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Demonologia é o estudo sistemático dos demônios. Quando envolve os estudo de textos bíblicos, é considerada um ramo da Teologia. Por geralmente se referir aos demônios descritos no Cristianismo, pode ser considerada um estudo de parte da hierarquia bíblica. Também não está diretamente relacionada ao culto aos demônios.


quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

MORTE - COMA & ALÉM


The Anatomy Lesson of Dr. Tulp - de Rembrant: autópsia, o esforço da ciência para decifrar o mistério das relações entre a vida e a morte.
Coma e Experiência de Quase Morte (ou Near Death Experience): estes dois estados de inconsciência são, muitas vezes, ditos semelhantes ou mesmo iguais. Entretanto são bem diferentes e suas diferenças tornam ainda mais intrigante o mistério da morte; a ignorância humana sobre o que acontece ao Ego, à Psique, quando se rompem e/ou se interrompem suas conexões com o corpo físico.

Muitos pesquisadores colhem depoimentos sobre o que acontece à personalidade (Ego) durante situações de "quase morte". Livros de depoimentos são publicados. Nesses depoimentos há o relato recorrente da visão de uma "luz no fim de um túnel". Outros vão mais além e descrevem situações de "boas-vindas", de acolhimento, de chegada ao paraíso, de encontro com pessoas conhecidas já falecidas e/ou com mestres espirituais, anjos, seres luminosos; ou então, ao contrário, uma sensação de medo e uma experiência de estar no "inferno".
No estado de coma, parece que nada disso ocorre. Os depoimentos são completamente diferentes. As pessoas despertam do coma com se estivem acordando de um longo sono; nada mais. Quase sempre, um sono sem sonhos. Para o comatoso não há luzes brilhantes ou túneis. Perde-se a noção do tempo e, quando voltam do coma, surpreendem-se por se terem passados dias, meses e até anos.

Os paranormais, os médiuns, os esotéricos dizem que o espírito prende-se ao corpo por um liame - um fio, descrito freqüentemente como um fio prateado, luminoso [a idéia de luz está sempre presente]. Nas chamadas "viagens astrais" ou "experiências fora do corpo", o SER Espiritual - que É o homem verdadeiro em última instância de SER - se desloca a distâncias longas e ESTRANHAS, no espaço e no tempo. Enquanto o corpo físico repousa, dormindo ou em transe, o espírito vai a lugares inimagináveis, encontra pessoas, faz coisas.

O liame, o fio estende-se sem limite porém, sob certas circunstâncias ou inevitavelmente algum dia, o fio se rompe e o corpo morre, a pessoa morre, ao menos para ESTE MUNDO - porque a vida pertence ao espírito, à anima, alma - e não à matéria. Em estado de coma, embora inconsciente para o "mundo dos vivos", o espírito ainda tem o seu liame firmemente preso ao corpo. No coma, aparentemente, tando o corpo quanto o espírito permanecem em repouso, sem percepções conscientes e os sonhos, se acontecem, são esquecidos com o retorno ao estado de vigília.

A experiência de quase morte é acompanhada de visões daquele lugar que ninguém sabe onde e como é: o ALÉM. Além dessa vida, além da realidade tal como é conhecida. Aqueles que de fato morreram por instantes e depois voltaram à vida tiveram um rompimento do liame. O "fio da vida" se partiu e o corpo, realmente, esteve morto naqueles momentos.

Apesar da ciência ortodoxa ocidental jamais ter aceitado a sobrevivência do "ser humano" após a morte (do corpo, neste mundo) as "história do além" existem e são contadas em todas as partes do mundo ao longo de milênios. "Espíritos" são vistos em muitos lugares. Imagens destes "desencarnados" têm sido capturadas fotografias, vídeos; vozes dessas entidades são gravadas. São testemunhos demais para que a possibilidade de vida após a morte seja simplesmente posta de lado, não-estudada ou tratada como assunto sem importância.
The Lady of Raynham Hall - esta fotografia de C. Provando e Indre Shira, Norfolk, 19 de setembro de 1936 é, provavelmente, a mais famosa imagem de fantasma já obtida por uma câmera fotográfica. Este tipo de foto sempre é contestado pela ciência. Embora sejam incontáveis as imagens já capturadas, os especialistas ortodoxos alegam todo tipo de defeito, irregularidade, efeito especial ou mesmo fraude diante da foto de um fantasma ou "ectoplasma".

DIREITA: Mesa espírita - evocação de mortos, prática comum no espiritismo kardecista. O Espiritismo segundo a doutrina de Alan Kardec, admite a reencanação e a professa a antiga doutrina do carma, lei da retribuição, em termos ocidentais. No kardecismo, o "além" constitui-se em localidades espirituais. São Vales Negros e Cidades Etéreas, "infernos e paraísos" para onde vão as almas segundo suas próprias disposições energéticas, positivas, sutis e depuradas ou negativas, densas, impuras.
Religiões
Religiões mundiais ("grandes religiões"), e outras regionais, mais primitivas, ensinam que a vida vai além das limitações do organismo físico, da carne, dos ossos, do sangue. As teologias podem ser diferentes; as concepções do "além" não são iguais mas de uma forma ou de outras, a maior parte das crenças religiosas admite algum tipo de existência depois da falência do organismo físico.

Alguns sistemas religiosos instituem, até mesmo, rituais de transcendência, procedimentos que levam ao chamado transe, quando um crente ou um sacerdote entram em contato com a realidade metafísica, do "outro mundo". O Espiritismo kardecista promove com regularidade "sessões espíritas", onde os mortos são evocados pelas mais diversas razões. A evocação dos mortos também aparece com destaque na Umbanda, em certos ritos do candomblé (dos Eguns), em cultos de povos indígenas e na bruxaria praticada nas mais variadas culturas do planeta: paganismo euro-ocidental, xamanismo euro-oriental, magia chinesa, japosesa, hindu etc..

Os espíritos não são normalmente visíveis no mundo físico; eles habitam uma outra dimensão espaço-temporal. Há pessoas, todavia, que vêm "fantasmas" com certa facilidade: são os médiuns (meios de contato), os paranormais, gente dotada de percepção extrassensorial (percepção além dos cinco sentidos físicos, visão, audição, tato, olfato, paladar).

A comparação entre a experiência de quase morte e o coma evidencia que: 1. os dois estados não se confundem; 2. na morte ocorrem experiências que fortalecem a crença na continuidade do SER e, por conseguinte, continuidade ontológica do Ego depois que o corpo inerte já não possui nenhum sopro de vida. Aqueles que morreram e ressucitaram, literalmente, sofreram a separação entre corpo e espírito: o corpo se tornou um objeto insensível enquanto o espírito esteve livre para continuar existindo em outras condições de SER-E-ESTAR.

A liberdade do espírito que se desligou do corpo é relatada pela maioria das pessoas que foram dadas como clinicamente mortas como a capacidade de ver o próprio corpo e circundantes do ponto de vista de alguém que flutua. A realidade do post mortem se impõe: o encontro com estranhos ou conhecidos, parentes, amigos, anjos, Cristo ou Buda; o ser é transportado para outro lugar: de repente pode estar caminhando no túnel escuro; alguns se sentem aliviados, leves - é o céu; outros, aterrorizados - é o inferno.
A sensação agradável ou desagradável que se segue imediatamente à morte parece depender da "constituição mental" do desencarnante, da qualidade dos pensamentos e da expectativas que o moribundo tem. O estudo dos relatos de experiências de quase morte tem demonstrado que o além é uma dimensão existencial regulada muito objetivamente pelas idéias de cada um, ou seja, em outras palavras, o além é idiossincrático, é muito pessoal.

Cada um tem o post mortem configurado segundo as crenças que alimentou durante toda a vida. No mundo contemporâneo, a morte é um assunto proibido, pouco falado, considerado de mau gosto, o "mórbido". A grande massa das pessoas procura não pensar em morte. O estudo da morte (tanatologia) é uma área para especialistas. O resultado desse pudor em relação à morte é que as pessoas morrem despreparadas, muitas vezes sem jamais terem refletido sobre o seu inevitável destino e o resultado são terrores ou longos períodos de letargia que impedem o espírito de desfrutar de sua condição verdadeira de SER COMPLETAMENTE DOTADO DE VIDA!.



Visões do Além

Em 28 de julho de 1976, nas primeiras horas damanhã, as 3:42 - o mais mortal dos terremotos do século 20 e o terceiro maior registrado na história, aconteceu em Tangshan, China. Um quinto da população morreu na catástrofe e milhares de outras foram "arrancadas dos braços da morte". Na ocasião, foi feito um estudo o que as pessoas sentiram naquele momento crítico.

Muitos responderam que estando face a face com a morte não sentiram dor ou terror, ao contrário, experimentaram um tipo de excitamento latente, como se estivessem sendo libertadas de seus corpos físicos; estiveram em "outra dimensão", atravessaram o túnel de luz, tiveram contato com seres "especiais", viram parentes falecidos. Os relatos remeteram aos depoimentos de pessoas que passaram por Experiência de Quase Morte - EQM.

Os pioneiros da pesquisa de Experiência de Quase Morte são: Dr. Raymond Moody e o Dr. Kenneth Ring, co-fundador da International Association for Near-Death Studies. A experiência típica segue uma progressão bem distinta: começa com sensação de leveza; sentir que está flutuando. Pode-se observar o próprio corpo desfalecido e também as pessoas e ambiente em volta. A seguir vem a passagem através do túnel, os encontros com conhecidos já mortos e com outras personagens, em geral, de natureza religiosa. Finalmente, aparece uma luz! (Morse, Conner & Tyler, 1985).

São freqüentes os casos de visões restrospectivas de toda a vida durante um tempo indeterminável ou mesmo "fora do tempo". Revendo toda a trajetória de seus gestos passados, é como se a pessoa devesse ver, avaliar e decidir por continuar ou não sua particular aventura de viver.

Um fenômeno que se repete é a mudança de personalidade - de quem quase morreu - ou, ao menos, mudança de pontos de vista de quem passou pela situação de morrer clinicamente e ressucitar. As pessoas tornam-se mais interessadas em espiritualidade, parecem menos ansiosas em relação ao significado da existência, menos temerosas em relação à morte e mais tolerantes com pequenos incômodos da vida.

Durante os momentos de suspensão e/ou perda da vida, a percepção do tempo se altera; praticamente torna-se imensurável. Poucos segundos terrenos podem ser percebidos pelo "morto" como um dia inteiro, uma semana etc.. Muitas vezes, o despertar da quase morte vem acompanhado de habilidades metafísicas ou paranormais: visão de auras, vidência, telepatia, conhecimentos que não se possuía antes.



O Peso da Alma

O fenômeno da Experiência de Quase-Morte é um enigma para a ciência objetiva que concebe a MENTE como mero produto de reações neuroquímicas. A neurologia entende que o pensamento é inseparável do cérebro, que toda e qualquer percepção depende do sistema nervoso. Assim, se não há cérebro comandando o sistemanervoso não pode haver percepção, lembrança, vivência.

Para saber se existe uma alma independente do corpo, em 1907, o doutor em Medicina Duncan MacDougall, de Haverhill - Massachussets, conduziu um experimento com seis pacientes em estado terminal. Esses pacientes foram pesados pouco antes da morte e imediatamente após a morte. MacDougall pretendia verificar se havia diferença de matéria-massa entre o homem vivo e o cadáver. O resultado, publicado nos jornais da época, mostrou que todos os moribundos perderam, em média, 21 gramas após o último suspiro. Vinte e uma gramas: era o peso da alma!

A conclusão de MacDougall foi duramente refutada pelos cientistas que atribuíram a diferença de peso aos mais diversos fatores, como a perda sutil de líquido, por exudação. Porém, ninguém repetiu a experiência para dirimir as dúvidas. P pensamento materialista não admite buscar no homem qualquer realidade que não seja física, densa, orgânica, mensurável.



Alucinações

Francis Crick, Nobel em 1962 - junto com James Watson - pela descoberta da dupla hélice de DNA, afirma, em um estudo controverso que "nossas mentes, o comportamento de nossos cérebros, pode ser explicado por interações de células nervosas (e outras células) e moléculas associadas a elas." Mas Crick não tem uma teoria que explique o resultado de outro estudo, realizado com 344 pacientes que tiveram paradas cardíacas: 18% dessas pessoas tiveram percepções e vivências no post-mortem temporário que experimentaram.

Enquanto isso, o Dr. Oleg Vasiliev, do Institute of Ressucitation Studies of the Russian Academy of Medical Science, diz que o túnel, a luz e os encontros com criaturas angelicais, mitos religiosos e familiares são apenas ALUCINAÇÕES.

"Cerca de 60% das pessoas que estão em UTI (unidades de terapia intensiva) passaram algum tempo em estado de quase morte. Quando voltam à vida contam histórias sobre luzes brilhantes, deslocamentos físicos, encontros, boas-vindas do próprio Jesus Cristo. Entretanto, os mais recentes estudos mostram que essas visões são processos psicológicos que ocorrem no cérebro lesionado do paciente."

As "alucinações" resultam da interação de alguns fatores: deficiência de oxigenação no cérebro, liberação de endomorfina, que proporciona a sensação de tranquilidade e sedação. O cérebro responde ao stress físico produzindo as alucinações, que são um recurso defensivo. As imagens variam de acordo com a bagagem cultural do paciente. Vasiliev exlpica, ainda, que o chamado estado de quase morte e suas percepções podem ser induzidos por uma substância anestésica chamada ketamin.

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