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Demonologia é o estudo sistemático dos demônios. Quando envolve os estudo de textos bíblicos, é considerada um ramo da Teologia. Por geralmente se referir aos demônios descritos no Cristianismo, pode ser considerada um estudo de parte da hierarquia bíblica. Também não está diretamente relacionada ao culto aos demônios.


sábado, 10 de outubro de 2015

Caminho da Mão Esquerda e Caminho da Mão Direita

Os termos caminho da mão esquerda e caminho da mão direita são uma dicotomia entre duas filosofias opostas encontradas na tradição esotérica ocidental. Abrangem vários grupos envolvidos com o ocultismo e a magia cerimonial. O caminho da mão esquerda é equiparado às maliciosas práticas da magia negra, enquanto o caminho da mão direita refere-se às práticas benéficas da magia branca.  De forma mais popular, enquanto o primeiro é utilizado em práticas como o satanismo, o segundo é usado por bruxos da wicca, por exemplo
Pode-se dizer que o caminho da mão esquerda é fundamentado na lei filosófica "minha vontade seja feita!", afirmando o individualismo particular, em oposição ao que se refere o caminho da mão direita ("vossa vontade seja feita!"). Em essência, as duas formas são práticas que buscam o contato com o oculto deus individual e com a sombra ou o poder do subconsciente de Carl Jung por meio de diversas e variadas técnicas mágicas e ritualísticas, com trabalhos em meio à natureza selvagem e, principalmente, levando em conta a importância e a participação do feminino e masculino.
  

A diferença entre ambas as formas de magia está em que, enquanto uma é utilizada contra um objeto exterior (Mão Esquerda), a outra é usada a favor do grupo (Mão Direita); assim, por exemplo, wiccanos e magos da magia branca podem obter cura, proteção, enquanto os satanistas e os magos da magia negra podem infligir medo e prejuízo em outros (embora alguns estudiosos afirmem que a magia negra projetada para fora do grupo possa trazer benefícios a ele). 

Além disso, os bruxos da Mão Esquerda são interessados em quebrar tabus, utilizando-se frequentemente da magia sexual e adorando imagens satânicas.  Os magos da Mão Direita são, em grande parte, resgatadores do antigo paganismo; conservam antigos conceitos de mente, corpo e espírito legados da filosofia grega; procuram trazer benefícios ao grupo; buscam a iluminação espiritual; e alguns evitam tabus e aderem às convenções sociais (embora não aceitem grande parte da moralidade cristã). 

Alguns magos que partilham dos conceitos do caminho da mão esquerda são adeptos da Dragon Rouge, luciferianos, xamânicos, iogues tântricos ou budistas tibetanos. Alguns adeptos do satanismo tradicional e do nacional-socialismo[carece de fontes] também o praticam. Os principais estudiosos e divulgadores da via esquerda, atualmente, são: o inglês Kenneth Grant, autor de diversas obras de magia; e o famoso, porém discreto, Thomas Karlsson, fundador da ordem sueca Dragon Rouge.

A magia branca, por sua vez, é considerada a alta magia, a magia filosófica, que, antigamente, buscava a pedra filosofal, e que segue atualmente buscando a união com o mistério, com a deidade, que é reservada aos iniciados e que, por isso, precisa de uma dedicação e um estudo aprofundados e apaixonados para ser atingida. As tradições da mão direita são o hermetismo, a teosofia, como também religiões do neopaganismo como o druidismo, wicca, kemetismo, neopaganismo celta, neopaganismo eslávico e o neopaganismo germânico. Embora não seja uma regra, comumente os adeptos da Mão Esquerda são chamados de Bruxos, enquanto os adeptos do Caminho da Mão Direita são os Magos.  Este entendimento contradiz frontalmente, entretanto, o dito bruxo segundo o qual "não existe magia negra nem magia branca; toda magia é cinza".
O Baphomet, do "Dogme et Rituel de la Haute Magie" de Eliphas Levi, 1854, símbolo adotado por alguns sistemas de crença do "Caminho da Mão Esquerda".
Hedonismo (do grego hedonê, "prazer", "vontade"  ) é uma teoria ou doutrina filosófico-moral que afirma ser o prazer o supremo bem da vida humana.  Surgiu na Grécia, e seu mais célebre representante foi Aristipo de Cirene.  O hedonismo filosófico moderno procura fundamentar-se numa concepção mais ampla de prazer entendida como felicidade para o maior número de pessoas.
O hedonismo é muito confundido com o epicurismo, apesar de eles possuírem divergências claras. O epicurismo surge através de Epicuro,  que, levando em conta o hedonismo que o antecede, irá, segundo suas concepções, aperfeiçoá-lo, salientando que o prazer deverá ser regido pela razão, o que resulta em moderação.
Aristipo de Cirene (ca. 435-335 a.C.),  contemporâneo de Sócrates, é considerado o fundador do hedonismo filosófico. Ele distinguia dois estados da alma humana: o prazer (movimento suave do amor) e a dor (movimento áspero do amor). Segundo ele, o prazer, independentemente da sua origem, tem sempre a mesma qualidade e o único caminho para a felicidade é a busca do prazer e a diminuição da dor. Ele afirma inclusive que o prazer corpóreo é o próprio sentido da vida. Outros defensores do hedonismo clássico foram Teodoro de Cirene e Hegesias de Cirene.

É importante notar que o hedonismo cirenaico diferencia-se do hedonismo epicurista, sobretudo no que diz respeito à avaliação moral do prazer. Enquanto a escola cirenaica preceitua que o prazer é sempre um bem em si e que será melhor quanto mais tempo durar e quanto mais intenso for, a filosofia epicurista determina que o prazer, para ser um bem, precisa de moderação (em grego, phronēsis).
Julien Offray de La Mettrie, iluminista francês, atualizou o hedonismo e seu discípulo, Donatien Alphonse François de Sade, radicalizou-o, transformando-o em amoralismo, transformando o ideal de "serenidade" em "frieza" diante de outras pessoas.

Posteriormente, as teses hedonistas foram retomadas pelos autores utilitaristas Jeremy Bentham e Henry Sidgwick. Este último autor distingue entre hedonismo psicológico e hedonismo ético: hedonismo psicológico é a pressuposição antropológica de que o ser humano sempre procura aumentar o seu prazer e diminuir seu sofrimento e que, assim, a busca do prazer é a única força motivadora da ação humana; já hedonismo ético é uma teoria normativa que afirma que os homens devem ver o prazer (os bens materiais) como o mais importante em suas vidas.

Aqui, diferenciam-se o egoísmo hedonista, no qual o indivíduo busca somente o seu próprio bem, e o hedonismo universalista ou utilitarismo, que busca o bem de todos (the greatest happiness to the greatest number is the foundation of morals and legislation, "a maior felicidade para o maior número de pessoas é a base da moral e das leis"). É a ideia de que é possível a realização do máximo de utilidade com o mínimo de restrições pessoais, numa perspectiva que reduz o direito a uma simples moral do útil coletivo. Libertando-se deste critério quantitativo da aritmética dos prazeres, Stuart Mill assume o critério da qualidade e formula a lei do interesse pessoal ou princípio hedonístico: cada indivíduo procura o bem e a riqueza e evita o mal e a miséria. Desta forma, a moral do interesse individual de Bentham aproxima-se de uma moral altruísta ou social.

Atualmente, as teses hedonistas são defendidas por filósofos como o francês Michel Onfray.

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