João escreveu o que ele viu (1:11,19), que era basicamente uma peça vívida,
emocionante. Para entendê-la, precisamos visualizar as cenas em nossa imaginação.
O Sétimo Selo
Jesus enviou a mensagem de Apocalipse às sete igrejas (1:4,11) que
estavam passando por um período de dura perseguição (1:9). Como em qualquer
carta, nós a entenderemos melhor vendo a mensagem através dos olhos de seus
destinatários originais. Em certo sentido, estamos lendo a correspondência de
alguém.
Ž
O livro revela as coisas que aconteceriam logo (1:1,3; 22:6,10). Em todos
os séculos, os intérpretes da Bíblia têm pensado que o Apocalipse descreve
os eventos políticos de sua própria época. Na realidade, esses símbolos
especiais e predições foram cumpridos pouco tempo depois de serem escritos.
Considere: quando Daniel escreveu sobre acontecimentos que ocorreriam 400 anos
mais tarde, ele selou as palavras porque elas se referiam a um futuro muito
distante (Daniel 8:26). Quando João escreveu Apocalipse ele não selou as
palavras porque o tempo estava próximo (22:10).
Apocalipse foi escrito com símbolos (veja 1:20). Os candelabros que João
viu, por exemplo, simbolizavam igrejas; as estrelas significavam anjos.
Precisamos distinguir entre o que João viu e o significado do que ele viu.
Livros como Daniel, Zacarias, Ezequiel e Isaías usam linguagem figurada
semelhante.
Os Sete Selos é um conceito da escatologia cristã, que vem do Livro do Apocalipse, da Bíblia cristã, onde um livro com sete selos é descrito em Apocalipse 5:1.
Os Sete Selos foram abertos pelo Leão de Judá. Apocalipse 5:5 diz: "E um dos anciões disse até mim: Não chores eis que o Leão da tribo de Judá, a raiz de Davi, venceu para abrir o livro e desatar os sete selos".
Judá era geralmente o reino entregue ao príncipe herdeiro de Israel. Jesus na tradição cristã, é o Rei dos reis, e não o príncipe herdeiro. O Leão de Judá é uma referência deliberada direta a um príncipe digno "do sangue de Cristo". Os sete selos foram abertos, um a um, pelo Cordeiro. Apocalipse 5:6 diz: "E eis que, e eis que no meio do trono e dos quatro animais, e no meio dos anciãos, um Cordeiro como tinha sido morto, tendo sete chifres e sete olhos, que são os sete Espíritos de Deus enviados por toda a terra".
Cada abertura de um dos selos é seguida por um evento ou uma série de eventos. Apocalipse 6:1: "E, havendo o Cordeiro aberto um dos selos, olhei, e ouvi um dos quatro animais, que dizia como em voz de trovão: Vem, e vê". A visão do Livro dos Sete Selos foi referida por João, em Apocalipse. Quando cada um dos quatro primeiros selos é aberto, um cavalo e seu cavaleiro aparecem. Estes são geralmente referidos como Cavaleiros do Apocalipse.Na abertura do primeiro selo surge um cavalo branco, que representa o Anticristo, com sua falsa inocência e paz, que governa o mundo (Apocalipse 6:2).Na segunda abertura do livro, surge outro cavalo, desta vez vermelho, ao qual foi dada a ordem de que tirasse a paz da terra, e que se matassem uns aos outros (Apocalipse 6:4).Ao abrir do terceiro selo, João vê um cavalo preto, que segurando uma balança faz ofertas exorbitantes; o que significaria a excassez dos produtos e seus preços exorbitantes. Este cavalo representa a fome, a penúria, as trocas injustas (Apocalipse 6:4).Na abertura do quarto selo surge o último dos quatro cavaleiros, que é a representação da fome, da peste e da destruição, do qual o que estava assentado sobre ele havia a palavra Morte, e o Inferno o seguia (Apocalipse 6:7-8).A abertura do quinto selo é seguida por uma visão daqueles que foram "mortos por causa da palavra de Deus" (Apocalipse 6:9).Quando o sexto selo é aberto, há um grande terremoto, e os sinais aparecem no céu. (Apocalipse 6:12,14) Além disso, 144.000 servos de Deus são "selados” nas suas testas, em Apocalipse 7:.Quando o sétimo e último selo é aberto, sete anjos com suas trombetas começam a soar, um por um. Os acontecimentos do Sétimo Selo são subdivididos pelos eventos seguintes, ao soar de cada trombeta. Este selo é aberto em Apocalipse 7:, e a sétimo trombeta não soa até Apocalipse 11:.
Os Sete Selos foram abertos pelo Leão de Judá. Apocalipse 5:5 diz: "E um dos anciões disse até mim: Não chores eis que o Leão da tribo de Judá, a raiz de Davi, venceu para abrir o livro e desatar os sete selos".
Judá era geralmente o reino entregue ao príncipe herdeiro de Israel. Jesus na tradição cristã, é o Rei dos reis, e não o príncipe herdeiro. O Leão de Judá é uma referência deliberada direta a um príncipe digno "do sangue de Cristo". Os sete selos foram abertos, um a um, pelo Cordeiro. Apocalipse 5:6 diz: "E eis que, e eis que no meio do trono e dos quatro animais, e no meio dos anciãos, um Cordeiro como tinha sido morto, tendo sete chifres e sete olhos, que são os sete Espíritos de Deus enviados por toda a terra".
Cada abertura de um dos selos é seguida por um evento ou uma série de eventos. Apocalipse 6:1: "E, havendo o Cordeiro aberto um dos selos, olhei, e ouvi um dos quatro animais, que dizia como em voz de trovão: Vem, e vê". A visão do Livro dos Sete Selos foi referida por João, em Apocalipse. Quando cada um dos quatro primeiros selos é aberto, um cavalo e seu cavaleiro aparecem. Estes são geralmente referidos como Cavaleiros do Apocalipse.Na abertura do primeiro selo surge um cavalo branco, que representa o Anticristo, com sua falsa inocência e paz, que governa o mundo (Apocalipse 6:2).Na segunda abertura do livro, surge outro cavalo, desta vez vermelho, ao qual foi dada a ordem de que tirasse a paz da terra, e que se matassem uns aos outros (Apocalipse 6:4).Ao abrir do terceiro selo, João vê um cavalo preto, que segurando uma balança faz ofertas exorbitantes; o que significaria a excassez dos produtos e seus preços exorbitantes. Este cavalo representa a fome, a penúria, as trocas injustas (Apocalipse 6:4).Na abertura do quarto selo surge o último dos quatro cavaleiros, que é a representação da fome, da peste e da destruição, do qual o que estava assentado sobre ele havia a palavra Morte, e o Inferno o seguia (Apocalipse 6:7-8).A abertura do quinto selo é seguida por uma visão daqueles que foram "mortos por causa da palavra de Deus" (Apocalipse 6:9).Quando o sexto selo é aberto, há um grande terremoto, e os sinais aparecem no céu. (Apocalipse 6:12,14) Além disso, 144.000 servos de Deus são "selados” nas suas testas, em Apocalipse 7:.Quando o sétimo e último selo é aberto, sete anjos com suas trombetas começam a soar, um por um. Os acontecimentos do Sétimo Selo são subdivididos pelos eventos seguintes, ao soar de cada trombeta. Este selo é aberto em Apocalipse 7:, e a sétimo trombeta não soa até Apocalipse 11:.
Cartas às Sete Igrejas da Ásia
Jesus incumbiu João de enviar o
livro de Apocalipse a sete igrejas. Nos capítulos 2 e 3, o Senhor deu mensagens
especiais a cada uma dessas igrejas. Cada carta segue quase o mesmo modelo: ì
uma comunicação ao anjo que representava a igreja; í uma frase descrevendo
Jesus; î um comentário das boas coisas feitas pela igreja (em um caso nada de
bom é mencionado S veja 3:14-22); ï uma repreensão pelas más coisas que
Jesus observava (em duas cartas nada de mau é mencionado S veja 2:8-11 e
3:7-13); ð encorajamento para corrigir o erro (exceto para as igrejas em que
nada de mau tinha sido notado): ñ uma exortação a ouvir; ò uma promessa àquelas
que triunfassem (em alguns casos a ordem destas últimas duas é invertida).
Lições:
Éfeso;
uma igreja doutrinariamente sólida e ativa, ainda que seu amor tivesse ficado
frio. É perigoso permitir que nosso serviço a Deus se torne mecânico e
ritual; o primeiro mandamento é amar a Deus com todo o coração. Quando uma
igreja deixa de amar a Deus ela prejudica sua relação com ele.
Esmirna:
esses irmãos estavam sofrendo perseguição e dificuldades econômicas, mas
Deus estava orgulhoso deles. O mito que a fidelidade a Deus sempre traz
prosperidade e termina o sofrimento é falso.
Pérgamo:
esse grupo permanecia fiel mesmo quando um membro foi martirizado, mas tinha um
grande problema: tolerava o ensino de falsas doutrinas que encorajavam idolatria
e imoralidade. O Senhor ameaçou fazer guerra contra ele.
Tiatira: essa congregação estava procedendo bem de todos os modos (2:19), mas foi criticada pelo Senhor porque aceitava uma mulher "que a si mesma se declara profetisa" que promovia pecado sexual. As igrejas têm que rejeitar os membros que encorajam o pecado (Tito 3:10-11).
Tiatira: essa congregação estava procedendo bem de todos os modos (2:19), mas foi criticada pelo Senhor porque aceitava uma mulher "que a si mesma se declara profetisa" que promovia pecado sexual. As igrejas têm que rejeitar os membros que encorajam o pecado (Tito 3:10-11).
Sardes:
essa igreja tinha grande reputação, mas a realidade desmentia o nome. Não
podemos descansar sobre nosso passado. As igrejas vivem por causa de seu atual
serviço a Deus.
Filadélfia:
as duas igrejas que não foram criticadas (Esmirna e Filadélfia) eram as
igrejas que sofriam maior perseguição. O Senhor reassegurou-as de que era ele
quem tinha a chave, e que quando ele abrisse a porta para elas, ninguém seria
capaz de fechá-la.
Laodicéia:
Se autoconfiança fosse o padrão, essa igreja seria proeminente. Sua
autoconfiança era imensa, mas sua falta de fervor tinha deixado o Senhor do
lado de fora, batendo na porta para entrar em sua própria igreja. Arrogância e
prosperidade material freqüentemente produzem cristãos complacentes.
O Cordeiro Abre os Selos
A hora de abrir o livro tinha
chegado. Imagine-se sentado na platéia de um teatro. Quando se descerra a
cortina, o Cordeiro abre os primeiros quatro selos e quatro cavalos galopam
através do palco. Cada um é de uma cor diferente e tem uma missão diferente.
O quinto selo revela as almas dos mártires em baixo do altar clamando por
vingança contra aqueles que derramaram seu sangue. Quando o sexto selo foi
aberto, houve um terremoto e catástrofes horríveis; os homens estavam tomados
de pânico.
Quatro cavalos. O livro de Apocalipse utiliza freqüentemente sinais do Velho
Testamento. Em Zacarias 1 e 6, cavalos coloridos simbolizam forças de
reconhe-cimento de Deus e suas armas de punição. É razoável entender os
cavalos de Apoca-lipse do mesmo modo. Eles pertencem ao Senhor e através deles
ele observa a situa-ção do mundo e exerce sua ira. O cavalo branco é o cavalo
conquistador de Deus; o vermelho é o cavalo de guerra do Senhor. O preto traz
fome sobre a terra e o cavalo cinza traz a morte. O julgamento que os cavalos
executaram não foi total. O cavalo cinza matou um quarto do povo. A fome
trazida pelo cavalo preto danificou somente o trigo, porém nem o óleo, nem o
vinho (numa seca limitada, os grãos, de raiz mais rasa, serão atacados antes
das vinhas e das oliveiras).
Almas sob o altar. Quando eram feitos sacrifícios no Velho Testamento, o sangue (representando a vida ou a alma Levítico 17) do animal era derramado na base do altar. Semelhantemente, a vida ou o sangue dos cristãos que tinham sido sacrificados pelos perseguidores estava na base do altar celestial de Deus, clamando a Deus por vingança contra os inimigos e para que fosse vitorioso sobre a perse-guição feroz. O sangue injustamente derra-mado clama por justiça (veja Gênesis 4:10). Este apelo dos mártires forma o tema central do livro inteiro. O livro de Apocalipse revela Deus castigando os perseguidores e vingando os cristãos.
Eventos cataclísmicos. O sexto selo revela o começo do julgamento de Deus contra os perseguidores dos cristãos. Soa como se fosse o fim do mundo. Mas não pode ser, ainda há 16 capítulos restantes em Apocalipse. De fato, esta linguagem foi usada freqüentemente pelos profetas do Velho Testamento de um modo tocante para simbolizar a queda de uma nação ou uma cidade (veja, por exemplo, Isaías 13:9-13; 34:4-5; Ezequiel 32:7-8). Estes símbolos indicaram o começo do trans-bordamento da ira de Deus contra aqueles que haviam assassinado os cristãos.
Almas sob o altar. Quando eram feitos sacrifícios no Velho Testamento, o sangue (representando a vida ou a alma Levítico 17) do animal era derramado na base do altar. Semelhantemente, a vida ou o sangue dos cristãos que tinham sido sacrificados pelos perseguidores estava na base do altar celestial de Deus, clamando a Deus por vingança contra os inimigos e para que fosse vitorioso sobre a perse-guição feroz. O sangue injustamente derra-mado clama por justiça (veja Gênesis 4:10). Este apelo dos mártires forma o tema central do livro inteiro. O livro de Apocalipse revela Deus castigando os perseguidores e vingando os cristãos.
Eventos cataclísmicos. O sexto selo revela o começo do julgamento de Deus contra os perseguidores dos cristãos. Soa como se fosse o fim do mundo. Mas não pode ser, ainda há 16 capítulos restantes em Apocalipse. De fato, esta linguagem foi usada freqüentemente pelos profetas do Velho Testamento de um modo tocante para simbolizar a queda de uma nação ou uma cidade (veja, por exemplo, Isaías 13:9-13; 34:4-5; Ezequiel 32:7-8). Estes símbolos indicaram o começo do trans-bordamento da ira de Deus contra aqueles que haviam assassinado os cristãos.
No início de Apocalipse 7, seis
selos são abertos e um permanece fechado. O sexto selo era especialmente dramático
e sem dúvida João estava esperando ansiosamente a abertura do sétimo. Mas
permaneceu fechado. Houve um intervalo na ação (compare com os programas de
televisão, que fazem intervalos para os comerciais no momento mais
emocionante). Pelo menos três cenas ocorrem antes que o conteúdo do sétimo
selo fosse revelado: a selagem do povo de Deus na terra, a celebração do povo
de Deus no céu e trinta minutos de silêncio. Estas demoras certamente
aumentaram a sensação de maravilha e expectativa de João. Finalmente, as sete
trombetas (o conteúdo do sétimo selo) começam a soar.
Os 144.000 são selados
(7:1-8). Antes que Deus permitisse mais destruição na terra, ele selou seu
povo; isto é, ele marcou-o como pertencentes a ele, de modo a protegê-los do
desastroso julgamento que ele estava impondo sobre e terra. O número 144.000
(12x12x1000) simboliza o total do povo de Deus, uma vez que 12 representa o número
especial do povo de Deus (12 tribos, 12 apóstolos, etc), e 1000 é um número
significando totalidade.
Celebração da grande multidão
(7:9-17). A grande multidão reunida em volta do trono representa aqueles cristãos
que tinham morrido. Sua morte não era uma tragédia, pois eles se regozijavam
num grande festival em torno do trono de Deus.
Trombetas
(8:1-9;19). As primeiras seis trombetas eram julgamento parcial da terra. As
trombetas de 1 a 4 revelavam a destruição de um terço da terra, do mar, dos
rios e dos corpos celestiais. A quinta era uma horrorosa praga de gafanhotos que
resultou no desejo do povo morrer. A sexta era um pavoroso exército de cavalos
que expeliam fogo de suas bocas. Todos estes quadros simbolizam a advertência
de Deus aos ímpios para que se arrependam. Não devem ser vistos literalmente,
mas como meios de representar dramaticamente a poderosa mão de Deus quando
castiga aqueles que estavam perseguindo os cristãos
Recusa a arrepender
(9:20-21). A reação às trombetas foi surpreendente: nenhum arrependimento.
Quando o Senhor adverte, mas os homens recusam arrependerem-se, não há outra
alternativa para ele que não seja destruir totalmente os objetos de sua ira.
A Sétima Trombeta
O que o Senhor pode fazer com
aqueles que se recusam a arrepender?
Depois de ter visto o arsenal de
armas de Deus (Apocalipse 6:1-8) e o desesperado apelo dos cristãos perseguidos
(6:9-11), João presenciou devastadores julgamentos de advertência do Senhor
(6:12-17; 8:1-9:19). Através de todo o sexto selo e as primeiras seis trombetas
do sétimo, os perseguidores experimentaram todos os dolorosos chamados de Deus
ao arrependimento. O resultado: teimosa recusa a mudar (9:20-21).
O verdadeiro castigo tinha que vir,
e não podia esperar mais. Ainda que houvesse sete trovões prontos para fazer
mais advertências, eles foram selados (10:4) pois não poderia haver mais
demora (10:6). O livro dos julgamentos foi dado a João para comer e ele foi
mandado profetizar contra as nações e os reis que se tinham aliado contra o
povo de Deus (10:8-11).
Mas, antes que o julgamento fosse
revelado, houve um intervalo para mostrar o que estava acontecendo ao povo de
Deus durante sua terrível perseguição. O templo deles foi medido e assim
protegido por Deus, ainda que o átrio externo fosse pisoteado por incrédulos
durante três anos e meio (11:1-2; veja as sugestões para estudo). Eles
profetizaram com tristeza durante este período, foram brevemente dominados, mas
Deus os reergueu tomando sua causa e derrotou seus inimigos (11:3-13). Conquanto
houvesse dor, perseguição e aflição, no final o povo de Deus sairia
vitorioso.
Finalmente, a sétima trombeta soou
e Deus manifestou sua soberania sobre o mundo, obteve a vitória e derrotou os
perseguidores (11:14-19). O apelo dos mártires foi atendido (6:9-11). Deus
reina supremo.
A Derrota do Diabo
No fim de Apocalipse 11 a sétima
trombeta soou, marcando o fim da primeira metade do livro. Nos capítulos 12-22
os mesmos eventos são apresentados de um ponto de vista diferente. A atenção
muda para os instrumentos específicos que o diabo usa para atacar os cristãos
e o modo com que Cristo derrota cada um.
As personagens
(12:1-6)
Uma mulher deu à luz um menino a
quem o dragão tentou devorar. A mulher representa o povo de Deus (veja Miquéias
4:9 - 5:4). A criança é o Cristo (veja Salmo 2:7-9). O dragão é Satanás
(12:9). Durante a vida terrestre de Jesus o diabo tentou repetidamente destruí-lo
matando os recém nascidos em torno de Belém, tentando-o, e pregando-o na cruz.
Deus protegeu seu Filho e todo esforço do diabo não teve sucesso.
A batalha celestial
(12:7-11)
Este parágrafo pinta a derrota de
Satanás, quando Miguel e seus anjos arremessaram do céu o diabo e seus anjos.
Esta cena não é uma descrição de alguma queda do diabo no começo dos
tempos, mas descreve a vitória decisiva contra o diabo através da morte,
sepultamento e ressurreição de Jesus. Esta vitória ocorreu no tempo quando a
salvação e o reino de Cristo vieram (12:10).
Satanás trabalha para acusar os
homens de pecado e provocar sua morte. Antes da vinda de Jesus ele tinha pleno
sucesso ("todos pecaram," Romanos 3:23). Mas a morte, o sepultamento e
a ressurreição de Cristo derrotaram Satanás (note Mateus 12:28-29; João
12:31; 14:30; 16:11; Colossenses 2:15; 1 Pedro 3:22), porque sua morte expiou o
pecado (João 1:29) e sua ressurreição deu-lhe as chaves da morte (2 Timóteo
1:10; Apocalipse 1:17-18). Agora, acusação contra o povo de Deus é impossível;
o diabo está vencido (Romanos 8:33; Hebreus 2:14-15; 1 João 3:8). A vitória
de Miguel simboliza os resultados do sacrifício de Cristo.
A batalha terrestre
(12:12-17)
Porque Jesus venceu Satanás, o
diabo ficou furioso e desceu à Terra para tentar destruir a mulher e seus
filhos. Os cristãos primitivos sentiram em primeira mão a ferocidade da ira do
diabo perseguindo-os. Alguns deles talvez imaginassem que a intensidade dos
ataques fosse um sinal da vitória iminente de Satanás; de fato, era um sinal
da enormidade de sua derrota. Ele não mais podia acusar os homens diante do
Pai; tudo o que lhe resta é tentar desviá-los do Senhor na terra.
As Bestas do Mar e da Terra
Satanás quer desesperadamente
vencer os cristãos. Por causa do sacrifício de Jesus ele não pode mais acusá-los
de pecado; assim sendo, agora ele só pode perseguir, enganar e seduzir. Para
fazer isto, ele convoca todos os aliados possíveis.
A Besta do Mar
A primeira besta surgiu do mar e
guerreou contra os cristãos durante quarenta e dois meses. Esta besta
representa a persegui-ção, que é uma das táticas do diabo para tentar
render-nos. Toda oposição nos aflige, mas o ataque físico é uma prova
especialmente severa. Somente pela fé e pela perseverança podemos permanecer
fortes (Apocalipse 13:10).
Sabemos que esta besta do mar é o
"monstro" de Daniel 7 por causa das semelhanças: emergência do mar
(7:3), dez chifres (7:7), nomes blasfemos (7:8, 21), leopardo/urso/leão (7:4-6,
12), grande poder (7:7), palavras arrogantes (7:8, 21), período de tempo
(7:25), guerra contra os santos (7:21, 25), etc. Estas comparações são tão
próximas que não poderia haver dúvida de que a besta do mar em Apocalipse 13
é a mesma besta monstruosa de Daniel 7. Desde que a besta de Daniel é a quarta
na série de impérios mundiais (os três primeiros são Babilônia, 2:37-38;
Medo-Pérsia, 8:20; e Grécia, 8:21), ela deve ser o Império Romano. Durante os
primeiros dias da igreja Satanás usou o Império Romano para perseguir os cristãos.
A Besta da Terra
A segunda besta saiu da terra. Esta
besta produziu grandes sinais para fazer os homens adorarem a primeira besta. A
besta da terra ilustra a segunda arma que o diabo usa para tentar conquistar os
cristãos: a falsa religião. Observe como a besta da terra imitou Cristo: o
cordeiro (Apocalipse 5:6), os sinais (11:4-5), marca nos seguidores (7:1-8), número
seis (o número de Deus através de todo o livro é sete). Satanás é um mestre
do disfarce (2 Coríntios 11:13-15). E procura constante-mente falsificar as
verdades de Deus.
Neste contexto histórico, a besta
da terra simbolizava provavelmente a adoração do imperador Romano. Muitos dos
impera-dores consideravam-se divindades e exi-giam que seus súditos se
prostrassem diante da imagem deles e lhes oferecessem incenso. Aqueles que se
recusassem eram perseguidos.
A Batalha do Armagedom
Conflito! O livro de Apocalipse está
cheio de guerras: o dragão contra o filho varão, Miguel contra os anjos de
Satanás, as bestas contra os cristãos. Quando cada lado é descrito, a tensão
aumenta. Qual será o resultado da batalha? Quando as almas sob o altar serão
vingadas (6:9-11)? Seja bem vindo ao Apocalipse 14-16.
Pré-estréia
No capítulo 14 os anjos anunciam as
manchetes dos próximos capítulos. A primeira (14:6-7) revela que a hora do
julgamento de Deus chegou, que é o tema dos capítulos 15-16. A segunda (14:8)
declara a queda de Babilônia (capítulos 17-18). A terceira (14:9-11) descreve
o castigo dos adoradores da besta (capítulos 19-20). A quarta (14:12-13)
comemora a vitória dos santos (capítulos 21-22). Finalmente, a ceifa
(14:14-16) e a vindima das uvas (14:17-20) simbolizam o julgamento de Deus
contra os perseguidores.
Execução de
julgamento
Os capítulos 15-16 descrevem as taças
da ira, que completam o julgamento abrasador de Deus (15:1). Enquanto os selos
feriram 1/4 e as trombetas destruíram 1/3, as taças devastam tudo. Cada praga
continua quando a próxima começa: ferimentos em todos os ímpios, o mar se
torna sangue, rios viram sangue, o sol abrasa os homens, há trevas sobre o
reino da besta, os exércitos do oriente marcham.
Qual foi o efeito destas taças? O
altar regozijou porque o apelo dos mártires por vingança foi respondido. Desde
que seus perseguidores "derramaram sangue de santos e de profetas, também
sangue lhes tens dado a beber; são dignos disso" (16:5-6). Os ímpios, por
outro lado, não se arrependeram, mas blasfemaram contra Deus. Pessoas
castigadas deveriam desistir, mas estes apoiaram o esforço do diabo para
retaliar quando enviou três espíritos imundos semelhantes a rãs para reunir
tropas para a batalha do Armagedom. A imagem de rãs convocando o exército é
para provocar riso; ela simboliza a impotência das forças do mal.
Uma estreita passagem entre
montanhas, Megido serviu como uma localização ideal para emboscadas. Débora,
Saul e Josias lutaram ali em tempos críticos na história de Israel; portanto,
Armagedom (a montanha de Megido) tornou-se um símbolo de batalhas decisivas.
Quando o exército do Senhor enfrenta o de Satanás em Megido o suspense é
grande, na expectativa de ataque e contra-ataque, de estratégia e táticas, de
montes de mortos e feridos, finalmente um lado emergindo como vitorioso de uma
batalha sangrenta. Mas o texto não descreve nenhuma ação militar. Logo que os
exércitos se reúnem, o anjo anuncia, "Feito está!" (16:17). O que
aconteceu com a batalha? Quando Deus e o diabo se encontram para uma demonstração,
o Senhor vence sem luta. A batalha termina antes de começar. A terra treme e o
céu deixa cair pedras de granizo de 35 quilos. Mas nenhum julgamento jamais
muda os corações dos ímpios incorrigíveis; apesar do granizo, eles continuam
blasfemando contra Deus.
A Grande Meretriz
Em Apocalipse 17, João viu uma
prostituta, vestida sensualmente, seduzindo os reis da terra. Seu nome era Babilônia,
a Grande, e ela representa a terceira maior ferramenta que o diabo maneja em sua
luta para conquistar a humanidade. Em capítulos anteriores foram apresentadas a
besta do mar, representando a perseguição, e a besta da terra, representando a
falsa religião. A prostituta representa a imoralidade, uma das ferramentas mais
eficazes de Satanás, uma que ele jamais hesitou em usar.
Cada uma das ferramentas do diabo
tinha uma manifestação concreta nos dias de João. A besta do mar era o Império
Romano; a besta da terra era a adoração do imperador. Não é difícil ver
quem era Babilônia. Era uma grande cidade que dominava sobre os reis da terra
(17:18), construída sobre sete colinas (17:9). Ela era rica (18:11-13),
arrogante (18:7) e absolutamente ímpia (17:5). Ela era a cidade de Roma.
A história da queda de Babilônia,
narrada em Apocalipse 18, mostra a derrota de um dos principais aliados do
diabo. No capítulo 19, a queda das bestas será descrita e no capítulo 20 o próprio
diabo será amarrado. Desde que Babilônia estava embriagada com o sangue dos
santos (17:6), o julgamento contra ela respondia aos gritos dos mártires
(6:9-11). Finalmente, a espera terminou e Deus vingou o sangue de seus servos
(18:20; 19:2).
A Vitória dos Santos
As visões de Apocalipse começam
com os santos sendo martirizados sob o altar no céu, clamando por vingança
(6:9-11). Eles tinham sido derrotados; Satanás tinha vencido. O livro termina
com Satanás amarrado e com os santos martirizados erguidos para sentarem-se em
tronos (20:1-4?). Em Cristo os vencidos vencem.
Apocalipse 19 - 22 não pode ser
entendido fora do contexto. Muitos usam este texto para sustentar sua doutrina
de um reino de Cristo de um milênio na terra. Mas cada ponto desta doutrina é
errado. O reino não é de Cristo, mas dos mártires com Cristo. Não é na
terra, mas no céu. Os 1000 anos não são literais, mas simbolizam uma vitória
completa. A ressurreição não é de corpos, mas das almas dos mártires que são
erguidos de debaixo do altar para reinar em tronos.
Apocalipse 19-22 se ajusta ao resto
do livro como uma luva. Depois de guerrear com o Cordeiro e Seus seguidores, o
diabo e seus instrumentos são esmagados. O livro começou com o grito
angustiado dos cristãos derrotados implorando justiça. Foi-lhes dito que
esperassem um pouco. Os capítulos 6-18 descreveram esse pouco tempo. Agora o
clamor deles é respondido; eles estão se regozijando (19:1-10) e reinando
(20:4-6), tendo conseguido a vitória através de Jesus Cristo (note 19:11-21).
Quando o Senhor escreveu a cada uma das sete igrejas, Ele prometeu que os
vencedores seriam abençoados. Agora eles o são, e quase todas as promessas são
especialmente cumpridas nos capítulos 19 - 22. A mulher de Deus do capítulo 12
foi perseguida no deserto; no capítulo 17 a mulher/cidade do diabo estava
embriagada com o sangue dos santos. Agora a mulher do diabo é destruída em uma
hora (capítulo 18) e a mulher de Deus é uma cidade majestosa, vitoriosa
(21:9-27). Arrancando estes capítulos de seu contexto de modo a
"provar" algum esquema de eventos do fim dos tempos destrói a unidade
do livro.
Deus é um Deus de reversões. Nele,
os humildes são exaltados, os pobres são enriquecidos, os loucos recebem
sabedoria e os derrotados reinam (veja 1 Samuel 2:1-10). Mas a vitória em
Cristo não é imediata. A curto prazo, o povo de Deus freqüentemente sofre.
Mesmo depois de sua derrota e de ser amarrado, Satanás voltaria e usaria Gogue
e Magogue para assediar o campo dos santos. Gogue e Magogue simbolizam os
inimigos que o diabo usaria contra o povo de Deus. Mas assim como Deus
derrotou-o na batalha do livro de Apocalipse, assim ele derrotará o diabo
novamente e conquistará até estes terríveis reinos mítológicos. Não
importa quanto os cristãos sofram, eles sempre vencem em Cristo, no final.
A Revelação de Cristo
O maior perigo no estudo de
Apocalipse é ficar-se desencaminhado por assuntos de menor importância. Esta
é uma revelação de Jesus Cristo (1:1): Ele é tanto o revelador da mensagem
como o centro dela. Muitos, em suas explicações de Apocalipse, chamam a atenção
para o diabo e fazem dele o personagem principal. Mas o papel do diabo nessa
profecia serve para ressaltar a glória e a grandeza do Cordeiro, pois este
derrota Satanás. Outros olham mais para a terra, mas João viu estas cenas no céu.
Ele estava vendo a perspectiva espiritual, simbólica, celestial. O estudo de
Apocalipse não nos deve direcionar para o jornal diário, mas para o trono de
Deus. Muitos usam as visões para incentivar a especulação sobre o fim dos
tempos, e assim desviam a atenção das pessoas da soberania do Senhor para a
engenhosidade do especulador. Se entendemos corretamente esse livro maravilhoso,
vemos Cristo.
O que você vê quando olha para
Jesus? Uma criancinha numa manjedoura? Um meigo pastor? Uma figura trágica na
cruz? Nenhuma dessas coisas está completamente errada, mas todas estão
desatualizadas. Jesus está hoje exaltado e glorioso. Queira ler novamente os
retratos de Cristo em 1:12-18; 5:1-14; 19:11-16. Feche seus olhos e tente ver o
Jesus que João viu. A emocionante majestade de Jesus deve inspirar-nos,
fortalecer-nos e levar-nos à adoração.
O Apocalipse significa guerra.
Batalha no passado: Cristo venceu a morte, o hades e expulsou Satanás do céu
(veja 1:17-18; 12:7-12). Batalha no presente: o diabo, enfurecido como um tirano
derrotado, veio para a terra com grande ira porque ele sabe que seu tempo é
curto. Batalha no futuro: a vitória de Jesus. Apocalipse começa com os cristãos
sofrendo grande tribulação; termina com os cristãos triunfantes. Apocalipse
começa com Satanás perseguindo os cristãos e termina com Satanás amarrado
durante mil anos. Foi Jesus que obteve essa notável vitória.
Os mitos correntes sobre Jesus
enganam. De algum modo, chegamos a ver Jesus como um avô brando, indulgente,
que raramente altera sua voz acima de um sussurro e está sempre sorrindo.
Apocalipse ajuda a corrigir esse retrato distorcido. E ajuda a refutar a noção
popular de que o Deus do Velho Testamento era um Deus de ira, mas o Deus do Novo
Testamento é um Deus de amor. Em nenhum lugar da Bíblia a ira de Deus é
mostrada mais claramente do que no livro de Apocalipse (veja especialmente
14:9-11; 19:1-4, 15-21).
Apocalipse revela Jesus. Não
deveria causar especulação, mas inspirar adoração, admiração e confiança.
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