Principais demônios na história de muitos povos,
através dos séculos.
Aaba:
Demônio fêmeo, de beleza irresistível, com capacidade de poder se apresentar
com mulher e seduzir quem bem desejasse. Contudo, curiosamente, era incapaz
de presenciar derramamento de sangue.
Aamon: Um
dos três demônios a serviço de Satanaquia e comandante da primeira legião do
inferno. É a suprema divindade dos egípcios. Demônio que se apresenta com
cabeça de lobo, cauda de serpente, sempre remitando fogo.
Aarão:
Comandava legiões de demônios, sendo adepto da magia negra, considerando
"Aaron, fil diboli” (Aarão, filho do diabo). Feiticeiro bizantino,
possuidor da chave de Salomão, construtor do tempo de Salomão. Não confundir
com Aarão, irmão do primogênito de Moisés, primeiro sumo sacerdote dos
hebreus, que permitiu, na ausência de Moisés, que os hebreus sacrificassem ao
Bezerro de Ouro e morreu na montanha de Hor, antes de entrar na terra da
Promissão.
Abadom ou Abaddon: Também conhecido por Apollyon, significando "O
destruidor". É o nome dado ao anjo do abismo ou da morte ou do inferno,
no Apocalipse, por São João, sendo identificado como o anjo exterminador, no
versículo 10-23, capitulo 12 do livro do Êxodo. Mencionado também, no
primeiro capitulo do livro da Revelação, com o chefe dos demônios –
gafanhotos, o soberano do Poço Sem Fundo (Judas, 6) e o rei dos demônios no
livro do Êxodo, assim está escrito. "Porque o senhor passara ferindo os
egípcios e quando ele vir este sangue sobre a verga das vossas portas, e
sobre as duas umbreiras, passara a porta da vossa casa e não deixara entrar
nela o anjo exterminador a ferir-vos".
Abassay:
Gêmeo maléfico ou diabrete, na língua tupi entre as tribos negras ocidentais,
nos territórios da antiga África Francesa, era tido como o deus que povoou o
mundo. Na Anthologia Negra, de Blaisse Pendars, consta que Abassi, sentado em
seu trono, fez todas as coisas, superiores e inferiores, no mundo inteiro.
Todos os homens habitavam o céu, não havendo homens na Terra. A pedido de
Altair, entidade divina das tribos negras da antiga África ocidental
francesa, fez com que os homens passassem a habitar a Terra.
Abigor:
Demônio que comandava 60 legiões infernais, em seu cavalo com asas, tinha a
capacidade de prever o futuro, alem de ser conhecedor de todos os segredos da
arte de guerrear. Carregava sempre consigo uma lança, estandarte ou cetro.
Abraxas:
Demônio que era representado com uma cabeça de galo, grande barriga e rabo
cheio de nos. Sempre carregava consigo um chicote e um escudo. Usado também,
como termo místico, muito em voga entre os gnósticos. Na numeração grega,
suas sete letras, Abraxas ou Abracax, denotam o numero 365 – supostamente, a
soma total dos espíritos que emanam de deus. Para os ocultistas, a palavra
tinha poderes mágicos e, gravada em pedras, poderia ser usada como amuleto ou
talismã, para dar sorte. Daí a origem da palavra magica Abracadabra, que
protege as pessoas do mal, de doenças, da morte e abre todas as portas. Essa
curiosa palavra foi usada, pela primeira vez, no século 11 d.C., por Quintus
Serenus Sammonius, sábio responsável pela saúde do imperador romano, sendo
sua origem desconhecida. No ano 208, foi mencionada em certo poema, quando o
imperador Severus esteve na Gran Bretanha, como cura certa contra a febre
terçã, que e aquela que se repete com três dias de intervalo. Aparece no
denominado "Triângulo Mágico”, que tem conexão com outros conceitos do
ocultismo, inclusive no simbolismo do Tarot, e para Ter melhor resultado deve
ser escrita na forma de um triângulo, sendo colocada em volta do pescoço.
Abramelech: Tido como presidente do alto Conselho dos diabos,
grande chanceler do inferno e superintendente do guarda-roupa do Diabo. Foi
sempre representado na forma de uma mula, com torso humano e rabo de pavão.
Agatodemon: Termo grego designado demônio beneficente, que
acompanha as pessoas por toda a vida. Segundo diz a lenda, Sócrates, o grande
filósofo grego (468- 400 AC), tinha um demônio semelhante, que o acompanhava
sempre.
Agaures:
Grão-duque da parte ocidental do inferno, comandante de 31 legiões de
demônios, ensinando línguas, fazendo com que os espíritos terrestres dancem e
distraiam seus inimigos, sendo ainda considerado primeiro ministro de Lúcifer.
Costuma aparecer como nobre senhor, trazendo um gavião no punho, vestindo
túnica, montado a cavalo, levando consigo um crocodilo.
Ahriman:
Igual ao espírito do mal, irmão gêmeo de Ormuzd, espírito do Bem, no
zoroastrismo.
Aligar: Um
dos três demônios à disposição de fleretty, o tenente-general das legiões do
inferno. Tem o poder de concluir as coisas que se desejavam e pode fazer cair
granizo. Comanda os demônios Abigar, Batim e Tursã.
Alijenu:
espírito do mal. Espírito diabólico.
Allatou:
Esposa de Nergal, demônio chefe da polícia do inferno, encarregado da
denominada Corte Infernal. Nergal era espião honorário de Belzebu. Na
religião sumeriano – acadiana, designava demônio do mal, da morte. É
descendente e serviçal de Eresshkigal, "senhora do grande lugar”, rainha
do mundo dos mortos nos textos sumerianos, ela reina no seu palácio, sempre
guardando a fonte da vida. Seu nome familiar é Namar e na religião assírio –
babilônica Allatou é a deusa do submundo, consorte de Bel e, posteriormente,
de Nergal.
Aliocer: Grão
– duque do inferno, comandante poderoso de 36 legiões infernais, possuindo
cabeça de leão, com chifres e olhos flamejantes, sendo que seu enorme cavalo
possui patas de dragão.
Alu:
Demônio da Mesopotâmia, com feições de cachorro, preferindo o silêncio e a
escuridão. Foi escrito e pintado, por alguns artistas, apresentando-se sem
pernas, ouvido e boca.
Aluga ou Alougua: Demônio fêmeo, que era ao mesmo tempo súcubo e
vampiro, acostumado a levar os homens à exaustão e depois ao suicídio.
Aman: Um
dos demônios que costumava possuir madre Joana dos Anjos. Foi um dos
primeiros demônios que ela mandou expulsar. Nada a ver com a figura bíblica
(Velho Testamento), personagem que foi primeiro – ministro de Assuero (Nerses),
rei da Pérsia, que planejou o extermínio dos judeus no país, no que foi
impedido por Mardoqueu e sua sobrinha Ester, concubina do rei. Esse fato é
considerado lendário para justificar a instituição da festa judaica
intitulada Purim, celebrada nos dias 14 e 15 do mês de Adar, correspondente a
fevereiro – março do calendário.
Amane:
Segundo o livro de Enoque (Enoch), espécie de apocalipse dos primeiros tempos
do Cristianismo, não admitido nos cânones dos livros sagrados, era um dos
chefes dos duzentos anjos que se rebelaram contra Deus e que prometeu
recrutar vassalos em Samiaza. .
Amaduscias: Grão – duque do inferno, comandava 30 legiões e
possuía cabeça de unicórnio, aparecendo muitas vezes com forma humana,
costumava dar concertos invisíveis, fazendo com que as árvores balançassem ao
som de sua voz.
András:
Também Marquês do inferno, demônio com cabeça de coruja, com o corpo nu de um
anjo alado, cavalgando sempre um lobo e brandindo sua espada. Couto Magalhães
classifica-o como o deus que protege os animais do campo contra o abuso da
caça. Sua figura é a de um veado branco, com olhos de fogo. Barbosa Rodrigues
diz que no Amazonas, quando o Anhangá aparece no homem, é sempre sob a forma
de um veado, cor vermelha, cruz na testa, olhar de fogo e chifres cobertos de
pelo. Os tupinólogos Teodoro Sampaio e Testavim traduziram o termo por
"alma”, espírito maligno, diabo, alma de finados .
Asper:
Principal inimigo do deus Sol no Egito antigo, sendo considerado o próprio
demônio, a serpente da noite. Nenhuma relação teria com as personagens do
dialogo de Oratoribus. Diálogo dos Oradores, abribuido a Tácito, notável
historiador latino que viveu entre 56 e 120 DC.
Asmodeu:
Segundo o Dicionário Bíblico, é o demônio que assediava Sara, filha de
Raquel, tendo matado seus sete primeiros maridos no próprio dia do casamento,
até que veio a ser subjugado pelo anjo Rafael (Tobias 3,8; 6,14; 8,2).
Considerado o demônio bíblico da ira e da luxúria. Do hebreu Asmoday ou
Acheneday, é o demônio chefe de Shedin, uma classe dos demônios com garras de
galo. Na demonologia judaica, considerado o espírito do mal, sendo que seu
berço é o Avesta, o livro sagrado da religião de Zoroastro, profeta persa,
fundador do Zoroastrismo, apelido dado pelo filósofo Nietzche como Zarastustra.
O Zorgastrismo ou Zoroastrismo tem como principal característica o dualismo,
o princípio do Bem e do Mal. Conta a história que o anjo Rafael capturou
Asmodeu e perdeu-o no deserto egípcio, permitindo assim que Sara se cassasse
com Tobias, que veio a ficar cego e posteriormente foi curado por seu filho,
graças a interferencia do anjo Rafael. Na demonologia, é o superintendente
das casas de jogos na corte infernal. Costuma ser representado com três
cabeças diferentes, sendo uma de touro, outra de homem com hálito de fogo e a
terceira de carneiro. Dizem Ter ele destronado Salomão, que acabou por
vencê-lo, obrigando-o a construir um templo.
Astaroth:
Grão-duque importante e poderoso na região oeste do inferno, casado com
Astartéia, tida como a deusa fenícia da Lua. Quando novas leis são propostas,
costuma emitir sua opinião. É, sempre representado com um anjo nu, coroado,
montando um dragão, segurando em sua mão esquerda uma serpente. É também o
tesoureiro do inferno, exalando profundo mau cheiro, verdadeiramente
insuportável. Astartéia, tida como sua esposa, é considerada a divindade dos
povos semíticos, a deusa do céu, sendo a protetora de várias cidades e muitas
vezes honrada com sacrifícios humanos.
Asura:
Classe de deuses soberanos na mitologia védica, que acabaram sendo
considerados demônios. Inimigos dos Devas, divindades que representavam o Bem
e nas regiões da Índia, serima todos os seres divinos.
Ayperos:
Príncipe infernal, comandante de 356 legiões, sendo representado como um
abutre dotado de capacidade de prever o futuro.
Ayphos: Um
dos três demônios obedientes aos desejos de Náberus, marechal-de-campo do
Inferno.
Azazel:
Demônio de origem hebraica. O Levítico menciona-o como o bode expiatório,
enviado ao deserto. "Deitando sortes sobre os dois bodes, para ver qual
deles será imolado ao Senhor, e qual será o bode emissário. E para espiar o
santuário das impurezas dos filhos de Israel, das suas prevaricações contra a
lei, e de todos os seus pecados”. (L 6,8-34). De acordo com o livro de
Enoque, é um dos 200 anjos que se rebelaram contra Deus. Nos escritos
apocalípticos é o poder do mal cósmico, identificado pelos impulsos dos
homens maus e da morte. Eles teriam vindo à Terra, para esposar os humanos e
criar uma raça de gigantes. O Livro das Revelações, de Abraão, descreve-o
como uma criatura impura e com asas. É identificado como a serpente que
tentou Eva e que poderia ser o pai de Caim. No século II os búlgaros
bogomilianos concordavam que Satanael teria seduzido Eva e que ele, não Adão,
era o pai de Caim. A maioria dos bogomilianos foi queimada viva pelo
imperador bizantino Alexis. Os Atos dos Apóstolos falam, ainda, em outros
três demônios, a saber: RIRITH, divindade maléfica do sexo feminino,
desencadeador de tempestades, espécie de fantasma noctívago, que os
babilônios chamavam de Lilitu. Antiga tradição popular judaica afirma que
Lilith teria sido a primeira mulher de Adão, BERGAR, cujo sentido é o de
maligno e comparado, por São Paulo, como anticristo, e ASMODEU, conforme já
exclarecido, aparece no livro de Tobias como o assassino dos maridos de Sara.
Azidahaka:
demônio na religião de Zoroastro, que tomou a forma de serpente, possuidora
de três presas.
Baal: Na
demonologia, é representado como o grão–duque do inferno, chefe dos
exércitos, comandante direto de legiões de demônios. Representado com três
cabeças, sendo uma de gato, outra de homem e a terceira de um sapo. Seu
corpo, bastante forte, termina em pernas de aranha, podendo se tornar
invisível. Entretanto, através da história, Baal teve outras designações,
sendo considerado a divindade suprema dos fenícios e dos cartagineses, para
quem eram sacrificados crianças a fim de garantir fartas colheitas, bem como
a segurança contra os inimigos. Servia ainda para designar muitas deidades. É
também o deus semítico da fertilidade, cuja adoração era associada à
grosseria sexual. Aparece na Bíblia, com diferentes predicados: Baal, Senhor
da Aliança, Baal – Zebul – O Baal das Moscas, que aparece na Vulgata - versão
latina da Bíblia, revista por São Jerônimo – com sentido pejorativo . Entre
os sumérios e babilônicos, assume a forma de Bel, Bel-Mardux. Os Baalim eram
protetorers dos oráculos- templos – sendo certo que alguns reis de Israel
incentivaram seu culto, o que motivou a reação dos profetas. É uma palavra
hebraica que significa senhor, marido, dono, sendo certo que nos primeiros
tempos usavam o termo Baal para o verdadeiro Deus.
Baalzebu ou Belzebu: O príncipe dos diabos. É usado no Novo Testamento,
para identificar Satã. Na demonologia, ele é o primeiro ministro dos
espíritos malignos, o "Senhor das Moscas”, manda moscas arruinarem a
colheita e o povo de Canaã prestava-lhe homenagem na forma de uma mosca.
Figura aterrorizante, enorme, preto, inchado, chifrudo, cercado de fogos e
com asas de morcego. Milton, no Paraíso Perdido, descreve-o como um rei
autoritário, cuja face irradia sabedoria.
Baalberith: Demônio de Segunda ordem, senhor dos casamentos,
secretário, chefe e arquivista do inferno. O demonologista I. Wier representa-o
como um pontífice sentado entre os príncipes do inferno.
Bael:
Primeiro rei do inferno, comandante de 60 legiões, possuidor de três cabeças,
sendo uma com a figura de um gato, a outra de um sapo e a terceira de um
homem.
Balaam: Um
dos demônios maus que se apossou da madre Joana dos Anjos. A paixão de Balaam
era a mais perigosa de todas. Identificado como um demônio de três cabeças,
cavalgando um urso e carregando um falcão em suas mãos. Uma das cabeças era
semelhante á de um touro, a outra igual à de um homem e a terceira de um
carneiro. No Velho Testamento, aparece
o nome de Balaão, profeta, vidente e adivinho, originário da cidade
mesopotâmica de Petor . Diz a lenda bíblica que , convocada por Balak, filho
de Sefor, rei de Moavo, a ir ao encontro dos israelitas para amaldicoá-los,
pôs-se a caminho, montado numa burra, quando lhe surgiu um anjo, com uma
espada nua . O animal parou, recusando-se a andar. A burra, dotada com o Dom
da palavra, condenou a sua crueldade. Deus, então, abriu os olhos de Balaão,
que viu o anjo e assim, em vez de amaldiçoar os israelenses, abençoouos.
Barão:
Demônio criado sob as instruções do barão Gilles de Rais (1404-1440). Este,
morto pela Inquisição após um processo que ainda gera controvérsias, foi
acusado de sacrificar mãos e corações de criancinhas para obter o segredo da
pedra filosofal, ou seja, descobrir a maneira de transformar metais em ouro.
Barbatos: um
dos três demônios a serviço de Eleuretty, tenente-general das forças do
inferno.
Batsaum – Rasha: Demônio turco invocado para produzir bom tempo ou
chuva.
Bechard:
Demônio que pode ser invocado por satanistas, usando a expressão "Vem
Bechard – Vem Bechard”. Sua invocação deve ser feita ás quintas-feiras,
chamando-o três ou quatro vezes no centro de um círculo, exigindo ele, com
pagamento pela sua presença e seus serviços, tão somente uma noz.
Belfegor: O
demônio das descobertas, seduzindo os homens com a distribuição de riquezas.
Algumas vezes aparece com uma mulher jovem e sedutora. Alguns rabinos dizem
que ele está sentado numa cadeira.
Belial: Do hebraico BELLHHARAR, que quer dizer "inútil”, sem valor.
Sinônimo de Satã e também de Belzebu, com designativo do chefe dos demônios.
No Novo Testamento, aparece uma vez (Segunda Epístola aos Coríntios, 6, 15).
O mais imoral de todos os diabos. No Livro das Revelações, e cognominado
"a besta”. Num dos pergaminhos encontrados no Mar Morto, aparece com o
chefe das forças do mal. Sua intenção é fazer proliferar a perversidade e a
culpa. Alguns o identificam com o anticristo. No primeiro século d.C. foi
considerado o anjo da desordem que governa o mundo. É o demônio da pederastia
e cultiva a sodomia. Algumas vezes é representado numa carruagem de fogo. Há
um trabalho alemão da Idade Média, exclusivamente a seu respeito, denominado
Das Buch Belial. Segundo ainda, o Novo Dicionário de Personagens Bíblicas, de
José Schiavo (pag. 118), seria um monstro fictício, mencionado no Apocalipse
sob o misterioso número 666. Possuía sete chifres e sete cabeças, ostentando
sobre cada cabeça sete nomes blasfemos e , sobre os chifres, dez diademas .
Assemelha –se a uma pantera, com os pés de urso e boca de leão. Noutro passo,
é mencionado como possuindo dois chifres, falando com um dragão. Alguns
intérpretes o deram com figuração dos falsos profetas advindo da Ásia.
Besta:
Pseudônimo do próprio Diabo. No Livro das Revelações, o apóstolo João fala de
duas bestas, sendo que uma sai do mar, com um leopardo de dez chifres e sete
cabeças, pés de urso e mandíbula de leão, e outra que vem a terra, como dois
chifres, parecendo um dragão. Trata-se de uma visão do apóstolo João (Livro
das Revelações, 13, 14, 17, 3, 8, 11). O profeta Daniel teve uma visão de
quatro bestas representativas de quatro sucessivos impérios que se
destruiriam uns aos outros. Todas as quatro representariam Satã. Comumente é
tomado como o anticristo.
Beyerevra:
Demônio indiano, mestre das almas que vagueiam pelo espaço.
Bonifarce: Um
dos demônios que se apossou de Elisabeth Allier, freira francesa do século
XVII. Conta à história que essa foi exorcizada em 1639, com muito sucesso,
por Francois Faconnet - estava possuida por dois demônios, Bonifarce e
Orgeuil, havia mais de vinte anos, admitindo-se que esses demônios tenham
entrado em seu corpo quando ela tinha 7 anos de idade , por meio de pão que
havia sido colocado em sua boca .
Buer:
Demônio de Segunda grandeza, comandante de 50 legiões, com cabeça de leão.
Locomove-se com cinco pés de bode, na forma de uma estrela.
Caçador Negro: Diabo que conduz uma caçada alada ou uma caçada no
inferno.
Caim:
Grande mestre do inferno, representado com homem elegante, com cabeça e asas
de um pássaro preto – melro -, sendo considerado o mais inteligente dos
sábios do Inferno. Leva consigo um sabre, quando toma a forma humana, embora
tenha cauda de pavão. Entende os pássaros, os bois, os cachorros e o som das
ondas do mar. Deu formação a uma seita denominada Cainites ou Caimitas, para
adorá-lo, louvando a Caim, Judas, Sodoma, Esaú e rendendo homenagem a Korah,
certo judeu que foi destruído, depois de liderar uma rebelião contra Moisés.
Louvaram também a Judas que acreditavam Ter livrado a humanidade de Jesus
Cristo. No Antigo Testamento, aparece o nome de Esaú, que em heabraico quer
dizer "peludo”, também cognominado Edom – o ruivo. Muitos críticos
encontram analogia entre Esaú – Jacó e Caim –Abel, relacionando-os a uma luta
entre o pastoreio e a agricultura. Esaú era filho de Isaac e Rebeca, irmão
gêmeo de Jacó, a quem vendeu seu direito de primogênito por um prato de
lentilhas.
Cali:
Rainha dos demônios, a quem vidas humanas eram sacrificadas (Kali), também
divindade bramânica , mulher de Siva, deusa do inferno, representada com a
forma de uma negra , com quatro braços , segurando em cada uma das mãos uma
cabeça humana.
Chamos: Membro
do conselho de príncipes do inferno, demônio da bajulação.Citado por Milton,
no Paraíso Perdido, como o terrível horror das crianças de Maabo, região
situada na costa sudeste do Mar morto, Ásia Menor, que faz parte dos
planaltos que se estendem a leste do rio Jordão, a chamada Transjordânia, no
antigo testamento, Moab, personagem bíblica, do hebraico Moabi, "nascido
do prórpio pai" eis que era filho de Ló, pela união incestuosa deste com
sua filha mais velha . É também tido com a divindade semítica dos moabitas e
talvez dos amonitas.
Chax:
Duque do inferno, mentiroso e ladrão.
Corozon:
Poderoso demônio argelino, que abriu as portas do Inferno, com as seguintes
palavras: "Lazas, Lazas, Nasatanada, Lazas". Exorcizado por
Aleister Crowley no deserto argelino, sendo que alguns ocultistas afirmam que
este foi possuído pelos demônios pelo resto da sua vida.
Coulobre:
Diabo na forma de dragão que, na Provence (França), andava devorando as
pessoas. Em Cavaillon, cidade francesa, foi ele derrotado por São Verard, por
meio de água benta.
Dibbuk:
Demônio particularmente mau que perseguia os acadêmicos e procurava descansar
dentro de uma pessoa. Na Idade Média, uma das maiores superstições entre os
judeus do leste europeu.
Efialtes:
Demônios incubos que aparecem durante os pesadelos.
Empusa:
Demônio da "da Meia – Noite” surgindo com os mais variados disfarces.
Costuma surgir como uma bela mulher, com o pé esquerdo feito de bronze,
outras vezes com o casco de mula. Na Rússia era temido porque aparecia à
"Meia – Noite " na época da colheita , com uma viúva, e costumava
quebrar os braços e as pernas dos trabalhadores . Tinha a sensualidade dos
vampiros pela carne humana. Enviado à Terra pelas divindades infernais para
atacar os viajantes, sugando suas vítimas .
Eurinômio:
Príncipe da Morte, no inferno, com um corpo horrível, coberto de pêlos de
raposa. Usa longos dentes, alimenta-se de carniça putrefata, de corpos
mortos, sendo adorado no Templo de Delfos, cidade da antiga Grécia, onde
Apolo tinha um Templo, ditando Oráculos através da boca da Pítia. Delfos foi
tomada pelos gauleses em 279 AC.
Haborym e Aym: Duque do inferno com três cabeças, uma de gato, outra
de homem e a terceira de cobra. Demônio do fogo e também dos holocaustos.
Senta-se todo enrolado, como uma serpente, segurando uma tocha .
Iblis: O
diabo do Islã. De acordo com o Livro Sagrado de Yezidi, o livro das
revelações e o livro Negro, Iblis é uma falange de arcanjos. Corresponde ao
príncipe das trevas, sendo certo que o inferno é mencionado como o Reino de
Íblis. Ele se condenou por seu exclusivo amor à idéia da divindade. Deus o
teria perdoado, confiando-lhe o governo do mundo e a supervisão das almas.
Íncubo: Anjo
do Paraíso que foi expulso e se transformou em demônio, procurando
continuamente mulheres para saciar-se, enquanto elas dormem. Na França, são
chamando follet, de Alp na Alemanha, de follette na Itália, e no Brasil, de
duendes. A sua fêmea é denominada súcubo. O número deles é tão elevado que se
torna difícil destruílos, no dizer de Santo Agostinho (De Civitate Dei – XV,
23). Muitos padres afirmam que o íncubo é um anjo que atrai as mulheres em
sua queda para o inferno. Muitas mulheres foram possuídas por belos homens,
corpos mortos temporariamente reanimados pelos íncubos. Durante a Idade Média,
muitos sintomas em razão da menopausa eram imputados aos íncubos. Diziam que
Huno e Platão nasceram da união de um humano e um íncubo, bem como o famoso
sábio Merlin, fruto de um íncubo e a filha do rei da Inglaterra. Foi Merlin
conselheiro de quatro reis ingleses, incluindo-se o rei Artur, fundador da
Távola Redonda e cognominado O Mágico. A fada Viviana encerrou-o num círculo
mágico de onde não pode mais sair. Dizem que a abadessa de Cordoue tinha um
íncubo, com a forma de animal, como seu amante.
Jahi:
Demônio fêmeo da religião de Zoroastro, que foi beijada por Ahriman,
introduzindo assim a menstruação no mundo. Ahriman representa o príncipe do
mal, e o seu oposto, Ormuzd, o príncipe do bem, que deve acabar por vencer.
Jinni: Demônio
entre os árabes pagãos, representando uma das forças contrárias à natureza.
Para os muçulmanos, são entes sobrenaturais que podem ser bons ou maus. O rei
Salomão possuía um anel de magia que o protegia desse demônio.
Kasdeya: Nome
do quinto Satã, que ensina a destruição aos homens. Na magia, é representado
por uma caveira de um jovem.
Kobal:
Diretor de diversões da corte do inferno. Padroeiro dos comediantes. Durante
séculos foi considerado suspeito para a Igreja. Demônio que sentia imenso
prazer em matar. Na Alemanha, Kobald, espírito familiar, considerado o guarda
dos metais preciosos.
Krikoin: Na
religião dos esquimós, é o demônio do mal, que persegue os cães que ficam ao
lado de fora das casas, nas noites frias.
Kubera: É o
rei dos demônios maus para os hindus, sendo também considerado o deus da
riqueza.
Lilith:
Demônio feminino mencionado no folclore judaico. Várias são as lendas sobre
ela, sendo considerada a personificação das paixões desregradas. A mais
antiga tradição popular judaica dá como sendo ela a primeira mulher de Adão.
Não conseguindo lhe dar um filho, Deus decidiu criar Eva para ser sua
companheira. Foi ela quem ensinou a Adão a felação e outras práticas que a
moral qualifica de antinaturais. É a mãe dos espíritos do mal, Lelin, Sehedin
e Roudin. É associada com a praga e o flagelo do meio dia (Salmo 91,56). Tida
ainda, com um dos sete demônios da Cabala hebraica, representado pela figura
de uma mulher nua, cujo corpo termina em cauda de serpente. Pela crença dos
antigos persas, alguns a dão como filha de Samuel e esposa de Ashmedai ou
Esmadfewa, um dos sete espíritos demoníacos .
Loki:
Demônio do fogo, gênio do mal, na mitologia escandinava, comparado ao próprio
Diabo.
Mandrakes:
Demônios pequenos, sem pêlos, grosseiros, uma espécie dos conhecidos capetas.
Mezu: No
folclore japonês, o demônio com cabeca de cavalo, que dá assistencia ao
kongo, xerife dos infernos.
Mefistófeles: Nome popular do Diabo, segundo Goethe. Personagem do
drama Fausto de Goethe (1749 – 1832), demônio que veio à Terra para
satisfazer paixões de Fausto. Julga o mundo com ironia desdenhosa. Seu nome é
empregado com sinônimo de homem de caráter perverso, verdadeiramente
diabólico. A história de Fausto é a história do homem que vendeu sua alma ao
Diabo, em troca de bens terrestres. O drama divide-se em duas partes, onde o
genial poeta imortalizou suas concepções da natureza e do homem.
Molegue:
Príncipe da "Terra das Lágrimas ", no inferno . Recolhe, com
alegria, as lágrimas das mães. É um demônio monstruoso, gotejando o sangue
das criancinhas e as lágrimas de suas mães. Apresenta-se com cabeça de
bezerro, coroa real, braços esticados para receber suas vítimas humanas. Os
amonitas , membros de tribo a leste do Jordão, descendentes de Amon , que
derrotaram os gigantes de Zomzomins e ocuparam a região, costumavam adorálo,
sacrificando crianças em seu louvor para obterem boas colheitas e vitória nas
guerras . Milton e Flaubert a ele fazem referência.
Mullin:
Primeiro mordomo da casa dos príncipes infernais.
Murmur:
Demônio da música, conde do inferno, surgindo como um abutre, de pernas
abertas, figurando um soldado gigantesco. Também denominado Murmúrio.
Nasu: Na
religião de Zoroastro, representa o demônio feminino que se alimenta de
corpos que acabaram de morrer ou já se encontram em estado de putrefação.
Surgem com se fossem borboletas. Sua residência é o Inferno, no monte
Elbroug.
Nergal: Deus
sumeriano das regiões infernais. Pode ser igualado ao deus grego Plutão, que
governava o submundo. Nergal, assim como o Satã bíblico habitava
originariamente os céus. Considerados por muitos, como demônio de Segunda
classe. Era chefe de polícia e espião de Belzebu. Esposo de Ereshkigal que,
no panteão sumero – arcadiano, é considerado a senhora do grande lugar,
rainha do mundo dos mortos, reinando em seu palácio, guardando a fonte da
vida . Os demônios do mal e da morte são seus descendentes.
Nuton:
Originário da lenda belga, vivendo sempre em grutas, perto de águas
correntes, muito brincalhão, torna-se violento, todavia, se atacado.
Nybras:
propagandista dos prazeres da corte infernal. Supervisor dos sonhos, visões,
êxtase. Demônio inferior, tido como profeta e charlatão.
Nysroch:
Chefe da casa do príncipe infernal. De Segunda classe; preside os prazeres da
mesa.
Orias:
conde do inferno. Perito em astrologia, na metamorfose, carrega sempre uma
serpente em cada mão.
Orthon:
Demônio familiar do conde de Corasse e do conde de Foix. Invisível, sabe tudo
o que acontece no mundo. Quando aparece, costuma mostrar-se como uma porca.
Raymon:
Demônio poderoso, encarregado das cerimônias infernais, aparecendo na forma
de um homem vigoroso, mas com rosto de mulher, coroado com jóias e montando
um dromedário.
Pazuzu:
Demônio assírio, rei dos espíritos maus do ar , filho de Hanpa . Há no museu
do Louvre uma estátua de bronze do século VII, representando Pazuzu, com
forma humana, duas asas e dois chifres.
Pérsefone:
Deusa do inferno, filha de Júpiter e Ceres, mulher de Plutão. É a mãe das
fúrias.
Prusias: Um
dos três demônios a serviço de Satanáquia, grande general das legiões de
Satã.
Ravana:
Demônio rakchasa, do épico Ramayana, soberano do Ceilão que raptou Sita,
esposa de Rama. Ramayana é um poema sânscrito, ao mesmo tempo religioso e
épico, em 50000 versos e sete partes. Celebra a genealogia de Rama, a sua
juventude, a luta contra Ravana , raptor de Sita , sua vida e ascenção para o
céu . Rama é uma das encarnações de Vichnu na mitologia hindu e deus da
Índia, casado com a deusa Sita.
Rimmon:
Embaixador do inferno na Rússia czarista. Demônio menor, chefe dos médicos,
acreditando-se que era capaz de curar a lepra.
Saarecai:
Demônio menor que habita os buracos da casa, mas não faz mal a ninguém.
Sardon:
Conselheiro do inferno, sacrificando as criancinhas nos sabás. Deu origem à expressão
"risadas sardônicas”.
Seirim:
Demônio cabeludo na forma de bode, que dança nas ruínas da Babilônia,
comandado por Azazar.
Shabrini:
Demônio dos antigos judeus que costumava cegar os homens.
Shedim:
Demônio destruidor. Dizem ser descendente da serpente, outros dizem ser de
Adão, depois da queda, e outros de Deus, que deixou os inacabados,
incompletos, por causa do dia do descanso, ou seja, do Sábado. Para poder
localizá-los, devem ser espalhadas cinzas pelo chão, para que esses demônios
deixem seus rastros, dependendo, todavia, de uma formula mágica a ser
proferida, para que possam ser vistos. Suas garras são de galo e seu chefe é
o demônio Asmodeu.
Súcubos:
Demônio fêmeo, em oposição aos íncubos, tentando os homens durante o sono,
nada os detém até conseguirem copular com eles. Costumam visitar os
solitários, monges e pastores, aproveitando-se de seus jejuns e abstinências.
Reanimam cadáveres que depois de uma noite de amor, voltam ao estado
putrefato. Muitas vezes, dizem, tomam a forma da pessoa amada.
Tânatos:
Demônio masculino que personifica a morte, irmão de Hipnos (sono) e de Nix
(noite). Freud, em seus estudos, desenvolveu o conceito no qual Tânatos é uma
das forças que governam o inconsciente profundo. A outra e Eros (o amor).
Tarasgua ou Tarascon: Metade monstro da terra, metade do amor, foi vencido
por Santa Marta, que o prendeu em seu cinto de virgindade. Apresentava cabeça
de leão, com seis pés, patas de urso e rabo de serpente.
Thamuz:
Embaixador do inferno na Espanha, sendo inventor da artilharia, da Inquisição
e de suas punições. Era considerado o inspirador das grandes paixões.
Ukobach:
Demônio inferior e responsável pelo óleo das caldeiras infernais. É o
inventor da frigideira e dos fogos de artifício, aparecendo sempre com o corpo
em chamas.
Uphir:
Demônio químico, conhecedor de ervas medicinais e responsável pela saúde dos
outros demônios.
Vetis:
Trabalha para Satã, especialista na corrupção das almas de pessoas santas.
Xaphan:
Demônio menor que, por ocasião da rebelião dos anjos, deu a sugestão para se
atear fogo no céu. É o que acende o fogo no inferno.
Xesbeth:
Demônio das mentiras, dos prodígios imaginários, dos contos maravilhosos.
Vekum:
Demônio que seduziu os filhos dos anjos sagrados e persuadiu-os a virem à
terra e Ter relações sexuais com os mortais, conforme o livro de Enoque.
Zaebos:
Demônio com cabeça humana e corpo de crocodilo.
Zagam:
demônio das decepções e dos desenganos. Consegue transformar cobre em ouro,
chumbo em prata, sangue em óleo, água em vinho. Tem asas e cabeça de boi.
Zagamzaim:
Diabo disfarçado de eunuco, descrito por Vitor Hugo.
Zepar:
Grão-duque do império infernal que tenta levar os homens à pederastia.
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