalhes fisionômicos etc., enfim, tudo, seria manifestamente melhor identificação do que as impressões digitais…
Não qualquer materialização. Por mais completa que seja. Inicialmente contra o slogan “materialização completa, identificação perfeita” haveria que descartar muitíssimas materializações onde o parecido com a pessoa representada não seja completo.
A Federação Espírita Brasileira dá muita importância a uma materialização que o médium Florence Cook… teria realizado. Acrescenta-a à história de Katie King – este caso sim muito célebre e importante – e a um livro, também de alguma importância, de Aksakof:
Em várias sessões a materialização de uma jovem… Na sessão quarta disse: “Não me reconheceis, minha mãe?” Um instante depois “Florence, o espírito de minha filha, veio sentar-se nos meus joelhos. Tinha os cabelos longos e flutuantes. Seus braços estavam nus, assim como os seus pés, sua roupa não tinha nenhuma forma, dir-se-ia que estava envolvida por alguns metros de musselina (…) Esse espírito não trazia toca, sua cabeça estava desguarnecida”.
“Exclamei: ‘Florence, minha querida, és tu realmente? Respondeu ela: ‘Iluminai mais e olhai minha boca’. Vimos então distintamente seu lábio deformado, como no seu nascimento, quando os médicos que então a viram declararam que o caso era muito raro. Minha filha só vivera alguns dias. Ela crescera no mundo dos espíritos (?!), e parecia ter 17 anos. Vendo essa prova inegável da sua identidade, derramei bastantes lágrimas, sem poder dizer uma palavra”.
Não interessa agora discutir se com toda essa emotividade a Sra. Ross-Church tinha condições de exercer qualquer controle sobre uma fraude facílima. Nem se tinham capacidade de controlar coisa alguma os outros dois – e só dois – assistentes à sessão, ambos espíritas mais do que convictos…
Nem interessa discutir se é possível na eternidade – onde não há tempo! – que uma menina de poucos meses cresça até adquirir um corpo (perispirítico?) de 17 anos… O que interessa agora frisar é que o slogan de “materialização completa, identificação perfeita” não se pode aplicar a casos como este, onde nem sequer a mãe reconhece sua filha materializada. Onde a identificação proviria só de um detalhe: lábio deformado quando criancinha. Necessariamente após 17 anos seria muito diferente: nem sequer esse detalhe pode ser, contra o que se afirma, “prova inegável de sua identificação”.
Neste artigo tratamos unicamente de casos onde a materialização seja completamente igual à pessoa representada quando viva. Ou, seja!…, com pouca diferença. Esse é o sentido do slogan espírita.
A refutação… dessa convicção espírita é, inclusive, muito fácil:
Se a escotografia, a ectoplasmia, a ecto-colo-plasmia, a fantasmogênese e a transfiguração são reconhecidos como ideoplasmia dos vivos (a imagem que os vivos têm), por que não considerar também ideoplasmia dos vivos a materialização?
Logicamente, o fenômeno em si mesmo, seria simplesmente um pequeno grau, um pequeno passo a mais, na graduação ideoplástica nos fenômenos ectoplasmáticos. Nenhuma diferença essencial. O que a materialização teria de mais imagem, de mais idéia, de mais identificação.
No Congresso Internacional de Varsóvia, René Sudre enumerou quinze fatos ou condições, apresentados pelos “mestres” espíritas mais prestigiados, entre os espíritas para defender a intervenção espíritos dos mortos no mundo dos vivos. Poder-se-iam acrescentar mais dois ou três tipos de fenômenos. Entre estas “provas”, quatro ou três são tipos ou condições de fenômenos parafísicos: materializações completas, algumas aparições, certas moldagens e impressões digitais (a fogo!: pirogênese).
Corpo inteiro
Albert de Rochas reconhece acertadamente que é o inconsciente do vivo – e até aventura-se a aceitar que poderia alguma vez ser o consciente – quem molda o seu ectoplasma em forma de mãos, rostos etc. (ecto-colo-plasmia; de cólon = membro) e mesmo de fantasmas tênues (fantasmogênes)
Mas – acrescenta – há “fatos que só podem ser explicados por meio da possessão temporária (…) por uma entidade inteligente de origem desconhecida. Tais são as materializações de corpos humanos inteiros (…) Na materialização de um corpo completo, este corpo é quase sempre animado por uma inteligência diversa da do médium. Qual a natureza dessas inteligências? Em que fase da materialização intervêm elas para dirigir a matéria física exteriorizada? São questões do mais alto interesse, que ainda não puderam ser respondidas por meus colaboradores nem por mim”.
Se podem ser respondidas é precisamente o que estes artigo pretende elucidar…
Os espíritas passam por cima… da circunspecção de Rochas
Segundo muitos “mestres” espíritas, a inteligência desconhecida não poderia ser o inconsciente do vivo. Para eles, trata-se de “materialização completa, identificação perfeita”, prova incontroversa da intervenção dos espíritos dos mortos. A materialização, isto é, a formação completa do ser humano com peso, respiração, circulação sangüínea, todo tipo de detalhes fisionômicos etc., enfim, tudo, seria manifestamente melhor identificação do que as impressões digitais…
Não qualquer materialização. Por mais completa que seja. Inicialmente contra o slogan “materialização completa, identificação perfeita” haveria que descartar muitíssimas materializações onde o parecido com a pessoa representada não seja completo.
A Federação Espírita Brasileira dá muita importância a uma materialização que o médium Florence Cook… teria realizado. Acrescenta-a à história de Katie King – este caso sim muito célebre e importante – e a um livro, também de alguma importância, de Aksakof:
Em várias sessões a materialização de uma jovem… Na sessão quarta disse: “Não me reconheceis, minha mãe?” Um instante depois “Florence, o espírito de minha filha, veio sentar-se nos meus joelhos. Tinha os cabelos longos e flutuantes. Seus braços estavam nus, assim como os seus pés, sua roupa não tinha nenhuma forma, dir-se-ia que estava envolvida por alguns metros de musselina (…) Esse espírito não trazia toca, sua cabeça estava desguarnecida”.
“Exclamei: ‘Florence, minha querida, és tu realmente? Respondeu ela: ‘Iluminai mais e olhai minha boca’. Vimos então distintamente seu lábio deformado, como no seu nascimento, quando os médicos que então a viram declararam que o caso era muito raro. Minha filha só vivera alguns dias. Ela crescera no mundo dos espíritos (?!), e parecia ter 17 anos. Vendo essa prova inegável da sua identidade, derramei bastantes lágrimas, sem poder dizer uma palavra”.
Não interessa agora discutir se com toda essa emotividade a Sra. Ross-Church tinha condições de exercer qualquer controle sobre uma fraude facílima. Nem se tinham capacidade de controlar coisa alguma os outros dois – e só dois – assistentes à sessão, ambos espíritas mais do que convictos…
Nem interessa discutir se é possível na eternidade – onde não há tempo! – que uma menina de poucos meses cresça até adquirir um corpo (perispirítico?) de 17 anos… O que interessa agora frisar é que o slogan de “materialização completa, identificação perfeita” não se pode aplicar a casos como este, onde nem sequer a mãe reconhece sua filha materializada. Onde a identificação proviria só de um detalhe: lábio deformado quando criancinha. Necessariamente após 17 anos seria muito diferente: nem sequer esse detalhe pode ser, contra o que se afirma, “prova inegável de sua identificação”.
Neste artigo tratamos unicamente de casos onde a materialização seja completamente igual à pessoa representada quando viva. Ou, seja!…, com pouca diferença. Esse é o sentido do slogan espírita.
A refutação… dessa convicção espírita é, inclusive, muito fácil:
Se a escotografia, a ectoplasmia, a ecto-colo-plasmia, a fantasmogênese e a transfiguração são reconhecidos como ideoplasmia dos vivos (a imagem que os vivos têm), por que não considerar também ideoplasmia dos vivos a materialização?
Logicamente, o fenômeno em si mesmo, seria simplesmente um pequeno grau, um pequeno passo a mais, na graduação ideoplástica nos fenômenos ectoplasmáticos. Nenhuma diferença essencial. O que a materialização teria de mais imagem, de mais idéia, de mais identificação.