Este é um artigo sobre Guia de lugares assombrados na Europa,
Inglaterra
Borley Rectory: Construída em 1862, localizada em Essex, próxima à costa leste, foi investigada por Harry Price, membro do Ghost Club e da Society For Psychichal Research. Ali foram observados vários fenômenos fantasmagóricos: ruídos, como passos e lamentos; estranhas luzes e aparições. Entre as aparições, um homem sem cabeça, uma garota de branco, o espectro do homem que construiu a casa, Henry Bull, uma freira movimentando-se no jardim mergulhada em profunda tristeza, um coche-fantasma conduzido por dois homens decapitados [aliás, fantasmas sem cabeça abundam na Inglaterra]
Segundo a lenda, o local, uma "reitoria" ou sede de paróquia da Igreja anglicana, no século XII [anos 1300], foi um monastério beneditino, palco do drama de amor impossível entre um monge e uma jovem noviça, que morreram assassinados depois de uma frustrada tentativa de fuga: ele, foi decapitado, tornando-se "o fantasma do monge sem cabeça; ela foi emparedada viva.
Harry Price, trabalhando em uma série de artigos para o jornal The Daily Mirror, foi um pioneiro na pesquisa científica sobre fantasmas, utilizando, já na década de 1930, na reitoria assombrada, o "kit caça-fantasmas", que incluía um gravador para o registro dos sons, equipamento para detectar a densidade das paredes e localizar câmaras e passagens secretas, máquinas fotográficas para interiores e exteriores, filmadora com controle remoto e telefones portáteis para facilitar a comunicação entre os pesquisadores. Com tais apetrechos, Price registrou sem deixar dúvidas fenômenos como o badalar de sinos, pancadas e objetos que se moviam sozinhos. Também recolheu os depoimentos de testemunhas que habitaram o lugar e dos vizinhos.
Os fantasmas da Borley Rectory foram relativamente pacíficos até 1930. A partir daí, as atividades paranormais acentuaram-se. Nesta época, ali moravam o Reverendo Lionel Foyster e sua esposa, Marianne, que sofreram com as assombrações: as portas dos quartos trancavam-se sozinhas, objetos desapareciam, janelas se quebravam e os ruídos intensificaram-se. A mulher, sobretudo, era mais perturbada pelos fantasmas: foi arrancada de sua cama durante a noite, esbofeteada por mãos invisíveis, teve de desviar-se de pesados objetos que eram arremessados contra ela e quase foi sufocada em seu próprio colchão. Mensagens apareciam do nada rabiscadas nas paredes: pediam ajuda, orações, missas. Os Foyster, vencidos, deixaram a Reitoria em 1935.
Um dos espíritos identificou-se como sendo Marie Lairre, que contou ter sido uma freira francesa [talvez essa seja a freira emparedada que, para muitos, foi apenas uma lenda dentro da lenda]. Ela deixou a vida religiosa para se casar com Henry Waldegrave, homem de família rica. Foi estrangulada pelo marido e enterrada, sem os sacramentos, no porão. Outro espírito, previu que a reitoria sofreria um incêndio e que as provas do assassinato da ex-freira seriam encontradas. Em 1939, o incêndio aconteceu e Price, escavando o porão, encontrou a ossada de uma mulher. Foi, então, providenciada uma cerimônia adequada de sepultamento. Em 1944, a Reitoria foi demolida mas a fama de a "casa mais assombrada da Inglaterra" dura até hoje.
A Torre de Londres: Também na Inglaterra, rivaliza com a Borley Rictory como lugar mais assombrado do país. Pudera, a Torre, chamada "Sangrenta", é um verdadeiro cortiço de fantasmas famosos. Tendo servido como prisão e local de execuções no período da Monarquia Absolutista, ali encontraram a morte inúmeros personagens históricos, decapitados ou assassinados de outras maneiras.
A assombração mais "aparecilda" do lugar é Ana Bolena, segunda consorte do mulherengo Henrique VIII [1491-1547], o monarca das oito esposas que virou ópera rock de Rick Wakeman. Bolena foi vítima de conspiração perpetrada pelo próprio real marido que, inconformado com fato da mulher não ter lhe dado herdeiro varão, engendrou sua prisão a fim de ficar livre para contrair novo casamento. Ela foi morta por um espadachim em 1536. Seu fantasma é visto com ou sem cabeça. A quinta mulher, Catarina Howard, teve destino semelhante: acusada de conspirar contra o rei, também foi condenada à lâmina do carrasco. Inconformada, tentou fugir à morte correndo do verdugo, clamando piedade. Foi alcançada e executada.
Também assombram a Torre o rei Henrique VI [1421-1471], cujo assassinato foi encomendado pelo irmão Eduardo IV. O rei aparece rezando, exatamente como no momento em morreu [pois estava na capela quando foi surpreendido]. Seus dois filhos, Eduardo e Ricardo, também foram encarcerados na Torre; contavam, então, com 9 e 12 anos. O tio, naturalmente, usurpou o trono adotando o nome de Ricardo III. Uma vez presos, os garotos nunca mais foram vistos.. vivos. Seus espectros caminham ali de mãos dadas. Anos depois, os esqueletos infantis foram descobertos em um baú debaixo de uma escada.
Outros espíritos atormentados que assombram a Torre são: o duque de Monmouth, aparece em trajes de cavaleiro; Sir Walter Raleigh, passeia ao longo das muralhas num percurso já conhecido como o Passeio de Raleigh. Outra que fugiu do carrasco foi Margareth Pole, condessa de Salisbury que foi perseguida e não escapou do verdugo. Ela repete a tragédia a cada 27 de maio. Engrossam a lista: lady Jane Grey, sobrinha-neta de Henrique VIII e seu marido Guilford, o fantasma que chora; o arcebispo de Canterburry; Henruy Percy, nono conde de Nothumberland; um cortejo de homens medievais e até um urso-fantasma, já que a Torre também serviu de zoológico para alguns soberanos [BORGES].
Outros lugares assombrados: A lista de lugares assombrados no Reino Unido é interminável, confirmando a tradição fantasmagórica da ilha. Entre eles, destacam-se ainda: Royal Theater e seu "homem de cinza", cujo esqueleto foi achado emparedado; o Castelo Glamis, na Escócia, cenário idealizado por Shakespeare para Macbeth, onde o rei Malcolm II foi apunhalado no século XI [anos 1000] que divide a lugar com os fantasmas de uma dama, um menino negro e uma criança deformada que família manteve em cárcere privado; a Abadia de Newstead, lar do poeta Byron e que abriga o soturno Frade Negro, agourento que se alegra com os óbitos e se entristece com casamentos e nascimentos que acontecem no lugar; a Abadia de Whitby, morada do fantasma de Santa Hilda, da freira Constance Beverley, emparedada viva por que se apaixonou por um cavaleiro e, ainda, uma carruagem espectral devidamente guiada por um cocheiro sem cabeça; o gato preto, caolho e perneta do solar de Oxenby; a Fortaleza de colina de Cadbury, assombrada pelo rei Artur e seus cavaleiros; o druida do cemitério da mansão de Rillaton, em Cornwall, que oferece uma poção mágica aos viajantes.
Itália
Em Roma, os lugares assombrados mais destacados são o Coliseu, onde ainda se ouvem os rumores dos embates armados e o tropel de cavalos e o Fórum. Em Pompéia, fantasmas dos soterrados pela erupção do Vesúvio [79 d.C.] ainda gritam os horrores da tragédia e as sombras vagueiam em meio ao cheiro de enxofre. No Belvedere Fort, em Florença, são os espectros das bruxas que clamam por justiça séculos depois das torturas e mortes nas fogueiras. Também há lugares assombrados na Sicília, nas catacumbas de Palermo e em Veneza onde, dizem, o espectro do mal domina as vielas, testemunhas de assassinatos.
França
Torre Eiffel: Na Torre Eiffel, uma jovem rejeita a proposta de casamento de namorado. Ela não o quer mais. Ela a ameaça, ela não acredita no que ouve: ele sempre foi tão gentil... Mas não esta noite. Desvairado pela rejeição, ele a empurra do alto da torre. Ela grita até hoje seu desesperado "Não!": não porque não quer casar, não porque não quer morrer. O grito assombra a escuridão da cidade luz por um instante, depois, vem o silêncio aterrador, o silêncio da morte.
Palácio de Versalhes: Outro lugar assombrado da capital francesa é o Palácio de Versalhes, mais precisamente o Petit Trianon, construído entre 1764 e 1771 por ordem de Luis XV, o Bem-Amado [1710-1774]. A primeira aparição foi registrada em 1901 quando duas visitantes inglesas viram um grupo de pessoas com roupas da época do rei. Os fantasmas foram vistos outras vezes em outras ocasiões, por outras testemunhas que também relataram terem escutado música. Entre os fantasmas, foi reconhecida a figura da lendária Maria Antonieta, que morreu na guilhotina dos revolucionários franceses.
As Catacumbas: Ainda em Paris, os espíritos vagueiam pela Catacumbas, o Reino da Morte, uma rede de túneis subterrâneos com 300 quilômetros de extensão. As Catacumbas foram escavadas por uma questão prática: a expansão de Paris exigia a construção de novos edifícios. O material necessário, como pedras, barro, areia, foi retirados do subsolo da cidade. As cavidades se transformaram nestas galerias escuras. No século XIX [anos 1800], quando os cemitérios estavam lotados, para "abrir espaço, as autoridades decidiram transferir cadáveres antigos para as Catacumbas. Ali, onde ecoam vozes espectrais, é comum a visão de ossos sobre ossos onde se destacam os crânios humanos. Para completar a lenda, os parisienses contam a história de um jovem explorador entrou nas Catcumbas levando uma filmadora. Desapareceu. A máquina foi encontrada e as últimas imagens do incauto, mostram-no correndo, apavorado, rumo à escuridão...
Alemanha
Neste país existem pelo menos 25 lugares considerados assombrados, entre eles, a Babenhausen Kaserne onde são vistos soldados usando uniformes nazistas. O cemitério de Bernkastel, onde o espectro de uma mulher vestida de branco atacou um "caçador" de fantasmas. O homem foi parar no hospital com as pernas inchadas e febre; ele morreu murmurando palavras desconexas sobre uma "dama de branco". Dresden: em uma área próxima a um hospital onde morreram inúmeras mulheres e crianças depois de um desastre durante a Segunda Guerra, são ouvidos gritos e lamentos.
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