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Demonologia é o estudo sistemático dos demônios. Quando envolve os estudo de textos bíblicos, é considerada um ramo da Teologia. Por geralmente se referir aos demônios descritos no Cristianismo, pode ser considerada um estudo de parte da hierarquia bíblica. Também não está diretamente relacionada ao culto aos demônios.


segunda-feira, 2 de outubro de 2017

Como os pactos de sangue eram feitos no passado?

Em filmes mais antigos, não é incomum ver personagens realizando os chamados “pactos de sangue”. Tal união envolvia algo muito maior do que um simples contrato e tinha uma base fundamentada na história da humanidade, ocorrendo em diferentes partes do mundo, segundo informações do portal de notícias espanhol Muy Interesante
A chamada “Irmandade de Sangue” representa, em geral, um vínculo superior à fraternidade biológica. São estabelecidas rigorosas responsabilidades entre duas ou mais pessoas, que juram fidelidade em uma relação entre iguais. Obviamente que o sentido do ritual era puramente simbólico, mas ele de fato elevava o conceito de união a um nível superior.
O ritual era chamado do “Juramento de Sangue”, e era feito através da mistura do sangue, ou mais raramente, pelo consumo dele junto à outra bebida. Normalmente, os participantes sofriam pequenas incisões em um dos dedos, mão ou antebraço, e depois, os cortes eram pressionados juntos. Simbolicamente, isso significava que os sangues dos dois participantes seriam misturados para circularem unidos. Esta era considerada uma prática puramente masculina. No entanto, já houve casos de juramentos feitos com mulheres, mas apenas quando envolviam todas as pessoas de uma tribo ou irmandade.
Pactos de sangue na história
Tanto na história como em lendas da mitologia, há exemplos de ocorrência deste ritual misterioso. Os citas, por exemplo, um povo indo-europeu que viveu nas margens norte do Mar Cáspio, por volta do século 7 a.C., faziam o procedimento. Em seu ritual, dois membros faziam cortes na mão esquerda e deixavam escorrer o sangue dentro de um copo feito do chifre de um animal. Depois, o líquido era misturado ao vinho para que ambos os homens molhassem a ponta de suas espadas antes de bebê-lo. O vínculo era considerado tão forte que era permitido ter apenas até três irmãos de sangue, que deveriam manter um longo período de amizade.
Os húngaros tinham um ritual semelhante, mas ao invés do vinho, utilizavam o leite para que o sangue ficasse visível. Os Balcãs também o faziam, mas apenas entre soldados, para simbolizar um vínculo mais familiar entre eles.
Em culturas asiáticas, por outro lado, o pacto de sangue era feito entre tribos e Genghis Khan, um imperador mongol. Nas montanhas do Cáucaso, os rituais tinham códigos muito mais estritos, tanto que, se um irmão de sangue morria, o outro deveria vingar sua morte.
Na Uganda, para o ritual, o corte deveria ser feito com um grão de café. Na Síria, até o século 18, ele era realizado a partir da assinatura de um contrato com testemunhas e selado com o sangue misturado dos dois participantes.

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