O satanismo é composto por muitas crenças ideológicas e filosóficas e fenômenos sociais. As características comuns entre elas incluem associação símbólica com, admiração pelo personagem de e até veneração de Satanás ou de outras figuras rebeldes similares, como Prometeu, e figuras libertadoras.
Existem diferentes correntes de satanismo, com diferentes crenças e práticas. Existem satanistas teístas e ateístas. Enquanto os teístas acreditam na existência de uma entidade chamada Satanás, os ateístas não acreditam em divindades como Deus e o Diabo, e vêem Satanás como um símbolo do orgulho, independência e ambição pessoal.
Algumas das origens do satanismo podem ter começado com rituais de adoração e em honra ao titã Prometeu, ao deus egípcio Seth, ao deus Sumério Enki ou ao deus Moloque, adorado pelos amonitas.
No cristianismo, Satanás, também chamado de Lúcifer por muitos cristãos, aparece pela primeira vez no livro Crônicas, instigando Davi a fazer um censo de Israel.
O cristianismo e o Islam tipicamente consideram Satanás como o adversário ou inimigo, mas muitas revisões e recomposições populares de contos bíblicos inseriram sua presença e influência em quase todos os aspectos de posição adversa, até à narração da Criação, em Gênesis e Queda do Homem. Especialmente por cristãos e muçulmanos, a figura de Satanás foi tratada variavelmente, como competidor rebelde ou invejoso dos seres humanos, de Jesus, e caracterizado como anjo caído ou demônio governador do submundo penitencial, acorrentado num poço fundo, vagando pelo planeta em busca de almas ou provendo ímpeto para farsas mundanas.
Existem diferentes correntes de satanismo, com diferentes crenças e práticas. Existem satanistas teístas e ateístas. Enquanto os teístas acreditam na existência de uma entidade chamada Satanás, os ateístas não acreditam em divindades como Deus e o Diabo, e vêem Satanás como um símbolo do orgulho, independência e ambição pessoal.
Algumas das origens do satanismo podem ter começado com rituais de adoração e em honra ao titã Prometeu, ao deus egípcio Seth, ao deus Sumério Enki ou ao deus Moloque, adorado pelos amonitas.
No cristianismo, Satanás, também chamado de Lúcifer por muitos cristãos, aparece pela primeira vez no livro Crônicas, instigando Davi a fazer um censo de Israel.
O cristianismo e o Islam tipicamente consideram Satanás como o adversário ou inimigo, mas muitas revisões e recomposições populares de contos bíblicos inseriram sua presença e influência em quase todos os aspectos de posição adversa, até à narração da Criação, em Gênesis e Queda do Homem. Especialmente por cristãos e muçulmanos, a figura de Satanás foi tratada variavelmente, como competidor rebelde ou invejoso dos seres humanos, de Jesus, e caracterizado como anjo caído ou demônio governador do submundo penitencial, acorrentado num poço fundo, vagando pelo planeta em busca de almas ou provendo ímpeto para farsas mundanas.
Particularmente após o iluminismo, algumas obras, como "Paraíso Perdido", foram tomadas pelos românticos e descritas como ilustradoras do Satanás bíblico como uma alegoria, representando crise de fé, individualismo, livre-arbítrio, sabedoria e iluminação. Essas obras demonstrando Satanás como um personagem heróico são poucas, mas existem; George Bernard Shaw, William Blake e Mark Twain ("Letters from the Earth") incluíram tais caracterizações nos seus trabalhos bem antes de satanistas religiosos começarem a escrever. Foi então que Satanás e o satanismo começaram a ganhar novos significados fora do cristianismo
Em hebraico o termo quer dizer adversário, aquele que olha para o lado escuro da lua crescente do nirvana, opositor, se opondo, aquele que planeja contra outro.
O termo Satan originou-se do judaísmo e se expandiu entre cristãos e seguidores do islamismo, chegando desse modo a disseminar-se entre diferentes culturas. O termo satanismo foi utilizado pelas religiões abraâmicas para designar práticas religiosas que consideravam estar em oposição directa do Deus abraamico (o Deus de Abraão)
Tipos de Satanismo Satanismo de LaVey O satanismo LaVey, popularmente conhecido como Satanismo Moderno, é uma filosofia (não é considerado uma religião por muitos seguidores) fundada em 1966 por Anton Szandor LaVey. Seus ensinamentos são baseados no individualismo, hedonismo e na moralidade "olho por olho". Diferente dos satanistas teístas, satanistas de LaVey consideram Satanás como um símbolo da natureza inerente do homem. O satanismo de LaVey é um "pequeno grupo religioso que não é relacionado a nenhuma outra fé, e cujos membros sentem-se livres para satisfazer suas vontades responsavelmente, exibir simpatia aos seus amigos e atacar seus inimigos." Suas crenças foram detalhadas pela primeira vez na Bíblia Satânica e é supervisionado pela Igreja de Satã. A Igreja de Satã defende todos os seus seguidores das falsas acusações de sacrifícios de crianças e similares. O satanismo de LaVey possui práticas e rituais que adotam o uso da magia, que foram melhor descritos na Bíblia Satânica e em Rituais Satânicos. A definição de magia, segundo LaVey, é: "A mudança em situações ou eventos de acordo com a própria vontade, que poderia, usando meios normalmente aceitos, não ocorrerem".
Satanismo Teísta Diferente da crença de LaVey, o satanismo teísta crê em entidades, deuses e demônios como seres ou inteligências à parte do ser humano. Estas deidades são invocadas e respeitadas como auxiliares da evolução do adepto, e não como ídolos para adoração e submissão, como popularmente se retrata
Embora possa parecer um pouco improvável, o satanismo foi muito popular e comum nos séculos XVI e XVII nas cortes européias , mesmo com toda fiscalização da Igreja Católica.
A França, naqueles tempos, tinha um mercado de satanismo lucrativo, existindo como se fosse uma máfia, que tinha integrantes até nas mais altas rodas sociais de Paris. Essa máfia, todavia, foi desarticulada pelas autoridades da cidade, em grande parte graças a Gabriel Nicolas de la Reynie.
La Reynie começou a desconfiar que existia uma rede alternativa de satanismo em Paris após prender Louis de Vanens, um notório satanista. Ele ficou meses atrás de uma pista da existência do tal grupo, mas nunca conseguiu provar nada. Todavia, um dia ele conseguiu prender uma conhecida cartomante, Catherine Deshayes, mais conhecida com La Voisin . Com ela, ele encontrou não apenas artigos que cartomantes normalmente usam, mas também objetos pretensamente usados em rituais de magia negra, como sangue, terra de cemitério, sêmen, entre outras coisas.
Quando foi indagada de suas atividades, La Voisin revelou que, além de poções de amor, ela havia feito diversos abortos para mulheres da mais alta roda parisiense, sendo que foram supostamente encontrados diversos fetos e bebês enterrados em seu quintal. Entre vários de seus cúmplices denuciados, um notório foi Étienne Guibourg , que segundo ela, era um integrante da Igreja de Satã, a qual praticava todo tipo de magia e atividades relacionadas com satanismo.
Umas da clientes de La voisin e do próprio Guibourg era Francisca Atenas conhecida como Madame de Montespan, uma das favoritas do rei Luis XVI, que supostamente estava desesperada para se tornar esposa deste. Os primeiros rituais para Montespan , segundo La Voisin, não envolveram sacrificios de crianças, mas sim de pequenos animais, e certos rituais mágicos. Sobre a influência de La Voisin, Montespan fazia poções e as colocava na comida do rei, com testiculos de animais e afins.
Todavia, segundo conta, as intenções de Montespan foram mudando, e os rituais, que eram de amor, foram mudando para ódio , e os rituias foram se tornando cada vez mais macabros, com a intenção de matar o rei, embora não tenha havido sucesso. Logo depois do grupo ser descoberto por La Reine, diversas pessoas foram presas, inclusive Montespan, tendo sido inocentada e passando o resto de sua vida no interior do pais
Devido ao fato de o Satanismo Original ser uma doutrina filosófica que pregava a liberdade individual do ser humano, dentre outras ideias, contrariava fortemente os dogmas e princípios morais da Igreja Católica. Esta, desde então, passou a perseguir os adeptos de tal doutrina e a acusá-los de heresias como adoração ao demônio e prática de orgias sexuais. O argumento utilizado pela Igreja para consolidar o seu posto teve uma eficiência quase completa. Ainda assim, alguns grupos satanistas conseguiram preservar suas práticas.
É importante destacar que existem diversas vertentes do Satanismo. As duas principais são a vertente filosófica, que se limita a cumprir a doutrina de acordo com certos valores puramente filósoficos, e a vertente religiosa, que teve o seu surgimento alguns anos depois que a Igreja acusou os Satanistas Originais de adoração ao diabo, dentre várias outras. Isso fez com que certos grupos posteriores pensassem que tal acusação se tratasse de uma verdade absoluta, e devido a uma certa falta de informação e instrução, tais grupos passaram desde então a pôr em prática os rituais que pensavam constituir as práticas do satanismo. Surge então o Satanismo Moderno, com fundamentos puramente religiosos, dos quais a Igreja os acusava de praticarem, o que não anula a sua condição de vertente e a existência da vertente filosófica.
Um dos pensamentos mais errôneos sobre o Satanismo é acreditar no uso de fetos e/ou humanos já formados em rituais macabros, para invocação da vida, ou da morte, ou de quaisquer outras entidades. No século XX vários serial-killers usaram equivocadamente o nome do Satanismo para justificar suas atrocidades, sendo que eles não tinham qualquer ligação com os verdadeiros satanistas, cuja filosofia poderia superficialmente ser traduzida sob a expressão "faz o bem ou não faças nada".
As Nove Declarações Satânicas
1Satã representa indulgência ao invés de abstinência!
Satã representa a existência vital ao invés de sonhos espirituais fantasiosos!
Satã representa sabedoria pura ao invés de auto-ilusão hipócrita!
Satã representa bondade para quem a merece ao invés de amor desperdiçado aos ingratos!
Satã representa vingança ao invés de virar a outra face!
Satã representa responsabilidade para o responsável ao invés de dar atenção a vampiros espirituais!
Satã representa o homem como outro animal, algumas vezes melhor, mas geralmente pior do que aqueles que caminham sobre quatro patas, e que, por causa de seu "desenvolvimento espiritual e intelectual", tornou-se o animal mais maligno de todos!
Satã representa todos os chamados pecados, desde que eles levem à gratificação física, mental ou emocional!
Satã tem sido o melhor amigo que a Igreja já teve, já que é ele que a tem mantido no mercado por todos esses anos
As Onze Regras Satânicas da Terra
1Não dê opiniões ou conselhos a menos que alguém os peça.
Não conte seus problemas aos outros a menos que você esteja certo de que eles estão dispostos a ouvi-los.
Quando no lar de alguém, demonstre respeito, caso contrário não vá lá.
Se um convidado em seu lar lhe irrita, trate-o com crueldade e sem piedade.
Não avance sexualmente a menos que lhe seja dado um sinal positivo.
Não pegue algo que não lhe pertença, a menos que seja um fardo para a outra pessoa ou que ela peça para ser livrada dele.
Esteja ciente do poder da mágica se você a empregou com sucesso para obter seus desejos. Se você negar o poder da mágica após tê-la utilizado, perderá tudo o que obteve.
Não reclame de nenhuma coisa para a qual não precise se sujeitar.
Não faça mal a crianças pequenas.
Não mate animais não-humanos a menos que seja atacado, ou para comer.
Ao andar em território aberto, não perturbe ninguém. Se alguém lhe perturbar, peça para parar. Se ele não parar, destrua-o
Os Nove Pecados Satânicos
1Estupidez — Está no topo da lista dos pecados satânicos, sendo o principal pecado do Satanismo. É uma pena a estupidez não ser dolorosa. Uma coisa é ignorância, mas nossa sociedade incentiva a estupidez. Isso tem a ver com as pessoas indo onde quer que lhes é dito para ir. A mídia promove a estupidez como uma postura cultivada que não só é aceitável, como é louvável. Os satanistas precisam aprender a enxergar através do que lhes é dito e não concordarem em agirem como estúpidos.
Pretensão — Uma postura vazia pode ser muito irritante e não aplica as principais regras da Magia Inferior. Está em pé de igualdade com a estupidez por manter o dinheiro circulando nos dias de hoje. Cada um é levado a se sentir como um fardo pesado, tendo dinheiro ou não.
Solipsismo — Projetar suas reações, respostas e sensibilidades em alguém é provavelmente bem menos responsável que você pode ser muito perigoso para os satanistas. É o erro de esperar que as pessoas lhe deem a mesma consideração, cortesia e respeito que você naturalmente as dá. Elas não darão. Ao invés disso, os satanistas precisam concentrar suas energias para aplicar o ditado "faça com os outros o que eles fazem com você". Dá trabalho para a maioria de nós e requer constante vigilância, mas lhe tira a ilusão confortável de que todos são como você. Como dito, certas utopias seriam ideais em uma nação de filósofos, mas infelizmente (ou talvez felizmente, de um ponto de vista maquiavélico) estamos bem distantes disso.
Auto-ilusão — Consta nas "Nove Declarações Satânicas", mas merece ser repetido aqui. É outro pecado principal. Não podemos nos curvar a quaisquer das vacas sagradas que nos são apresentadas, incluindo os papéis que esperamos desempenhar. A única ocasião onde a auto-ilusão é bem-vinda é por diversão, e com cuidado. Mas neste caso, não é auto-ilusão!
Conformismo de massa — É óbvio do ponto de vista satanista. Não há problema com os desejos de alguém, desde que eles os beneficie. Mas apenas os tolos seguem o bando, deixando uma entidade impessoal lhe dizer o que fazer. A chave é escolher um mestre sabiamente, ao invés de ser escravizado pelos caprichos de muitos.
Falta de perspectiva — Novamente, esta pode trazer grande dor para o satanista. Você jamais deve perder a visão de quem e o que você é, e que ameaça pode ser, por sua própria existência. Estamos fazendo história agora e a todo momento, todos os dias. Sempre tente manter uma ampla visão histórica e social na mente. Esta é uma importante chave tanto para a Magia Inferior quanto para a Magia Superior. Veja os padrões e encaixe as coisas se você quer que as peças fiquem em seus devidos lugares. Não se abale pelas impressões da massa: tenha consciência de que você está trabalhando em um outro nível, além do resto do mundo.
Negligência da ortodoxia do passado — Esteja alertado que esta é uma das chaves para a lavagem cerebral das pessoas de modo a aceitar algo diferente e novo, quando na realidade é algo que já foi aceito mas agora é apresentado numa nova embalagem. Deliramos com a genialidade do suposto criador e esquecemos do original. Isto forma a sociedade alienada.
Orgulho contraprodutivo — Esta segunda palavra é importante. Orgulho é bom até a hora em que você começa a jogar o bebê fora junto com a água da banheira. A regra do Satanismo é: se funciona para você, ótimo. Quando para de funcionar para você, quando você está no canto da parede e a única saída é dizer "sinto muito, cometi um erro, desejo que possamos nos ajustar de algum modo", então o faça.
Falta de estética — Esta é a aplicação física do fator de balanceamento. Estética é importante na Magia Inferior e deve ser cultivada. É óbvio que ninguém pode ganhar dinheiro fora dos padrões clássicos de beleza e forma na maior parte do tempo, sendo assim desencorajados na sociedade consumista; mas uma atenção para a beleza, para o balanceamento, é uma ferramenta satanista essencial e precisa ser aplicada para a maior eficácia mágica. Não é o que é supostamente prazeroso: é o que realmente é. Estética é algo pessoal, reflete a natureza individual, mas existem configurações universalmente agradáveis e harmoniosas que não devem ser negadas.
Magia, tal qual praticada no Satanismo LaVeyano, é definida no Livro de Belial da Bíblia Satânica, como "a mudança de situações ou eventos em acordância com a vontade do indivíduo que, usando métodos aceitos normalmente, seriam imutáveis". Esta definição incorpora dois tipos de mágica largamente distintos: Inferior (manipulativa e situacional) e Superior (ritual e cerimonial). O Satanismo LaVeyano, entretanto, não descreve a magia moralmente, discernindo a variedade "branca" (boa) de "negra" (maligna). Tal neutralidade está relacionada ao ponto de vista filosófico de Anton LaVey, de um universo pessoal e amoral.
A Magia Inferior é um sistema de manipulação que incorpora um ou mais dos três temas psicológicos principais: sexo, sentimento e admiração. O primeiro tema é auto-explicativo — sedução sexual é o principal caminho seguido; o termo "sentimento" refere-se a idéias ou impressões de inocência ou aquelas que inspirem contentamento, compaixão ou que agrade; e "admiração" na maioria das vezes denota ideias de austeridade e respeito ou impressões que provoquem medo ou submissão da outra parte. Os temas podem ser combinados, quando apropriado, para multiplicar o impacto psicológico ao aumentar o número de respostas emocionais simultâneas do recipiente. Para construir suas teorias da Magia Inferior, Anton LaVey parece ter se inspirado, ao menos em parte, de The Command to Look, do fotógrafo William Mortensen, capitalizando suas estratégias, e incentivando o praticante do Satanismo a expandir quaisquer um dos três grandes temas que ele naturalmente exiba.
LaVey posteriormente expandiu seu sistema de manipulação no The Satanic Witch. O livro foi escrito da perspectiva de uma mulher porque LaVey acreditava que as mulheres poderiam aplicar suas teorias mais efetivamente, mas o livro também se aplica a homens. Ele relaciona ideias trabalhadas da observação de proprietários de parques e de manipuladores de rodas da fortuna na manipulação dos consumidores. The Satanic Witch também propõe o LaVey Synthesizer Clock (Relógio Sintetizador de LaVey), uma forma de somatotipia que adiciona um quarto tipo corporal, o "feminino". O sintetizador é usado na identificação da personalidade de modo a saber a melhor maneira de manipular uma pessoa através das características geralmente associadas com seus tipos e a que LaVey se referia como suas personalidades "demoníacas", ou seu oposto no relógio.
A Magia Superior envolve ritual e cerimônia de modo a focar a energia emocional para um propósito específico. O ritual satanista varia enormemente, com o formato básico descrito na Bíblia Satânica. Os satanistas são encorajados a usar quaisquer meios que se encaixem em suas necessidades psicológicas e emocionais para levar o trabalho a um clímax de exaustão completa. Note-se que a Igreja de Satã afirma que o conhecimento da Magia Inferior contribui para o conhecimento da Magia Superior.
O ritual do Satanismo LaVeyano é chamado de "câmara de descompressão intelectual". O planejamento cuidadoso da forma do ritual de acordo com considerações racionais de quais significados e meios serão usados é executada antes do início dos rituais; durante o ritual, o ceticismo e a descrença são voluntariamente suspensos, permitindo aos magos expressar totalmente suas necessidades e frustrações sexuais ou emocionais, focando em nada além de seus sentimentos verdadeiros e profundos. Também é dito que no Satanismo compreende-se que a Magia Superior funciona melhor num grupo pequeno e comprometido, do que num grupo grande e que se distrai facilmente.
A Magia Superior, da mesma forma que a Inferior, emprega um ou mais de um dos grandes temas psicoemotivos: luxúria (sexo), compaixão (sentimento) e destruição (admiração). LaVey disserta sobre os métodos de forma a focar nessas motivações. Rituais de luxúria podem envolver masturbação, tendo o orgasmo como objetivo. Rituais de compaixão são direcionados a evocar piedade ou tristeza, e o choro é fortemente encorajado. Rituais de destruição envolvem a aniquilação simbólica de um inimigo com alguma representação física, que é envolvida e destruída no ritual com algum tipo de esmagamento, despedaçamento ou fogo. A Magia Superior também lembra a inferior pela possibilidade de combinar mais de um dos três grandes temas emocionais, quando apropriado, de forma a maximizar o sucesso do trabalho. Em quaisquer dos casos, a auto-expressão completa e à exaustão é encorajada para o sucesso do ritual satanista.
É dada grande ênfase na evocação e na música. A última parte da Bíblia Satânica é dedicada a invocações e às dezenove Chaves Enoquianas, originalmente escritas por John Dee. A música é encorajada porque é tida como facilitadora da manipulação de emoções, o que contribui para o sucesso dos rituais, fortemente atrelados à expressão emocional.
A "missa negra", uma oposição simbólica à igreja usada no passado, não é mais usada pelos satanistas, conforme Anton LaVey explicou em uma entrevista para a Occult America. Ele não deu continuidade às dramatizações executadas nas missas negras originais. "Aquilo", ele explicou, "eram psicodramas na época em que as pessoas precisavam deles. Eles expressavam sua oposição, sua rebelião contra a igreja estabelecida. Nossos rituais foram subitamente modificados para expressar as necessidades de nossa era em particular."
Anton LaVey escreveu na Bíblia Satânica, no capítulo do Livro de Lúcifer intitulado "Missa Negra":
Cquote1.svg Geralmente assume-se que a cerimônia ou serviço satanista é sempre chamado de missa negra. Uma missa negra não é uma cerimônia mágica praticada pelos satanistas. O satanista veria uma missa negra como uma espécie de psicodrama. Mais ainda, uma missa negra não necessariamente implica somente em praticantes satanistas. Uma missa negra é essencialmente uma paródia do serviço religioso da Igreja Católica Romana, mas pode vagamente ser vista como uma sátira a qualquer outra cerimônia religiosa. Cquote2.svg
— Anton LaVey
LaVey chegou mesmo a considerar a missa negra uma redundância, e comumente comete-se o erro de se pensar que a Igreja de Satã executa missas negras; entretanto, fazer uso de velas pretas e beijar as nádegas do demônio (ambas práticas mencionadas no capítulo) seriam práticas contraditórias para um satanista. Em 1966, Anton LaVey manteve um círculo de magia em sua casa enquanto se preparava para raspar sua cabeça e anunciar o Anno Satanas. Após isso, os membros proeminentes da Igreja de Satã passaram a realizar missas negras nas noites de sexta-feira na Black House.
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