Em março de 1978, um pescador estava à beira de um rio no estado do Maranhão, Brasil, quando sua concentração foi quebrada por gritos vindos da floresta próxima. Alarmado, o pescador parou o que estava fazendo e aventurou-se na vegetação rasteira densa e escura em direção aos gritos desesperados, até que encontrou um adolescente deitado no chão. O menino parecia estar incapaz de se mover, e mesmo quando perguntado quem ele era, ele só conseguiu responder com gritos gorgolejantes de dor. Quem quer que fosse o menino, parecia estar em uma espécie de torpor espaçado e, considerando que havia sangue saindo de sua boca, o pescador presumiu que ele tivesse sido atacado por alguém.
Quando as autoridades chegaram, o menino foi levado ao hospital, e foi descoberto que ele tinha quatro dentes faltando, com outros dentes irregulares e quebrados, mechas de cabelo que pareciam ter sido chamuscadas, algum tipo de marcas vermelhas como queimaduras de Sol ao redor dos ouvidos, e no momento em que os médicos olharam para ele, ele estava em uma espécie de estado catatônico sem resposta. Ele foi transferido para um centro médico mais moderno e só depois de alguns dias ele começou a sair de seu estupor misterioso. Quando o fez, ele tinha uma história bem bizarra para contar, e então começou um dos mais estranhos relatos de abdução por alienígenas que o Brasil já viu.
Tudo começou como um dia normal para Luís Carlos Serra, de 16 anos, que em março de 1978 estava no mato perto de sua casa na pequena cidade de Penalva, colhendo goiaba para sua família. A área era coberta por uma vegetação densa, mas ele já tinha estado lá muitas vezes antes, e para o Luís era tudo bastante mundano, isto é, até que o dia começou a dar uma guinada para o estranho, começando com um barulho alto como uma sirene que explodiu para reverberar entre as árvores. Este não era um som normal da selva, obviamente não era natural, e a princípio Luis pensou que poderia ser de uma aeronave acima, mas quando olhou para cima viu que não era um avião normal.
Quando Luis olhou através da copa das árvores que se estendia muito acima, ele se sentiu quase cego por uma luz intensamente brilhante. O que estava causando a luz ele não podia ver, mas era tão brilhante que iluminou o chão normalmente escurecido pela mata, e enquanto ele estava lá, assustado e se perguntando o que poderia produzir tal luz, de repente descobriu que não podia mover seu corpo. Luís disse que algo o paralisou, e ele caiu no chão incapaz de se mover ou mesmo gritar. Enquanto ele estava deitado indefeso, a luz começou a evolve-lo, e foi quando ele sentiu seu corpo se erguer do chão da floresta, como se algo o estivesse puxando para cima.
O menino, agora apavorado, continuou sua ascensão, passando pelos galhos do dossel e acima do mar verde da selva, e foi quando ele finalmente viu a fonte da luz.
Segundo Luís, pairava sobre a selva um grande objeto redondo com topo abobadado e repleto de janelas ao longo das laterais, e foi em direção a essa nave inescrutável que ele se viu flutuando. Ele alegaria que foi puxado em direção à nave misteriosa, e direto por uma das janelas, até que estava dentro dela. Ele foi então gentilmente abaixado até o chão, de onde Luis ergueu os olhos e viu três seres humanoides em trajes metálicos e viseiras parados ao seu redor, falando em uma língua desconhecida.
Embora sua memória do evento permanecesse um tanto obscura, ele diz que a nave foi para um lugar escuro e sem montanhas, céu, estrelas ou árvores; apenas uma vasta extensão de algum tipo de grama alta estranha e nada além de escuridão acima. Ele foi levitado de volta para fora da nave e colocado sobre uma rocha plana em uma clareira, e ele relatou o que aconteceu:
Fui levado para uma terra estranha, sem árvores e apenas com grama alta. Não sei quanto tempo demorou para chegar lá. Saí pela janela assim que entrei, sem nada apoiando minhas costas. Eu ainda estava paralisado. Era um lugar estranho que eu não conhecia. Parecia um campo, mas sem pássaros ou lados. A grama era muito alta, cerca de um metro. Não vi nenhuma casa ou edifício. Eu não conseguia ver o céu, não havia árvores ou estrelas. Estava muito escuro. Eu ainda estava paralisado. Então essas pessoas se aproximaram de mim e colocaram um tubo no meu nariz. Não doeu. Em seguida, eles colocaram uma bola transparente na minha boca e um líquido desceu rápido na minha garganta. Adormeci e não soube o que aconteceu depois, acordei no meio do mato.
Só três dias depois ele seria encontrado lá por aquele pescador, mas antes houve um intenso esforço de busca para localizar o menino, realizado pelos moradores.
O incidente chamou a atenção do pesquisador de OVNIs e jornalista Bob Pratt, que foi à região entrevistar Luis e outros moradores sobre o que havia acontecido, descobrindo também que houve vários outros avistamentos de OVNIs na área na época.
Pratt também entrevistou a equipe médica que examinou o menino, incluindo um neurologista e dois psiquiatras, e até falou com o prefeito da cidade, nenhum dos quais tinha qualquer explicação racional para sua condição quando encontrado.
Curiosamente, de acordo com o pesquisador Albert Rosales, em agosto de 1978 houve um avistamento de três humanoides brilhantes em macacões prateados e capacetes redondos e translúcidos em um campo perto de Penalva, embora a conexão que isso tinha com o caso de Luis permaneça desconhecida.
É difícil saber o que fazer com esse caso totalmente bizarro. Os pesquisadores que o investigaram consideram Luis como uma testemunha perfeitamente racional e calma que nunca se desviou de sua história central. Não há nada sobre ele que sugira que ele simplesmente inventaria tal história de outro mundo, e nenhuma razão para suspeitar que ele ganhou alguma coisa com isso.
Existem também os relatos que corroboram outras estranhezas na área, então o que devemos pensar de tudo isso? São apenas histórias fantásticas misturadas com superstições locais e talvez uma dose de pequena histeria, ou há algo mais nisso tudo?
Por enquanto, o estranho caso de Luís Carlos Serra permanece um mistério intrigante que não vê nenhuma conclusão concreta à vista, e é deixado para o reino da especulação.
Nenhum comentário:
Postar um comentário