Ao menos 12 pessoas (sendo sete delas funcionárias da ONU) morreram em um ataque a um prédio das Nações Unidas em Mazar-i-Sharif, no norte do Afeganistão.
O ataque aconteceu durante protesto contra a queima do Corão, livro sagrado do islã, pelo pastor de uma pequena igreja da Flórida (EUA), na semana passada.
É a ação mais letal contra empregados da entidade desde o atentado que matou 22 em Bagdá, em 2003, entre eles o brasileiro Sérgio Vieira de Mello (leia texto ao lado).
A conta, no entanto, pode chegar a 20 mortos. Entre as vítimas fatais, estariam um funcionário da ONU da Noruega, um da Suécia, um da Romênia e quatro guardas nepaleses. Além disso, cinco afegãos também morreram.
Duas pessoas teriam sido decapitadas, segundo um porta-voz da polícia afegã, mas essa informação foi negada pela polícia da região.
O pastor americano é Terry Jones, líder de uma igreja com 60 membros. No dia 20 de março, ele queimou uma edição do Corão porque considerou a obra "culpada".
É o mesmo pastor que tinha recebido atenção internacional no ano passado, após ameaçar queimar o livro em 11 de setembro, aniversário do ataque às Torres Gêmeas em 2001. Ontem, ele alegou não ter "responsabilidade nenhuma" no atentado à ONU no Afeganistão.
O ataque aconteceu depois das orações de ontem. Milhares de manifestantes, instigados por três mulás, saíram da Mesquita Azul (lugar sagrado afegão) e rumaram para o prédio da ONU -sem encontrar americanos, o ódio da multidão foi dirigido às Nações Unidas, outro símbolo ocidental.
Eles queriam a prisão de Jones. Com gritos de "Morte à América" e cartazes de "Morte a Obama" e "Abaixo a América", os manifestantes atiraram pedras no prédio.
Segundo relatos, eles invadiram o portão depois que as forças de segurança abriram fogo, agrediram os guardas e queimaram carros. Armas teriam sido tomadas da guarda de segurança da ONU e usadas para matar as vítimas.
A cidade de Mazar-i-Sharif é considerada uma das mais pacíficas nos padrões do Afeganistão - a milícia Taleban está concentrada especialmente nas províncias mais ao sul- e seria uma das primeiras áreas em que as tropas da Otan seriam substituídas pelas forças afegãs.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, chamou os ataques de "revoltantes e covardes". O presidente dos EUA, Barack Obama, divulgou nota condenando a ação.
A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, disse estar chocada. "Não existe justificativa para essa atrocidade."
O Conselho de Segurança da ONU condenou o ataque, assim como o Brasil, que ontem à noite também divulgou uma nota contra a ação.
MAIS 9 MORTOS
Nove pessoas morreram neste sábado, 2, em Kandahar em novos protestos contra a queima do Alcorão, um dia depois de sete funcionários da Organização das Nações unidas (ONU) terem sido mortos no pior ataque contra a organização no Afeganistão desde a invasão de 2001. A onda de violência foi despertada pela queima do livro sagrado muçulmano por uma pequena igreja da Flórida, nos EUA, no final de março.
Os novos protestos tiveram início no centro da cidade de Kandahar, sul do país, e se espalharam por outras localidades, enquanto a polícia entrava em confrontos com multidões que marchavam na direção dos escritórios da ONU e sedes administrativas de províncias, informaram testemunhas.
O ataque aconteceu durante protesto contra a queima do Corão, livro sagrado do islã, pelo pastor de uma pequena igreja da Flórida (EUA), na semana passada.
É a ação mais letal contra empregados da entidade desde o atentado que matou 22 em Bagdá, em 2003, entre eles o brasileiro Sérgio Vieira de Mello (leia texto ao lado).
A conta, no entanto, pode chegar a 20 mortos. Entre as vítimas fatais, estariam um funcionário da ONU da Noruega, um da Suécia, um da Romênia e quatro guardas nepaleses. Além disso, cinco afegãos também morreram.
Duas pessoas teriam sido decapitadas, segundo um porta-voz da polícia afegã, mas essa informação foi negada pela polícia da região.
O pastor americano é Terry Jones, líder de uma igreja com 60 membros. No dia 20 de março, ele queimou uma edição do Corão porque considerou a obra "culpada".
É o mesmo pastor que tinha recebido atenção internacional no ano passado, após ameaçar queimar o livro em 11 de setembro, aniversário do ataque às Torres Gêmeas em 2001. Ontem, ele alegou não ter "responsabilidade nenhuma" no atentado à ONU no Afeganistão.
O ataque aconteceu depois das orações de ontem. Milhares de manifestantes, instigados por três mulás, saíram da Mesquita Azul (lugar sagrado afegão) e rumaram para o prédio da ONU -sem encontrar americanos, o ódio da multidão foi dirigido às Nações Unidas, outro símbolo ocidental.
Eles queriam a prisão de Jones. Com gritos de "Morte à América" e cartazes de "Morte a Obama" e "Abaixo a América", os manifestantes atiraram pedras no prédio.
Segundo relatos, eles invadiram o portão depois que as forças de segurança abriram fogo, agrediram os guardas e queimaram carros. Armas teriam sido tomadas da guarda de segurança da ONU e usadas para matar as vítimas.
A cidade de Mazar-i-Sharif é considerada uma das mais pacíficas nos padrões do Afeganistão - a milícia Taleban está concentrada especialmente nas províncias mais ao sul- e seria uma das primeiras áreas em que as tropas da Otan seriam substituídas pelas forças afegãs.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, chamou os ataques de "revoltantes e covardes". O presidente dos EUA, Barack Obama, divulgou nota condenando a ação.
A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, disse estar chocada. "Não existe justificativa para essa atrocidade."
O Conselho de Segurança da ONU condenou o ataque, assim como o Brasil, que ontem à noite também divulgou uma nota contra a ação.
MAIS 9 MORTOS
Nove pessoas morreram neste sábado, 2, em Kandahar em novos protestos contra a queima do Alcorão, um dia depois de sete funcionários da Organização das Nações unidas (ONU) terem sido mortos no pior ataque contra a organização no Afeganistão desde a invasão de 2001. A onda de violência foi despertada pela queima do livro sagrado muçulmano por uma pequena igreja da Flórida, nos EUA, no final de março.
Os novos protestos tiveram início no centro da cidade de Kandahar, sul do país, e se espalharam por outras localidades, enquanto a polícia entrava em confrontos com multidões que marchavam na direção dos escritórios da ONU e sedes administrativas de províncias, informaram testemunhas.
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