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Demonologia é o estudo sistemático dos demônios. Quando envolve os estudo de textos bíblicos, é considerada um ramo da Teologia. Por geralmente se referir aos demônios descritos no Cristianismo, pode ser considerada um estudo de parte da hierarquia bíblica. Também não está diretamente relacionada ao culto aos demônios.


quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Origem da palavra "Tattoo"

A palavra tatuagem origina-se do inglês tattoo, o pai da palavra "tattoo" foi o capitão James Cook , que escreveu em seu diário a palavra "tattow", também conhecida como "tatau", uma onomatopéia do som feito durante a execução da tatuagem, em que se utilizavam ossos finos como agulhas, no qual batiam com uma espécie de martelinho de madeira para introduzir a tinta na pele.

O conceito de “origem independente” se adequa a tatuagem, pois ela foi inventada várias vezes, em diferentes momentos e partes da Terra, em todos os continentes, com maior ou menor variação de propósitos, técnicas e resultados Charles Darvin, quando escreveu o livro “A Descendência do Homem” em 1871, afirmava que do Pólo Norte à Nova Zelândia não havia aborígine que não se tatuasse, para entender o conceito de multinascimento, alguns críticos supõem que a tatuagem estava na bagagem das grandes migrações dos grupos humanos e por isso passou de um povo para o outro.
Através da arte pré-histórica podemos encontrar vestígios da existência de povos que cobriam o corpo com desenhos em vários exemplares de arte rupestre, foram encontrado desenho de formas humanas com pinturas em seus corpos, assim como estatuetas com esses mesmos desenhos corporais indicando a possibilidade da existência da tatuagem nesses povos, há uma hipótese de que, nos primórdios, marcas involuntárias adquiridas em guerras, lutas corporais e caças geravam orgulho e reconhecimento ao homem que as possuísse, pois eram expressões naturais de força e vitória.
O homem, então, partindo da idéia de que marcas na pele seriam sinônimos de diferenciação e status, passou a marcar-se voluntariamente, fazendo ele mesmo seus ferimentos pelo corpo, que com o passar do tempo deu espaço para a criação de desenhos utilizando-se de tintas vegetais e espinhos para introduzi-las à pele.
A partir daí, diversos povos, de diversas culturas começaram a usar pinturas definitivas por motivos espirituais, em rituais de várias espécies e fins, para a guerra, para marcar os fatos da vida biológica: nascimento, puberdade, reprodução e morte entre outros no entanto, foi com a descoberta das múmias que ficou provado real e concretamente que a arte da tatuagem acompanha o homem desde o seu surgimento a múmia mais antiga do mundo foi encontrada em 1991, na Itália e data de 5.300 anos antes de Cristo, conservou-se congelada em um bloco de gelo e tinha tatuagens acompanhando toda a espinha dorsal, além de uma cruz numa das coxas e desenhos tribais por toda a perna.
A segunda múmia mais antiga do mundo é de uma princesa egípcia que apresentava um grande espiral desenhado na barriga, região do baixo ventre, que alguns antropólogos relacionaram a possíveis rituais de fertilidade, outras múmias apresentaram tatuagens de conteúdo mágico ou médico. Em algumas delas, como na múmia de uma sacerdotisa de 2000 a.C havia linhas horizontais e paralelas à altura do estômago, possivelmente para proteção contra gravidez ou doenças, múmias com os mesmos tipos de sinais foram encontradas no vale do rio Nilo e segundo especialistas, as tatuagens em múmias do sexo feminino tinham um efeito cosmético, para realçar seus encantos.
Em escritos antigos de Heródoto, chamado “O pai da história”, há citações sobre a existência de um povo muito antigo no norte Europeu que tinha o costume de fazer desenhos definitivos pelo corpo, esses povos eram denominados “Pictus”, por esse mesmo costume, os ”Pictus” não se tatuavam por vaidade, acreditavam que as tatuagens lhes davam poder e força e que os desenhos ficavam impressos na alma para que eles pudessem ser identificados após a morte por seus antepassados, seus guerreiros recebiam as tatuagens depois de um ato de bravura, as linhas entrelaçadas dessas tatuagens, complicadíssimas de serem realizadas, serviam para distrair o inimigo, além de representarem a interconexão de todas as coisas sobre a terra.

Os nativos da Polinésia, Filipinas, Indonésia e Nova Zelândia (maori), tatuavam-se em rituais complexos, sempre ligados à religião, os Maori se destacaram pela criatividade do Moko, tatuagem tradicional feita no rosto, os povos Celtas e Vikings, os dinamarqueses, os normandos e os saxões, também desenvolveram os seus próprios estilos de tatuagem, a técnica pouco variava, mas os desenhos e motivos das pinturas eram singulares em cada cultura.

No Taiti, segundo tradição local, a prática da tatuagem seria de origem divina, durante o Po’ (período obscuro) ela teria sido inventada pelos dois filhos do deus Távora Mata Mata Arahu (aquele que imprime com carvão de madeira) e Tu Ra’i Po’ (aquele que reside no céu obscuro) que faziam parte do grupo de artesões, eles inventaram a tatuagem e ornamentaram-se com um motivo denominado “Tao Maro” com o intuito de seduzir e tirar a virgindade de uma linda mulher, que era mantida prisioneira e vigiada por sua mãe; Hina Ere Ere Manua, movida pelo desejo de se deixar tatuar, consegue enganar a vigilância da mãe e é finalmente “tatuada”. Estes ilustres antepassados são sempre invocados antes de se Iniciar uma tatuagem, a fim de que a tatuagem seja perfeita, que as feridas cicatrizem rapidamente e que os desenhos se revelem agradáveis à vista.

Para os Samoanos, o ato de pintar o corpo marcava a passagem da infância para a maioridade, enquanto não fosse marcado, o membro da tribo, por mais velho que fosse, não teria voz numa roda de adultos, nem teria permissão para tomar uma esposa para si, a tatuagem também funcionava como instrumento de ascensão social, quanto mais tatuado fosse o Samoano, mais alto seria seu estatuto na tribo. Na clandestinidade, sob o jugo do poder pagão, os primeiros cristãos se reconheciam por uma série de sinais tatuados, com destaque para a cruz já as letras IHS, abreviatura do nome Jesus, o peixe, letras gregas, etc.

No Japão feudal as tatuagens eram usadas como forma de punição, tornando-se sinônimo de criminalidade, para os japonêses, muito preocupados com sua posição na sociedade, ser tatuado era pior do que a morte, mais tarde, na era Tokugawa, época de intensa repressão, ser criminoso se tornou sinônimo de resistência, popularizando a tatuagem, foi nessa época que surgiu a Yakuza, a máfia japonesa, cujos membros têm os corpos todos pintados em sinal de lealdade e sacrifício à organização e simbolizando a sua oposição ao regime.

Os chineses acreditavam que as tatuagens desviavam o mal de quem as possuía e marcavam a pele com labirintos sinuosos para confundir os olhos do inimigo.

A Idade Média baniu a tatuagem da Europa, com o argumento de que era “coisa do demônio”. Qualquer cicatriz, má formação ou desenho na pele não era visto com bons olhos e essas pessoas eram perseguidas, aprisionadas e mortas em fogueiras pela inquisição a mando dos senhores feudais que queria exterminar possíveis “redentores do povo”, isso acabou dando sustentação aos povos bárbaros, os conquistadores, e ajudou a qualificarem os Maias de "adoradores do diabo" e os massacrarem pelo seu ouro.

Na América, tanto as tribos indígenas dos Estados Unidos, quanto as civilizações Maias e Astecas, eram praticantes da tatuagem, para se ter uma ideia os Índios Sioux, tatuar o corpo servia como uma expressão religiosa e mágica, eles acreditavam que após a morte, uma divindade aguardava a chegada da alma e exigia ver as tatuagens do índio para lhe dar passagem ao paraíso.

Surgindo uma gama de tatuadores que eram artisticamente ambiciosos. Eles acharam muitos clientes nas décadas de 1950 e 1960. Durante muito tempo, nos Estados Unidos, a tatuagem esteve associada a classes sócio-econômicas mais baixas, aos militares, aos marinheiros, às prostitutas e aos criminosos.

No Brasil a tatuagem artística chegou em 1959, através do dinamarquês "Knud Harld Likke Gregersen", que desembarcou no Rio de Janeiro e passou a morar em Arraial do cabo em Cabo Frio, ele ficou conhecido como "Lucky Tattoo" ou ”Mister Tattoo” Knud dizia que suas tatuagens davam sorte, ficou conhecido pelo seu diferencial de em tatuar pois empregava o método de tatuagem com maquina propia e desenhos de catalogo até então inexistentes e desconhecidos pelos brasileiros, assim nascia também a era da tatuagem elétrica, vários artistas se tatuaram com Lucky e como até hoje isso virou referencia, mas a grande popularização da tatuagem inflamou na década de 80, e certamente a musica de Chico Buarque de Holanda influenciou muito para que a tatuagem se difundisse com mais intensidade pois identificava se facilmente com personagens da Zona Sul Carioca, “Menino do Rio” favoreceu muito a tatuadores e tatuados, surgiram então as tatuagens multicoloridas isso foi o auge do verão de 80, e desde então, a tatuagem teve um aumento tão grande de popularidade que o número de estúdios nesses últimos 30 anos subiu de cerca de 100 para mais de 180.000 isso mesmo você não foi erro de digitação estima-se que no Brasil possua em torno de 800.000 (oitocentos mil) tatuadores e cento e oitenta mil studios de tatuagem.
Hoje em dia, é difícil encontrar alguém que não tenha ao menos pensado em fazer uma tatuagem, tatuagem perde cada vez mais o estigma marginal que costumava caracterizá-la e está nos corpos de pessoas de várias idades e classes sociais e muitas do meio artístico que influenciam demasiadamente, de uma simples marca tribal até gigantescos dragões, elas deixaram a clandestinidade para ganhar as ruas, as tatuagens hoje, no mundo da estética, são muito bem recebidas e até recomendadas por dermatologistas na cobertura de manchas ou cicatrizes, e também na recomposição de sobrancelhas, delineamento dos olhos e lábios, a tatuagem passou a ser reconhecida como arte, devido a realização encontros e convenções para a competição entre os melhores trabalhos, atualização e modernização dos métodos de aplicação e de assepsia porem o maior e mais importante acontecimento recente foi o sugimento do SETAP-BR "Sindicato dos Estúdios de Tatuagem e Body Piercing do Brasil” um sindicato a nível federativo, que esta regulamentando a tatuagem no Brasil e será um órgão que atuara em conjunto com a ANVISA a nível Brasil e assim a Tatuagem será reconhecida nacionalmente como profissão e alcançara o status tão merecido, devido ao esforço de vários profissionais que a cada dia dão o melhor de si pra prestar um serviço digno, honesto e de qualidade o processo foi lento mas a vitória é certa!

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